Que a indústria da televisão é maioritariamente de esquerda e que utiliza as séries do prime time para favorecer a agenda da esquerda, poderia considerar-se até agora um segredo de polichinelo. Porém, nunca havia sido confessado de forma tão clara como agora. Ben Shapiro, um jovem, porém bastante conhecido colunista judeu de 27 anos (com 17 anos bateu todos os recordes ao ter firma sindicalizada em vários meios de comunicação), entrevistou 39 pesos pesados do “todo Hollywood” e estes confiaram nele.
Shapiro estudou Direito em Harvard e levou o boné da universidade para todas as suas entrevistas. “Sendo judeu e tendo estudado em Harvard, há 98,7% de possibilidades de ser de esquerda”, explica. E o caso é que tudo o que lhe disseram está transcrito num livro: “Prime Time Propaganda”, e além disso numas gravações que Shapiro já está a difundir através da Internet.
E são explosivas porque vêm reconhecer que o mundo da televisão norte-americana (que produz séries que são consumidas no mundo inteiro) é controlado por pessoas que: além de excluir sistematicamente os que não são progressistas, vão fabricando produtos segundo as necessidades e objectivos da agenda progressista. Uma reportagem em The Hollywood Reporter recolhe alguns casos e algumas confissões.
Marta Kauffman, co-criadora de Friends, explica que quando pôs na série a meia-irmã do líder conservador Newt Gingrich casando um par de lésbicas, foi “para tramar a direita”. E ela reconhece que seleciona o staff da série para que sejam “maioritariamente progressistas”.
Susan Harris, criadora de duas séries míticas dos anos setenta (Soap) e dos anos oitenta (The golden girls), tão geniais no humor como dissolventes na mensagem moral, considera que os críticos de televisão conservadores são “idiotas” e têm “mentes medievais”. E diz numa frase: “Ao menos pusemos Barack Obama onde está”, onde o “pusemos” já diz tudo.
Larry Gelbart e Gene Reynolds admitem que encheram M.A.S.H. (a popular série sobre um médico militar no Vietnã) de mensagens pacifistas, e Vin di Bona, que encheu Mc Gyver de mensagens contra o direito de portar armas, uma velha batalha da esquerda norte-americana e das poucas onde não conseguiram um triunfo total. Di Bona, quando lhe perguntaram se é verdade que todos em Hollywood são progressistas, responde: “Creio que é exacto e ademais, estou encantado que seja assim”.
Leonard Goldberg, produtor de Los Angeles, de Charlie ou Starsky e Hutch, afirma que a esquerda “é 100% dominante em Hollywood, e quem negar está a negar a verdade”. E não é por acaso que seja assim, corresponde a uma endogamia sectária. Shapiro pergunta a Goldberg se a política é uma barreira de entrada: “absolutamente”, responde. É, simplesmente, o seu sítio. Fred Pierce, presidente da ABC nos anos oitenta, reconhece que quem é conservador tem pouco futuro na televisão. Quem não for de esquerda “não ascende, fica no subsolo”.
David Shore, criador de House, é ainda mais sincero: “Nesta cidade se assume que toda a gente é de esquerda. Se alguém é de direita é visto com horror, e do que estou certo é de que isso não os ajuda”.
Aqui está o caso de Dwight Schultz, o intérprete de Murdock em A Equipe A, que se confessa admirador de Ronald Reagan. Perdeu um casting ao qual aspirava, por este simples argumento do produtor do show, Bruce Paltrow: “Aqui não vai haver um imbecil de Reagan!”.
Nichlolas Meher, produtor da película para televisão "The day after", que em 1983 retratava o que seria o mundo após um holocausto nuclear, reconhece que fez esse filme para impedir a re-eleição de Reagan.
Talvez a opinião que melhor resume tudo isso seja a de Doug Herzog, presidente da MTV, que vê o seu trabalho como o de alguém que tem “super-poderes” para influenciar a juventude, e que em última instância trata-se de:: utilizar o prime time para criar uma sociedade ao gosto do establishment progressista. in Religión en Libertad
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