Enviar mensagens e conduzir um carro é pecado? Eu sou certamente culpado disso. De facto, fi-lo hoje a caminho de casa do campo de St. George (o campo foi giríssimo, já agora. 80 pais e filhos. Santa Missa. Terços. Divina Misericórdia.)
Enquanto estava no acampamento, soube que um dos meus antigos alunos capotou na carrinha. Sobreviveu. Ele estava a enviar mensagens e a conduzir. Conheço várias pessoas que tiveram um acidente enquanto enviavam mensagens. Sabemos que é perigoso, mas fazemo-lo todos os dias. Eu faço-o.
Enviar mensagens, conduzir e o novo esforço da AT&Ts
Estava a ler o blog do Seth Godin e ele comentou sobre o novo anúncio da AT&Ts [N.T.: operadora de telemóveis] para evitar enviar mensagens enquanto se conduz.
Godin, um mestre do comportamento humano, acredita que o anúncio da AT&Ts não vai funcionar. Eis as suas quatro razões porquê:
- A cultura do carro como um porto seguro, um escritório itinerante e um lugar onde se pode fazer o que se quiser
- A cultura do homem Marlboro, sem limites de velocidade no carro, com limites de velocidade 'opcionais' nas estradas
- A cultura da relação e o nosso medo de ser deixados de parte
- A cultura da tecnologia e a nossa tendência para dizer que sim primeiro e fazer perguntas depois
Godin sugere que os fabricantes de telefones façam os dispositivos avisar a pessoa que está a enviar mensagens enquanto conduz. Isto origina uma espécie de pressão sobre si mesmo ou auto-controlo. A outra opção é fazer com que as empresas de wireless impeçam o envio de mensagens quando o telefone se está a mover a mais de 30 km por hora.
Mas enviar mensagens a conduzir é pecado?
Eis, então, a grande pergunta. Será que enviar mensagens e conduzir constitui um pecado? Será que aborrece a Deus? Beber e conduzir não é ético. Pecado gravíssimo. Drogas e conduzir? Não é ético. Guiar rápido numa zona escolar. Não é ético. Guiar rápido numa zona de construção com homens a trabalhar? Não é ético.
Porque é que estas práticas de condução não são éticas? Elas estão erradas porque estão a pôr em perigo as vidas de outras pessoas.
Agora, enviar mensagens não afecta o intelecto, como o álcool e as drogas. No entanto, enviar mensanges e conduzir afecta sim o sentido da visão - um elemento chave enquanto se conduz. Será então pecado? Devo confessar-me disso?
Definir actos imprudentes: o exemplo da tatuagem do Speed Racer
Eu não acho que seja preciso ir à confissão e dizer, "Padre, enviei cerca de 14 mensagens na semana passada enquanto conduzia." Não penso que seja um pecado por si só, mas penso que se qualifica como comportamento negativo ou, mais estritamente, como um "acto imprudente."
Os alunos perguntam-me frequentemente, "XYZ é um pecado?". Normalmente perguntam sobre tatuagens, piercings, fumar tabaco ou o que quer que seja que os miúdos do liceu queiram fazer. Normalmente digo que tais actividades são "actos imprudentes" e não pecados, propriamente falando.
Ainda assim, se têm uma tatuagem na cara ou um demónio nas vossas costas, precisam de falar com um padre. Não é bom.
Mas se se entusiasmaram nos anos 90 e têm uma tatuagem do Speed Racer no antebraço, isso é simplesmente um acto imprudente. Têm uma personagem de animè japonesa antiquada gravada a tinta na vossa carne humana. Lamento imenso. Foi gravemente imprudente. Entraram na ira de Deus? Penso que não iria tão longe, mas faltou-vos prudência. Com a vossa mancha de tinta do Speed Racer, podem nunca encontrar uma mulher. Mais ainda, a malta no ginásio ri-se nas vossas costas. Nada pior do que Speed Racer para dizer "loser dos anos 90".
Conclusão
A minha opinião, que não é um pronunciamento magisterial, é que enviar mensagens e conduzir entra na categoria de "actos imprudentes".
O que eu normalmente tento fazer é usar a opção do iPhone de "discurso para texto." Por exemplo:
"Dear Joy, do you want to pick up some Popeyes?"
Infelizmento o discurso para texto dá:
“Deer toy do you want me to pick epson drop byes?”
Felizmente, ela é muito boa a decifrar este tipo de textos!
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