Perguntamo-nos quais os frutos para os quais o Senhor quer chamar a nossa
atenção para reconhecermos a árvore. Alguns consideram como frutos a roupagem
das ovelhas e assim os lobos podem enganá-los. Quero referir-me a jejuns,
orações, esmolas e todas as obras que podem ser feitas por hipócritas. Caso
contrário, Jesus não teria dito: «Guardai-vos de fazer as vossas obras diante
dos homens, para vos tornardes notados por eles» (Mt 6,1). [...] Muitos dão
aos pobres por ostentação e não por generosidade; muitos que rezam, ou melhor,
que parecem rezar, não procuram Deus, mas sim a estima dos homens; muitos
jejuam e exibem austeridade notável para atrair a admiração dos que vêem a sua
conduta. Todas essas obras são enganos. [...] O Senhor conclui que esses
frutos não são suficientes para julgar a árvore. As mesmas acções feitas com
uma intenção recta e verdadeira são a roupagem das autênticas ovelhas.
[...]
O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrolo» (v. 22-23).
É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22). Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz de discernimento.
O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrolo» (v. 22-23).
É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22). Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz de discernimento.
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