A família foi a primeira arena de combate para os bolcheviques. Na década de 1920, era para eles um artigo de fé que a «família burguesa» era socialmente prejudicial, por ser conservadora e voltada para dentro; por ser um baluarte da religião, da superstição, da ignorância e dos preconceitos; por promover o egoísmo e o desejo de coisas materiais e oprimir as mulheres e as crianças.
Os bolcheviques tinham a expectativa de que a família acabasse por desaparecer, à medida que a Rússia soviética se fosse tornando um sistema social abarcante, em que o Estado assumisse a responsabilidade pelas funções domésticas de base, criando jardins infantis, lavandarias e cantinas nos centros públicos e nos prédios de apartamentos; assim, libertas dos trabalhos domésticos, as mulheres teriam liberdade para entrar no mundo do trabalho em pé de igualdade com os homens - e o casamento patriarcal, com a correspondente moral sexual, acabaria por morrer, sendo substituído, achavam os radicais, por «uniões de amor livre».
Os bolcheviques consideravam que a família era o maior obstáculo à socialização das crianças. «Pelo facto de amar uma criança, a família transforma-a num ser egoísta, incitando-a a tornar-se como o centro do universo», escrevia Zlata Lilina, teórica soviética da educação. in A vida privada na Rússia de Estaline, Orlando Figes
Arrepiante...
ResponderEliminarComo é possível a um Ser Humano racional e pensante ser tão adverso à maior demonstração e prova de Amor que existe?
É inexplicável, caro Alma.
ResponderEliminarE também é inexplicável como não consigo ver o video da Teologia do Corpo com legendas, aparece sempre um erro no cc