sábado, 31 de agosto de 2013

Porque é que as pessoas te ignoram? “Wah wah woh wah wah”

Os media e os políticos ignoram-te. Se és um Cristão, eles dizem-te que não és digno de entrar na praça pública. Não és digno de notícias, dizem eles. Os Cristãos simplesmente não são interessantes. *Bocejo*
De quem é a culpa? Se a Igreja Católica é aborrecida ao máximo, quem é que quer ouvir? Lembrem-se dos desenhos animados do Snoopy. O Charlie Brown e os seus amigos só ouviam “Wah wah woh wah wah,” da professora. Nós andamos a lançar uma série de textos e ensinamentos, mas para o mundo são apenas ”Wah wah woh wah wah.”
Podemos cruzar os braços e dizer, "Bem, são aqueles media liberais danados. Basta ver a Fox News." Mas deixem-me dizer-vos que é mesmo aí que está uma das razões pelas quais eles não ouvem nada.
A razão pela qual o Charlie Brown ouvia ”Wah wah woh wah wah,” é que ele não se podia interessar menos pelo que a professora dizia. Ele achava que aquilo não tinha nada a ver com a sua vida. Temo que as pessoas hoje assumem que Jesus Cristo não tem nada a ver com as suas vidas. Já ouviram a "lenda" e isso não as inspira.
Este problema não é novo. Já aconteceu antes. Os corações tornam-se frios. As pessoas perdem a fé. Mas a solução histórica envolveu sempre um santo que viveu nesse contexto e que encontrou uma maneira de apresentar o Evangelho com uma luz fresca e nova.
Todos os pontos de viragem na história da Igreja foram liderados por homens e mulheres santos que apresentaram a Fé com uma nova luz. Isto muitas vezes chocou a cultura à sua volta. Pensem em S.António do Egipto, São Bento e São Francisco como exemplos. Mesmo a pequenina Santa Teresinha nos mostrou algo ainda mais atraente sobre ser discípulo do Senhor Jesus Cristo. O que eles fizeram e disseram parecia tão novo e revolucionário na altura. E no entanto eles estavam a viver o Evangelho, uma coisa antiga mas sempre nova.
Portanto, eis o desafio. Saiam do loop da Fox News: "Os media são tão maus." Digam alguma coisa de jeito. Digam algo que interrompa o ”Wah wah woh wah wah.”
Falem com clareza [nt: speak light] e "sejam salgados". Taylor Marshall

Frase do dia

"O que será de nós, quando tivermos de comparecer com todas as acções que praticamos à presença de Deus no juízo final?" 

S. Pio de Pietrelcina

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dia de Santo Agostinho, Doutor da Igreja

O corpo, devido ao peso, tende para o lugar que lhe é próprio, porque o peso não só tende para baixo, mas também para o lugar que lhe é próprio. Assim o fogo encaminha-se para cima, e a pedra para baixo. O azeite derramado sobre a água aflora à superfície; a água vertida sobre o azeite submerge-se debaixo deste: movem-se segundo o seu peso e dirigem-se para o lugar que lhes compete. As coisas que não estão no próprio lugar agitam-se, mas quando o encontram, ordenam-se e repousam.

O meu amor é o meu peso. Para qualquer parte que vá, é ele quem me leva. O vosso Dom inflama-nos e arrebata-nos para o alto. Ardemos e partimos. Fazemos canções no coração e cantamos o "cântico dos degraus". É o vosso fogo, o vosso fogo benfazejo que nos consome enquanto vamos e subimos para a paz da Jerusalém celeste. "Regozijei-me com aquilo que me disseram: Iremos para a casa do Senhor". Lá nos colocará a "boa vontade", para que nada mais desejemos senão permanecer ali eternamente. 

Santo Agostinho in Confissões

A realização feminina consiste em fazer o que os homens faziam?

O livro chama-se “Envolva-se” (tradução livre do original Lean In) e a autora é uma das bandeiras do feminismo jovem nos Estados Unidos: Sheryl Sandberg, a número dois do Facebook.
O livro incentiva as mulheres a levar mais a sério a carreira e a não perder a ambição de conquistar postos cada vez mais altos. Como destaca a agência Aceprensa (“Mulheres diretoras: falta de ambição ou de tempo?”, 03/04/2013), “acrescentam-se às pinceladas de psicologia feminina alguns dados estatísticos e explicações de outros estereótipos”.

A directora de operações do Facebook não é a única que, no primeiro quadrimestre de 2013, lidera a bandeira do feminismo americano. Marissa Meyer é CEO do Yahoo! e seu nome percorreu toda a imprensa mundial quando decidiu trazer de volta para os escritórios, a partir de junho deste ano, todos os empregados da empresa que trabalhavam de casa. Francesco Tortora, no Corriere della Sera de 12 de março, avaliou a decisão de Marissa como “uma verdadeira tragédia para as mulheres que têm filhos pequenos e que não têm com quem deixá-los”.

Indo além dos erros estatísticos do livro de Sandberg (a directora da TIME Ideias, Ruth Davis Konigsberg, evidenciou que as equiparações salariais entre homens e mulheres mencionadas pela número dois do Facebook não são reais, com base em dados do US Bureau of Statistics) e dos comentários sobre o diagnóstico equivocado feito em “Envolva-se” (por exemplo, de executivas como Jody Greenstone Miller, fundadora do Bussines Talent Group), a principal “contestação” ao livro veio de uma ex-“super gestora”.

Erin Callan foi directora financeira do Lehman Brothers e publicou um artigo no The New York Times ("Is there life after work?", 10/03/2013) em que abertamente convida as mulheres a não desperdiçar todas as suas energias na carreira, porque não vale a pena nem melhora a vida.

“Desde que abandonei o meu trabalho no Lehman, tive todo o tempo para reflectir sobre a proporção de tempo dedicada ao trabalho em comparação com o tempo que eu dediquei à minha vida. Algumas vezes, vejo garotas jovens que dizem que me admiram pelo que eu consegui. Trabalhei duramente durante 20 anos e agora posso passar os próximos 20 a fzer outras coisas. Mas isto não é equilíbrio. Não desejo isso a ninguém. Até há pouco tempo atrás, eu pensava que focar-me na carreira era a coisa mais importante para ter sucesso. Mas agora estou a começar a entender que desperdicei o melhor da minha vida. Eu tinha talento, era inteligente e estava cheia de energia. Não devia ter sido tão extremista”, escreve Callan no The New York Times.

E prossegue: “O mais importante é que eu perdi a oportunidade de ter um filho completamente meu”. Actualmente, ela está recorrendo a um tratamento de fertilização in vitro, moralmente reprovável, para conseguir o que, na sua idade actual, a natureza lhe nega.

Indo além da dialética de posições, o que realmente está no centro da questão é a estabilidade e a realização específica da mulher no trabalho, partindo da sua condição concreta de mulher. Sheelah Kolhatkar, no The Business Week, escreveu: “Durante muitos séculos, sempre foi o homem que trabalhou até morrer. Talvez seja um perverso triunfo do feminismo que as mulheres agora se sintam livres ao fazer a mesma coisa”. in Zenit

domingo, 25 de agosto de 2013

Um só pão, um só corpo - Santo Agostinho

O que vedes no altar de Deus é o pão e o cálice: eis o que os olhos identificam. Mas a vossa fé quer ser instruída e saber que este pão é o corpo de Cristo, e que este cálice é o seu sangue, o que se verbaliza numa fórmula breve, que poderá bastar à fé. Mas a fé procura instruir-se. Como pode este pão ser o seu corpo, e este cálice, ou melhor, o seu conteúdo, ser o seu sangue?


Irmãos, é isto que se designa por sacramentos: eles mostram uma realidade e, a partir dela, fazem-nos compreender outra realidade. O que vemos é uma aparência corporal, mas o que compreendemos é um fruto espiritual. Se quereis compreender o que é o corpo de Cristo, escutai o Apóstolo, que diz aos fiéis: «Vós sois o corpo de Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro» (1Co 12,27). Logo, se sois corpo de Cristo e um dos seus membros, é o vosso mistério que está sobre a mesa do Senhor, e é o vosso mistério que recebeis. A isto que sois, respondeis: «ámen», e com tal resposta o subscreveis. Dizem-vos: «Corpo de Cristo», e vós respondeis: «Ámen». Sede portanto membros do Corpo de Cristo, para que este ámen seja verídico.


Por conseguinte, porque está o corpo no pão? Também aqui, nada digamos sobre nós próprios, mas escutemos o Apóstolo que, ao falar deste sacramento, nos diz: «Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque todos participamos desse único pão» (1Co 10,17). Se compreenderdes estas palavras, estareis na alegria: unidade, verdade, piedade, caridade! «Um só pão»: Quem é este pão único? «Um só corpo, nós que somos uma multidão.» Lembrai-vos de que não se faz pão com um grão apenas, mas com muitos. Sede o que vedes, e recebei o que sois.

sábado, 24 de agosto de 2013

Jimmy Carter contra a Santíssima Virgem Maria sobre o sacerdócio


O Presidente Jimmy Carter parece muito preocupado com a doutrina Católica do sacerdócio masculino. Ao falar no congresso "Mobilizing Faith for Women" do Carter Center, o ex-Presidente respondeu a algumas questões sobre mulheres e religião. Vejamos as suas palavras contra a Igreja Católica e depois eu darei três respostas sistemáticas:
"E eu penso que as grandes religiões deram o exemplo para isso, ao dizer, efectivamente, que as mulheres não são iguais aos homens aos olhos de Deus.  Isto tem sido feito e ainda é assim pela Igreja Católica desde o terceiro século, quando a Igreja Católica ordenou que nenhuma mulher pudesse ser padre, por exemplo, mas um homem pode. Uma mulher pode ser uma enfermeira ou uma professora, mas não pode ser um padre. Isto é errado, eu penso."
E outra vez, o Presidente Carter diz: "E então,depois do terceiro século quando os homens tomaram conta da Igreja Católica, começaram a impor que as mulheres tinham que jogar numa posição abaixo, não podiam ser padres."
Agora eu percebo de onde é que o Presidente Carter vem. Primeiro, ele e a sua mulher são Baptistas. Como Baptistas, eles não acreditam num doutrina sacerdotal dos padres.

Ao contrário dos Baptistas, a Igreja Católica acredita que o sacerdócio não é meramente uma função ou cargo ministerial. Pelo contrário, quando um homem é ordenado padre, ele é configurado a Cristo de uma maneira especial. A sua alma muda. Chamamos a isto selo indelével ou carácter das Sagradas Ordens. É por isto que nunca houve mulheres padres na Igreja Católica - não no terceiro, nem no segundo ou primeiro século. Nunca.

1. Jimmy Carter, vejamos o Mistério da Transubstranciação

Não só a alma do padre sofre uma mudança metafísica, mas o padre empresta o seu próprio corpo e voz a Cristo quando recita na Santa Missa "Isto é o meu corpo." Este acto transubstancia o pão em verdadeiro Corpo de Cristo.

Façamos uma pausa. Isto é o meu corpo. Os corpos humanos vêm em duas versões: masculino e feminino. Deus desenhou-os desta maneira. Ambos os sexos são imagem de Deus porque, como ensina a Igreja, ambos os sexos têm alma e são racionais. Vejam o Genesis para detalhes.

No entanto, quando o padre diz, "Isto é o meu corpo," ele está a agir in persona Christi (na pessoa de Cristo). Agora vejamos, Cristo é masculino. Ele foi circuncidado. O corpo que Ele ofereceu na cruz era masculino. Por esta razão, só homens podem ser padres porque a Igreja Católica identifica misticamente o Corpo masculino de Cristo com cada um dos padres masculinos. O significado sacramental requer um homem para ser Jesus Cristo Deus-Homem no altar.

2. Jimmy Carter e o clericalismo

Segundo, o Presidente Carter, sem saber, escorrega para o clericalismo. O clericalimo é a crença insidiosa de que o clero é na prática mais santo e mais importante que todos os outros. Como um Baptista, ele provavelmente vê o seu pastor como um CEO e/ou como um bom orador público. Estas funções são paralelas àquelas das empresas seculares. Assim, excluir as mulheres é, na sua cabeça, sexista.

Mas a Igreja Católica não vê os padres como CEOs ou principalmente como pregadores/professores. Pelo contrário, os padres são principalmente "pais". A sua relação com as outras pessoas não é transaccional, é paternal. Só um pai pode ser um pai. Mais uma vez, é uma coisa de homem. A palavra em Aramaico para "pai" éAbba que significa "aquele que dá amor".

3. Jimmy Carter, por favor conheça a Santíssima Virgem Maria

Gostava de dizer que a Igreja Católica ensina explicitamente que a maior pessoa humana alguma vez criada é a Santíssima Virgem Maria.

Maria não é só uma mulher, ela é a Mulher. A Igreja Católica também ensina que ela está acima de todos os sacerdotes Católicos, mais acima que os doze apóstolos. De facto, ela está acima de cada um dos anjos.

O sacerdócio, mesmo o papado, não é o "trabalho" mais alto na Igreja Católica. De facto, a Igreja Católica tem muitas santas femininas no cânone da Missa. Eu até diria que a Igreja Católica celebra mais a feminidade que qualquer outra religião e, certamente, mais que qualquer outra denominação Cristã.

No final de tudo, a Igreja Católica ensina que é a santidade e a intimidade com Cristo que são o mais importante, e não ser padre. Sendo um ex-padre episcopaliano, podia ter continuado a ser um padre Católico casado. Mas eu escolhi não o ser. Porquê? Porque percebi que o meu "sim" pessoal a Deus é suficiente. Nada mais me é pedido.

Eu amo os padres. Beijo a mão de cada padre que conheço. Eu amo verdadeiramente os padres porque sem eles não havia a Sagrada Eucaristia e nenhuma vida espiritual no mundo. No entanto, como o meu ex-director espiritual, o Padre Ron Gillis (que morreu a semana passada), me ensinou "À frente da maior parte das igrejas Católicas não estão altares dedicados a Pedro e Paulo, mas a José e a Maria - um lembrete de que o sacerdócio suporta a Igreja e não o contrario."

Esta é uma lição simples e bonita para cada um de nós. Taylor Marshall

Frase do dia

"Todos os fantasmas das tentações que o demónio introduz na minha mente desaparecem à medida que me abandono confiante nos braços de Jesus." 

S. Pio de Pietrelcina

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A extinção dos machos - Pe.Gonçalo Portocarro de Almada

O "Le Figaro Magazine" do passado dia 20 de Julho dedica a capa e os artigos centrais à crise da identidade masculina e questiona o estatuto do varão na sociedade moderna. Homens e mulheres parecem ter sido modernamente substituídos por uma categoria híbrida de seres humanos, indefinidos e equivalentes, em que já não se revê a clássica distinção dos sexos.

É verdade que em tempos se entendeu que seria másculo quem fosse bruto e insensível, até porque, como se dizia, os homens não choram. Um medricas era pela certa alguém com falta de virilidade. Pelo contrário, ser feminino era sinónimo de uma certa superficialidade - as coisas de mulheres eram, por regra, assuntos sem importância - e de um carácter sentimental e fútil. Molière até se permitiu troçar das femmes savantes à conta do ridículo que parecia ser então uma senhora erudita.

Na família, a distinção entre as virtudes femininas da fada do lar e as atitudes viris do chefe de família acentuavam, mais do que a igualdade essencial de mulheres e homens, a diferença social dos seus estatutos.

À mulher, esposa dedicada e extremosa mãe, pedia-se submissão ao marido, esmerada educação dos filhos e prudente administração doméstica. Não lhe ficava bem expressar opiniões políticas, nem se lhe consentia que discordasse do cônjuge, cuja autoridade devia sempre sublinhar. Muito menos se lhe permitiria qualquer devaneio extraconjugal, que, pelo contrário, se tolerava socialmente aos maridos, preservada alguma decência. Também não era bem visto que o pai levasse ao colo um filho, fosse fazer as compras domésticas ou se encarregasse da cozinha.

Ainda bem que muitas destas diferenças já se esbateram. Afinal os homens também choram e as suas lágrimas são, muitas vezes, expressão sincera da nobreza do seu carácter e não indício de pusilanimidade. As mulheres ganharam, a pulso, lugares de enorme responsabilidade no mundo laboral, dando exemplo de grande profissionalismo. A presença feminina é hoje do- minante em profissões que eram tradicionalmente masculinas, como por exemplo a medicina e a magistratura. Ninguém estranha que um homem cozinhe, aspire a casa ou vá ao supermercado. Também ninguém se escandaliza por ver uma mulher a guiar um táxi ou uma locomotiva, ser dirigente sindical ou discordar politicamente do cônjuge.

Não é preciso ressuscitar o machismo de outras eras, felizmente extinto, para nos opormos à dominante moda unissexo, que, à conta da ideologia do género e não só, parece ter perdido a noção da riqueza específica da feminilidade e da masculinidade. É de lamentar que em alguns países as mulheres não possam tirar a carta de condução, estudar numa universidade, apresentar-se de rosto descoberto ou disputar umas eleições políticas. Mas também não é aceitável a confusão dos géneros, que alguns ideólogos modernos propõem, certamente em nome do louvável princípio da igual dignidade dos dois sexos, mas na ignorância do inegável princípio antropológico da sua diferença e complementaridade.

Deus, quando criou o ser humano à sua imagem e semelhança, criou-o homem e mulher. E quando o Pai eterno enviou ao mundo o seu Filho deu-Lhe uma mãe, Maria, e um pai, José. Graças à feminilidade da donzela de Nazaré e à masculinidade do carpinteiro da casa e família de David, Jesus "crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens". Graças à harmonia conjugada das salutares diferenças da "cheia de graça" e do varão "justo", Cristo não só é Deus perfeito, mas também perfeito homem. in jornal i

Frase do dia

"Pelo sacramento da penitência oferece-se aos membros da Igreja caídos em pecado uma medicina salutar, que serve não só a restituir-lhes a saúde, mas a preservar os outros membros do Corpo místico do perigo de contágio, e até a dar-lhes estímulo e exemplo de virtude." 

Papa Pio XII in Mystici Corporis Christi

Sexo casual: um veneno para a alma


A Igreja Católica é frequentemente acusada de ser machista e castradora devido à sua posição firme em assuntos sexuais. Para os detractores da fé, a realidade do mundo moderno não comporta mais o radicalismo cristão, por isso, a pregação sobre a castidade não é somente antiquada, mas inoportuna. Percebe-se, assim, um aumento progressivo no estímulo à sexualidade precoce, que já não poupa nem adolescentes nem crianças.

Conforme denunciou o arcebispo de La Plata (Argentina), Dom Héctor Aguer, o sexo casual é uma fonte de stress, sentimento de culpa, arrependimento e tristeza. As declarações foram feitas durante o seu programa televisivo semanal, "Chaves para um mundo melhor", e têm por base vários estudos de universidades americanas.

Uma pesquisa da Universidade do Estado da Califórnia, por exemplo, indica que os jovens adultos adeptos do sexo casual estão mais propensos a sofrer de depressão e/ou ansiedade, e ainda aponta que as consequências de tal comportamento são mais prejudiciais às mulheres. De acordo com a co-autora da pesquisa, Melina Bersamin, pessoas deprimidas e com baixa auto-estima tendem a envolver-se mais em relacionamentos frívolos e pouco duradouros.

"Desgraçadamente - lamentou Dom Aguer - parece que esta conduta é frequente entre os jovens em todo mundo". E isso verifica-se na qualidade das músicas, filmes e programas televisivos que são regularmente oferecidos a esse público. "Então, aqui - ratificou o arcebispo de La Plata - a conclusão é que temos que voltar a considerar as virtudes humanas e cristãs e, entre elas, no lugar que corresponde, também a virtude da castidade que faz com que as forças que Deus pôs no homem e na mulher estejam orientadas àquilo para o qual o pensou o Criador: o casal estável, consagrado no matrimónio, que é um bem social e o âmbito adequado para a comunicação da vida humana".

O homem está naturalmente ordenado para a comunhão, seja na vocação ao matrimónio, seja no celibato. Com efeito, o casal de namorados que se prontifica a ter relacionamentos abertos e fora do casamento tem apenas uma única certeza: que tanto um quanto o outro tem uma facilidade imensa para relacionar-se fora do casamento. É a dolorosa certeza da traição, não do amor. Por conseguinte, quando a única certeza é a da traição, não é difícil de imaginar o porquê da promiscuidade estar associada a doenças mentais como a depressão.

Os meios de comunicação social que exaltam a sexualidade liberal e a incentivam de maneira leviana são os principais promotores do sofrimento desses jovens. Neste sentido, vale a pena recordar as sábias palavras de Bento XVI, na sua homilia da Missa de canonização de Frei Galvão: "É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimónio e a virgindade antes do casamento". 

No actual contexto em que se vive, "o mundo precisa de vidas limpas, de almas claras, de inteligências simples que rejeitem ser consideradas criaturas objecto de prazer". Desse modo, as fortes palavras que aparecem na Cédula de consagração de Frei Galvão - tirai-me antes a vida que ofender o vosso bendito Filho, meu Senhor - "deveriam fazer parte da vida normal de cada cristão, seja ele consagrado ou não, e que despertam desejos de fidelidade a Deus dentro ou fora do matrimónio".

Ora, a vocação do ser humano ultrapassa as fronteiras da sexualidade barata e oportunista que o modernismo oferece. É preciso desenvolver a virtude da fortaleza. in Zenit

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Casamento civil indissolúvel, já! - Pe.Gonçalo Portocarrero

Se o Victor e a Vanessa, católicos de Lamego, quiserem casar para sempre, sabem que podem fazê-lo casando "pela Igreja" porque, para a religião católica, o matrimónio não é rescindível. Neste sentido, mesmo que um dos cônjuges obtenha depois o divórcio civil, continuará para sempre casado, segundo a lei da Igreja, a qual estabelece que o casamento válido só acaba quando morre um dos cônjuges. Ora bem, se o Valter e a Viviana, dois fervorosos ateus da Charneca da Caparica, quiserem também unir as suas vidas de forma irrevogável, não o podem fazer juridicamente. 

Com efeito, a actual lei civil não lhes permite essa opção. Por outro lado, também não podem recorrer ao casamento indissolúvel católico, porque a Igreja, obviamente, não pode admitir ao sacramento do matrimónio um casal em que nenhum dos nubentes professa a religião cristã. Daqui resulta, portanto, que os católicos beneficiam de uma possibilidade jurídica que está vedada aos ateus e agnósticos, bem como a todos os outros cidadãos não católicos. Ao que parece, esta proibição legal de uma aliança conjugal perpétua baseia-se no entendimento de que o Estado não deve permitir que ninguém, mesmo agindo no pleno uso da sua razão e vontade, se possa comprometer matrimonialmente de forma definitiva, ou seja, sem uma cláusula de eventual rescisão.

Uma tal prudência legislativa seria louvável, se não fosse tão incrivelmente contrária à mais elementar liberdade dos cidadãos. Com a mesma razão, ou a mesma falta dela, também se deveria proibir legalmente a adopção, pois é tão irreversível quanto o seria um matrimónio indissolúvel. Portanto, é avisado que o ordenamento jurídico seja exigente nas condições que requer para uma decisão definitiva, mas não pode, salvo que se assuma como expressão de um poder autoritário, restringir a liberdade dos nubentes quanto ao tempo e ao modo como se querem comprometer matrimonialmente. 

Poder-se-ia objectar que, se o casal ateu não se quiser divorciar, nada o impede de permanecer casado o tempo que quiser e, por isso, não precisaria de um casamento civilmente indissolúvel, nem de nenhuma cláusula proibitiva do divórcio. Mas um tal argumento não é válido, porque aquilo que realmente pretende quem quer casar para sempre não é apenas a não dissolução, de facto, da aliança nupcial. Quer, sobretudo, a impossibilidade jurídica de que a dissolução se possa verificar por decisão de um cônjuge, ou de ambos. 

O Valter e a Viviana não querem apenas prescindir individualmente da sua faculdade de requerer o divórcio, mas cada um deles quer também evitar que possa ficar divorciado por efeito de uma acção interposta pelo outro. Ora um tal objectivo só poderá ser alcançado se houver, efectivamente, um matrimónio civil indissolúvel. Com efeito, segundo a lei vigente, qualquer casamento é dissolúvel, mesmo contra a vontade do cônjuge inocente, o que acontece as mais das vezes.

A bem dizer, criar a alternativa do casamento civil indissolúvel, a par de um matrimónio civil rescindível por divórcio, não só a ninguém ofende como beneficiaria todos os cidadãos. Em primeiro lugar, os ateus, os agnósticos e os crentes não católicos, porque poderiam assim contrair um matrimónio civilmente indissolúvel. Mas também, em segundo lugar, os que casaram catolicamente. Estes, com efeito, muito embora a Igreja garanta a indissolubilidade do seu vínculo nupcial no âmbito canónico, carecem do reconhecimento civil dessa cláusula contratual do seu casamento religioso.

O direito de optar por um matrimónio civil indissolúvel é uma exigência da mais elementar liberdade. É atendível também como único meio de abolir a discriminação de que são vítimas todos os cidadãos não católicos, sobretudo os ateus e os agnósticos. De facto, os fiéis podem optar por um matrimónio religioso, para assim salvaguardar a pretendida indissolubilidade do vínculo mas, os que o não são, não podem aceder à celebração canónica, nem a lei civil lhes consente, por ora, a tão legítima e salutar opção por um matrimónio indissolúvel. 

Há quem entenda, por último, que o divórcio é necessário, para remediar os casos em que a escolha do cônjuge não foi acertada. Porém, estes casos não se resolvem com leis que, através das muitas facilidades concedidas, incentivam o divórcio e favorecem a irresponsabilidade matrimonial. Pelo contrário, a opção pelo casamento civil indissolúvel ajudaria a evitar esses desacertos, não só porque os noivos ficariam obrigados a assumir para sempre o seu compromisso nupcial, mas também porque, como sugere André Frossard, uma vez casados, já não se poderiam voltar a enganar!

domingo, 18 de agosto de 2013

Frase do dia, condenada à morte

"Eu só quero agradecer a quem me encorajou durante os últimos anos. Isto não é uma derrota, é uma vitória. Vocês sabem para onde eu estou indo. Estou a ir para casa, para ficar com Jesus". 

Estas foram as últimas palavras de Kimberly McCarthy, condenada à pena de morte no Texas, antes de ser executada.

sábado, 17 de agosto de 2013

Pedra de tropeço - João César das Neves


Há cinco meses o mundo não sabia quem era Jorge Mario Bergoglio SJ; desde 13 de Março corre literalmente atrás do Papa Francisco. Há quase um concurso global para encontrar gestos inesperados e atitudes inovadoras do recém Sumo Pontífice.

A personalidade cativante de Francisco tem traços únicos, que o mundo e a Igreja ainda não compreenderam totalmente. Mas a unanimidade à volta deste carácter encantador é, pelo menos por enquanto, quase total. Ouvem-se muitos perguntar se ele é mesmo genuíno, ou se se trata de uma pose, pois parece bom demais para acreditar. Tanto os testemunhos dos íntimos como a experiência crescente destes meses indicam claramente que ele é exactamente como se vê: um grande homem de Deus, límpido, sábio, transparente. Isso leva todos os que se cruzam com ele a esperar muito do seu pontificado.

Aqui termina o consenso. Se sobre a pessoa do Papa há acordo quase geral, variam muito as deduções que daí se tiram. Tão diferentes são os palpites que as apreciações mediáticas tornam-se quase hilariantes. Sobretudo porque muitos, no seu ingénuo entusiasmo pelo deslumbrante Papa Francisco, se esquecem de quem ele é, de onde veio, onde está, para onde vai. Isto significa que, como é habitual nas discussões sobre a Igreja, o que se diz revela menos do tema em análise do que sobre o coração de quem fala.

As causas dos mal-entendidos variam. Alguns, mais infantis, são incapazes de louvar alguém sem criticar os demais. Ele é bom; o resto é horrível. Assim a admiração por Bergoglio torna-se pretexto para atacar a Igreja que ele ama. Aliás até esquecem como o deslumbramento actual é paralelo à espantosa surpresa de 1978 com João Paulo II, 1958 com João XXIII, 1939 com Pio XII, e tantos outros. As épocas diferem e as personagens variam, mas fascínio no início de um pontificado é habitual.

Outra razão é mais profunda: o cativante Jorge Bergoglio é Papa e portanto líder da Igreja Católica. Como todos gostam dele, cada um acha que ele fará aquilo que essa pessoa pensa ser necessário para a Igreja. Ora essas opiniões são legião.

A principal fonte de enganos vem de uma ideia básica, central, nem sempre assumida, que constitui uma negação profunda da própria natureza da Fé. Muitos estão convencidos que, se a Igreja quiser ter sucesso ou até sobreviver, tem de ser aceite pelo mundo. No fundo acham que as suas ideologias e preferências, preconceitos e instituições constituem a referência central de julgamento. A cada passo se ouvem apelos para que a Igreja se adapte aos tempos modernos. Depois de tudo o que se mudou nos últimos 50 anos em métodos e procedimentos, isso só pode significar que ela deixe de ser o que é, passando à irrelevância.

Porque quando a Igreja disser o mesmo que a multidão, opinião pública ou élite pensante, torna-se desnecessária. Para que serve uma doutrina que pactue ou tolere injustiças, abortos, interesses, adultérios, ficções, libertinagem, abusos? Por que razão quereríamos uma Igreja igual à RTP, PSD, UGT ou ONU? Os crentes querem ser, não populares, mas fiéis.

Ao longo dos séculos, após a evaporação do fascínio momentâneo com novos pontificados, os cristãos sempre foram criticados, vivendo em choque permanente com a sociedade da época. As razões variam; o conflito fica. Curiosamente, as gerações seguintes costumavam concordar com aquilo que os católicos contestaram nos seus antepassados, enquanto arranjavam novas razões de oposição. As censuras eclesiais duradouras referem-se aos momentos em que a Igreja esteve demasiado próxima de certos regimes. Precisamente aquilo que o dito axioma quer fazer com a cultura actual.

Quem considera a Igreja ou o Papa deve saber que eles pertencem a Deus. Neste mundo de pecado, a divindade choca sempre. Não é Deus que se adapta ao mundo, mas o mundo que anseia por Deus. Como dizia S. Paulo, citando o profeta Isaías, "Reparai que ponho em Sião uma pedra de tropeço, uma rocha de escândalo, e só quem nela acreditar não ficará frustrado" (Rm 9, 33, cf. Is 28,16). Uma pedra em cruz.  
in Diário de Notícias

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

As duas vidas da Igreja - Santo Agostinho

A Igreja tem duas vidas preconizadas e recomendadas por Deus. Uma delas é na fé, a outra na visão; uma na peregrinação no tempo, a outra na morada da eternidade; uma no trabalho, a outra na quietude; uma no caminho, a outra na pátria; uma no esforço da acção, a outra na recompensa da contemplação. A primeira é representada pelo apóstolo Pedro, a segunda por João. A primeira decorre inteiramente na terra até ao fim do mundo, e depois acaba. A segunda só encontrará a sua plenitude depois do fim do mundo, e não terá fim no mundo que há-de vir.

Foi por isso que Jesus disse a Pedro: «Segue-Me», e acerca de João: «Eu quero que ele fique até Eu voltar. Que tens tu com isso? Tu, segue-me.» Que a tua acção Me siga, perfeita e modelada no exemplo da Minha Paixão; que a contemplação começada permaneça até Eu voltar, e torná-la-ei perfeita quando voltar. Porque este fervor vigoroso que se mantém firme até à morte segue Cristo; e este conhecimento que então será revelado em plenitude permanece até ao retorno de Cristo. Aqui, na terra dos mortais, temos de suportar os males deste mundo; lá, contemplaremos os bens do Senhor na terra dos vivos (Sl 26,13).

Portanto, que ninguém separe estes dois gloriosos apóstolos um do outro; porque ambos foram o que Pedro simboliza e ambos serão o que João representa.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Papa Francisco no Angelus em Castel Gandolfo

"Aquele 'sim' pronunciado em Nazaré em resposta ao Mensageiro Celeste que anunciava a vontade de Deus para ela. Cada 'sim' a Deus é um passo para o Céu, para a vida eterna. Deus quer-nos a todos na Sua casa!"
Papa Francisco, em Castel Gandolfo, hoje na Solenidade da Assunção de Maria aos Céus

terça-feira, 13 de agosto de 2013

República Centro-Africana: Igreja lança grito desesperado de ajuda



São cada vez mais os apelos de sacerdotes e bispos da República Centro-Africana, face à gravidade da situação que se vive no país controlado pela milícia islâmica Séléka desde 24 de Março.


O Arcebispo de Bangui, Dieudonné Nzapalainga, denunciou, a necessidade de o mundo agir em defesa das populações inocentes. Não me posso calar quando os filhos deste país são vítimas da mais horrível barbárie. Não me posso calar quando se torturam e matam os centro-africanos. Não me posso calar quando as nossas irmãs e as nossas mães são violadas. Não me posso calar quando se consagra a impunidade e se impõe a ditadura das armas”.


Nzapalainga, que recebeu o pálio das mãos do Papa Francisco no passado dia 26 de Junho, tal como outros 33 arcebispos de todo o mundo, como D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, aproveitou também para pedir aos cristãos do mundo inteiro que não desistam de pedir a paz para o seu país.

Também D. Juan José Aguirre, Bispo de Bangassou, tem denunciado a situação gravíssima que se vive na República Centro-Africana. Agradecendo a ajuda de emergência que a Fundação AIS, já disponibilizou à Igreja deste país, D. Aguirre afirmou: “já nos roubaram tudo, menos a fé”.


De Norte a Sul do País, o retrato é esmagador. Igrejas pilhadas e profanadas, destruição de capelas, casas paroquiais, colégios, notícias de violações sistemáticas de mulheres e raparigas, o medo espalhado por todas as aldeias.

Desde que a milícia islâmica obrigou o presidente a fugir do próprio país, calcula-se que, pelo menos, 250 mil pessoas tenham já abandonado as suas casas à procura de refúgio nos países da região.

Além da Jornada Internacional de Oração, a Fundação AIS já disponibilizou uma primeira ajuda de emergência para a Igreja da República Centro-Africana, no valor de 160 mil euros.

Esta ajuda destina-se prioritariamente à alimentação, alojamento e compra de medicamentos para as dioceses de Kaga-Bandoro, Bambari, Alindao, Bangassou, as mais atingidas pelo terror dos radicais islâmicos.


Para materializar o apoio imprescindível aos cristãos que sofrem na República Centro-Africana, a Fundação AIS apela, através desta Campanha de Verão, à generosidade dos benfeitores e amigos da Instituição. A ajuda de todos fará,certamente, a diferença. Não devemos ficar indiferentes ao que se passa na República Centro-Africana. in Zenit

Fátima vai a Roma nos dias 12 e 13 de Outubro de 2013

“É um desejo vivo do Santo Padre que a Jornada Mariana possa ter como especial sinal um dos ícones marianos entre os mais significativos para os cristãos em todo o mundo e, por esse motivo, pensamos na amada estátua original de Nossa Senhora de Fatima.”

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Bendito Sacramento

Papa Francisco confessa jovem na JMJ Rio 2013

Homem que passou a ser mulher afinal diz que é homem

Don e Dawn
Em Maio deste ano, Don Ennis, produtor e editor da ABC News, anunciou publicamente que iria deixar a sua mulher e os 3 filhos , depois de 17 anos de casamento, porque afinal ele próprio era uma mulher, e que o seu nome passaria a ser Dawn Ennis.

Garantiu que não se tratava duma crise de meia-idade e que aquilo representava quem ele era e o que tinha que fazer para ser feliz. Daí em diante passou a usar roupa de senhora para o trabalho e foi elogiado por várias organizações LGBT.

No entanto, para surpresa de muitos, Don/Dawn veio agora dizer que afinal de contas é mesmo um homem, que gosta de mulheres e que tudo não passou duma amnésia.

Num mundo que vivesse conforme a razão, se um homem casado há 17 anos viesse dizer que afinal é uma mulher, todos diriam: tem mas é juízo! Mas este mundo teima em perder a razão.

domingo, 11 de agosto de 2013

"Assisti a 39 Reveillons en Copacabana e nunca vi algo parecido"

Chamo-me José Maria Franco, sou garçom do restaurante Meia Pataca há 40 anos. Durante este tempo já assisti 39 Reveillons e nunca vi tanta gente na Avenida Atlântica com  esse intuito de se divertir, conhecer pessoas diferentes, brincar, cantar em louvor a Deus.

Ultimamente no Rio tivemos muitas passeatas, manifestações, que terminaram em pancadaria, vandalismo e destruição... e nada parecido com o que está acontecendo hoje no Rio de Janeiro. Três dias seguidos – a chuva atrapalhou um pouco mas o sol já voltou – três dias seguidos com um evento maravilhoso.

Eu me emociono toda vez que vejo essa multidão passando, de todos os países, de todas as línguas, mas todos irmanados no intuito de louvar a Deus e no que é importante, de fazer amigos, conhecer pessoas, como disse o Papa, dividir alguma coisa com alguém. E é o que eu estou vendo hoje.

Ontem, eu estava na Avenida Atlântica e tinha dois casais do Canadá perdidos e me perguntaram se eu falava inglês e eu disse: “Yes, I do” e me perguntaram se eu lhes podia levar até onde estavam hospedados, e era um pouco distante daqui. E eu os levei em casa. Eles estavam num bairro chamado Bairro Peixoto. Falavam mais Francês do que Inglês, o inglês deles se assemelhava ao meu, que não é muito bom, mas falei. Fui levá-los em casa e no final eles queriam me pagar, recompensar, e eu disse: ‘não. Somos todos irmãos’. E nós trocamos email, Facebook, que todo mundo tem hoje, e nos fotografamos e já ficamos amigos e eles vêm me visitar amanhã aqui porque vão embora no outro dia. Muito bom! Realmente algo inédito.


E toda vez que eu vejo o Papa passar, passa pertinho de nós, quando eu o vejo na televisão, eu me emociono. Não sei se é a idade que nos faz isso, mas há algo que me toca e toda vez que eu o vejo eu choro. Não tem como não chorar. O depoimento de um jovem, ex-viciado, sem pai e sem mãe tocou a todos e daí no final o Papa foi dar-lhe um abraço, com essa proximidade, essa espontaneidade do Santo Padre com o Povo, algo já visto no Rio de Janeiro e também no mundo. Com esse caráter Franciscano, o Papa se despiu de todas essas vaidades que nossos políticos tem, e ele, como representante do povo, não tem nada disso. Ele não exigiu isso, não exigiu aquilo, sai do seu carro, que é um carro aberto.


Por exemplo, eu vi um gesto do Santo Padre aqui na Avenida Atlântica, eu tava pertinho, uma pessoa ofereceu um solideu a ele. O Papa bateu no ombro do motorista, o motorista parou e ele pediu ao segurança que fosse até ele, e trouxe o solideu da pessoa que estava dando para ele, trocou o solideu, pôs na cabeça o solideu que tinha recebido e deu o seu para o rapaz que estava lá. Eu me emocionei com aquele gesto.


Sempre sorrindo. Se vê que é uma pessoa que não é tão jovem, quase 80 anos, mas a vitalidade, a alegria, o sorriso constante, nada forçado, querendo abraçar a todos. Num dos discursos que ele fez eu gostaria de destacar o seguinte: “eu gostaria de entrar na casa de todos vocês para tomar um cafezinho, abraçar a cada um de vocês”, é muito bonito isso.


Que Deus o proteja, que Deus dê uma longa vida à ele. E vai mudar alguma coisa, como tá mudando. Principalmente aqui no nosso país, onde os políticos estão corrompidos...


O Papa é o único homem público hoje no país que pode andar na rua sem ser atacado. Em qualquer rua que ele sair no Brasil vai ser ovacionado. Se qualquer político nosso, qualquer um, do presidente da República aos deputados, saírem à rua hoje, governador do Estado, eu não sei o que vai acontecer com eles. O único, o único que pode sair sem medo é o Papa. Não só sair, mas o Papa vai ser aplaudido, beijado, acariciado e protegido por essa população. in Zenit

sábado, 10 de agosto de 2013

Frase do dia

“The modern habit of doing ceremonial things unceremoniously is no proof of humility; rather it proves the offender’s inability to forget himself in the rite, and his readiness to spoil for everyone else the proper pleasure of ritual.“ 

C.S. Lewis

Dia de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)

Nascida em Vrastilávia a 12 de Outubro de 1891, os seus progenitores eram de nacionalidade alemã e de religião hebraica. Foi educada na fé dos pais, mas no decurso dos anos tornou-se praticamente ateia, conservando muito elevados os valores éticos, mantendo uma conduta moralmente irrepreensível. De maneira brilhante obteve o doutoramento em filosofia e tornou-se assistente universitária do seu mestre, Edmund Husserl. Incansável e perspicaz investigadora da verdade, através do estudo e da frequência dos fermentos cristãos e, por fim, através da leitura da autobiografia de Santa Teresa de Ávila, encontrou Jesus Cristo que resplandecia no mistério da cruz e, com jubilosa resolução, aderiu ao Evangelho. 

Em 1922, recebeu o baptismo na Igreja católica com o nome de Teresa: a sua vida mudou de modo radical. Os anos sucessivos foram despendidos no aprofundamento da doutrina cristã, no ensinamento, apostolado e publicação de estudos científicos, e numa intensa vida interior nutrida pela palavra de Deus e a oração. 

Em 1933, coroou o desejo de se consagrar a Deus e entrou na Congregação das Carmelitas Descalças, tomando o nome de Teresa Benedita da Cruz, exprimindo assim, também com este nome, o ardente amor a Jesus crucificado e especial devoção a Santa Teresa de Ávila. Emitiu regularmente o voto de pobreza, obediência e castidade e, para realizar a sua consagração, caminhou com Deus na via da santidade. 

Quando na Alemanha o nacional-socialismo exacerbou a louca perseguição contra os judeus, os superiores da Beata enviaram-na, por precaução, para o carmelo de Echt, na Holanda. Impelida pela compaixão para com os seus irmãos judeus, não hesitou em oferecer-se a Deus como vítima, para suplicar a paz e a salvação para o seu povo, para a Igreja e para o mundo. A ocupação nazista da Holanda comportou o início do extermínio também para os judeus daquela nação. Os Bispos holandeses protestaram energicamente com uma Carta pastoral, e as autoridades, por vingança, incluíram no programa de extermínio também os judeus de fé católica. 

A 2 de Agosto de 1942, a Beata foi aprisionada e internada no campo de concentração de Auschwitz, e juntamente com a irmã foi morta na câmara de gaz no dia 9 de Agosto de 1942. Assim morreu como filha do seu povo martirizado e como filha da Igreja católica. «Judia, filósofa, religiosa, mártir — como foi afirmado por João Paulo II no dia da Beatificação, a 1 de Maio de 1987, em Colónia —  a Beata Edith Stein representa a síntese dramática das feridas do nosso século. E, ao mesmo tempo, proclama a esperança de que é a cruz de Jesus Salvador que ilumina a história». in vatican.va