sexta-feira, 30 de abril de 2021

O problema da Liberdade segundo o Bispo Fulton Sheen

A liberdade está plantada no espírito. Só as criaturas espirituais e racionais são livres. Só o homem tem determinação própria. Porque, dotado de razão, pode assentar os seus próprios projectos e propósitos e escolher os meios de usá-los. Sua suprema liberdade é obtida quando age dentro da lei de seu ser e escolhe dentre as boas coisas com o fim de alcançar o mais completo enriquecimento e a plenitude de sua personalidade em Deus.

A base de nossa liberdade, bem sabemos, é nossa alma racional. Mas existe uma garantia externa de nossa liberdade, já que não somos puramente espirituais, mas porque somos compostos de corpo e alma, matéria e espírito, necessitamos de algum sinal visível e externo de nossa invisível liberdade espiritual. Ou, se o homem é livre porque tem uma alma espiritual, não deverá haver um sinal externo para essa liberdade interna, algo que possa chamar de seu no mundo exterior, assim como chama a sua alma propriedade dentro de si?

Liberdade significa responsabilidade ou domínio de seus actos. Como pode, porém, esta responsabilidade interna melhor revelar-se externamente do que por meio da posse de alguma coisa material sobre a qual se possa exercer controle? O homem é mais livre em seu íntimo, quando possui alguma coisa no mundo exterior que possa chamar de seu, que possa dar cunho a sua personalidade.

Se o homem não possuísse nenhuma coisa que se pudesse tornar responsável, não seria livre nem dentro, nem fora de si. Deem-lhe, porém, alguma coisa que possa afeiçoar à sua própria imagem e semelhança, assim como Deus o fez à sua imagem e semelhança e o homem será economicamente livre. Tal coisa é a propriedade privada.

A propriedade privada, então, é a garantia económica da liberdade, tal como a alma é sua garantia espiritual -- a prova de que é tão livre em seus actos externos quanto em seu foro íntimo; a garantia de que é a fonte da responsabilidade não apenas no que se refere ao que ele é, mas também ao que possui.

O direito à propriedade privada baseia-se na dignidade da pessoa humana e não num privilégio do Estado. O Estado pode confirmar o direito natural, mas em nenhum sentido o cria. O direito à propriedade está, portanto, fundado na natureza humana. Não é o Estado que nos dá este direito. O homem tem esse direito antes do Estado e o Estado não pode destruí-lo sem destruir a natureza do homem.

Pelo facto de a propriedade em suas relações externas ser o sinal da liberdade, é que a Igreja tem feito da larga distribuição da propriedade privada a pedra angular de seu programa social. 'A riqueza, constantemente aumentada pelo progresso económico e social, deve ser distribuída por entre os vários indivíduos e classes de modo tal que seja alcançado o bem comum de todos' (Quadragesimo Anno).

A Igreja, por saber que a propriedade privada é a garantia económica de uma pessoa ou família, luta por ela. Porque renunciar à propriedade é ficar alguém sujeito a outrem. Se renunciar ao meu direito à propriedade, ficarei sujeito, quer:

1 - Ao Estado ou coletividade, como no comunismo;
2 - Ao próximo, como o capitalismo selvagem o quer;
3 - A Deus, como no voto de pobreza (neste caso, ele tudo possui, mas a tudo renuncia, pois nada tem a desejar).

Porque a abolição da propriedade é o começo da escravidão, opõe-se a Igreja ao capitalismo selvagem que encerra a propriedade nas mãos de poucos e ao comunismo, que confisca inteiramente em nome da colectividade.

Profundamente interessada na liberdade do homem, recorre a Igreja a um meio eficaz: sugere-lhe aquilo que o fará livre, isto é, dá-lhe alguma coisa que ele possa chamar de seu.''

Bispo Fulton Sheen in 'O Problema da Liberdade'


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Santa Catarina de Sena recebeu de Jesus a coroa de espinhos

Enquanto Santa Catarina tratava os doentes foi visitada por Jesus que lhe ofereceu duas coroas: Uma de jóias e outra de espinhos. Perguntou-lhe, então: "Usarás a coroa de espinhos enquanto vives aqui na Terra e receberás a coroa de pedras preciosas na eternidade; ou usarás as jóias aqui na Terra e como tal usarás a coroa de espinhos daí em diante?" 

Catarina agarrou imediatamente a coroa de espinhos pressionando-a contra a sua cabeça. Tal como quando recebeu os estigmas, as marcas eram invisíveis durante a sua vida mas Catarina podia sempre senti-las na sua pele.


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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Os namorados devem viver juntos? Não é boa ideia!

Devem ir morar com o vosso namorado? Parece uma boa ideia porque querem conhecer mesmo bem a pessoa antes de lhe entregar a vossa vida. A maior parte dos namorados que vivem juntos e pensam casar vêem este esquema como uma boa maneira de experimentar, uma forma de terem a certeza de que são compatíveis antes de darem o nó. Afinal de contas, quem é que quer passar por um divórcio?

Pondo de parte todos os factores espirituais relacionados com o sexo antes do casamento, devíamos dar uma olhadela ao que os investigadores descobriram sobre viver juntos antes do casamento. Dois investigadores resumiram os seus resultados de muitos estudos ao dizer que "a expectativa de uma relação positiva entre a união de facto e a estabilidade do matrimónio foi destruída nos últimos anos por estudos feitos em vários países do Ocidente."[1] O que os estudos descobriram é isto: se não se querem divorciar, não vivam juntos até se casarem.

Porque é que é assim? Pensem nos seguintes factos sobre viver juntos antes do casamento: a maior parte dos casais que vivem juntos acabam por nunca se casar, mas os que realmente se casam têm uma taxa de divórcio de quase 80% mais alta do que os que esperaram até ao casamento para viverem juntos.[2] 

Os casais que viveram juntos antes do casamento também têm mais conflitos no matrimónio e pior comunicação, e vão mais frequentemente aos conselheiros de matrimónios.[3] 

As mulheres que viveram com outra pessoa antes do casamento têm uma probabilidade três vezes maior para enganar os seus maridos dentro do casamento.[4] O Departamento de Justiça dos EUA descobriu que as mulheres que vivem com o namorado antes do casamento têm sessenta e duas vezes mais probabilidade de serem agredidas pelo namorado-lá-de-casa do que por um marido.[5] 

Além disso têm três vezes mais probabilidade de ficarem deprimidas do que as mulheres casadas,[6] e os casais têm menor satisfação sexual do que os que esperaram por casar.[7]

Do ponto de vista da duração do matrimónio, paz no matrimónio, fidelidade no matrimónio, segurança física, bem-estar emocional e satisfação sexual, a união de facto não é bem a receita para a felicidade. Até o USA Today diz: "Poderá isto ser verdadeiro amor? Façam o teste no namoro, não a viver juntos antes do casamento."[8] Mesmo que não pensem que o vosso namorado vai ser um abusador ou que vão ficar deprimidas, as taxas de divórcio falam por si mesmas.

Como todos nós, vocês sonham com um amor que dura. Se querem mesmo fazer essa relação durar, salvem o vosso casamento antes dele começar e não vão viver com o vosso namorado antes do casamento.

in ChastityProject.com

[1]. William G. Axinn and Arland Thornton, “The Relation Between Cohabitation and Divorce: Selectivity or Casual Influence?” Demography 29 (1992), 357–374.
[2]. Cf. Bennett, et al., “Commitment and the Modern Union: Assessing the Link Between Premarital Cohabitation and Subsequent Marital Stability,” American Sociological Review 53:1 (February 1988), 127–138.
[3]. Elizabeth Thompson and Ugo Colella, “Cohabitation and Marital Stability: Quality or Commitment?” Journal of Marriage and the Family 54 (1992), 263; John D. Cunningham and John K. Antill, “Cohabitation and Marriage: Retrospective and Predictive Consequences,” Journal of Social and Personal Relationships 11 (1994), 90.
[4]. Koray Tanfer and Renata Forste, “Sexual Exclusivity Among Dating, Cohabiting, and Married Women,” Journal of Marriage and Family (February 1996), 33–47.
[5]. Chuck Colson, “Trial Marriages on Trial: Why They Don’t Work,” Breakpoint, March 20, 1995.
[6]. Lee Robins and Darrell Regier, Psychiatric Disorders in America: The Epidemiologic Catchment Area Study (New York: Free Press, 1991), 64.
[7]. Marianne K. Hering, “Believe Well, Live Well,” Focus on the Family, September 1994, 4.
[8]. William Mattox, Jr., “Could This be True Love? Test It with Courtship, Not Cohabitation,” USA Today, February 10, 2000, 15A (usatoday.com).


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Traje tradicional dos noivos na Polónia




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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Muita paciência para os animais e pouca para as pessoas

O mundo moderno encontra-se cheio de diversas formas de adoração dos animais; uma religião geralmente acompanhada com o sacrifício humano.

No entanto, ouve-se falar muito pouco sobre os reais predicados dos animais. Um deles é, seguramente, essa inocência de ser privado da monotonia. Talvez essa simplicidade resulte da inexistência de pecado.

Eu próprio possuo a necessidade da surpresa, embora eu aprecie a nova estrada bem como a velha estrada. Mas tenho muito mais cansaço do que o meu cão pois encontro monotonia na repetição de brincadeiras e não desato a saltar de alegria à volta das pessoas.

Eu seria incapaz de crueldade para com os animais mas receio dizer que muitos de nós, sob o argumento de detestar a crueldade para com os animais, têm uma excessiva paciência para com os animais.

Muita paciência, sobretudo comparada com a falta de paciência que demonstram para com os seres humanos.

G.K. Chesterton in 'A Nova Jerusalém'


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A Presença de Deus

A santificação através da consciência permanente da Presença de Deus nas nossas vidas, mais ainda nas nossas almas, quando estamos na Sua Graça, é uma prática, ou melhor, uma espiritualidade cujas raízes se encontram nos Evangelhos.
 

A Santa Isabel da Trindade[1][2], uma carmelita, foi-lhe concedida a enorme Graça do reconhecimento interior da Presença de Deus Uno e Trino na sua alma. Vivia, por isso, quotidianamente, mergulhada no Mistério de Deus em si. Por isso, afirmava que já vivia o Céu na terra. De facto, o Céu, ultimamente, é Deus: a plena Comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

 

Evidentemente que nestes textos telegráficos que vou enviando, não irei desenvolver esta espiritualidade, verdadeiramente infundida pelo Espírito Santo[3].


E, assim, enunciarei somente breves tópicos:


a) Quem assim vive ou aprende a viver estará praticamente imune aos ataques do Maligno (suposta, é claro, a vida Sacramental habitual).


b) Um confrade Sacerdote contou-me que a partir, não da confissão sacramental, mas somente de algumas conversas espirituais entendeu que a pessoa que o consultava experimentava uma grande dificuldade em vencer-se num pecado sexual. Este Padre, com uma audácia temerária, um dia disse-lhe. Faz então isso que costumas fazer aqui à frente de mim. A pessoa sentiu-se chocada, envergonhada e incapaz do acto, como era de esperar. Pelo que o Sacerdote lhe disse, se tu só pelo facto da minha presença, ultrapassas-te a tentação e o pecado, muito mais alcançarás fazê-lo se tiveres consciência da Presença de Deus que a tudo e a todos está presente.


c) Quanta gente, talvez em especial jovens, que usa uma linguagem indecorosa e que se comporta muito inadequadamente, estando na presença de adultos ou, pelo menos de pessoas que respeitam, se comportam como pessoas muito bem-educadas? Pois, com maior razão o farão se praticarem este exercício da consciência da Presença de Cristo e da Trindade.


d) É triste que esta Espiritualidade não seja pregada e ensinada habitualmente, uma vez que se perdem muitas Graças e se evitariam muitos pecados.

 

À honra de Cristo. Ámen.


Padre Nuno Serras Pereira

[2] Isabel Catez nasceu, no campo militar de Avor, perto de Bourges, França. O seu pai era capitão do exército francês. Desde muito cedo que Isabel mostrou ser uma criança turbulenta, muito viva, faladora, precoce e de temperamento colérico. A sua mãe quando fala dela nalgumas cartas chama-a «autêntico diabinho». E a sua irmã não hesita em escrever que era «um verdadeiro diabo». Chega mesmo a dizer que era tão violenta que os familiares a ameaçaram enviar para uma casa de correcção. 


No entanto, a sua mãe, atenta, soube modelar a fúria de Isabel e fazer sobressair nela a ternura e docilidade. E de tal maneira a ternura ganhou terreno que o maior castigo de Isabel acontecia quando a sua mãe, à noite, se despedia dela sem lhe dar um beijo. Então, Isabel compreendia que não se tinha portado bem, e, meditando fazia exame de consciência e corrigia-se. Isabel era ainda uma criança quando a sua família se mudou para a cidade de Dijon. Aqui Isabel perdeu o pai tão querido que a morte lhe roubou. O dia da primeira comunhão, a 19 de Abril de 1891, foi «o grande dia» da vida de Isabel. 


Tinha então 10 anos, pois nascera no dia 18 de Julho de 1880. Estudou piano desde os 8 anos de idade no Conservatório, vindo a tornar-se uma «excelente pianista», segundo expressão do seu professor de música. Participou em concertos organizados, e, os jornais falaram do seu grande talento ainda mal a menina Catez chegava aos pedais do piano. Entre músicas e festivais, bailes, férias e diversões foram decorrendo os anos de Isabel. 


Aos catorze anos sentiu-se irresistivelmente atraída por Jesus. Aos 18 a sua mãe pretendeu casá-la com um esplêndido noivo, mas Isabel respondeu: «o meu coração já não está livre, dei-o ao Rei dos reis, já dele não posso dispor». O desgosto da mãe foi grande. Mas foi mais amargo quando soube que Isabel queria entrar no Carmelo, que tantas vezes tinham visitado, pois ficava ali a dois passos. A mãe apenas consentiu a entrada da filha no Carmelo quando alcançou a maioridade, aos 21 anos. No dia 2 de Agosto de 1901, Isabel entra definitivamente nessa bela montanha do Carmo que pela sua solidão e beleza a atraiu irresistivelmente. A partir de então o seu nome será Irmã Isabel da Santíssima Trindade. «Gosto tanto do mistério da Santíssima Trindade! É um abismo no qual me perco. Deus em mim, eu n’Ele. É o grande sonho da minha vida. Para uma carmelita viver é estar em comunhão com Deus desde a manhã até à noite, e desde a noite até de manhã. Se Deus não enchesse as nossas celas e os nossos claustros, oh!, como tudo seria vazio! Mas é Ele que enche toda a nossa vida fazendo dela um céu antecipado». 

A irmã Isabel tomou o hábito a 8 de Dezembro de 1901. Iniciada a vida de noviciado a paz e a felicidade mudou-se em noite escura; foi o momento da purificação interior. Com a profissão religiosa, que fez a 11 de Janeiro de 1903, recuperou a paz e a serenidade interior. Depressa a Irmã Isabel descobriu a sua vocação. Lendo S. Paulo descobriu que ela devia ser o «louvor da glória de Deus». Esta ideia e esta vocação serão o rumo e o norte de Isabel da Santíssima Trindade: «louvor de glória» é uma alma que mora em Deus e O ama com amor puro, amante do silêncio qual lira mantida sob o toque misterioso do Espírito Santo, fazendo sair de si harmonias divinas. 

«Louvor de glória» é uma alma que contempla a Deus em fé simples e permanece como um eco perene do eterno cântico celeste. O segredo da felicidade é não se preocupar consigo mesmo, é negar-se em todo o momento». 

Seguindo o Caminho que é Cristo, a Irmã Isabel entrou no mistério de Deus através de Maria a quem gosta de chamar a Porta do céu. Seguindo os nossos pais e mestres~, Teresa de Jesus e, sobretudo, João da Cruz, de quem constantemente fala nos seus escritos, Isabel mergulha no mistério das Três Pessoas Divinas, nesse Oceano sem fundo que é a Santíssima Trindade e que ela se sente envolvida por dentro e por fora. Tal como S. João da Cruz se sentiu fascinado pela formosura de Deus, também Isabel da Trindade se sente atraída pela beleza de Deus. Isabel gostava de ver o sol penetrar nos claustros e recordar aquela comparação de Santa Teresa que dizia que a alma é como um cristal que reflecte a Deus. A nossa irmã deixou-nos este testemunho: «cada dia na minha vida de esposa me parece mais belo, mais luminoso, mais envolto em paz e amor». 


Mas foi a vivência total daquela frase de S. João da Cruz: «a alma perfeita e unida a Deus em tudo encontra alegria e motivo de deleite até naquilo que entristece os outros, e sobretudo alegra-se na cruz» que levou a Irmã Isabel a perder-se em Deus como uma gota de água no Oceano, segundo a sua própria expressão. Foi o perfeito louvor da glória de Deus, por isso, apenas com 26 anos se encontrava preparada para voar para a paz: «tudo é calma, tudo fica tranquilo e é tão bom, a paz do Senhor». 

Nos finais de Março de 1906, a Irmã Isabel foi colocada na enfermaria. Sentia-se feliz por morrer carmelita e escreve esta frase que é uma cópia do verso de S. João da Cruz: «sem outro ofício senão o de amar, estou na enfermaria». As Irmãs rezavam pela sua cura e Isabel juntou o seu pedido às orações da comunidade, mas sentiu que Jesus lhe dizia que os ofícios da terra já não eram para ela. No dia 1 de Novembro comungou pela última vez e dois dias antes da sua morte disse ao seu médico: «é provável que dentro de dois dias esteja no seio da Santíssima Trindade. É a Virgem Maria, aquele ser tão luminoso, tão puro, com a pureza do mesmo Deus, quem me levará pela mão e me introduzirá no céu tão deslumbrante». Pouco antes da sua morte, Isabel disse às suas Irmãs esta frase tão bela e que ficou célebre: «Tudo passa! No entardecer da vida só o amor permanece». Frase que se parece com aquela outra de S. João da Cruz, também muito bela e conhecida: «à tarde serás examinado no amor». A sua última noite foi terrivelmente penosa, pois às suas horríveis dores juntou-se-lhe também a falta de ar, mas ao amanhecer Isabel sossegou, e inclinando a cabeça abriu os olhos, e exclamou: «vou para a Luz, para o Amor, para a Vida», e adormeceu para sempre. Era a madrugada do dia 9 de Novembro de 1906. 

[3] “Ó meu Deus, Trindade que eu adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente, para me estabelecer em vós, imóvel e pacífica como se já a minha alma estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundeza do vosso Mistério. Pacificai a minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada amada e o lugar de vosso repouso. Que nunca aí eu vos deixe só, mas que esteja lá inteiramente, toda acordada em minha fé, perfeita adoradora, toda entregue à vossa Acção criadora. 

Ó meu Cristo amado, crucificado por amor, quereria ser uma esposa para o vosso Coração, quereria cobrir-vos de glória, quereria amar-vos… até morrer de amor! Mas sinto a minha incapacidade e peço-vos para me «revestirdes de vós mesmo», para identificar a minha alma com todos os movimentos de vossa alma, me submergir, me invadir, e vos substituir a mim, a fim que a minha vida não seja senão uma irradiação da vossa Vida. Vinde a mim como Adorador, como Reparador e como Salvador. Ó Verbo eterno, Palavra do meu Deus, quero passar a minha vida a escutar-vos, quero tornar-me inteiramente dócil ao vosso ensino, a fim de tudo aprender de vós.”



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terça-feira, 27 de abril de 2021

Revolução sexual: Tolos ou Mentirosos

Os actuais defensores da Revolução Sexual – esse grande pântano de esgoto, miséria humana, famílias disfuncionais, entretenimento decadente e advogados – garantem que a ruptura antropológica mais radical que a humanidade alguma vez conheceu, a desvinculação entre o casamento, a procriação e os simples factos da vida, não terá qualquer efeito (nenhum, não se preocupem) sobre o casamento, a procriação, a família e a vida comunitária.

Ao que eu respondo: “Não foi isso que disseram das outras vezes?” Precisamente qual das previsões dos revolucionários sexuais é que se confirmou?

Disseram-nos que a liberalização das leis de divórcio não teria qualquer efeito, nenhum, não se preocupem, sobre as taxas de divórcio. A nova lei apenas tornaria o divórcio menos doloroso para o casal e, por isso, menos doloroso para os filhos. Porque aparentemente existem “bons” divórcios.

Através de uma demonstração milagrosa de simpatia e maturidade fora do alcance da sua idade, as crianças ficariam felizes por ver os seus pais felizes. Aliás, de outra forma a sua felicidade não seria possível. Ninguém se deu ao trabalho de perguntar como é que os pais poderiam ser felizes perante a infelicidade dos seus filhos. Mas os revolucionários enganaram-se em relação a isso. Ou então estavam a mentir, das duas, uma.

Disseram-nos que toda a gente fazia “aquilo”, sendo que “aquilo” se tornou gradualmente mais imoral e antinatural, e basearam as suas afirmações em investigação levada a cabo pelo pedófilo e fraude Alfred Kinsey. Ver com bons olhos a fornicação, disseram, não mudava nada, apenas libertava as pessoas da censura e permitia-lhes fazer aberta e honestamente aquilo que até então tinham feito desonestamente e em segredo. 

Em apenas uma geração a relação entre os sexos transformou-se completamente até que as raparigas e os rapazes que queriam praticar a normal virtude da prudência, e até a mais difícil virtude da castidade, se viram isolados e sós. Antigamente o coração de um rapaz entraria em sobressalto se a rapariga lhe desse um beijo. Agora, mal consegue fingir um bocado de afecto se ela não o levar ao clímax. Também aqui os revolucionários se enganaram. Ou então estavam a mentir.

Disseram-nos que a pornografia era um passatempo inocente para uma minoria que gostava. Não tinha nada a ver com violência, não seria prejudicial para a cultura. Seria possível proteger os nossos filhos dela. Não teria qualquer efeito, nenhum, não se preocupem. Vale a pena sequer comentar esta? Enganaram-se, ou então estavam a mentir.

Disseram-nos que com a pílula ia haver menos crianças concebidas fora do casamento, e que a liberalização das leis do aborto não afectaria, de todo, não se preocupem, o número de mulheres que o procuram. O Papa Paulo VI, na Humanae Vitae, previu o contrário. Actualmente 40% das crianças na América nascem fora de casamentos, a maior parte cresce sem um lar estável. Segundo o próprio Supremo Tribunal, o aborto tornou-se uma parte tão intrínseca da vida de uma mulher, como uma protecção de último recurso contra fazer um filho quando se faz a coisa que faz filhos, que não pode ser limitado. Mais uma vez, os revolucionários enganaram-se, ou estavam a mentir.

Talvez deva dizer que estavam a mentir outra vez, porque as provas que levaram até ao tribunal tinham sido sempre um monte de mentiras.

Disseram-nos que o facto de pequenas crianças serem introduzidas ao prazer sexual por pessoas queridas e mais velhas não tinha grande mal, a não ser que os pais reagissem de forma exagerada. Durante algum tempo tiveram de se esquecer que o tinham dito, mas agora que a Igreja Católica pôs a casa em ordem outra vez estão a esquecer-se de que se tinham esquecido e começam a cantar novamente a mesma melodia: não tem qualquer mal, nenhum, não se preocupem. Estavam, e estão, enganados, ou estavam e estão a mentir.

Não se preocupem... 

Disseram-nos que as leis de igualdade de género não resultariam em consequências absurdas, como o envio de mulheres para as frentes de combate, casas de banho unissexo e a normalização da homossexualidade. Não teria qualquer efeito, nenhum, não se preocupem. Enganaram-se, ou estavam a mentir.

Em que é que acertaram? Alguma vez as relações entre homens e mulheres estiveram mais marcadas pela suspeita, raiva e vergonha? De acordo com os seus próprios testemunhos, as nossas faculdades são agora selvas incontroláveis de assédio e violação. Não era assim antes de os revolucionários meterem mãos à obra.

Disseram-nos que o aborto não conduziria à eutanásia. Agora dizem ainda bem que o aborto conduziu à eutanásia mas dizem que a eutanásia, a morte medicamente assistida, não levará à matança de idosos sem o seu consentimento. Mas por acaso isso já aconteceu. Todos os dias há idosos a serem sujeitos a asfixia lenta e supostamente indolor, em todos os hospitais do país. Não terá qualquer efeito, nenhum, não se preocupem.

Disseram-nos que o alargamento da noção (não a realidade, que é impossível, mas a pretensão) de casamento a pessoas do mesmo sexo não teria qualquer efeito, nenhum, sobre qualquer outra coisa no país. Não afectará o que os nossos filhos aprendem na escola, não afectará o número de jovens a experimentarem coisas antinaturais, não afectará a liberdade religiosa, não afectará a liberdade de expressão.

Não poderia ter qualquer efeito sobre essas coisas porque, garantiram-nos, o comportamento em questão é perfeitamente natural, levado a cabo por pessoas perfeitamente saudáveis. Não teria qualquer efeito, nenhum, não se preocupem, agora concordem ou sejam destruídos.

Alguma vez as previsões desta gente se confirmaram? Porque é que havemos de confiar neles agora?

Anthony Esolen in 'Catholic Thing' (Traduzido no blog 'Actualidade Religiosa')


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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Um cristão pode utilizar o eneagrama? Pe. Duarte Sousa Lara responde

Um cristão pode utilizar o eneagrama? É melhor não. O eneagrama é um modelo de estudo da personalidade que agrupa os diferentes caráteres em nove (εννέα) tipos. Do ponto de vista científico, ainda não existe nenhum consenso acerca da sua validade entre os vários estudiosos. 

Do ponto de vista da fé, apresenta-se como uma prática que induz ao gnosticismo, ou seja, a procurar a salvação no conhecimento, e nesta linha foi criticado abertamente num documento do Pontifício Conselho para a Cultura, em que se afirmava que: 

"[A] gnose nunca se retirou completamente do terreno do cristianismo, mas sempre conviveu com este, às vezes sob a forma de corrente filosófica, mais frequentemente com modalidades religiosas ou pararreligiosas, em convicto, se não mesmo em declarado, contraste com aquilo que é essencialmente cristão. Pode ver-se um exemplo disto no eneagrama, o instrumento para a análise do caráter segundo nove tipos, o qual, quando vem utilizado como meio de crescimento espiritual, introduz ambiguidade na doutrina e na vida da fé cristã." (1)

Padre Duarte Sousa Lara in 'Demónio, exorcismo e oração de libertação em 40 questões'

(1) O documento do Pontifício Conselho para a Cultura pode ser lido aqui (em inglês): Uma reflexão cristã sobre o 'New Age'


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domingo, 25 de abril de 2021

Uma Missa em Portugal depois do 25 de Abril

A Mãe de um amigo nosso encontrou recentemente uma carta que escreveu a uma amiga quando tinha 15 anos. A época foi o pós-25 de Abril, em pleno "Verão quente". As Missas não escaparam à revolução e o texto mostra a perplexidade de uma rapariga de 15 anos que não percebia porque é que de repente a Missa já não era como tinha sido até aí.

«No outro dia, o primeiro Domingo que cá passámos, calcula lá que o senhor prior, segundo as suas ideias religiosas a que tu já estás a par, resolveu perguntar aos presentes, não habituais àquelas “reuniões ou assembleias”, como diz o senhor prior, quais eram as suas paróquias e onde se situavam!! 

Depois começou imediatamente com a 1ª leitura, seguindo-se a 2ª e por fim a 3ª! Vê lá, o senhor prior chama 3ª leitura ao Evangelho, e lê-o sentado! Claro que nós nos levantamos sempre, mas desta vez fui embalada no ritmo e não percebi sequer quando se leu o Evangelho. 

Depois segue-se a homilia (palavra que não é usada no vocabulário do senhor prior, assim como pecado, Eucaristia, missa, porque são palavras que nem todos entendem, e em vez de as explicar, substitui-as, isto é o cúmulo). 

Mas como ia a dizer, na homilia todos falam: o senhor prior e os católicos presentes, de tal maneira que chegaram (nós não!) (nem queríamos porque não é próprio não achas?) a discutir o problema dos católicos serem acusados de reaccionários ao ajudarem os desalojados de Angola. Mas como havia quem discordasse, cada um falava, e ouvia-se um burburinho dos comentários pessoais, e isto em plena homilia. 

A Mãe, não pôde mais e teve de sair. Nós ficámos, e depois a Mãe voltou para a Eucaristia. O senhor divide a missa em duas partes: primeira – leitura e sua explicação; segunda – Eucaristia. A primeira dura só 58 min e a segunda 12 min! Quer dizer a parte principal dura 1/5 da parte das “leituras”!»

24/08/1975 – Algures nos arredores de Lisboa


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Família que reza junta permanece junta



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quinta-feira, 22 de abril de 2021

O importante papel do portador de lanterna durante o canto das Matinas

Ficar acordado durante as longas leituras dos Nocturnos (NT: as Matinas estão divididas em vários Nocturnos) era, evidentemente, um problema nos Mosteiros. O costume de Cluny prevê que um portador de lanterna perambule pelo coro para se certificar de que todos estão acordados. Se ele se depara com um monge que adormeceu durante as orações, não fala, apenas move suavemente a lanterna para frente e para trás perto do seu rosto até que acorde.

C.H. Lawrence in 'Medieval Monasticism'


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A melhor coisa deste mundo e do outro é ser santo

"A melhor coisa deste mundo e do outro é ser santo. A razão é clara: porque a melhor coisa absolutamente é Deus; e os que mais participam de Deus, são os que neste mundo vivem em sua graça, e no outro em sua glória; e estes são os Santos."


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terça-feira, 20 de abril de 2021

Quem são os Apóstolos dos Últimos Tempos? Responde S. Luís Maria Grignion de Montfort

56. Mas quem serão esses servidores, esses escravos e filhos de Maria?

Serão verdadeiros Apóstolos dos últimos tempos, e o Senhor das virtudes lhes dará a palavra e a força para fazer maravilhas e alcançar vitórias gloriosas sobre seus inimigos; dormirão sem ouro nem prata, e, o que é melhor, sem preocupações, no meio de outros padres, eclesiásticos e clérigos, “inter médios cleros” (Sl 67,14) e, no entanto, possuirão as asas prateadas da pomba, para voar, com a pura intenção da glória de Deus e da Salvação das almas, aonde os chamar o Espírito Santo, deixando após si, nos lugares em que pregarem, o ouro da caridade que é o cumprimento da lei (Rm 13, 10).

Sabemos, enfim, que serão verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, andando nas pegadas de sua pobreza e humildade, do desprezo do mundo e caridade, ensinando o caminho estreito de Deus na pura verdade, conforme o santo Evangelho, e não pelas máximas do mundo, sem se preocupar nem fazer acepção de pessoa alguma, sem poupar, escutar ou temer nenhum mortal, por poderoso que seja. Terão na boca a espada de dois gumes da palavra de Deus; e em seus ombros ostentarão o estandarte ensanguentado da cruz, na direita, o crucifixo, na esquerda o rosário, no coração os nomes sagrados de Jesus e Maria, e, em toda a sua conduta, a modéstia e a mortificação de Jesus Cristo.

Eis os grandes homens que hão de vir, suscitados por Maria, em obediência às ordens do Altíssimo, para que o seu império se estenda sobre o império dos ímpios, dos idólatras, e dos maometanos. Quando e como acontecerá? Só Deus o sabe!...Quanto a nós, cumpre calar-nos, orar, suspirar e esperar: Expectans exspectavi (Sl 39,2)



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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Carta aberta a D. Athanasius Schneider sobre as vacinas

A Sua Excelência Ilustríssima e Reverendíssima
D. Athanasius Schneider
Bispo Titular de Celerina
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Maria Santíssima em Astana

Excelência Reverendíssima,

Muitos, em todo o mundo, leram a intervenção de Vossa Excelência de 19 de Fevereiro de 2021 – Unmasking COVID-19: Vaccines, Mandates, and Global Salute – com grande consolação, reconhecendo-vos como uma rara e preciosa voz da verdade.

Mesmo na Itália, associações e grupos comprometidos com o direito à vida não ficaram indiferentes. Muitos encontraram no apelo de Vossa Excelência a um «novo movimento pela vida», que combata, «de modo claro e inequívoco, contra os medicamentos contaminados pelo aborto, contra o abuso de partes do corpo do nascituro», um poderoso estímulo para repensar a acção, não abandonando, certamente, o meritória batalha travada até agora ao longo de décadas, mas, pelo contrário, levando-a a uma coerente completude na nova perspectiva de uma crítica integral relativa à legitimidade ética e jurídica do uso de células embrionárias e fetais no âmbito da experimentação e da indústria farmacêutica e cosmética (e afins).

Esta nossa resposta quer ser uma resposta de adesão ao Vosso apelo de 19 de Fevereiro.

A defesa da vida humana inocente desde a concepção até à morte natural não pode admitir compromissos ou excepções. Ou é intransigente e integral, ou não é! Ou é lúcida e rigorosamente coerente, ou não é!

Reconhecer que o ser humano é pessoa desde a concepção e nunca deixa de o ser, qualquer que seja o estado clínico físico-psíquico em que se possa encontrar até à morte natural, implica, necessariamente, o dever reconhecer como homicídio qualquer supressão da vida humana, sem distinção alguma relativa à idade ou às condições pré-natais ou pós-natais da vítima.

A supressão da vida humana inocente não só é sempre gravemente ilícita, do ponto de vista moral, mas ocorre que seja sempre reprovada juridicamente. A condenação penal do homicídio, seja qual for a idade pré-natal ou pós-natal da vítima, é exigida pela justiça, necessária em todos os ordenamentos jurídicos.

Nenhuma ordem jurídica positiva pode exigir ser reconhecida como legítima contemplando a possibilidade de suprimir legalmente um ser humano inocente. Da mesma forma, nenhum ordenamento jurídico positivo pode presumir a legitimidade prevendo a possibilidade legal de reificar e instrumentalizar a vida humana inocente para fins de investigação e/ou de produção (farmacêutica, cosmética, alimentar).

Uma sociedade que não só tolera, mas passa a considerar normal o uso sistemático e habitual de células derivadas da matança de pessoas inocentes em idade pré-natal para os mais diversos fins, parece ter perdido a razão e a justiça, bem como a capacidade de juízo ético.

Quem defende o direito à vida, para não cair numa contradição funesta, só pode ser inequívoco no afirmar a absoluta ilegitimidade moral e jurídica de qualquer forma de aborto voluntário (cirúrgico ou químico-farmacológico), assim como de qualquer produção e criopreservação de embriões humanos, de manipulação e exploração de embriões humanos, de infanticídio, de eutanásia, de suicídio assistido. Mas isso ainda não é suficiente!

É imprescindível que os defensores da vida humana, para não se condenarem à incoerência e/ou à irrelevância, atentem para o facto de que a produção, a reificação e a manipulação dos embriões humanos, assim como a exploração de células fetais obtidas de seres humanos em idade pré-natal, é parte, hoje, de um enorme e global sistema económico, técnico e industrial.

Condenar o aborto sem, porém, condenar aquela enorme estrutura tecno-produtiva do uso reificante/instrumentalizador da vida humana em idade pré-natal, senão hipocrisia, é, certamente, miopia intelectual e operacional.

A batalha em defesa da vida humana, hoje, não pode deixar de ser TAMBÉM compromisso contra aquelas práticas e aquelas estruturas que degradam a vida inocente a reserva de material biológico, aproveitável no campo da experimentação e da produção.

É, acima de tudo, uma batalha cultural. Trata-se de rejeitar, da maneira mais clara, aquela cultura do desejo que considera o ser humano em idade pré-natal como disponível para qualquer fim, até mesmo para se tornar um material de consumo.
É uma tarefa a ser realizada de todos os ângulos e da maneira mais eficaz, inclusive para chamar a atenção de todos os homens:

– na rejeição de QUALQUER produto (farmacêutico, cosmético, alimentar) que apresente até mesmo o mínimo vínculo com a supressão da vida humana inocente;

– no boicotar (por exemplo, recusando-se a ser clientes, accionistas, obrigacionistas, etc.) TODAS as empresas que façam uso de células embrionárias e/ou fetais na própria actividade produtiva ou experimental.

Trata-se, então, de actuar sobre o plano jurisprudencial e legislativo, para que seja legalmente reprovado e penalmente sancionado qualquer uso de células embrionárias e fetais humanas obtidas a partir da supressão da vida humana inocente e, ao mesmo tempo, seja proibido qualquer comércio de células e/ou tecidos humanos.

Isso NÃO contra a medicina e a farmacêutica, mas por uma produção eticamente conduzida dos medicamentos e dos cosméticos. Nenhuma vacina, nenhum medicamento, nenhum cosmético, nenhum alimento deve ser produzido ou experimentado usando células embrionárias e/ou fetais humanas obtidas da morte de um inocente. Qualquer utilização e comércio de tecidos e células embrionárias/fetais humanas, derivadas da supressão da vida inocente, é moralmente inaceitável e deve ser legalmente excluída.

Isto evidencia-se no empenho integral e coerente para as associações e os grupos que levam a sério a defesa da vida humana.

Portanto, estamos empenhados em dar continuidade ideal e actuação generosa ao apelo lançado por Vossa Excelência a 19 de Fevereiro de 2021.

Pedimos a Vossa bênção,

Mirco Agerde – Movimento Mariano Regina dell’Amore
Gianfranco Amato – Giuristi per la Vita
Antonio Brandi – Associazione Pro Vita & Famiglia
Giorgio Celsi – Associazione Ora et labora in difesa della Vita
Francesco Fontana – Associazione Iustitia in Veritate
Giovanni Formicola – Opzione Benedetto
Massimo Viglione – Confederazione dei Triarii



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Há 16 anos foi eleito o Papa Bento XVI e nós estávamos lá!




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domingo, 18 de abril de 2021

Normalidade no final da Missa celebrada pelo Papa Francisco

Domingo - 11 de Abril de 2021 - igreja Santo Spirito in Sassia (Roma)


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15 boas razões para acreditar na Ressurreição

1. HAVIA UM TÚMULO VAZIO
Os fundadores de outras “fés” estão ainda enterrados ou foram cremados e as suas cinzas foram espalhadas por países estrangeiros. Jesus não. Os académicos modernos podem afirmar o que quiserem nos seus programas televisivos...a verdade é que o túmulo estava vazio.

2. O TÚMULO TINHA UM SELO ROMANO
Um pedaço de barro estava preso a uma corda (esticada à volta de uma pedra) e ao próprio túmulo. O selo romano estava estampado no barro. Quem quebra o selo, quebra a lei; e quem quebra a lei, morre.

3. O TÚMULO TINHA GUARDA ROMANA DE SERVIÇO
A guarda era constituída de pelo menos quatro homens (possivelmente mais), soldados altamente treinados. Estes soldados eram especialistas em tortura e combate, não se assustariam facilmente  por um bando de pescadores ou cobradores de impostos. Caso adormecessem ou abandonassem o seu posto, violariam a lei, o que resultaria na sua morte.

4. O TÚMULO TINHA UMA PEDRA À SUA FRENTE
A maior parte dos académicos afirma que a pedra pesaria pelo menos duas toneladas, com provavelmente dois metros e meio de altura. Seria claramente necessário uma equipa para a levantar ou arrastar, não seria trabalho para um ou dois homens.

5. HOUVE VÁRIAS APARIÇÕES PÓS-RESSURREIÇÃO, A CENTENAS DE PESSOAS
Durante seis semanas, Ele apareceu a diversos grupos de variados tamanhos em locais diferentes. Uma vez, apareceu a mais de quinhentas pessoas – um número grande demais para ser uma fraude. Já para não falar que as pessoas a quem Ele aparecia não o viam simplesmente, mas comiam com Ele, andavam com Ele, tocavam-Lhe…Jesus até um pequeno-almoço preparou (Jo 21, 9).

6. O MARTÍRIO DAS TESTEMUNHAS É PROVA
Deixariam as pessoas para trás o seu trabalho, família e vida, iriam até ao fim do mundo, seriam horrível e brutalmente mortas e abandonariam as suas crenças religiosas anteriores, acerca da salvação, só para espalhar uma mentira? Ninguém, enquanto era decapitado, entregue aos leões, queimado em óleo, ou na fogueira, ou até crucificado ao contrário, mudou a sua história. Pelo contrário, cantaram hinos de louvor e confiança, sabendo que o Senhor que derrotou a morte os elevaria também.

7. A IGREJA PERDURA
Se a Ressurreição fosse mentira, ter-se-ia apagado há anos. A Igreja é a maior e mais velha instituição de qualquer tipo, na história da humanidade. A Igreja surgiu com os Apóstolos, após o dia de Pentecostes, no ano em que Cristo ascendeu ao Céu. Ela conquistou impérios, defendeu-se de ataques (quer vindos de dentro quer de fora) e cresceu, apesar dos seus membros pecadores, porque foi fundada por Cristo, e é guiada e protegida pelo Espírito Santo. A Igreja, tal como Cristo, é tanto divina como humana.

8. JESUS PROFETIZOU QUE IA ACONTECER
Jesus anunciou às pessoas que ia acontecer. Para Ele não foi uma surpresa. E não disse apenas: “Eu serei morto” (que outros também poderiam ter previsto) mas também que “Ao fim de três dias se levantaria dos mortos.” Estes detalhes não são ironias, coincidências ou adivinhações — são profecias, e as verdadeiras profecias vêm de Deus.

9. ESTAVA PROFETIZADO NO ANTIGO TESTAMENTO
Já era anunciado séculos antes do próprio Cristo ter nascido ou ressuscitado. Centenas de profecias acerca do Messias, o que Ele diria, faria, como viveria e como morreria… foram anunciadas por pessoas escolhidas por Deus (a maioria sem nunca se ter conhecido, já agora). Isaías, Jeremias, Zacarias, Oseias, Miqueias, ou Elias (só para nomear alguns) todos apontavam para a morte e Ressurreição de Cristo, séculos antes de acontecer.

10. O DIA DO SENHOR MUDOU
Após a Ressurreição, milhares de judeus (quase de um dia para o outro) abandonaram os séculos de tradição de celebrar o Sábado (dia do Senhor) no último dia da semana e passaram a santificar o primeiro dia da semana, o dia em que o Senhor, Jesus Cristo, venceu a morte e selou a nova e eterna aliança com Deus.

11. AS PRÁTICAS DOS SACRIFÍCIOS MUDARAM
Os Judeus sempre foram ensinados (e ensinavam assim os seus filhos) que era necessário oferecer um sacrifício de carne (animal) uma vez por ano, para remissão dos seus pecados. Após a Ressurreição, os judeus convertidos na altura, grande parte deles, pararam estes sacrifícios.

12. É ÚNICA ENTRE TODAS AS RELIGIÕES
Nenhum outro líder religioso, em qualquer altura, afirmou ser Deus, excepto Cristo. Nenhum outro líder religioso alguma vez fez as coisas que Jesus fez. Nenhum outro líder religioso se provou com a Ressurreição. Confúcio morreu. Lao-zi morreu. Maomé morreu. Joseph Smith morreu. Sidarta Gautama (Buda) morreu. Cristo ressuscitou dos mortos.

13. A MENSAGEM VALIDA-SE POR SI MESMA
Um coração humilde é muito mais esclarecido e iluminado do que a lógica ou razão. Um verdadeiro crente não precisa de todos os factos para crer na Ressurreição, porque o Espírito Santo revela-nos Cristo, intima e poderosamente. S. Paulo fala disto. Corações duros e cegos nunca verão Deus, até aceitarem que não são Deus.

14. O MILAGROSO FIM ENCAIXA COM A VIDA MILAGROSA
Não se percebe a lógica? Jesus curou os cegos, os surdos e dos mudos. Alimentou as multidões, curou os leprosos e curou os pecadores. Fez com que os coxos andassem e trouxe outros de volta à vida. Multiplicou comida, andou sobre as águas e acalmou tempestades apenas com a Sua voz. O milagre da Sexta-Feira Santa é que Ele não fez nenhum milagre. Ele morreu. O milagre do Domingo de Páscoa é que Ele ressuscitou dos mortos – um fim miraculoso para uma vida miraculosa. O que mais poderíamos esperar?

15. (E A ÚNICA RESPOSTA QUE REALMENTE PRECISAMOS) . . .  JESUS CONTINUA A SER RESPOSTA
O mundo não pode oferecer nenhuma cura para o sofrimento. O mundo pode ignorá-lo, insultá-lo, debatê-lo, bombardeá-lo, medicá-lo…mas não existe nenhuma cura ou sentido para o sofrimento sem olhar para Jesus Cristo. N’Ele, o nosso sofrimento faz sentido e vale a pena. Longe d’Ele, o sofrimento não tem qualquer sentido e é estéril. A fonte da eterna juventude não existe. Não existe uma droga miraculosa. Não existe cura para a morte, excepto Jesus Cristo. O que é ilógico é pensar que o Deus da Vida não deseja que vivamos eternamente.

“Como é que alguns de entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. Mas se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé. E resulta até que acabamos por ser falsas testemunhas de Deus, porque daríamos testemunho contra Deus, afirmando que Ele ressuscitou a Cristo, quando não o teria ressuscitado, se é que, na verdade, os mortos não ressuscitam. Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé e permaneceis ainda nos vossos pecados.” (1Cor 15, 12-18)

Irmãos e Irmãs, porque sabemos o que aconteceu na Última Ceia, na cruz e no sepulcro há 2000 anos, conhecemos Deus-Pai intimamente, caminhamos com o Filho diariamente e somos guiados pelo Espírito Santo eternamente. Esta é a verdade, e que bela verdade é.

Mark Hart in lifeteen.com


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sábado, 17 de abril de 2021

A Alegria como arma contra o Diabo segundo São Francisco de Assis

São Francisco afirmava: «Contra todas as maquinações e ardis do inimigo, a minha melhor defesa continua a ser o espírito da alegria. O diabo nunca fica tão contente como quando consegue arrebatar a alegria à alma de um servo de Deus. Ele tem sempre uma reserva de poeira que sopra na consciência através de qualquer orifício, para tornar opaco o que é límpido; mas em vão tenta introduzir o seu veneno mortal num coração repleto de alegria. Os demónios não podem nada contra um servo de Cristo que encontram repleto de santa alegria; enquanto uma alma desgostosa, melancólica e deprimida se deixa facilmente submergir pela tristeza ou absorver por prazeres enganosos.»

Eis por que ele mesmo se esforçava por manter sempre o coração alegre, por conservar esse óleo da alegria com o qual a sua alma tinha sido ungida (Sl 44, 8). Tinha grande cuidado em evitar a tristeza, a pior das doenças, e, quando sentia que ela se começava a infiltrar na sua alma, recorria imediatamente à oração. «À primeira perturbação, dizia ele, o servo de Deus deve levantar-se, pôr-se em oração e permanecer diante do Pai até que Ele lhe faça recuperar a alegria própria daquele que foi salvo» (Sl 50,14).

Com os meus próprios olhos o vi eu por vezes apanhar do chão um pedaço de madeira, colocá-lo sobre o braço esquerdo e raspá-lo com um pau como se tocasse com o arco na viola; assim, fazia de conta que acompanhava [com música] os louvores que cantava ao Senhor em francês.

Tomás Celano in 'Vita Secunda de São Francisco', §§ 125 e 127


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O que é o Culto?

CULTO RELIGIOSO é o acto pelo qual manifestamos a Deus, aos seus Anjos e aos seus Santos a devida honra e reverência. A Deus, e só a Deus, nas três Pessoas divinas como na sagrada Eucaristia, é devido culto de Latria (adoração).

Culto de Dulia é a honra devida aos Santos, em atenção às virtudes sobrenaturais que praticaram e à glória que gozam junto de Deus. Culto de Hiperdulia é a honra devida à Virgem Maria por ser Mãe de Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem. 

O culto pode ser: a) Interior, se não passa da mente ou do coração; bExterno, se é manifestado por atos do corpo; c) Individual, se é praticado por alguma pessoa; d) Social, se é praticado socialmente ou em comum; e) Absoluto, se a honra é dirigida imediatamente a Deus ou aos Santos; f) Relativo, se é dirigido imediatamente às imagens e às relíquias dos Santos; g) Público, se é praticado em nome da Igreja e por pessoas pela Igreja a isso consagradas; h) de outro modo é culto Privado.

O fim do culto é o homem dar glória a Deus e imitar os seus Santos. Não se diminua, porém, o culto de Deus por causa do culto dos Santos, cujas imagens se vêem. Os Santos têm culto público e universal. Os Beatos têm culto público segundo a concessão feita pelo Romano Pontífice, limitada a alguma Ordem
Religiosa ou a algum lugar. 

Os Servos de Deus, isto é aqueles que morreram com fama de santidade, assim como os Veneráveis, isto é, aqueles de cujas virtudes heróicas já existe um Decreto canónico, não podem ter culto público. Não é proibido, porém, prestar-lhes culto privado, rezando-lhes, tendo as suas imagens, mesmo nas paredes da igreja, mas sem auréola.

Padre José Lourenço in Dicionário da Doutrina Católica



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sexta-feira, 16 de abril de 2021