- 24 de Agosto de 1939 - O Papa Pio XII (Eugénio Pacelli) pronuncia a frase marcante
do seu pontificado: "Nada se perde com a paz, tudo pode ser perdido com a
guerra."
- 1940, 1941, 1942 - Rádio Mensagens do Papa a favor
do respeito mútuo entre os povos e contra a discriminação e massacres devido a razões
de diferentes religiões ou nacionalidades.
- 10 de Julho de 1943 - A situação em Itália agrava-se
quando as tropas anglo-americanas desembarcam na Sicília e se prepararam para
subir a península de modo a chegar a Roma, enquanto da Alemanha descem as
divisões blindadas alemãs que invadem regiões italianas.
- 17 Julho de 1943 - um esquadrão de caças aliados voa sobre
Roma. Caem do céu milhares de panfletos convidando as pessoas a ficar longe de
alvos militares (aeroportos, caminhos-de-ferro). Até então, a capital, mas também
Florença e Veneza, não tinham conhecido ataques aéreos. Ao contrário do que
recomendam os Cardeais e a Cúria, o Papa Pio XII decide ficar em Roma.
- Esforços diplomáticos da Santa Sé com os aliados para
reconhecer Roma como uma cidade aberta, e evitar bombardeamentos ou acções
militares, que não teriam qualquer efeito. No entanto foi decidido, Eisenhower ordena que se
atinjam alvos militares em Roma. Começou assim uma série violenta de atentados
na capital que atingem também grandes bairros populacionais.
- 19 de Julho, antes das 11h30 - segundo bombardeamento
sobre Roma. Atingido o centro do bairro de São Lourenço, em Verano.
- 20 de Julho de 1943 - após o violento bombardeamento do
bairro de São Lourenço, o Papa Pio XII sai excepcionalmente do Vaticano. Vai às
zonas afectada para levar conforto "aos fiéis da nossa diocese", e,
depois de ajoelhar para rezar nas ruínas o salmo De Profundis, distribui dinheiro
e géneros. Os romanos aclamam-no como 'Defensor Civitatis' (Defensor
da Cidade).
- Inverno de 1943 - os alemães ocupam a Basílica de São
Paulo Fora dos Muros, e prendem aqueles que ali se haviam refugiado. É
descoberto o plano secreto de Hitler que previa a ocupação do Vaticano e a
prisão do Papa Pio XII.
- Pio XII assinou, em seguida, uma carta de demissão em caso
de captura: "Prenderão o Cardeal Pacelli, não o Papa."
- 08 de Setembro de 1943 - O armistício e a fuga dos
Savóia e do Governo lançam a Itália no caos. Resta Pio XII para enfrentar os
ocupantes e é a única autoridade moral e religiosa presente em Roma.
- O Papa ordena que se abram os conventos (mesmo aqueles de
clausura) e os palácios extraterritoriais para acolher os italianos e judeus
perseguidos. Só no Seminário de Latrão, entre Setembro de '43 e Junho de '44, foram
contadas 41 mil admissões.
- Madrugada de 22 de janeiro de 1944 - A artilharia aliada
abriu fogo na costa de Lázio para preparar o desembarque na praia de Anzio. Uma
multidão de refugiados (10 a 12 mil) conseguem escapar e dirigem-se para a Vila
Pontifícia de Castel Gandolfo (aberta por ordem do Papa Pacelli), para o
Palácio Apostólico. Os deslocados são acolhidos e assistidos pela caridade do Papa,
que provê tudo: vêm alimentos do Vaticano, medicamentos e vestuário. As crianças
que nascem no Palácio Apostólico são chamadas Eugénio ou Pio, em agradecimento
ao Papa. No Pronto-Socorro do Vaticano são também acolhidos e tratados
resistentes italianos e alemães.
- 15 de Fevereiro de 1944 - um terrível bombardeamento
aliado arrasa a abadia beneditina de Montecassino.
- 19 de Fevereiro de 1944, às 9h - o abade de Monte Cassino
foi recebido pelo Papa Pio XII, a quem garante que "nunca na abadia não
houve soldados alemães, nem os ninhos de metralhadoras ou canhões, nem locais
de observação." Foi um erro grave dos Aliados.
- 24 de Março de 1944 - a página mais terrível, com o
massacre das Fossas Ardeatinas onde os nazis massacraram 335 civis e militares
(incluindo o coronel Lanza di Montezemolo, o pai do Cardeal Montezemolo, Núncio
Apostólico) em retaliação pela morte de 33 soldados alemães no atentado da
resistência na Via Rasella.
- Final de Maio de 1944 - os alemães ameaçam as pontes sobre
o rio Tibre e os pontos-chave para impedir o avanço dos aliados. Depois, querendo
fugir rapidamente, não fazem detonar as minas.
- Pacelli advertiu: "Qualquer um que se atreva a
levantar a mão contra a Roma, ficará com a mancha do matricídio"
- Sexta-feira, 2 de Junho de 1944 – A ‘Rádio Londres’
transmite a palavra ‘Elefante’, a mensagem codificada que indica que a
resistência lançará o ataque final.
- A noite entre 3 e 4 de Junho 1944 - A SS abandonou as
instalações em via Tasso (onde havia praticado torturas abomináveis), queimam
os documentos e saem com dezenas de prisioneiros. A batalha trava-se perto de
Roma, a rectaguarda alemã é atacada pela resistência.
- Madrugada de 4 de Junho de 1944 - um contingente de canadianos
e os comunistas da Bandeira Vermelha entram na capital de Itália por Casilina.
A SS foge descontroladamente e abandona um camião cheio de prisioneiros, que se
salvam. Outro camião é parado por oficiais nazis em Cassia e 14 resistentes e
prisioneiros aliados são alinhados ao longo da estrada, e mortos com um tiro na
cabeça.
- Noite de 4 de Junho de 1944 - após nove meses de ocupação
alemã, Roma é libertada.
- Domingo, 4 e Segunda-Feira, 5 de Junho de 1944 - Tropas
norte-americanas, sob o comando do general Mark Clark Wayne, destroem as
últimas defesas alemãs e entram na cidade sem encontrar resistência. A
população rejubila de alegria.
- 4 de Junho de 1944 - O Papa Pio XII recebe os Aliados, no
Vaticano.
- 5 de Junho de 1944 – A ‘Rádio Londres’ envia a frase-código: "Os longos gemidos dos violinos do outono ferem meu coração com monótona languidez ", que anuncia o ataque iminente e desembarque em 48 horas.
- Madrugada de 6 de Junho de 1944 – chegou o 'Dia D'. Começa
a ‘Operação Neptuno’, com o desembarque dos Aliados na Normandia, o que
desencadeia a maior invasão da história. Abre-se uma segunda frente na Europa,
depois da frente aberta pelos soviéticos. Tanto do Leste como Oeste, os Aliados
marcham sobre a Alemanha nazi.
- Domingo, 11 de Junho, 1944 – os Romanos em massa "invadem"
jubilosos a Praça de São Pedro (e ficam lá por várias horas) para agradecer ao
Papa Pio XII, a única autoridade que sempre se manteve no seu posto, para
evitar a Roma os horrores da guerra.
O Papa vem à varanda das bençãos e falou aos italianos e aos
soldados, que o aclamam novamente como ‘Defensor Civitatis’. Transmite a Bênção
Apostólica a Roma, aos romanos e a todos os soldados.
in messainlatino.it
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