tag:blogger.com,1999:blog-12613399.post3488345925057522454..comments2024-03-27T23:20:46.613+00:00Comments on Senza Pagare: Into the Woods (Caminhos da Floresta) - A crítica de um paiUnknownnoreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-12613399.post-50772860512319134112015-02-22T15:20:22.797+00:002015-02-22T15:20:22.797+00:00É impressionante como uma mesma obra de arte pode ...<br />É impressionante como uma mesma obra de arte pode causar efeitos tão antagônicos nas pessoas. Particularmente, gostei muito do filme, como já gostava demais da peça. A direção de arte é magnífica e os arranjos musicais (Jonathan Tunic e Paul Geminiani, colaboradores de Sondheim desde os anos 60) dão ainda mais grandiosidade à partitura original. Bomba pra mim foi a catástrofe que Tim Burton fez de Sweeney Todd, outra masterpiece teatral de Sondheim. Escrita nos anos 80, portanto muito antes desta onda de reinterpretação dos contos de fadas, Into the Woods fala, na verdade, sobre os ritos de passagem da alma humana. Do que se deseja ao que se alcança, da infância à vida adulta, da ilusão da fantasia ao choque da realidade. De como criar seus filhos, do que dizer a eles, de tentar protege-los do mundo. Que aliás é o que tenta fazer A Bruxa com sua filha adotiva Rapunzel. À principio uma vingança que se transformou num laço de afeto. A superproteção de uma mãe insegura. O final desta mesma Bruxa se dá quando ela resolve assumir todas as culpas das personagens ditas "inocentes" na história e assim, num misto de cólera e auto sacrifício, implode-se diante de todos. Embrenhar-se nos caminhos da floresta, significa mergulhar no desconhecido, de onde se pode retirar uma série de novas experiências. Aprendizado, crescimento, amor, mas também tristeza, penar e morte. Não é um musical fácil onde as músicas são apenas acessórios da história, mas sim, parte integrante dela. É o estilo do autor. O que se canta são os diálogos do filme. Se não gosta desta linguagem, melhor não ir ao cinema. Aliás, recomenda-se a qualquer pessoa informar-se sempre do estilo que vai assistir antes de entrar no cinema. Pensei que isto fosse bastante óbvio, mas pelos comentários, percebo não ser. Com algumas poucas diferenças do texto da peça, Into The Woods para mim ainda é uma obra inquietante. Daquelas coisas que só serão reconhecidas talvez daqui a alguns anos ou décadas. Não seria a primeira vez, nem a ultima no mundo das artes.<br />Maysa Guillen (Brasil)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-12613399.post-34643591625730727102015-02-12T13:28:46.914+00:002015-02-12T13:28:46.914+00:00Percebi após o termino do filme, algumas pessoas s...Percebi após o termino do filme, algumas pessoas saírem frustadas ou criticando negativamente o conjunto do filme. Creio que precise de uma sensibilidade especial para admirar essa incrível produção. Destinado a pessoas em processo de evolução, imperfeitas, buscando o equilíbrio interior, liberdade e felicidade. Infelizmente não foi destinado a intelectuais teóricos, moralistas (falso), possuidores de grande julgamento, popularmente o "Copo Cheio"<br />Admiro pessoas imperfeitas, com decisões a tomar.<br />Admiro ativistas, que lutam pelos seus direitos. <br />Admiro a diversidade de religião, de etnias, de sexualidade, de família.<br />Passei aqui ocasionalmente pelo blog, mas senti necessidade de deixa meu ponto de vista. Desfrutem!Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/06428569068866379302noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-12613399.post-3757407589761599752015-01-05T22:15:18.850+00:002015-01-05T22:15:18.850+00:00Vendo uma discordância de pontos de tal ordem, per...Vendo uma discordância de pontos de tal ordem, permita-me que dê o meu parecer.<br />Concordo que a Verdade não é flexível, daí haver uma estrutura, leis no mundo que nos permitem existir enquanto humanos.<br />No entanto compreendo os dois, gostava que ambas as posições fizessem um esforço maior para ir ao encontro do outro e não se fecharem em castelos.<br />Assim, apesar de a verdade não poder estar dependente de cada um, a relação que cada um tem com o que está à sua volta está dependente da pessoa. Pegando na religião: eu sou cristão, o meu cristianismo rege-se pela relação que tenho com Jesus. Essa relação é viva com Jesus vivo. Então, tal como as demais relações que tenho está em constante mutação, porque é uma relação viva. Esta relação viva que nós temos (aliás, estas relações, porque felizmente mantemos muitas) que toma muitos nomes (talvez o mais comum seja o amor) leva uma pessoa a ser o que é ontologicamente e a sentir-se bem, porque a viver dignamente, se em ordem ao amor, Cristo, Alah, paz interior, ou que nome lhe queiramos chamar, porque se não nomearmos o objecto é o mesmo.<br />Deste modo, a minha relação com a Verdade (que nos dá o que comumente chamamos num vocabulário pobre "a minha verdade") em certo sentido depende de mim, tal como a revelação divina depende de mim (para os cristãos Cristo é a plenitude da Revelação, mas tal como em qualquer mensagem transmitida, uma é a mensagem transmitida e outro o sentido captado, é nesse sentido que se faz teologia e se busca o mistério divino), pois eu sou personagem activo e não passivo na busca da verdade.<br />Espero que a nossa busca da Verdade nos faça olharmo-nos como peregrinos do bem e não como uma luta de galos numa capoeira em que ainda por cima "claro que eu estou certo e o outro lado errado". procuremos com humildade de reconhecer que o outro não é parvo mas olha de um prisma diferente, buscando o mesmo fim, pois um homem não se realiza fora do Bem.João Ramalhohttps://www.blogger.com/profile/10163241629812844018noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-12613399.post-9312615148347003452015-01-05T05:01:32.184+00:002015-01-05T05:01:32.184+00:00"Os humanos não fazem as suas próprias defini..."Os humanos não fazem as suas próprias definições. Não existe um "Tu decides o que está certo. Tu decides o que é bom." O autor intitula-se filósofo, mas alguém que afirma isto é tudo menos isso. E o mais triste é que está a educar os filhos para serem assim também. Fosse a sua bíblia outra e estaria agora a inscrever os seus filhos nas fileiras dos Estado Islâmico.<br /><br />Felizmente que ao longo da História houve visionários e pensadores que desafiaram as condutas morais vigentes na sua época (elas próprias definições criadas previamente pelo Homem) e seguiram as suas consciências, caso contrário dificilmente teria havido evolução científica ou Direitos Humanos. Continuaríamos a pensar que o Sol andava à volta da Terra, que a Teoria da Circulação de Galeno estava correcta e nunca iríamos administrar anestesia numa mulher em trabalho de parto por ser pecado. A dissecção anatómica em cadáveres continuaria formalmente proibida, portanto a Medicina actual seria tão arcaica como na Idade Média. E tudo isto porque um indivíduo não tem supostamente legitimidade para questionar e pensar pela sua cabeça se um acto é correcto ou errado! Francamente! Mais do que nunca, urge reflectir sobre o que é certo e errado e isso deve partir da nossa consciência, não de alguém que nos comanda! Independentemente dos credos, religiões, crenças e dogmas, é essa consciência que deve imperar na nossa conduta.<br /><br /><br />Deixo aqui um excerto dos Maias, em que Afonso da Maia resume tudo aquilo que defendo:<br />- Então que lhe ensinava você, abade, se eu lhe entregasse o rapaz? Que se não deve roubar o dinheiro das algibeiras, nem mentir, nem maltratar os inferiores, porque isso é contra os mandamentos da lei de Deus, e leva ao inferno, hein? É isso?…<br />- Há mais alguma coisa…<br />- Bem sei. Mas tudo isso que você lhe ensinaria que não se deve fazer, por ser um pecado que ofende a Deus, já sabe ele que não se deve praticar, porque é indigno dum cavalheiro e dum homem de bem…<br />- Mas meu senhor…<br />- Ouça, abade. Toda a diferença é essa. Eu quero que o rapaz seja virtuoso por amor da virtude e honrado por amor da honra; mas não por medo às caldeiras de Pero Botelho, nem com o engodo de ir para o reino dos céu…João Gabrielnoreply@blogger.com