quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ilyas Khan: Um muçulmano que abraçou a Igreja

Existem muitos muçulmanos que gostariam de renunciar ao islão para abraçar o cristianismo. No entanto, na maioria dos casos, o medo da perseguição impede-os de o fazer. Mesmo assim, existem aqueles que têm a coragem de fazer tomar essa decisão, não só na intimidade do coração, mas afirmando-a publicamente no site do jornal National Catholic Register.

É o caso de Ilyas Khan, filantropo britânico, nascido de pais muçulmanos, crescido na Grã-Bretanha, banqueiro de formação, dono do clube de futebol Accrington Stanley e presidente do Leonard Cheshire Disability, a maior organização mundial de assistência às pessoas com necessidades especiais.

"A minha fé conta com a grande contribuição da educação que eu recebi até os meus 4 anos", revela Ilyas ao entrevistador, que lhe pergunta o que o levou à fé católica. "A minha mãe estava muito doente. Quem me criou naqueles primeiros anos foi a minha avó, que era profundamente católica. Eu não tinha como não me considerar cristão". Dos 4 aos 17 anos, porém, Ilyas foi criado e educado como muçulmano. Ele conta: "Na faculdade, a divina providência interveio novamente. Fui morar na Netherhall House, que é uma casa de estudantes do Opus Dei".

O tempo que passou naquela casa de estudantes aproximou-o da espiritualidade e da fé católica. Ele mesmo afirma: "Eu não posso dizer que fui induzido à fé inconscientemente, pelo contrário, lá pelos 18 ou 19 anos, descobri pessoas como Hans Urs von Balthasar, e comecei a ler muito os textos da biblioteca. Fiquei interessado na teologia, em Santo Agostinho e Orígenes".

Essas leituras provocaram no jovem Ilyas um movimento interior que já então o empurrava a proclamar as próprias crenças abertamente, mas o medo de causar uma dor profunda nos pais, ainda vivos, sufocava-o.
A virada decisiva, lembra Khan, foi um "grau maior de consciência de toda a minha vida e das minhas bases morais". "O desejo de abandonar o islão  era profundo, mas foi o impulso de Cristo que me levou à decisão". A contribuição fundamental veio da rotina de "viver a vida da Igreja" durante uma estadia em Hong Kong, aos 25 anos. A igreja chinesa de São José "foi o lugar onde eu descobri o catolicismo tradicional. Dos 25 anos em diante, não tive mais nenhuma dúvida: eu era católico".

Mas houve um momento em particular que marcou indelevelmente a fé de Ilyas: uma "visão" durante uma visita à basílica de São Pedro. "Eu estava a caminhar pela basílica e lembro-me de ter sido ‘arrebatado’ ao ver a Pietá de Michelangelo. Vieram-me mil perguntas enquanto olhava para aquele rosto de Maria que contempla o seu Filho. E eu disse para mim mesmo: 'Este é Deus! Não pode não ser Deus'. Para o islão, dizer que Deus se fez homem é uma heresia. Foi ali que me caíram por terra todas as dúvidas.

O testemunho de Ilyas Khan, por um lado, serve como estímulo para todos aqueles que ainda têm dúvidas ou medos quanto às próprias crenças. Por outro lado, a sua conversão despertou reacções negativas, traduzidas em demonstrações de ódio e em ameaças de morte.

Ilyas não tem medo de expressar a sua fé nem de proclamar publicamente a sua beleza. Ele é considerado hoje, na Grã-Bretanha, como "o mais importante neo-converso ao catolicismo". in Zenit

2 comentários:

  1. li há pouco tempo um livro espectacular sobre a conversão de um muçulmano iraquiano. chama-se o preço a pagar (para me tornar cristão), de joseph fadelle e é editado pelas paulinas

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  2. Fui à apresentação desse livro, com o próprio Joseph. É uma lição de vida

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