Doutor da Igreja e autor da Vulgata. São Jerónimo foi viver para a Terra Santa - levando uma vida de grande penitência - de modo a aprender hebraico e traduzir para latim toda a Sagrada Escritura. Esta tradução chama-se Vulgata e continua a ser a tradução mais fidedigna da Santa Escritura.
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
domingo, 29 de setembro de 2024
Profissão de Fé publicada por D. Athanasius Schneider no dia de São Miguel Arcanjo
Profissão de Fé em Jesus Cristo e na Sua Igreja como o único caminho para Deus e para a salvação eterna
Cremos e professamos inabalavelmente o que o Magistério ordinário e universal da Igreja tem ensinado, contínua e infalivelmente, desde o tempo dos Apóstolos, a saber,
Que a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado e único Salvador da Humanidade, é a única religião querida por Deus.
Após a instituição da Nova e Eterna Aliança em Jesus Cristo, ninguém poderá ser salvo pela adesão aos ensinamentos e às práticas das religiões não-cristãs. Porque «a oração, que se dirige a Deus, deve estar ligada a Cristo, Senhor de todos os homens, único Mediador (1Tm 2, 5; Heb 8, 6; 9, 15; 12, 24), o único por quem temos acesso a Deus (Rm 5, 2; Ef 2, 18; 3, 12).» (Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas, n. 6)
Cremos firmemente que «sob o céu, nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos.» (Act 4, 12), além do nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que foi crucificado e a quem Deus ressuscitou dos mortos (cf. Act 4, 10).
Cremos que é «contrário à fé católica considerar a Igreja como um caminho de salvação ao lado dos constituídos pelas outras religiões, como se estes fossem complementares à Igreja, ou até substancialmente equivalentes à mesma, embora, como se diz, convergindo com ela para o Reino escatológico de Deus.» (Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração Dominus Iesus, 21)
Acreditamos e guardamos, ademais, que a Revelação Divina, fielmente transmitida pelo Magistério perene da Igreja, proíbe afirmar
Que todas as religiões são caminhos para Deus,
Que a diversidade das identidades religiosas é um dom de Deus e que
A diversidade das religiões é uma expressão da vontade sábia de Deus Criador.
Acreditamos e afirmamos, portanto, que os cristãos não são simplesmente “companheiros de viagem” juntamente com os que aderem a falsas religiões – o que é proibido por Deus.
Imploramos fervorosamente a ajuda da graça divina para todos os clérigos que, hoje em dia, através das suas palavras e acções, contradizem a verdade divinamente revelada sobre Jesus Cristo e a Sua Igreja como o único caminho pelo qual os homens podem alcançar Deus e a salvação eterna.
Possam, estes clérigos, com a ajuda da graça divina, ser capazes de fazer uma retractação pública, necessária para o bem da sua própria alma e da alma dos outros. Pois «não aceitar Cristo é o maior perigo para o mundo!» (Santo Hilário de Poitiers, In Matth. 18).
Possam os Pastores da Igreja, e principalmente o Papa Francisco, pelas orações, lágrimas e sacrifícios de todos os verdadeiros filhos e filhas da Igreja e especialmente dos “pequeninos” na Igreja, receber a graça de imitar os Apóstolos, inúmeros Mártires, tantos Romanos Pontífices e uma multidão de Santos, especialmente São Francisco de Assis, que «era um homem católico e inteiramente apostólico, que se empenhou pessoalmente e ordenou aos seus discípulos que se
ocupassem antes de tudo com a conversão dos pagãos à Fé e à Lei de Cristo» (Papa Pio XI, Encíclica Rite expiatis, 37).
Cremos e, com a graça de Deus, estamos prontos a dar a vida por esta verdade divina pronunciada por Jesus Cristo: «Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim» (Jo 14, 6).
+ Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Maria Santíssima de Astana
com os participantes da Conferência de Identidade Católica 2024
Pittsburgh, 29 de Setembro de 2024
Oração a São Miguel Arcanjo
Sancte Michael Archangele, defende nos in praelio, contra nequitias et insidias diaboli esto praesidium: Imperet illi Deus, supplices deprecamur, tuque, Princeps militiae caelestis, satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, divina virtute in infernum detrude. Amen.
Português:
São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate, sede o nosso auxílio contra as maldades e as ciladas do demónio. Instante e humildemente vos pedimos que Deus sobre ele impere. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perdição das almas. Ámen.
sábado, 28 de setembro de 2024
D. Athanasius Schneider: “Papa Francisco contradisse todo o Evangelho"
A afirmação do Papa Francisco em Singapura, de que todas as religiões são um caminho para chegar a Deus, é “claramente contra a revelação divina”, disse o Bispo Athanasius Schneider à EWTN.com.
O Bispo está, neste momento, nos Estados Unidos a promover o seu novo livro “Flee from Heresy”. A declaração de Francisco “contradiz todo o Evangelho, onde Jesus Cristo disse: Ninguém vai ao Pai senão por mim”.
D. Athanasius repete: “Com esta declaração, infelizmente, o Papa Francisco contradiz claramente o primeiro mandamento de Deus e todo o Evangelho”.
Ele explica que também São Pedro negou Cristo e que já aconteceu na História, embora raramente, que um sucessor de Pedro tenha feito declarações contrárias à verdade divina.
Questionado sobre a nomeação do teólogo pró-homossexual Don Maurizio Chiodi como conselheiro do Dicastério para a Doutrina da Fé, D. Schneider disse: “Como Bispo, não posso criticar as nomeações papais. Essa é uma tarefa do Papa”. Acrescentou que os teólogos que contradizem o ensinamento da Igreja não são certamente uma ajuda para o Papa.
Relativamente ao chamado “pecado contra a sinodalidade”, o Bispo Schneider comentou que este é inventado e não se encontra na revelação divina. D. Athanasius chama-lhe um instrumento para minar a revelação divina.
in gloria.tv
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
Humildade e sofrimento
A humildade e o sofrimento libertam o homem
de todo o pecado; a humildade acaba com as paixões espirituais, o sofrimento
com as corporais.
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
15 sacerdotes que também foram cientistas
Qual a relação entre a ciência e a fé? Serão opostas? Não. Ciência e fé são totalmente compatíveis e a vida destes homens é prova irrefutável disso. Aqui está uma lista de 15 sacerdotes que também foram cientistas:
1) São Silvestre II, Papa (945-1003)
Foi o primeiro Papa francês da história. Foi um grande matemático e introduziu na França o sistema decimal islâmico e o uso do zero, facilitando assim os cálculos.
1) São Silvestre II, Papa (945-1003)
Foi o primeiro Papa francês da história. Foi um grande matemático e introduziu na França o sistema decimal islâmico e o uso do zero, facilitando assim os cálculos.
2) Robert Grosseteste (1175-1253)
Sendo bispo da diocese de Lincoln (Inglaterra), foi um estudioso em quase todas as áreas de conhecimento da sua época. Também foi precursor da filosofia moderna, introduzindo o pensamento aristotélico na Universidade de Oxford.
3) Santo Alberto Magno (1193-1280)
Renomado sacerdote dominicano, bispo e Doutor da Igreja. Também foi filósofo, geógrafo e um químico famoso, descobriu o arsénio.
4) Roger Bacon (1214-1294)
Franciscano conhecido como Doutor Admirável. É um dos precursores do método científico moderno. Já no seu tempo ele dizia “a matemática é a porta e a chave de toda ciência”.
5) Jean Buridan (1300-1375)
Clérigo secular francês e precursor da mecânica de Newton por meio da sua noção de ímpeto que explicava o movimento de projécteis e objectos em queda livre. Essa teoria pavimentou o caminho para a dinâmica de Galileu e para o famoso princípio da inércia, de Isaac Newton.
6) Nicolau Oresme (1323-1382)
Foi teólogo e bispo de Lisieux e também um génio intelectual. Talvez seja o pensador mais original do século XIV, por sua actividade como economista, matemático, físico, astrónomo, filósofo, psicólogo e musicólogo. Descobriu a refracção atmosférica da luz.
7) Nicolau Copérnico (1475-1543)
Este sacerdote oriundo da Polónia é o pai da astronomia moderna por meio da sua teoria heliocêntrica. Também foi matemático, astrónomo, jurista, físico, político, líder militar, diplomata e economista.
8) Francesco Maria Grimaldi (1618-1663)
Sendo jesuíta, construiu e usou os instrumentos para medir características geológicas na lua e desenhou um mapa que foi publicado por Giovanni Battista Riccioli. Também descobriu a difracção da luz.
9) Giovanni Battista Riccioli (1598-1671)
Astrónomo jesuíta italiano considerado como um pioneiro da astronomia lunar. Foi a primeira pessoa a medir a taxa de aceleração de um corpo em queda livre.
10) Athanasius Kircher (1602-1680)
Este sacerdote jesuíta foi um dos cientistas mais importantes do período barroco. Era poliglota, erudito e estudioso orientalista. Usando um microscópio rudimentar, examinou doentes com peste e observou de forma pioneira os vermes, construiu um aparelho para projectar imagens, conhecido como lanterna mágica (1646) e relacionou peste bubónica com putrefacção.
11) Nicolau Steno (1638-1686)
É considerado o pai da geologia. Era um polímata, médico, e anatomista dinamarquês. Aderiu ao catolicismo na vida adulta, morreu como bispo missionário. Após converter-se ao catolicismo, foi ordenado padre em 1675, tendo sido ordenado bispo dois anos depois. Veio a falecer em 1686, tendo sido beatificado pelo Papa João Paulo II em 1988.
12) Ruder Boskovic (1711-1787)
Físico, astrónomo, matemático, filósofo, poeta e sacerdote jesuíta da República de Ragusa (hoje Croácia). Influenciou nas obras de Faraday, Kelvin, Einstein, etc.
13) Gregor Mendel (1822-1884)
Sendo bispo da diocese de Lincoln (Inglaterra), foi um estudioso em quase todas as áreas de conhecimento da sua época. Também foi precursor da filosofia moderna, introduzindo o pensamento aristotélico na Universidade de Oxford.
3) Santo Alberto Magno (1193-1280)
Renomado sacerdote dominicano, bispo e Doutor da Igreja. Também foi filósofo, geógrafo e um químico famoso, descobriu o arsénio.
4) Roger Bacon (1214-1294)
Franciscano conhecido como Doutor Admirável. É um dos precursores do método científico moderno. Já no seu tempo ele dizia “a matemática é a porta e a chave de toda ciência”.
5) Jean Buridan (1300-1375)
Clérigo secular francês e precursor da mecânica de Newton por meio da sua noção de ímpeto que explicava o movimento de projécteis e objectos em queda livre. Essa teoria pavimentou o caminho para a dinâmica de Galileu e para o famoso princípio da inércia, de Isaac Newton.
6) Nicolau Oresme (1323-1382)
Foi teólogo e bispo de Lisieux e também um génio intelectual. Talvez seja o pensador mais original do século XIV, por sua actividade como economista, matemático, físico, astrónomo, filósofo, psicólogo e musicólogo. Descobriu a refracção atmosférica da luz.
7) Nicolau Copérnico (1475-1543)
Este sacerdote oriundo da Polónia é o pai da astronomia moderna por meio da sua teoria heliocêntrica. Também foi matemático, astrónomo, jurista, físico, político, líder militar, diplomata e economista.
8) Francesco Maria Grimaldi (1618-1663)
Sendo jesuíta, construiu e usou os instrumentos para medir características geológicas na lua e desenhou um mapa que foi publicado por Giovanni Battista Riccioli. Também descobriu a difracção da luz.
9) Giovanni Battista Riccioli (1598-1671)
Astrónomo jesuíta italiano considerado como um pioneiro da astronomia lunar. Foi a primeira pessoa a medir a taxa de aceleração de um corpo em queda livre.
10) Athanasius Kircher (1602-1680)
Este sacerdote jesuíta foi um dos cientistas mais importantes do período barroco. Era poliglota, erudito e estudioso orientalista. Usando um microscópio rudimentar, examinou doentes com peste e observou de forma pioneira os vermes, construiu um aparelho para projectar imagens, conhecido como lanterna mágica (1646) e relacionou peste bubónica com putrefacção.
11) Nicolau Steno (1638-1686)
É considerado o pai da geologia. Era um polímata, médico, e anatomista dinamarquês. Aderiu ao catolicismo na vida adulta, morreu como bispo missionário. Após converter-se ao catolicismo, foi ordenado padre em 1675, tendo sido ordenado bispo dois anos depois. Veio a falecer em 1686, tendo sido beatificado pelo Papa João Paulo II em 1988.
12) Ruder Boskovic (1711-1787)
Físico, astrónomo, matemático, filósofo, poeta e sacerdote jesuíta da República de Ragusa (hoje Croácia). Influenciou nas obras de Faraday, Kelvin, Einstein, etc.
13) Gregor Mendel (1822-1884)
Agostiniano austríaco, pai da genética por descobrir a origem da herança genética, através de pesquisas que conduziu com diferentes ervilhas. As chamadas “Leis de Mendel” falam da transmissão dos caracteres hereditários.
14) Georges Lemaitre (1894-1966)
Sacerdote belga, astrónomo e professor de física. Lemaitre propôs o que ficou conhecido como teoria da origem do Universo do Big Bang, que ele chamava de “hipótese do átomo primordial“, ou também conhecido como “ovo cósmico”, que posteriormente foi desenvolvida por George Gamow.
15) Manuel Carreira (1931)
Sacerdote jesuíta, teólogo, filósofo e astrofísico espanhol. É membro do Observatório Vaticano e ele tem trabalhado em numerosos projectos para a NASA. É um firme defensor da compatibilidade entre ciência e fé.
in pt.churchpop
14) Georges Lemaitre (1894-1966)
Sacerdote belga, astrónomo e professor de física. Lemaitre propôs o que ficou conhecido como teoria da origem do Universo do Big Bang, que ele chamava de “hipótese do átomo primordial“, ou também conhecido como “ovo cósmico”, que posteriormente foi desenvolvida por George Gamow.
15) Manuel Carreira (1931)
Sacerdote jesuíta, teólogo, filósofo e astrofísico espanhol. É membro do Observatório Vaticano e ele tem trabalhado em numerosos projectos para a NASA. É um firme defensor da compatibilidade entre ciência e fé.
in pt.churchpop
terça-feira, 24 de setembro de 2024
Nossa Senhora das Mercês, padroeira dos escravos
Nossa Senhora das Mercês é um dos títulos da Virgem Maria. A devoção originou-se na Espanha, daí também ser conhecida por Nossa Senhora das Mercedes. A Virgem é a protectora dos cristãos cativos dos mouros (muçulmanos) em África, principalmente os marinheiros e mercadores subjugados no Mar Mediterrâneo.
A Ordem Real e Militar de Nossa Senhora
das Mercês da Redenção dos Cativos foi fundada por S. Pedro Nolasco e S.
Raimundo de Peñafort, em 1223, por ocasião da libertação dos escravos cristãos,
tendo a Igreja generalizado a festa em 1696.
A 1 de Agosto de 1223, São
Pedro Nolasco foi agraciado com uma Aparição de Nossa Senhora, a qual lhe indicou os meios para libertar os cristãos das mãos dos mouros. Investiu toda a sua fortuna, e arrecadou somas avultadas com pessoas caridosas, a fim de resgatar cristãos escravos que tiveram a infelicidade de cair em poder dos muçulmanos.
Maria Santíssima, mostrando grande satisfação pelo bem que fizera aos cristãos, deu-lhe a ordem de fundar uma congregação como fim determinado da Redenção dos cativos. Pedro comunicou isso a São Raimundo de Peñafort, seu confessor e ao Rei Jaime, e grande surpresa teve, quando deles soube, que ambos, na mesma noite, haviam tido a mesma aparição. foi criada a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, e Pedro foi nomeado o grão-mestre da Ordem, sendo depois canonizado com o nome de São Pedro Nolasco. Foi elaborada a constituição da regra da nova Ordem, que teve gratíssimo acolhimento do povo e dos nobres. Já em 1235, uma nova regra obteve aprovação da Santa Sé. Deste modo, a devoção à Virgem das Mercês foi-se espalhando por toda a Europa.
A devoção chegou a Portugal, onde se difundiu de Alenquer para Santarém e para Lisboa, e foi levada pelos frades mercedários para o Brasil, onde floresceram diversas confrarias, formadas principalmente por escravos, os quais consideravam Nossa Senhora das Mercês padroeira da sua libertação.
in Pale Ideas
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
Dia do Padre Pio
Hoje é dia de S. Pio de Pietrelcina, mais conhecido por Padre Pio. Este grande santo do século XX tinha multidões à sua procura, mas apesar disso foi sempre muito humilde. Foi incompreendido e injustamente perseguido pelos próprios superiores, mas apesar disso foi sempre muito obediente.
Era um grande místico, foi muitas vezes atacado pelo demónio. Tinha os estigmas (as chagas do crucificado), que sangravam constantemente. Tinha também o dom da ubiquidade (ou bilocação), sendo visto por testemunhas em sítios diferentes à mesma hora. Além disso tinha o dom de saber os pecados das pessoas, alertando quando se esqueciam de confessar algum pecado e tendo confessado o próprio Pai no leito de morte dizendo os seus pecados quando este já não o conseguia fazer.
Passava horas a fio no confessionário e vinham pessoas de muito longe para se confessarem ao Santo, cuja fama ultrapassara há muito as fronteiras italianas. Um dia foi lá o próprio demónio, e eis como o Padre Pio conta o episódio:
"Um dia, estava eu a ouvir confissões, um homem veio para o confessionário onde eu estava. Ele era alto, esbelto, vestido com refinamento, era cortês e amável. Começou a confessar os seus pecados, que eram de todo tipo: contra Deus, contra os homens e contra a moral. Todos os pecados eram aberrantes!
Por cada acusação, depois da minha correcção fazendo uso da Palavra de Deus, o Magistério da Igreja e a moral dos santos, este enigmático penitente opunha-se às minhas palavras justificando, com habilidade extrema e cortesia, todo o tipo de pecado. E isto não só para os pecados contra Deus, Nossa Senhora e os santos, que indicava de forma irreverente sem nunca dizer os seus nomes, mas também para os pecados que eram os mais sujos que é possível imaginar.
As respostas que este desconhecido dava à minha argumentação, com hábil subtileza e fina malícia impressionaram-me. Comecei a perguntar-me “Quem é este? De que mundo vem? Quem será? E tentei olhar bem para ele, ler alguma coisa na sua face; ao mesmo tempo concentrei-me em cada palavra para dar-lhe o juízo correcto que merecia.
Mas de repente através de uma luz interna vívida e brilhante eu reconheci claramente quem ali estava. Com voz forte e imperiosa ordenei-lhe: "Diga Viva Jesus, Viva Maria" Assim que pronunciei estes doces e poderosos nomes, Satanás desapareceu imediatamente numa nuvem de fogo, deixando um fedor insuportável."
sábado, 21 de setembro de 2024
Porta Pia: ainda por resolver a questão Igreja-Estado 150 anos depois
O Estado que ocupou Roma a 20 de Setembro de 1870 é o estado liberal moderno que rompeu os laços com a lei natural e divina como fontes de legitimidade. Surge de um acto de força, portanto não tem legitimidade, que é sempre um facto moral: o que respeita a ordem natural e finalística das coisas é legítimo, o que não o respeita é violência ilegítima, mesmo que tenha o sufrágio da maioria . Uma questão que até a Igreja evita esclarecer.
A questão da captura de Roma a 20 de setembro de 1870 não deve ser descartada, nem mesmo na sua versão de facto providencial que finalmente teria libertado a Igreja do lastro do poder temporal. Deve ser examinado em todos os seus aspectos que, no entanto, não são apenas históricos, mas também de princípio, digamos teóricos.
Isso colocava e ainda levanta o problema da legitimidade do Estado. Pio IX excomungou, então, o Estado italiano e o rei Vittorio Emanuele II e, assim, reafirmou os critérios correctos para considerar um Estado como legítimo, começando com o critério mais combatido e tenazmente negado então e agora, que é: dar legitimidade a um Estado (ou removê-la como no caso da Porta Pia) fica a cargo da Igreja. A posição de Pio IX também apresenta outros aspectos, mas este parece-me o fundamental e altamente actual, porque com o passar do tempo parece não ter sido resolvido, aliás a questão da legitimidade do Estado foi abandonada e quase ninguém o apresenta: os Estados existem e o simples facto de existirem também os legitima.
O estatuto (a constituição diríamos hoje) do Estado italiano proclamado em 1861 ainda continha a referência a Deus e considerava que o Rei de Itália o era por vontade de Deus, termo que foi retomado pelo Estatuto do Reino de Sabóia, posteriormente estendido a quase toda a península. No entanto, sabemos que essa expressão legal era agora letra morta, porque tanto o estado piemontês, primeiro, como o estado italiano, de então, foram inspirados, como todos os estados liberais do século XIX, pelo modelo do estado napoleónico. Este tipo de Estado - Homem-animal-máquina-Deus como disse Hobbes - que quer reduzir a si mesma toda a sociedade, padronizando-a às suas próprias necessidades, exclui o próprio problema da legitimidade, fazendo-o coincidir com a sua própria vontade.
O Estado que ocupou Roma a 20 de setembro de 1870 é o estado liberal moderno que rompeu os laços com a lei natural e, mais ainda, com a lei divina como fontes últimas de legitimidade. Não que tenha procurado em outro lugar outros critérios de legitimação, na verdade eliminou o problema: o Estado nasce de um acto de força, seja expresso por uma Vontade geral (Rousseau) ou por um Leviatã (Hobbes). Portanto, não tem legitimidade, porque um acto de força não pode ter legitimidade moral, nem a busca: sua legitimidade consiste na actualidade, isto é, em impô-la.
Portanto, ainda que o estatuto se referisse explicitamente a uma legitimidade derivada do direito natural e divino, os estados piemontês e italiano mantiveram essas afirmações por conveniência de imagem, mas esvaziaram-nas de qualquer significado. A política cavouriana e, depois, dos governos italianos com respeito ao casamento e à família, a destruição ope legis das ordens religiosas, as mãos postas na educação dos futuros cidadãos, a imposição de uma religião civil ateísta inspirada no materialismo positivista eliminam qualquer dúvida em mérito. Tudo isso havia sido contestado por Gregório XVI e Pio IX no plano doutrinário, após a brecha da Porta Pia o acto de excomunhão do Estado foi aprovado com o convite aos católicos para considerá-lo alheio a eles. Estranho porque é deslegitimado, portanto ilegítimo.
Podemos perguntar: a República Italiana é hoje um Estado legítimo? E a França ateia e anticlerical? E a Holanda com as suas leis desumanas? Ou a Alemanha que Peter Hahne disse ser agora um grande bordel? Hoje ninguém questiona se esses (e outros) estados são legítimos. O tema foi posto de lado, mas a lembrança de Porta Pia e a encíclica Rescipientes de Pio IX de 1 de Novembro de 1870 trazem-no de volta à vida. Em rigor, devemos dizer que nenhum estado actual é legítimo?
Normalmente, hoje acredita-se que o voto popular legitima o estado. Acima de tudo, o voto popular expresso na fase constituinte. Mas o voto popular não legitima nada porque é uma contagem quantitativa pura de opiniões desmotivadas. O voto popular também pede para ser legitimado, pois é apenas uma forma de tomar decisões e não o seu fundamento. A legitimação é sempre um facto moral, o que respeita a ordem natural e finalística das coisas é legítimo, o que não o respeita é a violência ilegítima, ainda que tenha o sufrágio da maioria. A constituição italiana não é legitimada porque é aprovada por maioria em assembleia e depois por referendo, é o contrário. Se o voto fosse para legitimar uma constituição que não respeita a lei natural, seria - o voto - deslegitimado. Entre outras coisas, a tomada de Roma em 1870 nem sequer foi decidida dessa forma, portanto, nem sequer tem a desculpa do formalismo processual democrático.
150 anos se passaram desde a Brecha da Porta Pia. A Igreja foi a primeira a perder a memória deste acontecimento. Mas como pode a Igreja hoje falar na esfera pública sem ter ideias claras sobre o que legitima o poder político? E se o problema da legitimidade é resolvido através da realidade (o que é necessário é legítimo) toda a estrutura da sociedade justa se desmorona, em todos os aspectos da vida comunitária e falar sobre o bem comum torna-se impossível.
Stefano Fontana in La Nuova Bussola Quotidiana
Dia São Mateus: Apóstolo e Evangelista
Banhada pelas águas do lago Genesaré, cortada pelas principais estradas do país, sede das casas comerciais as mais importantes, assim era Cafarnaum, uma das cidades mais florescentes da Palestina. No tempo de Jesus Cristo a Palestina era uma província romana, e onerosos eram os impostos e direitos aduaneiros que pesavam sobre os judeus. A cobrança destas contribuições obrigatórias era feita geralmente por rendeiros públicos, homens especuladores, verdadeiros esfoladores e sanguessugas do povo, e por isto mal vistos e odiados. Já o nome de Publicano, isto é, pecador público, excomungado, que se lhes dava, não deixava dúvida sobre a má fama de que tais homens gozavam.
Vivia em Cafarnaum Levi, filho de Alfeu, que mais tarde mudou o nome em Mateus, dom de Deus. Cafarnaum era a cidade pela qual Jesus Cristo mostrava grande simpatia, tanto que os santos Evangelhos chamam-na a Sua cidade. Na sinagoga ou na praia do lago, doutrinou frequentemente e curou muitos doentes.
Foi numa dessas ocasiões que Jesus, tendo pregado na praia, passou perto do telónio de Levi, parou e disse: "Segue-me". Levi levantou-se imediatamente, abandonou o rendoso negócio, mudou de nome e de vida. Não é provável que esta mudança tão radical tenha sido fruto de um entusiasmo espontâneo. É antes, de se supor, que Levi tenha tomado essa resolução devido ao que vira e ouvira, de modo que o convite positivo do divino Mestre lhe tenha pôsto têrmo às últimas dúvidas sobre a orientação da sua vida futura. Diz São Jerónimo que Levi, vendo Nosso Senhor, ficou atraído pela divina majestade que fulgurava nos olhos de Jesus Cristo. Converteu-se Levi, diz Beda o Venerável, porque Aquele que o chamou pela palavra, lhe dispôs o coração pela graça divina.
Mateus deu em seguida um grande banquete de despedida aos amigos e colegas, e convidou também Jesus e os discípulos. Os fariseus e escribas que, com olhos de lince observavam todos os gestos do Mestre, vendo que este aceitara o convite, acusaram-no dizendo: "Este homem anda com publicanos e pecadores e banqueteia-se com eles!". Também os discípulos de Jesus tiveram de ouvir repreensões: "Como é que o vosso Mestre se senta à mesa com os pecadores?". Jesus, porém, respondeu-lhes: "Não são os sãos, mas sim os doentes, que necessitam do médico. Não vim para chamar os justos, senão os pecadores". Daí em diante Mateus foi um dos discípulos mais dedicados ao divino Mestre, e seguiu-o por toda a parte.
Logo depois da Ascensão de Jesus Cristo e da vinda do Espírito Santo, Mateus, junto com os outros Apóstolos, pregou o Santo Evangelho nas províncias da Palestina e, com os demais Apóstolos, julgou-se feliz em poder sofrer injúria por amor de Jesus. Foi São Mateus, de entre os Apóstolos, o primeiro que escreveu um relatório da vida e morte de Jesus Cristo, dando a este livro o título de "Evangelho", que significa: "boa nova". Este Evangelho foi escrito em sírio-caldaico, para o uso dos primeiros cristãos da Palestina. São Bartolomeu levou consigo uma cópia para as Índias.
Quando os Apóstolos se espalharam por todo o mundo, São Mateus dirigiu-se para a Arábia e Pérsia, onde sofreu cruéis perseguições pelos sacerdotes indígenas. São Clemente de Alexandria diz que São Mateus era homem de mortificação e penitência, e alimentava-se só de ervas, raízes e frutas. Sofreu maus tratos na cidade de Mirmene.
Os pagãos arrancaram-lhe os olhos e, preso com algemas, esperou no cárcere o dia em que devia ser sacrificado aos deuses, por ocasião da grande festa idólatra. Deus, porém, não abandonou o seu servo; mandou-lhe um Anjo que lhe curou a vista e o libertou da prisão. São Mateus seguiu então para a Etiópia. Também lá o demónio quis tolher-lhe os passos. Dois feiticeiros de grande fama opuseram-se-lhe, mas São Mateus venceu-os pela força esmagadora dos argumentos e pelos milagres que fazia, em nome de Jesus Cristo. Removido este obstáculo, o povo aceitou a religião de Deus humanado.
Foi por intermédio do eunuco da rainha Candace, o mesmo que São Filipe baptizou, que São Mateus obteve entrada no palácio real. Lá havia grande luto pela morte do jovem príncipe herdeiro Eufranon. São Mateus, tendo sido chamado ao palácio, fez o defunto ressurgir, milagre este que encheu a todos de admiração. O Rei, em sinal de alegria e gratidão, mandou arautos por todo o país deitarem pregão da seguinte ordem: "Súbditos! Vinde todos à capital ver um deus, que apareceu entre nós, em forma humana!"
Afluíram aos milhares os súbditos de todas as partes do reino, trazendo perfumes e incenso, para serem oferecidos ao deus que tinha aparecido. Mateus, porém, esclareceu-os dizendo:"Eu não sou Deus, como julgais que seja, mas servo de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo; foi em Seu Nome que fiz o filho do vosso Rei ressuscitar; foi Ele que me enviou a vós, para vos pregar a Sua doutrina e vos trazer a Sua graça e salvação". Essas palavras tiveram bom acolhimento e a maior parte do povo converteu-se à religião de Jesus Cristo. A Igreja da Etiópia chegou a ser uma das mais florescentes dos tempos apostólicos. O rei Egipto e família eram cristãos fervorosíssimos, tanto que Efigénia, a filha mais velha, fez voto de castidade perpétua e a seu exemplo, muitas filhas das famílias mais ilustres consagraram-se a Deus, numa vida de perfeição cristã.
Com a morte do Rei subiu ao trono o seu sobrinho Hírtaco, o qual, para estabelecer o governo sobre bases mais sólidas, pediu Efigénia em casamento. Esta recusou, alegando o voto feito a Deus. Hírtaco, não se conformando com esta resposta, exigiu que São Mateus fizesse valer a autoridade de Bispo, para que se realizasse o enlace desejado. São Mateus declarou ao Príncipe não ter competência Para envolver-se no caso.
Vendo-se assim profundamente contrariado nos seus planos, Hírtaco deu ordem aos soldados de fazer desaparecer o Apóstolo. Esta ordem foi executada na igreja onde São Mateus celebrava a Missa. Pondo de lado o respeito devido ao lugar e à pessoa do santo Apóstolo, os sicários do Rei mataram-no no próprio altar.
O corpo do Santo Mártir foi durante muito tempo objecto de grata veneração do povo cristão da capital. No ano de 930, foi transportado para Salerno (Itália) onde São Mateus até hoje é festejado como padroeiro da cidade.
in Página do Oriente
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Bispo Norueguês: Os jovens estão ansiosos por redescobrir o Rito Antigo
O Bispo Erik Varden, 50 anos, de Trondheim (Noruega) criticou a tendência verificada em meados do século XX entre os católicos, incluindo monges, de se voltarem para o ioga e outras práticas religiosas corporais do Extremo Oriente, abandonando a própria liturgia da Igreja após o Concílio Vaticano II. Explicou que a Igreja pode prescindir do ioga e recuperar a confiança na sua própria tradição. Principais pontos relativos ao Rito Romano.
- Nos círculos católicos, os jovens estão ansiosos por redescobrir aspectos da liturgia e da prática ascética que foram abandonados após o Concílio Vaticano II.
- Os jovens que hoje procuram encontrar-se repreendidos por um 'establishment' predominantemente mais velho, moldado pelas ansiedades desse tempo revolucionário.
- O chamado “conservadorismo” litúrgico actual não é a expressão de uma alegada tendência “retrógrada” ou “rígida”, mas representa antes o oposto: um desejo de ser renovado em Cristo.
- No rito romano tradicional, o sacerdote está sujeito a uma disciplina moral e física. A alma e o corpo são preparados antecipadamente para o Sacrifício Eucarístico [exigência de confissão e jejum]. Os sacerdotes devem adaptar-se à liturgia e não o contrário.
- Relativamente ao jejum antes da Missa [a partir da meia-noite], foi pedida uma revisão das regras da Igreja, como a possibilidade de quebrar o jejum com água ou medicamentos. Mas a permissão foi muito mais longe. A regra actual é jejuar durante uma hora antes de comungar, o que, na prática, apenas exclui a possibilidade de comer alguma coisa durante a Missa.
- O padre não é o centro da celebração. A sua tarefa é desaparecer nas palavras e nos gestos que lhe são atribuídos, submetendo-se a uma realidade objectiva.
- A repetição inteligente e quotidiana de ritos significativos não pode deixar de ser formativa. As acções exteriores influenciam, para o bem e para o mal, a mente consciente e o espírito sensível.
- Numa época marcada pela artificialidade, pela retórica de chumbo, pelos cultos da personalidade, pelas “inovações” desesperadas e de uma banalidade terrível na encenação, na campanha política e na prática litúrgica, a procura de uma expressão objectiva e devocional nas funções sagradas parece-me sã e orientada para o futuro.
- Muitos padres consideraram “sufocante” a antiga forma litúrgica, a missa com as suas rubricas inflexíveis, 16 genuflexões e 52 sinais da cruz, e estavam sedentos de “expressão espontânea”, mas o que se seguiu foi a emergência, por vezes entediante e destructiva, do padre como personalidade central. Dotado ou não de grande carisma, formação teológica ou capacidade de pregação, ele é o centro e o foco visual das atenções. Dispõe de uma considerável liberdade executiva para moldar os ritos de acordo com a sua forma e capricho.
- Parece não haver dúvidas de que a incidência de abusos sacerdotais na Igreja Católica Romana aumentou acentuadamente a partir do início da década de 1960, coincidindo com o abandono da disciplina física e ritual na vida e no culto.
- Está documentado que os abusos físicos são quase sempre preparados e precedidos por uma manipulação espiritual baseada em reivindicações de autoridade pessoal baseadas numa ideia delirante e semi-mística que equivale à afirmação: “Eu sou especial, eu mando, eu faço o que quero”.
- Parece míope descartar a fome de ritual, de ascese, de símbolos e de formalismo de muitos jovens cristãos, classificando-a como uma nostalgia tola, com a suprema acusação de ser anti-moderna, anti-inclusiva ou, num contexto católico, anti-conciliar.
- A palavra de ordem do Vaticano II era: “Regressar às fontes! Beber profundamente das fontes é exactamente o que os jovens querem. Por que não ajudá-los?
in gloria.tv
Começa hoje a Novena a São Miguel Arcanjo
Rezar diariamente durante 9 dias (de 20 a 28 de Setembro) estas orações:
Glorioso São Miguel Arcanjo, o primeiro entre os Anjos de Deus, guarda e protector da Igreja Católica, lembrando de que Nosso Senhor vos confiou a missão de velar pelo seu povo, em marcha para a vida eterna, mas rodeado de tantos perigos e ciladas do dragão infernal, eis-me prostrado a vossos pés para implorar confiadamente o vosso auxílio, pois não há necessidade alguma em que não possais valer. Sabeis a angústia por que passa a minha alma. Ide junto a Maria, nossa Mãe muito amada, ide a Jesus e dizei-lhe uma palavra em meu favor, pois sei que Eles nada vos podem recusar. Intercedei pela salvação da minha alma e, também agora, por aquilo que tanto me preocupa:
(Fazer o pedido)
E se o que peço não é para glória de Deus e o bem da minha alma, obtende-me paciência e que eu me conforme com a Vontade Divina, pois sabeis o que é mais do agrado de Nosso Senhor e Pai. Em nome de Jesus, Maria e José, atendei-me. Ámen.
Rezar, depois, 9 Glória-ao-Pai em acção de graças por todos os dons concedidos por Deus a São Miguel e aos Nove coros de Anjos:
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Ámen.
Invocação a São Miguel Arcanjo (pequeno Exorcismo):
São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate, sede o nosso auxílio contra as maldades e as ciladas do demónio. Instante e humildemente vos pedimos que Deus sobre ele impere. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perdição das almas. Ámen.
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Mensagem de Nossa Senhora em La Salette sobre a decadência do Clero
No dia 19 de Setembro de 1846, Nossa Senhora apareceu perto da aldeia de La Salette a dois pastorinhos: Melanie Calvat e Maximin Giraud. Melanie disse que Nossa Senhora estava quase sempre a chorar enquanto falava com eles. A mensagem contem várias profecias. Nossa Senhora diz que a decadência do clero atrairá a vingança divina:
«Os sacerdotes, ministros do meu Filho, pela sua má vida, a sua irreverência e impiedade na celebração dos santos mistérios, pelo amor ao dinheiro, às honras e aos prazeres, tornaram-se cloacas de impureza. Sim, os sacerdotes atraem a vingança e a vingança paira sobre suas cabeças. Ai dos sacerdotes e das pessoas consagradas a Deus que, pela sua infidelidade e má vida, crucificam de novo meu Filho!
Os pecados das pessoas consagradas a Deus bradam ao Céu e clamam por vingança. E eis que a vingança está às suas portas, pois já não existe ninguém para implorar misericórdia e perdão para o povo. Não há mais almas generosas, não há mais ninguém digno de oferecer a víctima imaculada ao [Pai] Eterno em favor do mundo.»
(Esta aparição foi aprovada pelo Bispo local, no dia 19 de Setembro de 1851)
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
terça-feira, 17 de setembro de 2024
O dia em que São Francisco recebeu os estigmas
O Santo não temia a morte. Tinha cortado, pelo seu despojamento total, os vínculos que o ligavam à terra; tinha, a exemplo do Apóstolo, conquistado o domínio sobre o seu corpo: a sua alma devia desprender-se sem dilaceramentos do seu invólucro físico.
Se não tremia perante a aproximação do momento fatal, queria pelo menos preparar-se para comparecer diante do Soberano Juiz. Partiu, pois, rumo à solidão, para se recolher por algum tempo.
Durante o Verão de 1224 esteve no pequeno convento de Alverne. Era uma clausura rústica, construída precariamente no cimo de uma montanha escarpada. As grutas abertas nas rochas, os bosques povoados de pássaros, o afastamento dos centros habitados tornavam o sítio encantador e particularmente propício aos exercícios da contemplação.
O Santo amava esta morada que outrora lhe tinha sido dada pelo Conde Orlando, senhor de Chiusi. Logo que chegou ao lugar do seu retiro, Francisco iniciou um jejum de 40 dias em honra de São Miguel. Consagrava o tempo à oração, que lhe propiciava delícias que nunca lhe pareceram tão saborosas.
Suplicou ao Senhor que lhe desse a conhecer as obras às quais deveria consagrar os últimos dias da vida. Como resposta, Deus cumulou-o com abundância de suavidades interiores. Então o Santo recorreu ao seu procedimento habitual: abriu o Evangelho ao acaso, por diversas vezes, esperando encontrar ali uma indicação.
Por diversas vezes caiu no relato da Paixão. Esta coincidência surpreendeu-o: concluiu que o Salvador queria uni-lo mais intimamente aos seus sofrimentos.
Os calores estivais declinavam; o Alverne já se revestia com os esplendores do Outono. Debaixo das grandes árvores, cuja folhagem se tornava dourada, Francisco pensava na adorável imolação de Cristo, quando subitamente lhe apareceu um Serafim resplandecente de luz. O Anjo aparentava uma semelhança admirável como Salvador pregado no patíbulo.
O Santo reconheceu estupefato os traços do divino Crucificado; a sua alma inflamou-se com amor tão ardente e tão doloroso, que o seu débil corpo não aguentou: caiu em profundo arrebatamento. Que aconteceu durante este êxtase? Os mistérios de amor não se divulgam: São Francisco guardou ciosamente este segredo. Confessou, no entanto, que recebera nessa altura revelações sublimes, mas nunca quis comunicá-las.
Quando a visão se desvaneceu, uma transformação tinha-se operado nele: na sua carne estavam gravados os sagrados estigmas da Paixão. Grandes feridas lhe rasgavam as mãos e os pés: nas cicatrizes percebiam-se nitidamente as cabeças negras dos pregos. Uma chaga mais larga abria o seu costado e deixava filtrar algumas gotas de sangue. Francisco tornara-se um crucificado vivo.
Um prodígio assim não podia passar inadvertidamente. Apesar de todos os esforços para afastar as curiosidades indiscretas, o Santo não conseguiu esconder inteiramente os estigmas. O seu prestígio, já tão grande, aumentou ainda mais: a sua vida terminava numa espécie de apoteose.
O Serafim que imprimira no seu corpo as chagas de Cristo, também as enterrara no seu coração. A partir daquele dia, Francisco não fez mais do que esmorecer lentamente no duplo martírio da dor e do amor.
Ainda percorria penosamente os caminhos da Úmbria, a pregar menos pela palavra do que pelo exemplo. Deixava, ao caminhar, irradiar da sua alma o imenso amor pelo divino Mestre; manifestava-o em termos tão veementes, que sentia por vezes a necessidade de se desculpar.
“Não fostes Vós que nos destes – dizia ele ao Salvador – o exemplo desta sublime loucura? Vós vos lançastes á procura da ovelha desgarrada; caminhastes como um escravo, como um homem inebriado de amor”.
Para adornar sua coroa, Deus mandava-lhe as últimas provações. O Santo notava que alguns religiosos, embora poucos, desejavam restringir a pobreza da Ordem: previa que os seus filhos atravessariam, depois da sua morte, uma crise perigosa. A esta tristeza acrescentava-se o peso da doença. A saúde declinava, a vista apagava-se; os remédios mais fortes só lhe davam umas melhoras precárias.
São Francisco mantinha, apesar das dores, uma alegria apaziguadora. Mas o seu espírito desprendia-se cada vez mais das preocupações terrenas; o seu recolhimento tornava-se mais profundo. Os que estavam à sua volta percebiam a aproximação da hora da recompensa.
Pe. Thomas de Saint-Laurent in 'São Francisco de Assis'
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
Pe. Gabriele Amorth faz revelações surpreendentes sobre Fátima
O famoso exorcista morreu há 8 anos, no dia 16 de Setembro de 2016.
sábado, 14 de setembro de 2024
Crux Fidelis - Música da autoria de D. João IV, Rei de Portugal
Ó Cruz fiel, entre todas a árvore mais nobre:
Nenhum bosque produz igual, em ramagens, frutos e flores.
Ó doce lenho, que os doces cravos e o doce peso sustentas.
Canta, ó língua, o glorioso combate (de Cristo),
e, diante do troféu da Cruz, proclama o nobre triunfo:
a vitória conseguida pelo Redentor, vítima imolada para o mundo.
O Criador teve pena do primitivo casal,
que foi ferido de morte, comendo o fruto fatal,
e marcou logo outra árvore para curar-se do mal.
Glória e poder à Trindade, ao Pai e ao Filho louvor,
honra ao Espírito Santo, eterna glória ao Senhor,
que nos salvou pela graça e nos reuniu no amor.
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
França: Traditionis Custodes não é respeitado
Christian Marquant (Veilleurs-Paris.fr) constata que “a diocese de Paris está isenta da Traditionis custodes”. Em pelo menos quatro igrejas paroquiais são celebradas Missas “oficiais”: Saint-Eugène-Sainte-Cécile, Sainte-Jeanne-de-Chantal, Sainte-Odile e Saint-Roch. Uma outra missa “oficial” é celebrada em Notre-Dame du Lys, que não é uma igreja paroquial.
A celebração de missas nas paróquias exigiria a autorização do Dicastério para a Liturgia. Mas esta autorização nunca foi dada. É também o caso da maior parte das numerosas igrejas paroquiais em França, onde a Santa Missa é “oficialmente” celebrada sem autorização romana.
Esta questão foi levantada num artigo publicado pela Notitiae, o órgão oficial do Dicastério para o Culto Divino. Na sua edição de 2 de Agosto de 2024, apresenta uma lista dos decretos pelos quais autorizou a celebração da Santa Missa nas igrejas paroquiais entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2022, ou seja, na altura em que a Traditionis custodes foi introduzida.
De acordo com a lista de decretos, o Dicastério para a Liturgia “autorizou” a celebração da Santa Missa em 56 igrejas paroquiais de 10 países do mundo (34 nos Estados Unidos, 5 na Alemanha, 3 na Polónia, 5 na Grã-Bretanha, 4 no Canadá, 1 na Lituânia, 1 na Itália, 1 na Hungria e 1 na Áustria). Mas nenhum em França, nem sequer em Paris.
Durante a visita ad limina dos bispos franceses após a Traditionis Custodes em 2021, Mosn. Ulrich, arcebispo de Paris, chegou a apresentar esta solução parisiense a Francisco, que a aprovou.
É claro que os responsáveis romanos pela supressão da Santa Missa, liderados pelo Cardeal Roche, Prefeito para o Culto Divino, e Mons. Viola, Secretário, estão particularmente fora de contacto com a realidade no terreno, conclui Marquant:
“A Traditionis custodes é uma lei em grande parte inaplicável, como vários bispos franceses admitiram em privado”.
in gloria.tv
Aparição de Nossa Senhora de Fátima a 13 de Setembro
A Irmã Lúcia, nas suas Memórias, descreve do seguinte modo a aparição de Nossa Senhora a 13 de Setembro de 1917:
Ao aproximar-se a hora, lá fui,
com a Jacinta e o Francisco, entre numerosas pessoas que a custo
nos deixavam andar. As estradas estavam apinhadas de gente.
Todos nos queriam ver e falar. Ali não havia respeito humano.
Numerosas pessoas, e até senhoras e cavalheiros, conseguindo
romper por entre a multidão que à nossa volta se apinhava, vinham
prostrar-se, de joelhos, diante de nós, pedindo que apresentássemos
a Nossa Senhora as suas necessidades. Outros, não conseguindo
chegar junto de nós, chamavam de longe:
– Pelo amor de Deus! peçam a Nossa Senhora que me cure
meu filho, que é aleijadinho!
Outro:
– Que me cure o meu, que é cego!
Outro:
– O meu, que é surdo!
– Que me traga meu marido...
– ... meu filho, que anda na guerra!
– Que me converta um pecador!
– Que me dê saúde, que estou tuberculoso!
Etc., etc.
Ali apareciam todas (as) misérias da pobre humanidade. E
alguns gritavam até do cimo das árvores e paredes, para onde
subiam, com o fim de nos ver passar. Dizendo a uns que sim, dando
a mão a outros para os ajudar a levantar do pó da terra, lá
fomos andando, graças a alguns cavalheiros que nos iam abrindo
passagem por entre a multidão.
Quando agora leio, no Novo Testamento, essas cenas tão
encantadoras da passagem de Nosso Senhor pela Palestina,
recordo estas que, tão criança ainda, Nosso Senhor me fez
presenciar, nesses pobres caminhos e estradas de Aljustrel a Fátima
e à Cova de Iria, e dou graças a Deus, oferecendo-Lhe a fé do nosso bom Povo português. E penso: se esta gente se abate assim
diante de três pobres crianças, só porque a elas é concebida
misericordiosamente a graça de falar com (a) Mãe de Deus, que
não fariam, se vissem diante de si o próprio Jesus Cristo?
Bem; mas isto não era nada chamado para aqui. Foi mais uma
distracção da pena que me escapou para onde eu não queria.
Paciência! Mais uma coisa inútil; não na tiro, para não inutilizar o
caderno.
Chegámos, por fim, à Cova de Iria, junto da carrasqueira e
começamos a rezar o terço com o povo.
Pouco depois, vimos o
reflexo da luz e a seguir Nossa Senhora sobre a azinheira.
– Continuem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra.
Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores
e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o
Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não
quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia.
– Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns
doentes, dum surdo-mudo.
– Sim, alguns curarei; outros não. Em Outubro farei o milagre,
para que todos acreditem. E começando a elevar-se, desapareceu
como de costume.