domingo, 9 de fevereiro de 2014

Arcebispo da Nigéria fala contra ideais imorais do Ocidente

Em Janeiro, o Presidente da Nigéria assinou uma lei de proibição do "casamento" homossexual. Pouco depois, o Arcebispo Ignatius Kaigama, da diocese de Jos e presidente da Conferência Episcopal da Nigéria (CBCN), escreveu-lhe uma carta a dar os parabéns.

Não é que esta lei seja "anti-alguém", porque não é. É simplesmente uma lei que faz duas coisas: protege o conceito de casamento, evitando que se chame casamento à união de pessoas do mesmo sexo e proíbe a acção de instituições que promovam este tipo de comportamentos imorais.

Esta semana, primeira de Fevereiro, o senhor Arcebispo Kaigama mostrou mais uma vez a sua fidelidade à Lei Natural, tão bem defendida por santos Bispos na história da Igreja.

Ao inaugurar um workshop para médicos, enfermeiros e funcionários da área da saúde na Nigéria, sobre a doutrina social da Igreja e o sistema de saúde, D. Ignatius Kaigama falou sem respeitos humanos, mostrando que sabe bem que quem o julga é Deus e não os homens, defendendo aquilo que a Igreja sempre defendeu:


As críticas à posição da Igreja Católica sobre o aborto e outros actos imorais parecidos têm sido atribuídas a preconceitos herdados que os críticos têm e à sua ignorância dos ensinamentos e tradições da Igreja.
...
Segundo o Arcebispo: "A Igreja Católica tem sido criticada pela sua posição em temas como o aborto, o preservativo, a homossexualidade, a clonagem, a investigação em células estaminais, etc." Ele assegurou, ainda assim, que os princípios e ideias da Igreja em relação a assuntos chave da moral não podem ser comprometidos.

O Bispo de Jos disse ainda: "A Igreja Católica é normalmente julgada por pessoas que não se preocupam em saber o que é que nós verdadeiramente pensamos. Preconceitos que passaram de uma geração para outra têm cegado tanto os críticos da Igreja Católica que eles nem conseguem ser objectivos em relação aos ensinamentos e tradições Católicos."

O Arcebispo Kaigama alertou contra a submissão aos desejos de alguns governos e organizações internacionais que querem forçar os seus valores morais e culturais sem bases no continente da África e especialmente na Nigéria. As suas palavras: "Não podemos ser engolidos pela imposição tirana de alguns governos e organizações não-governamentais internacionais que querem ditar-nos uma moda moral do mundo baseada nos seus valores seculares."

Ele continuou: "Em África, quer seja sobre o controlo populacional, o uso de preservativos, a homossexualidade, etc, as ideias do Ocidente são às vezes enfiadas pelas gargantas dos africanos através de incitamentos financeiros. Os africanos não podem ser macaquinhos de imitação, pensando que tudo o que vem do Ocidente é o ideal."

O Presidente da CBCN enfatizou a necessidade do "discernimento intelectual e cultural" da parte dos africanos e nigerianos, ao dizer: "senão corremos o risco de perder os nossos valores e não tornar-nos nem africanos nem ocidentais." Ele disse: "Temos que ser fiéis à nossa herança religiosa, mesmo num tempo em que algumas das pessoas que nos apresentaram o Cristianismo se tornaram críticos ferozes e alguns deles até têm um ódio patológico às directrizes da Igreja ou julgamentos morais."

in Catholic News Service of Nigeria 

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