quinta-feira, 30 de junho de 2011

Amar os nossos inimigos - S. Josemaria Escrivá

Não somos bons irmãos dos homens nossos irmãos, se não estivermos dispostos a manter uma conduta recta, ainda que os que nos rodeiam interpretem mal a nossa actuação e reajam de uma maneira desagradável. (Forja, 460).

Nós, os filhos de Deus, forjamo-nos na prática desse mandamento novo, aprendemos na Igreja a servir e a não ser servidos e encontramo-nos com forças para amar a humanidade de um modo novo, que todos reconhecerão como fruto da graça de Cristo. O nosso amor não se confunde com uma atitude sentimental, nem com a simples camaradagem, nem com o afã pouco claro de ajudar os outros para demonstrarmos a nós mesmos que somos superiores. O nosso amor exprime-se em conviver com o próximo, em venerar – insisto – a imagem de Deus que há em cada homem, procurando que também ele a contemple, para que saiba dirigir-se a Cristo.

A universalidade da caridade significa, por isso, universalidade do apostolado: tradução pela nossa parte, em obras e em verdade, do grande empenho de Deus, que quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade.

Se temos de amar também os inimigos – refiro-me aos que nos colocam entre os seus inimigos; eu não me sinto inimigo de ninguém nem de nada – com maior razão teremos de amar os que apenas estão afastados, os que nos são menos simpáticos, os que pela sua língua, pela sua cultura ou pela sua educação parecem o oposto de ti ou de mim. (Amigos de Deus, 230)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Parabéns aos senhores padres pelos anos de sacerdócio

25 anos - Pe.Zé Manuel (está à direita nesta que foi a única fotografia que consegui arranjar)


9 anos - Pe.Hugo (está disfarçado mas o cabeção não engana)

O Papa Bento faz hoje 60 anos de sacerdócio

Na sua autobiografia, o então cardeal Ratzinger disse que o momento mais importante da sua vida foi a ordenação sacerdotal. Era o dia 29 de Junho de 1951. Nesse dia o cardeal de Munique, Michael Faulhaber, ordenou dois irmãos Ratzinger, Georg e Joseph, na catedral de Freising. Georg tinha 27 anos e Joseph, 24. A família era muito religiosa. Por esse motivo, os pais não ficaram surpreendidos com a decisão dos filhos.

“Não aconteceu que num dia tivéssemso comunicado a decisão aos nossos pais. Foi uma evolução, algo cada vez mais claro, e assim nem tivemos de o dizer claramente. Foi sem palavras. Os nossos pais sentiam o que nós queríamos. E disseram que sim. Pensavam que não se deve influenciar os filhos na escolha da vocação, que, quando muito, se pode aconselhar, mas que cada um deve viver a sua própria vida”, recorda o seu irmão Georg Ratzinger.

O futuro Papa tinha entrado no seminário menor doze anos antes, em 1939. Mas teve de o abandonar por causa da guerra. Hitler obrigou os adolescentes a defender o seu país, e Joseph trabalhou nas defesas anti-aéreas e construiu trincheiras antes de desertar.

Acabada a guerra, o seu seminário era um montão de ruínas. Por isso, Georg e Joseph regressaram a Freising para reconstruir o edifício e recomeçar os estudos.

Georg Ratzinger: “Por aquela época, os soldados que regressavam da frente deviam dar provas de que tinham um trabalho, para demonstrarem que não se estava ocioso. Assim todos contribuiam para a reconstrução do país. Por isso, o reitor do seminário disse: ‘Para evitar de irem para um lugar afastado, onde irão estar menos à vontade, por que não resconstruirmos o seminário? Há muito que fazer’. E, assim, o meu irmão e eu fomos para o seminário, para ajudar na reparação e nas limpezas”.

"Era um esplêndido dia de verão, que permanece na minha memória como o dia mais importante da minha vida".
Depois de cinco anos de estudo e preparação, chegou o dia 29 de Junho de 1951. Algo de insólito ocorreu durante a cerimónia que ficou para sempre gravado na memória de Joseph Ratzinger, como escreve na sua autobiografia: “No instante em que o velho arcebispo impôs as suas mãos sobre mim, um passarinho levantou voo por cima do altar-mor e entoou um breve canto muito alegre; para mim, foi como se uma voz do Alto me dissesse: 'Está bem assim, escolheste o caminho certo’” (Joseph Ratzinger, A minha vida).

O seu primeiro encargo ministerial foi uma paróquia de Munique, a igreja do Preciosíssimo Sangue. Ali confessava todos os dias das 6h às 7h da manhã, e mais 4 horas nos Sábados; dava aulas de religião às crianças e tinha a seu cargo grupos de jovens.

Esteve apenas um ano nessa paróquia porque o bispo se apercebeu dos seus dotes para o ensino, e pediu que desse aulas no seminário aos futuros sacerdotes. in radiovaticana

O dilema entre a revolta e a aceitação - Rui Corrêa d’Oliveira

Há dias em que sinto um cansaço interior,
um desgaste da alma, um desânimo do coração,
diante de problemas e contrariedades que se vão sucedendo.

É nestes momentos que com maior evidência se afirma a fractura
entre aquilo em que acredito e os humanos impulsos do meu coração.

É o dilema entre a revolta e a aceitação,
entre a repulsa e o enfrentar confiante.

Ingratidão seria a palavra que me define.
Afinal, quanto tenho sido poupado ao sofrimento.
Quanta graça, quanta alegria, quanta ternura
tenho recebido ao longo da minha vida...
e, ainda assim, reclamo!

Mas… basta-me levantar os olhos e ver toda a beleza que me envolve
ou fixa-los na tua Cruz redentora, Senhor!

Basta-me aceitar o convite que me fazes, quando dizes:
«Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos
e Eu vos aliviarei».

A vida não muda, mas mudo eu,
porque renasce em mim a certeza de saber que Tu estás sempre comigo.

Frase do dia

"Quem é Este, a quem até os ventos e o mar obedecem?" 

Mateus 8, 27

Revolução sexual: construída em cima de areia

What the naked body “says” when man and woman expose themselves to one another, not as patients to a doctor but as lovers, can be paraphrased thus: “This is all of me. I am entirely yours. I am giving you what is most intimately mine. You are seeing me, and touching me, as no one else now can. I love you.” Then the act of intercourse itself, the marital act—what does it say? What must it say, whether we will or no? (…)

It will not do to say, “As long as people are honest with one another, fornication is all right.” The point is that they cannot be honest with one another in that situation. The supposed honesty of detachment, or deferral, or temporizing, or mutual hedonism, only embroils them in a deeper lie. The body in the act of generation says, whether we like it or not, “I am reaching out to the future, to a time when there will be no turning back.” The body, naked to behold in love, says, “There is nothing of mine that I do not offer as yours. We complete one another, man and woman.” Such affirmations transcend the division between the private and the public. They are therefore only made in honesty by people who are married—who have acknowledged publicly that they belong forever to one another and to the children they may conceive by the marital act.

No one but a sadist could say, “I feel no love for you, but am using your body as a convenient receptacle, for the sake of the pleasure. Afterwards I dearly hope you will not trouble me with your continued presence.” Is that too strong? What about this? “I like you very much, and yet I have no intention of spending the rest of my life with you, or even the rest of this year.” Or this? “Let’s pretend we are married, but let’s not actually get married, because I might change my mind about you.” Or this? “I am bored, and you are here.” Or this? “You are very good looking, and we will get married, maybe, someday, not too soon, and if we do conceive a child, we’ll deal with it then, I don’t know how.” Or this? “I don’t love you, but maybe if we do this a few times I can fool myself into thinking so.” Or this? “I want to love you, but I know you are too selfish to love me in return, or I’m not worthy of your attention, so I’ll do what you like, and hope.” Or this? “I am drunk, so nothing of what I do or say means anything.”

Ler o resto do artigo aqui - Sexual Revolution: Built Upon Sand

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Frase do dia

"Devemos sempre fazer meditação. Recomende-se primeiro ao Senhor, a Nossa Senhora, a São José. Se depois vierem as distracções, afaste-as sem se angustiar. Se não conseguir fazer nada mais do que afastar as distracções, ganhou: fez uma meditação de paciência!" 

S. Pio de Pietrelcina

Manifestação ateia em Madrid

Eis o video da manifestação ateia que aconteceu pelas ruas de Madrid: clicar aqui para ver o video da manif

As palavras de ordem foram estas:
"La Virgen María también abortaría", "Hay que quemar la Conferencia Episcopal", “Contra las sectas, acción directa", "Rouco c... trabaja de peón", "Debajo la sotana hay un violador", "Que pena me da la madre de Rouco que no pudo abortar", "La Virgen María ha f...", "La religión fuera de la escuela", "Curas y militares, parásitos sociales", "Papa gorrón, contigo ni Dios", "Alabada sea la tetera santísima", "Fuera Rosarios de nuestros ovarios", "Las capillas fuera de la universidad", "Cura marrano no me metas mano", "Más pensiones, menos sermones", "Ser cura o policía, vergüenza me daría", "La religión es fanatismo", "Cuidado con las carteras que viene el Papa", "Menos Rosarios y más bolas chinas", "Yo creo en la tetera", "Esta iglesia la vamos a quemar", "Menos iglesias y más viviendas", "Esta iglesia la vamos a ocupar".

domingo, 26 de junho de 2011

Encontrarás Dragões - Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Quando comunicaram a Charles de Foucauld a necessidade de abater o seu cavalo predilecto, o oficial do exército francês exigiu que ao animal fossem prestadas honras fúnebres. Dito e feito. Colocaram o cadáver da besta na fossa correspondente, o enlutado cavaleiro fez a sua apologia, enalteceu as excelentes qualidades equinas e rematou o discurso com uma conclusão escatológica e profética: -Tenho a certeza de que, tendo sido um tão bom cavalo aqui na terra, não poderás deixar de ir para o céu! E é isso, precisamente, o que mais me entristece porque, assim, de certeza que não te voltarei a ver!

A história não confirmou a profecia, não só porque não consta que o cavalo tenha sido recebido no reino dos Céus, mas também porque o Visconde de Foucauld, ao contrário do que o seu mundano passado lhe tinha levado a vaticinar, veio a ser não apenas um exímio fiel cristão, mas também fundador de uma benemérita ordem religiosa, falecido com fama de santidade e, eventualmente, mártir.

Mas não é sobre o Beato Charles de Foucauld que trata o filme «Encontrarás dragões», ainda em exibição em várias salas do nosso país, muito embora a acção que serve de argumento seja também de natureza bélica. Com efeito, o realizador de «A Missão» e de «Killing fields», ao recriar, com engenho e arte, a vida de Josemaria Escrivá, centrou-a no conturbado período da guerra civil espanhola, que o fundador do Opus Dei viveu com especial intensidade, quer quando sofreu, na sua própria carne, as agruras da cruenta perseguição contra a Igreja, quer quando, depois de não poucas vicissitudes, logrou passar para a outra zona. No entanto, a questão política e militar é secundária no guião, centrado nos percursos divergentes do padre católico e de um seu impenitente amigo e ex-colega, em que a recusa inicial da lógica cristã do amor e do perdão se resolve in extremis.

Se é verdade que os pecadores incomodam, os santos incomodam muito mais. As fraquezas evidentes dos nossos semelhantes talvez nos mereçam reparo, mas o vê-las favorece a nossa auto-estima, enquanto a heroicidade das virtudes dos bem-aventurados não só nos envergonha, como denuncia a nossa fé débil, tantas vezes dúbia e vacilante. Há quem tenha tentado superar este doloroso confronto da nossa costumeira tibieza e da exaltada heroicidade dos bem-aventurados, elevando-os a uma outra condição, como se tivessem nascido já predestinados para uma tão excelsa missão que nunca experimentassem as fraquezas de que é capaz o coração humano. Mas não, também os santos, talvez até mais do que o comum dos mortais, sofreram no seu corpo e no espírito todos os combates a que deve fazer frente a natureza humana para corresponder à vocação para a perfeição da caridade, que é o amor. Os santos não foram os que não tiveram que lutar, por terem nascido confirmados no bem, mas os que, mesmo tendo encontrado dragões, interiores e exteriores, os souberam vencer com a ajuda de Deus, estimulada pelo seu constante começar e recomeçar.

É provável que «Encontrarás dragões» não satisfaça alguns devotos de São Josemaria, que acharão que o filme, que não faz a apologia do Opus Dei, apresenta o seu fundador numa desarmante naturalidade e, por isso, aquém da aura mística em que às vezes sonhamos as exemplares vidas dos santos. Como ele próprio referia, via-se apenas e tão só como um pecador que ama Jesus Cristo. Apesar de se sentir «capaz de todos os erros e horrores», como dizia, não desistia do ideal da santidade, não como auto-aperfeiçoamento complacente, mas como resposta ao amor de Deus e da Igreja, que serviu apaixonadamente. E os que o seguem, não seguem a ele, mas a Cristo, como muitos anos antes, as pegadas na neve de um descalço religioso, puseram o jovem Josemaria não no encalço do penitente frade, mas do seu divino Mestre.

É possível também que este filme não agrade aos fiéis seguidores do «príncipe deste mundo». O mundo é complacente com uma Igreja que não censure a sua mundanidade, mas não com os santos que, à imagem e semelhança de Cristo, o venceram. «Daqui resulta», segundo G. K. Chesterton, «o paradoxo da história: cada geração é convertida pelo santo que mais em desacordo com ela está!».

60 anos de sacerdote, 60 horas de adoração! - Aura Miguel

A iniciativa está em curso nos cinco continentes, para assinalar os 60 anos de ordenação sacerdotal de Bento XVI. O aniversário da ordenação é já na próxima quarta-feira, dia 29, festa de São Pedro e São Paulo e nada melhor – para preparar o acontecimento – do que rezar pelo papa e pela santificação dos sacerdotes e vocações diante do Santíssimo Sacramento.

A ideia partiu da Congregação do Clero que enviou uma carta aos bispos de cada uma das 3100 dioceses espalhadas pelo mundo para se unirem a esta iniciativa. Objectivo: testemunhar o nosso afecto e comunhão para com o Papa, gratos pelo seu luminoso serviço a Deus e à Igreja.

A carta, com a data de 13 de Maio deste ano, sugere que as 60 horas de adoração eucarística se prolonguem por este mês, para culminar na Solenidade do sagrado Coração de Jesus, a 1 de Julho. Aqui fica o convite!

sábado, 25 de junho de 2011

Frase do dia

"Na hora da morte, as Missas a que tiver assistido devotamente serão o seu maior consolo."

S. Pio de Pietrelcina

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Individualismo e solidão - Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Mais do que procurarem compreender-se um ao outro, punham-se de acordo. Era tão simples. Bastava deixar que os problemas se resolvessem por si. Desde o dia do casamento — já lá iam cinco anos — um princípio fundamental tinha ficado assente: não discutiriam nunca. Assim — pensavam eles — a paz no lar estaria garantida. E com a paz viria a alegria e o êxito matrimonial. Além disso, a ausência de qualquer tipo de controvérsias evitaria pela raiz a difícil tarefa de perdoar e de pedir perdão.

Com esta filosofia de vida, pouco a pouco e sem darem por isso, foram-se distanciando um do outro. Habituaram-se a uma desunião que não reconheciam como tal. Consideravam que nunca “incomodar” o outro era um sinal de verdadeiro amor. Pensavam que, pelo simples facto de viverem debaixo do mesmo tecto, existiria sempre uma intensa união entre eles.

No entanto, de um dia para o outro e sem se saber porquê, ela começou a ter manifestações de tristeza. Eram desânimos impregnados de uma sensação difusa de solidão. Não conseguia perceber a causa. “Não era a sua vida um mar de rosas?” — perguntava-se. “Não estava ela isenta de discussões? Então, porquê esta sensação tão estranha?”. Não ficou surpreendida com que o seu marido — sempre tão ocupado com as suas coisas — ficasse imperturbado diante desta situação. Há muito tempo que ela se acostumara a que ele não se metesse nos seus domínios privados. Era esse um dos segredos da “felicidade” do casal.

Este relato ajuda-nos a pensar sobre a atitude individualista, tão presente na nossa sociedade. Esta atitude é muitas vezes apresentada como a grande panaceia para evitar todo o tipo de conflitos. “Vive e deixa viver”. “Não te rales com nada”. “Sê tolerante com tudo, desde que não te incomodem”.

O problema é que o individualismo — verdadeiro cancro do relacionamento humano — termina sempre por isolar as pessoas umas das outras. É verdade que não é ideal que um casal esteja constantemente a discutir. E menos ainda que o faça de um modo veemente e diante dos filhos. No entanto, também é verdade que a ausência completa de pequenos desentendimentos não manifesta saúde matrimonial. Muito pelo contrário. Manifesta, isso sim, uma certa atitude de indiferença. E a indiferença — “prima” do individualismo — acaba por gelar o amor humano.

É ingénuo pensar que marido e mulher nunca terão de pedir desculpas um ao outro. Isso é impossível. Cada um de nós, por muito que se esforce, acaba sempre por ofender de algum modo aqueles que são mais próximos. E não existem pessoas mais próximas uma da outra do que aquelas que estão casadas. Por isso, a capacidade de perdoar e de pedir perdão — unida, evidentemente, ao esforço real por não ofender o outro — é de capital importância para a união de um casal. Perdoar é uma demonstração de verdadeiro amor.

Como dizia Paul Johnson: «Os casamentos que duram constroem-se sobre estratos arqueológicos de discussões esquecidas. Os segredos de um casamento bem edificado são a paciência, a tolerância, o domínio de si, a disposição para perdoar e — quando tudo isto falta — uma boa “má memória”. Também ajuda, obviamente, que o marido esteja disposto a carregar com a culpa, como deve ser».

Frase do dia

"Servir os outros, por Cristo, exige que sejamos muito humanos. Se a nossa vida é desumana, Deus nada edificará nela, porque habitualmente não constrói sobre a desordem, sobre o egoísmo, sobre a prepotência. Precisamos de compreender todas as pessoas, temos de conviver com todos, temos de desculpar todos, temos de perdoar a todos. 

Não diremos que o injusto é o justo, que a ofensa a Deus não é ofensa a Deus, que o mau é bom. Todavia, perante o mal, não responderemos com outro mal, mas com a doutrina clara e com a boa acção; afogando o mal em abundância de bem." 

S. Josemaria Escrivá 

Uma questão estatística

Das pessoas que todos os domingos vão à Missa e comungam, gostava de saber qual a percentagem que foi ontem dar testemunho e homenagear o Santíssimo Sacramento, participando na procissão do Corpo de Deus.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Evangelho segundo S. João

Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.»
Então, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?!»
Disse-lhes Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia,
porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele.
Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.»

Jo 6,51-58

Frase do dia

“Admito que não estejas preparada para me receber, mas pensa bem e dá-me para adopção. Deixa-me viver!” 

Cartazes anti-aborto espalhados pelo governo da Hungria

terça-feira, 21 de junho de 2011

O poder dos bobos - João César das Neves

Fala-se muito da influência de filmes, canções, videojogos, publicidade, romances e outras ficções na nossa vida. Hoje a opinião mediática despreza e ridiculariza as referências morais tradicionais - pais, professores, sacerdotes, chefes e responsáveis - enquanto exalta as opiniões de artistas, bandas de música, comediantes e celebridades.

O poder da imagem parece crescente. Foi a 30 de Outubro de 1938 que Orson Welles e o Mercury Theatre on the Air criaram um pânico nos EUA com a emissão radiofónica da novela de H. G. Wells A Guerra dos Mundos de 1898. Também o telefilme O Dia Seguinte, de Nicholas Meyer, emitido a 20 de Novembro de 1983 na ABC, visto por mais de cem milhões de pessoas nessa data, gerou uma depressão nacional com a descrição vívida dos efeitos de um ataque nuclear. Atracção Fatal, de Adrian Lyne (1987), com Michael Douglas e Glenn Close, teve forte impacto nos hábitos pessoais ao mostrar violência na infidelidade conjugal. Desde 1988, Les Guignols de l'info, do Canal+, e desde 1999 o Daily Show da Comedy Central, com Jon Stewart, afectam a vida política francesa e norte-americana.

Para lá destes casos pontuais, será que as séries, filmes e canções que hoje nos inundam a vida moldam o nosso comportamento? Se o fazem, não será para o bem. As preocupações oficiais com a moralidade nos filmes perderam-se nos anos 1960, passando a liberdade de expressão a critério ético absoluto, acima de todos os valores. Como os bons exemplos e temas educativos não criam emoção, cinema e televisão entraram numa espiral imparável de crime, vício, erotismo e aberração. Tem graça que os jornais, que mais apregoam essa influência, sejam os primeiros a declarar a inocência do espectáculo quando se verificam consequências nefastas. Fica-se sem se saber se afinal tem efeitos ou não.

De facto, em grande medida, tudo não passa de uma ficção, criada no ecrã e alimentada pela imprensa. Todos aprendemos desde crianças a distinguir a vida real dos filmes, onde os coelhos sobrevivem a quedas do telhado e no fim todos vivem felizes para sempre. Efeitos comprovados da suposta influência são escassos. É verdade que o meio do espectáculo costuma ser de Esquerda, com ideologias mais românticas e fotogénicas, mas isso não explica a vida política das últimas décadas. Aliás, os principais actores eleitos nos EUA, Ronald Reagan e Arnold Schwarzenegger, foram republicanos.

Desde Plauto e Molière o efeito é nos costumes. A promoção de aborto, divórcio, promiscuidade e pornografia tem no espectáculo sólidos aliados. A enorme campanha à volta do casamento homossexual deve-se à influência dos artistas, principal meio poderoso e endinheirado onde essa orientação domina. Assim se entende que uma questão que interessa apenas a ínfima minoria, com implicações só na imagem, consiga mudar em poucos anos as regras seculares das sociedades. O suicídio colectivo do Ocidente por destruição da família sustenta-se por este meio.

Esse poder traz horríveis efeitos sobre os próprios. O filme Sunset Boulevard, de Billy Wilder (1950), com William Holden, Gloria Swanson e Erich von Stroheim, revelou a miséria humana escondida atrás do brilho de figurinos e cenários. O mundo da fama efémera será sempre falso e abusador, quando não corrupto e criminoso.

Resistimos a esse poder não entrando no enredo. A Forbes Magazine declarou a 18 de Maio Lady Gaga a celebridade mais poderosa do ano. Elton John, de 64 anos, e o seu parceiro David Furnish, de 48, foram nomeados candidatos ao prémio de Pai do Ano pela The Premier Inn Celebrity, devido ao bebé nascido há cinco meses de barriga de aluguer. Que significa isto? Nada. Meros truques mediáticos que escondem mal a miséria de pessoas infelizes, embriagadas ou sacrificadas à imagem.

O poder da ficção é grande, mas somos livres de lhe resistir como a qualquer um que nos queiram impor. Más influências sempre houve, como sempre existiu a capacidade de as enfrentar seguindo as tradições e referências morais. Só os tolos tomam os bobos como referências de vida.

Perito desmente mitos anti-católicos sobre as Cruzadas

O historiador Dr. Paul F. Crawford do Departamento de História e Ciências Políticas da Universidade de Pensilvânia (Estados Unidos), desmente quatro mitos anti-católicos sobre as Cruzadas:

Primeiro mito: "as cruzadas representaram um ataque não provocado de cristãos ocidentais contra o mundo muçulmano"

Crawford assinala que "nada poderia estar mais longe da verdade, e inclusive uma revisão cronológica esclareceria isso. No ano 632, Egipto, Palestina, Síria, Ásia Menor, o norte da África, Espanha, França, Itália e as ilhas da Sicilia, Sardenha e Córsega eram todos territórios cristãos. Dentro dos limites do Império Romano, que ainda era completamente funcional no Mediterrâneo oriental, o cristianismo ortodoxo era a religião oficial e claramente majoritária".

Por volta do ano 732, um século depois, os cristãos tinham perdido a maioria desses territórios e "as comunidades cristãs da Arábia foram destruídas completamente em ou pouco tempo depois do ano 633, quando os judeus e os cristãos de igual maneira foram expulsos da península. Aqueles na Pérsia estiveram sob severa pressão. Dois terços do território que tinha sido do mundo cristão eram agora regidos por muçulmanos".

O que aconteceu, explica o perito, a maioria das pessoas sabem mas só lembra quando "recebem um pouco de precisão": "A resposta é o avanço do Islão. Cada uma das regiões mencionadas foi tomada, no prazo de cem anos, do controle cristão por meio da violência, através de campanhas militares deliberadamente desenhadas para expandir o território muçulmano à custa de seus vizinhos. Mas isto não deu por concluído o programa de conquistas do Islão".

Os ataques muçulmanos contra os cristãos seguiram já não só nessa região mas contra a Europa, especialmente Itália e França, durante os séculos IX, X e XI, o que fez que os bizantinos, os cristãos do Império Romano do Oriente, solicitassem ajuda aos Papas. Foi Urbano II quem enviou as primeiras cruzadas no século XI, muitos anos depois de ter recebido o primeiro pedido.

Para o Dr. Crawford, "longe de não terem sido provocadas, então, as cruzadas realmente representam o primeiro grande contra-ataque do Ocidente cristão contra os ataques muçulmanos que se deram continuamente desde o início do Islão até o século XI, e que seguiram logo quase sem cessar".

Quanto a este primeiro mito, o perito faz uma singela afirmação para entender um pouco melhor o assunto: "basta perguntar-se quantas vezes forças cristãs atacaram Meca. A resposta é obvia: nunca".

Segundo mito: "os cristãos ocidentais foram às cruzadas porque a sua avareza motivou-os a saquear os muçulmanos, para ficarem ricos"

"Novamente –explica– não é verdade". Alguns historiadores como Fred Cazel explicam que "poucos cruzados tinham suficiente dinheiro para pagar suas obrigações em casa e manter-se decentemente nas cruzadas".

Desde o começo mesmo, recorda o Dr. Paul F. Crawford, "as considerações financeiras foram importantes no planeamento da cruzada. Os primeiros cruzados venderam muitas das suas posses para financiar as expedições que geraram uma estendida inflação".

"Embora os seguintes cruzados tenham levado isto em conta e tenham começado a economizar muito antes de embarcar nesta empresa, o gasto seguia estando muito perto do proibitivo", acrescenta.

Depois de recordar que o que alguns estimavam que as Cruzadas iriam custar era "uma meta impossível de ser alcançada", o historiador assinala que "muito poucos enriqueceram com as cruzadas, e os números foram diminuídos de sobremaneira pelos que empobreceram. Muitos na idade Média eram muito conscientes disso e não consideraram as cruzadas como uma maneira de melhorar sua situação financeira".

Terceiro mito: "os cruzados foram um bloco cínico que não acreditava nem na sua própria propaganda religiosa, porque tinham outros motivos mais materiais"

Este, assinala o perito historiador no seu artigo, "foi um argumento muito popular, pelo menos desde Voltaire. Parece credível e inclusive obrigatório para gente moderna, dominada pela perspectiva do mundo materialista".

Com uma taxa de mortalidade que chegava perto de 75 por cento dos que partiam, com uma expectativa de voltar financeiramente destruído, e não poder sobreviver, como foi que a predicação funcionou de tal forma que mais pessoas se unissem?, questiona o historiador.

Crawford responde explicando que "as cruzadas eram apelantes precisamente porque era uma tarefa dura e conhecida, e porque empreender uma cruzada pelos motivos correctos era entendido como uma penitência aceitável pelo pecado. Longe de ser uma empresa materialista, a cruzada não era prática em termos mundanos, mas valiosa para a alma".

"A cruzada era o exemplo quase supremo desse sofrimento complicado, e por isso era uma penitência ideal e muito completa", acrescenta.

O historiador diz que "por mais complicado que seja para que as pessoas de hoje acreditarem, a evidência sugere fortemente que a maioria dos cruzados estavam motivados pelo desejo de agradar a Deus, expiar os seus pecados e colocar as suas vidas ao serviço do ‘próximo’, entendido no sentido cristão".

Quarto mito: "os cruzados ensinaram aos muçulmanos a odiar e atacar a cristãos"

Outra vez, esclarece Paul Crawford, nada está mais afastado da verdade. O historiador assinala que "até muito recentemente, os muçulmanos recordavam as cruzadas como uma instância em que tinham derrotado um insignificante ataque ocidental cristão".

A primeira história muçulmana sobre as cruzadas não apareceu senão até 1899. Por isso, até então, o mundo muçulmano estava a redescobrir as cruzadas, "mas fazia-o com um giro aprendido dos ocidentais".

"Ao mesmo tempo, o nacionalismo começou a enraizar-se no mundo muçulmano. Os nacionalistas árabes tomaram emprestada a ideia de uma longa campanha europeia contra si da escola europeia antiga de pensamento, sem considerar o facto que constituía realmente uma má representação das cruzadas, e usando este entendimento distorcido como uma forma para gerar apoio para suas próprias agendas".

Então, precisa o Dr. Crawford, "não foram as cruzadas as que ensinaram o Islão a atacar e odiar os cristãos. Os factos estão muito longe disso. Essas actividades tinham precedido as cruzadas por muito tempo, e remontam até à origem do Islão. Em vez disso, foi Ocidente quem ensinou o Islão a odiar as Cruzadas. A ironia é grande". in aciprensa

Frase do dia

"Magistério é a designação da tarefa da Igreja Católica de explicar a fé, interpretá-la com a assistência do Espírito Santo e protegê-la de adulterações."

in youcat

sábado, 18 de junho de 2011

A música de Deus - Padre Tolentino Mendonça

A Igreja portuguesa premeia um maravilhoso criador contemporâneo, o compositor Eurico Carrapatoso. Na próxima sexta-feira, em Fátima, D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, entregará o galardão "Árvore da Vida/Padre Manuel Antunes" a um dos nomes mais importantes da nossa cena musical.

Eurico Carrapatoso tem assinado um reportório de invulgar qualidade, num país como o nosso que valoriza ainda pouco o grande contributo cultural e humano que as artes, e nomeadamente as artes musicais, representam. É de toda a justiça iluminar um percurso que, além do mais, sempre tem tentado um diálogo com o nosso cancioneiro tradicional e tem procurado, de forma inspirada, a voz de poetas emblemáticos Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner ou António Manuel Pires Cabral.

Acho que todos podemos perceber alguma razão na sentença célebre de Friedrich Nietzsche: "Sem música, a vida seria um erro". De facto, há dimensões da verdade do homem que a música ilumina melhor do que outras linguagens. Na música, na grande música, percebemos como o Ser Humano só realmente se entende na abertura ao universal, na vizinhança do mistério e do infinito. A música é uma grafia da alma, mais do que uma técnica. Não é ao silêncio que a música se opõe, mas ao ruído. A música toma como matéria o silêncio e entreabre-o, e transfigura-o até ele ressoar, em puro fulgor.

Num discurso em louvor de Mozart, o Papa Bento XVI dá um testemunho cabal do que a música pode representar na celebração dos mistérios cristãos: "Quando, nos dias festivos, se interpretava uma Missa de Mozart na nossa Igreja Paroquial de Traunstein, eu, um simples rapaz do mundo rural, sentia que o Céu se abria em nosso redor. Nuvens de incenso elevavam-se em frente ao presbitério, nas quais o Céu se reflectia; sobre o altar realizava-se um acto sagrado, o qual - bem o sabíamos - permitia para nós a abertura do Céu. Do coro ressoava uma música que só podia provir do Céu, uma música na qual se revelava o júbilo dos anjos à beleza de Deus. Havia algo desta beleza no meio de nós. Tenho de confessar que sempre senti tudo isto ao escutar Mozart".

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Frase do dia

"Lembre-se de que Deus está em nós quando estamos em estado de graça, e não está em nós, por assim dizer, quando estamos em pecado." 

S. Pio de Pietrelcina

O jejum, a oração e a esmola - Santo Agostinho

Os epicuristas, que não esperam vida alguma depois da morte, que não esperam outra coisa senão os prazeres da carne, dizem assim: «comamos e bebamos, que amanhã morreremos» (1Cor 15,32). Mas os cristãos, acreditando de verdade numa outra vida depois da morte, uma vida muito mais feliz, não digam «comamos e bebamos, que amanhã morreremos». Sem esquecer que amanhã morreremos, digam antes «jejuemos e rezemos, que amanhã morreremos», e esse jejum que aqui refiro vos sirva, em terceiro lugar, como preceito irrecusável e indescurável para assim matar a fome a quem é pobre. Se não puderdes jejuar, dai antes de comer àqueles cuja saciedade vos alcançará misericórdia, e digam então os cristãos: «jejuemos, rezemos e demos aos pobres, que amanhã morreremos».

Mas exijo ainda outra coisa, uma terceira condição, pois não quero silenciar aquilo que é necessário observar acima de tudo: que o vosso jejum sirva para saciar a fome do pobre. Se não podeis jejuar, aplicai-vos ainda mais a alimentar aquele cuja fome apaziguada vos obterá o perdão. Eis, pois, aquilo que os cristãos devem dizer: «jejuemos, rezemos e demos aos pobres, que amanhã morreremos».

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Prioridades - Padre Vasco Pinto Magalhães

É fundamental para viver bem ter prioridades, definir uma hierarquia de prioridades, e assim, por exemplo, não pôr em quarto lugar o que devia vir em primeiro, e vice-versa. Mas também é importante ver se as nossas prioridades teóricas coincidem com as prioridades práticas. Muitas vezes não coincidem. Digo que o mais importante da minha vida é esta pessoa ou aquela situação ou é Deus… mas depois a nada disso dou sequer cinco minutos do meu dia. Quer dizer, na prática não é o mais importante da minha vida. Já alguém dizia que a maior distância é a que vai da cabeça ao coração.

Estudantes "gays" correm maiores riscos para a saúde

Os estudantes que dizem ser gays ou bissexuais têm mais probabilidade do que estudantes heterossexuais de se envolverem em condutas de risco e prejudiciais à saúde tal como uso de cigarro, álcool e outras drogas, condutas sexuais de risco, condutas suicidas e violência, de acordo com um estudo realizado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CCPD).

O estudo relatou: “A prevalência entre estudantes gays ou lésbicos era mais elevada do que a prevalência entre estudantes heterossexuais numa média de 63,8% de todas as condutas de risco medidas, e a prevalência entre estudantes bissexuais era mais elevada do que a prevalência entre estudantes heterossexuais numa média de 76,0% de todas as condutas de risco medidas”.


Especificamente, os estudantes gays ou lésbicos tinham índices mais elevados para sete das dez categorias de risco para a saúde (condutas que contribuem para a violência, condutas relacionadas a tentativas de suicídio, uso de álcool, uso de outras drogas, condutas sexuais e controle de peso).

O estudo também revelou que só 1,3% dos estudantes se identificam a si mesmos como gays ou lésbicas nos oito sites em que foram entrevistados sobre sua “identidade sexual”. Uma média de 3,7% disse que eram bissexuais.

Os pesquisadores analisaram dados das Pesquisas de Condutas de Risco entre Jovens conduzidas durante 2001–2009 em sete estados e seis grandes distritos escolares urbanos. Esses sites coletaram dados sobre a identidade sexual dos estudantes do ensino médio (heterossexuais, gays, lésbicas, bissexuais ou indecisos), sexo com contatos sexuais (contato sexual com o sexo oposto apenas, com o mesmo sexo apenas ou com ambos os sexos), ou ambos.


O estudo, “Identidade Sexual, Sexo com Contatos Sexuais e Condutas de Risco de Saúde entre Estudantes nos Graus 9–12 em Sites Selecionados — Vigilância de Condutas de Risco entre Jovens, Estados Unidos, 2001–2009”, foi publicado como um Resumo de Vigilância do Relatório Semanal de Morbidez e Mortalidade. Leia o estudo completo aqui. in noticiasprofamilia

Para quem se anda sempre a queixar do trabalho

O trabalho é a vocação original do homem; é uma bênção de Deus; e enganam-se lamentavelmente aqueles que o consideram um castigo. O Senhor, o melhor dos pais, colocou o primeiro homem no Paraíso – "ut operaretur", para trabalhar. (Sulco, 482)

O trabalho acompanha necessariamente a vida do homem sobre a terra. Com ele nascem o esforço, a fadiga, o cansaço, as manifestações de dor e de luta que fazem parte da nossa existência humana actual e que são sinais da realidade do pecado e da necessidade da redenção. Mas o trabalho, em si mesmo, não é uma pena nem uma maldição ou castigo: os que assim falam não leram bem a Sagrada Escritura.

É a hora de nós, os cristãos, dizermos bem alto que o trabalho é um dom de Deus e que não tem nenhum sentido dividir os homens em diversas categorias segundo os tipos de trabalho, considerando umas tarefas mais nobres do que outras. O trabalho, todo o trabalho, é testemunho da dignidade do homem, do seu domínio sobre a criação. É um meio de desenvolvimento da personalidade. É um vínculo de união com os outros seres; fonte de recursos para sustentar a família; meio de contribuir para o melhoramento da sociedade em que se vive e para o progresso de toda a Humanidade.

Para um cristão, essas perspectivas alargam-se e ampliam-se, porque o trabalho aparece como participação na obra criadora de Deus que, ao criar o homem, o abençoou dizendo-lhe: Procriai e multiplicai-vos e enchei a terra e subjugai-a, e dominai sobre todo o animal que se mova à superfície da terra. (Cristo que passa, 47)
S. Josemaria Escrivá

Oração de Cura - Pe. Duarte Sousa Lara

Pai Santo eu Te louvo e Te bendigo pela Tua bondade e pelo Teu amor, peço-Te, em nome de Jesus, Teu muito amado Filho, meu Senhor e Salvador, que mandes sobre mim o Teu Espírito Santo com todos os seus frutos e dons. Santifica, com a Tua presença, o meu corpo e a minha alma. Concede-me fé forte em Ti e na Tua Palavra. Dá-me a graça de Te amar com todo o meu coração e de Te pôr em primeiro lugar na minha vida, renunciando a todos os meus ídolos, vícios, pecados e defeitos.

Na Tua infinita misericórdia tem compaixão de mim que sou um pecador e perdoa as minhas culpas. Também eu perdoo de todo o coração a todos aqueles que me ofenderam durante a minha vida (ao N. por me ter ...). Livra-me também de todas as ciladas e ataques do Inimigo. Que ele não tenha nenhum domínio sobre mim. Livra-me das seduções do mundo que me afastam de Ti e da Tua Vontade. Livra-me das fraquezas da carne que me empurram para o pecado. Cura o meu corpo de todas as doenças e a minha mente de toda a ansiedade, tristeza ou perturbação.

Sabes bem, que muitas coisas que vivi, desde o dia em que fui concebido no ventre de minha mãe, me marcaram negativamente. Com a graça do Espírito Santo, cura agora Pai Santo, no meu coração todas as feridas que nele encontrares, sobretudo aquelas que surgiram por me ter sentido rejeitado, abandonado, não amado nem compreendido, vítima do ódio, da inveja, da indiferença e da maldade dos homens. Dá-me um coração novo, como o Coração de Jesus, manso, humilde, cheio de alegria, de paz e transbordante de amor. Transforma-me plenamente com o Teu amor. Que eu comece hoje uma vida nova, Te dê glória em tudo o que penso, digo e faço, e, nesta peregrinação para Ti, seja acompanhado e ajudado por Maria, minha querida Mãe, e por todos os Teus Anjos e Santos. Amen.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma questão de dragões - João César das Neves

Nunca mandes saber por quem os sinos dobram; eles dobram por ti." Ernest Hemingway colocou a sua descrição de 1940 da guerra de Espanha debaixo deste verso do poeta seiscentista John Donne. Roland Joffé, numa abordagem ao mesmo tema, fala agora "daquele lugar, dentro de nós, onde encontrarás dragões".

Os horrores da perseguição republicana à Igreja e subsequente guerra civil nos anos 1930 são ambiente apropriado para testar valores em condições extremas. O filme There be Dragons (Encontrarás Dragões, 2011) fá-lo através de dois amigos de infância que seguem caminhos opostos. Na abominação, destaca-se a firme aposta de um deles numa linha de amor, compreensão e misericórdia, até pelo intolerável. O filme brilha pelo retrato de S. Josemaría Escrivá e da sua insólita decisão de seguir a pessoa de Cristo num clima tão adverso. E pelos frutos que daí saem: "Quando perdoamos libertamos sempre alguém: nós próprios."

O belíssimo e profundo enredo valeria por si, com qualquer protagonista. Mas deve sublinhar-se a coragem do autor/realizador em escolher este em particular. A Opus Dei está bem estabelecida no imaginário contemporâneo, mas como encarnação extrema do clericalismo mais sinistro. Joffé não entra em apologéticas. Limita-se a retratar-lhe as origens, dando pistas preciosas para a compreensão da sua natureza. Esta "obra de Deus" nasceu no calvário.

A questão religiosa da nossa Primeira República foi fenómeno paralelo, muito menos cruel. Esse é o tema de O Sol Bailou ao Meio-Dia. A Criação de Fátima, de Luís Filipe Torgal (Tinta da China, 2011), versão revista de uma tese já editada em 2002. O volume trata a história dos primórdios do culto em Fátima e das polémicas que o rodearam. Apesar de hostil, é objectivo, rigoroso e fundamentado e traça um quadro sério e sólido dessa realidade.

O livro pretende demonstrar duas teses que não consegue. Primeiro que "a exposição dos ditos acontecimentos, ocorridos entre Maio e Outubro de 1917, foi desde então sucessivamente reformulada pelos inquiridores e pelos cronistas católicos. (...) A nova e mais elaborada história de Fátima que hoje conhecemos (...) foi, por conseguinte, construída a posteriori pelos historiógrafos católicos e sustentada pela hierarquia da Igreja" (p. 20-21). Leitura atenta do texto, aliás fundamentado em documentos publicados em cuidadosa edição crítica do Santuário, não permite vislumbrar tal manipulação.

A segunda tese é que "foi a Igreja (e/ou certos sectores a ela ligados) que impôs Fátima" (p.20), aproveitando-a para os seus propósitos. Segundo o autor, a Igreja "evoluiu de uma atitude de expectativa prudente (entre Julho e Setembro de 1917), para uma postura de promoção comedida (desde Outubro de 1917) e, mais tarde (sobretudo a partir de 1922), para a apologia evidente das aparições" (p. 21). Seria razoável esperar outra coisa? Era lógica ou até possível a "absoluta imparcialidade" (p. 95) que o livro parece preferir? Não foi aquela evolução que o cardeal Cerejeira retratou ao dizer "foi Fátima que se impôs à Igreja"?

Apesar disso e alguns erros pontuais, o livro fornece um relato rigoroso e informativo. O que mais ressalta é a fragilidade dos argumentos dos críticos de Fátima. Os anticlericais, sem o menor interesse pelos factos, limitam-se a opor-se por razões ideológicas: o que quer que aconteça, aparições e milagres são impossíveis. O mais divertido é chamarem a si mesmos "livre-pensadores".

Outro aspecto curioso que o livro manifesta é o desprezo que os intelectuais têm pelo povo, em geral, e as mulheres em particular. Afirmando-se democratas e liberais, acusam sempre as massas populares de boçais e supersticiosas, simplesmente por não seguirem os seus dogmas positivistas que têm de ser verdadeiros.

Em 2003 o americano Dan Brown quis envolver a Opus Dei, protagonista do filme de Joffé, numa história tonta de superstição, crime e morte n'O Código da Vinci. Há mais de 90 anos que muitos pretenderam fazer o mesmo com Fátima. É sem dúvida uma questão de dragões interiores.

hipócrita

Origem: Wikcionário, o dicionário livre.

Português

Adjetivo


Singular Plural
Masculino
Feminino
Comum aos dois
géneros/gêneros
hipócrita hipócritas

hi..cri.ta

  1. fingido, que não age de acordo com as ideias que demonstra ter
  2. em que há hipocrisia

Substantivo

hi..cri.ta

  1. aquele que demonstra hipocrisia


Etimologia

Do latim hypocrĭta, ae e este do grego ὑποκριτής.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Oração para encontrar objectos perdidos - Santo António

Eu vos saúdo, glorioso Santo António,
fiel protector dos que em vós esperam.
Já que recebestes de Deus o poder especial
de fazer achar os objectos perdidos,
socorrei-me neste momento,
a fim de que, mediante vosso auxílio,
eu encontre o objecto que procuro...

Alcançai-me, sobretudo, uma fé viva,
uma esperança firme, uma caridade ardente
e uma docilidade sempre pronta aos desejos de Deus.
Que eu não me detenha apenas nas coisas deste mundo.
Saiba valorizá-las e utilizá-las
como algo que nos foi emprestado
e lute sobretudo por aquelas coisas
que ladrão nenhum pode nos arrebatar
e nem iremos perder jamais. Assim seja.

domingo, 12 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

Infantários no Quebeque proibidos de falar de religião

A partir de este mês de Junho, todos os infantários do Quebeque estão proibidos de instruir os seus alunos em qualquer matéria de teor religioso, conforme uma decisão da ministra das Famílias, Yolande James.

A medida, que foi decidida no início do ano, mas entrou em vigor este mês, abrange todos os infantários, centros de dia e creches que recebem fundos do Estado, e não apenas as instituições públicas.

Abrangidas são também as instituições detidas por entidades religiosas, desde que usufruam de algum apoio estatal, como são a maioria dos casos. Uma coligação de infantários judaicos, católicos e ortodoxos já anunciou que vai recorrer judicialmente desta decisão.

Curiosamente, a medida não se aplica à transmissão de tradições ou património histórico e cultural. O resultado prático, conforme explicou um assessor da ministra, é que os infantários podem continuar a expor presépios na altura do Natal, por exemplo, mas os educadores estão impedidos de explicar a dimensão religiosa desta tradição.

O ministério contratou 58 inspectores para verificar a adesão das instituições e o cumprimento das novas regras. in RR

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Frase do dia

"Não adiemos os deveres, pois o próximo instante não nos pertence." 

S. Pio de Pietrelcina

Herói electricista recusa emprego em clínica de aborto

O jornal The Catholic Spirit da Arquidiocese de Minneapolis (Estados Unidos) recolheu o testemunho de um eletricista católico que em apesar de estar desempregado desde julho de 2009 -devido à crise económica que ainda afeta o país- rejeitou uma suculenta oferta de trabalho na construção de uma clínica abortista da rede Planned Parenthood.

Em meados de fevereiro, Tim Roach -que tem dois filhos pequenos- recebeu uma ligação do sindicato local sobre uma oferta de trabalho. "Não podia chegar em um momento melhor. Os benefícios por desemprego de Tim estão por acabar. Não podia acreditar que estavam oferecendo um trabalho por um prazo de onze meses com um salário anual de 65 000 a 70 000 dólares", afirma o periódico.

Tim pensou que o emprego era perfeito mas logo recebeu a má notícia. Tratava-se de uma posição na construção da nova clínica da Planned Parenthood na avenida University da cidade de St. Paul.
"Ele (o representante do sindicato) não estava realmente seguro de que iam praticar abortos ali. O rapaz evitou o ponto, acredito, para buscar me atrair e que eu dissesse sim. Mas, me disse a mim mesmo: 'Espere um minuto. É uma da Planned Parenthood'", a maior cadeia de clínicas abortistas do mundo.

Tim segue desempregado e sem perspectivas imediatas de emprego. Felizmente, sua esposa Nicole, de 37 anos, tem um trabalho a tempo completo em uma escola primária. Embora Tim tenha rejeitado a oferta com prontidão - a conversação Telefônica durou apenas um minuto - Nicole tomou mais tempo para acatar sua decisão, sobre tudo porque ela dirige o orçamento familiar e se ocupou da tensão financeira do desemprego prolongado de Tim.

"O primeiro que queria fazer era justificar (aceitar o trabalho)", mas logo percebeu que não era "só uma clínica".

"Em todo este processo, nossa fé se aprofundou. Sentimo-nos como se isto fosse uma prova para nossa fé. Escolhemos manter nossa fé", afirma Nicole e assegura estar impressionada pela reação do seu marido.

"Ele tem essa formação moral que o faz reconhecer imediatamente que isto não é o correto", afirma.

A história de Tim chegou por correio eletrônico ao Padre Erik Lundgren, vice-pároco da paróquia Divina Misericórdia, que Tim freqüenta, e a incorporou em uma de suas homilias.

"Pensei que é um exemplo inspirador para todos em nossa paróquia, sobre o zelo que é necessário que nós os católicos tenhamos no debate pró-vida, na luta pró-vida", afirma o sacerdote.

"É inspirador para mim como um sacerdote. Aqui, na Divina Misericórdia, as palavras, 'Jesus, confio em ti' escritas na nossa pia batismal, e é disto que se trata tudo isto", acrescentou.

Conforme afirma The Catholic Spirit, "Tim continua procurando um trabalho. Em última instância, seu objetivo é começar sua própria empresa, mas terá que ganhar e economizar dinheiro para que isto aconteça. Enquanto isso, está disposto a aceitar qualquer trabalho que possa encontrar".

"Nos últimos seis meses, aprendemos a tomar nossos temores e preocupações e entregá-las a Deus," diz Nicole, sua esposa. "Sentimo-nos orgulhosos de ser católicos e orgulhosos de tomar uma posição contra o aborto", acrescentou. in ACI

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Um cristão é morto a cada cinco minutos por causa da sua fé

Na Conferência Internacional sobre o Diálogo Inter-religioso entre Cristãos, Judeus e Muçulmanos, realizada no último 3 de junho em Budapeste, o representante da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) e perito em temas de liberdade religiosa, Massimo Introvigne, afirmou que a cada ano 105 mil pessoas são assassinados por sua fé cristã. “A cada cinco minutos morre um cristão por causa da sua fé”, alertou o sociólogo italiano.

No evento, organizado pelo governo da Hungria, participaram também outras autoridades religiosas e civis como o diplomata egípcio, Aly Mahmoud, quem afirmou que no seu país, onde estão sendo registrados gravíssimos ataques contra as Igrejas Coptas, serão promulgadas leis que proibirão os imãs muçulmanos de realizar discursos incitando ao ódio e as manifestações hostis junto aos templos das minorias, especialmente a cristã.

“Se essas cifras não gritarem ao mundo, se não se detiver esta praga, se não se reconhecer que a perseguição dos cristãos é a primeira emergência mundial em matéria de violência e de discriminação religiosa, o diálogo entre religiões só produzirá congressos estupendos, mas nenhum resultado concreto”, afirmou Introvigne no seu discurso.

O Arcebispo de Budapeste, cardeal Peter Erdö, também presente na Conferência alertou para o fato que muitas comunidades cristãs no Oriente Médio morrerão porque terão que fugir de lá. “Que a Europa se prepare para uma nova onda imigratória, desta vez de cristãos que fogem da perseguição”, advertiu.

Segundo o boletim italiano pró-vida INFOVITAE, outro facto lamentável é que pelo menos um milhão dos cristãos perseguidos no mundo são crianças. in AIS