Ontem confessei-me a um amigo meu.
A sensação assemelha-se à que se sente antes de ir ao dentista: contar os meus pecados a alguém que conheci muito antes de ser Padre, que foi ordenado há pouco tempo e para quem olho mais como amigo do que como Padre não é fácil.
Ter que admitir as minhas misérias a outra pessoa custa, ainda mais quando é alguém que conhecemos e que não queremos que fique a pensar mal de nós.
Mas o que se passa na confissão vai além desta cobardia imposta pelo orgulho, o que se passa ali é sobrenatural. Eu não conto os meus pecados a um homem, mas ao próprio Jesus Cristo que está ali na pessoa daquele homem.
Não me vou confessar para impressionar o confessor nem para desabafar, nem sequer para falar dos pecados dos outros, mas sim para ser perdoado, porque cometi erros, ofendi a Deus e aos outros, e quero recomeçar.
No confessionário entro como culpado e saio inocente. Não pelo meu mérito, nem sequer pelo do Padre, mas pelo mérito de Jesus Cristo que morreu na Cruz por mim.
Bravo!
ResponderEliminarSenti o mesmo quando me confessei a um grande amigo (o meu ex. namorado que agora é Padre).
ResponderEliminarWow, isso é ainda mais radical!
ResponderEliminarJá entendi. Aprender a olhar para o padre como Jesus através dessa pessoa no sacramento de confissão. Fixe este artigo.
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