segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Diocese dos Açores lamenta a "linguagem inadequada" em exame de consciência

O Pe. Francisco Dâmaso Zanon, pároco de Rabo de Peixe, distribuiu um exame de consciência aos jovens que estão a fazer a preparação para receberem o sacramento do Crisma. Os jornalistas, que não fazem ideia do que é um exame de consciência, entraram em alvoroço e logo acusaram o sacerdote de distribuir um "questionário" com perguntas de cariz sexual. Obviamente, em causa estavam os sexto e nono mandamentos, que têm como objecto manter a castidade nos actos e pensamentos.

Mais grave ainda, a Diocese de Angra do Heroísmo emitiu um comunicado no qual “lamenta a linguagem inadequada utilizada, na qual não se revê e que não corresponde nem ao pensamento nem à forma como decorre a vivência pastoral da Igreja”. Diz ainda o comunicado que o sacerdote “já reconheceu diante da autoridade eclesiástica o seu erro, anunciando que irá alterar a sua forma de atuar em situações futuras diante da comunidade de Rabo de Peixe, a quem prometeu um esclarecimento ".

Uma hierarquia eclesiástica que não se revê num exame de consciência da moral católica. Talvez preferisse perguntas sobre o uso da focinheira sanitária, sobre a reciclagem ou qual a quantidade de carbono que cada pessoa emitiu desde a última confissão.

Para que não restem dúvidas de que estes pontos são de matéria grave e exigem confissão, sob pena de se estar em pecado mortal, aqui os deixamos:

SEXTO E NONO MANDAMENTOS:

Não cometerás adultério.
Não cobiçarás a mulher (o homem) do (da) próximo(a).

( ) Pratiquei o controle de natalidade (com pílulas, dispositivos, interrupção)?
( ) Abusei dos meus direitos matrimoniais de algum outro modo?
( ) Cometi adultério ou fornicação (sexo antes do casamento)?
( ) Toquei ou abracei outra pessoa de forma impura?
( ) Troquei beijos prolongados ou apaixonados?
( ) Pratiquei a troca prolongada de carícias?
( ) Pequei impuramente contra mim próprio (masturbação)?
( ) Consenti em pensamentos impuros, ou tive prazer neles?
( ) Entreguei-me conscientemente a prazeres sexuais, completos ou incompletos?
( ) Fui ocasião de pecado para os outros, por usar roupa justa, transparente, curta ou de algum modo imodesta?
( ) Fiz alguma coisa, deliberadamente ou por descuido, que pudesse provocar pensamentos ou desejos impuros noutra pessoa?
( ) Gabei-me dos meus pecados, ou deleitei-me em recordar pecados antigos?
( ) Estive com companhias indecentes?
( ) Alimentei a preguiça, a gula, a ociosidade e as ocasiões de impureza?
( ) Fui a bailes imodestos ou peças de teatro indecentes?
( ) Despi-me com malícia diante dos outros?
( ) Pratiquei relação sexual com animais?
( ) Pequei contra a castidade com pensamentos e olhares maliciosos, desejos, cobiça, cinemas, internet, revistas e filmes pornográficos, tajes, bailes, piadas imorais?
( ) Pratiquei estupro?
( ) Procurei ocasiões de pecado?
( ) Incentivei a pornografia?
( ) Pratiquei a pedofilia (relação sexual com crianças)?
( ) Tive relações sexuais fora do casamento?
( ) Cometi adultério?
( ) Realizei namoro avançado (com fornicação)?
( ) Desejei a mulher (o homem) do(a) próximo(a)?
( ) Tenho relações sexuais com minha esposa ou esposo de maneira animalesca (anal, oral, com filmes pornográficos)?
( ) Pratiquei o incesto?
( ) Busquei métodos não naturais e ilegais para gerar filhos?


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1 comentário:

Maria José Martins disse...

Realmente, numa Sociedade, onde a toda a hora se fala da nossa vida íntima, sem qualquer respeito ou pudor, usando toda essa terminologia, mas de forma vulgar, imprópria e despropositada, com a intenção única de banalizar ou conspurcar a nossa sexualidade, um dom que Deus deu ao Homem, para perpetuar a Sua Obra, é LAMENTÁVEL, para não dizer ESCANDALOSO, que esses senhores "ECLESIÁSTICOS", pois nem consigo referir-me com respeito, ao Cargo que desempenham, tal é a minha INDIGNAÇÃO, consigam censurar a maneira direta e objetiva, como se pode ajudar alguém a FAZER UMA CONFISSÃO BEM FEITA, respeitando o Catecismo da Igreja Católica!
E, mais uma vez aconselho, a Obra "O Evangelho como me foi revelado" de Maria Valtorta, onde Jesus instrói os Apóstolos, sobre, como deve ser conduzida uma boa Confissão: Jesus incita os Apóstolos a ajudar os penitentes a dialogar sobre a matéria do pecado, as circunstâncias em que foi feito, quantas vezes e, até, com quem foi cometido, porque tudo isso influencia a sua gravidade, ao mesmo tempo que liberta o pecador, e ajuda o confessor a ORIENTÁ-LO, no combate de futuras tentações...
E se, até, nos TRIBUNAIS PÚBLICOS, os PORMENORES são relevantes para o agravamento ou perdão da pena, quanto mais serão, em relação às ofensas feitas a Deus!