Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica
Que está a realmente a acontecer?
Muitos defenderam perigosas aberturas sobre a questão da comunhão concedida aos divorciados que voltam a casar.
Não vejo como conciliar o conceito inaterável da indissolubilidade do matrimónio com a possibilidade de admitir à comunhão quem vive
numa situação irregular.
Por esta via está a pôr-se directamente em causa o que disse o Senhor quando ensinou que quem se divorcia da sua mulher e se casa com outra comete adultério.
Para alguns, esse ensinamento tornou-se demasiado duro.
Esquecem que o Senhor garante a ajuda da graça aos que são chamados a viver o matrimónio.
Isto não significa que não haja dificuldades e sofrimentos, mas que acabará sempre por haver uma ajuda divina
para os enfrentar e ser fiéis até ao fim.
(…)
Parece-me que alguma coisa não funciona bem quando a informação dá realce apenas a uma tese, em vez de referir fielmente as diversas posições expostas.
Isto preocupa-me porque um número consistente de bispos não aceita as ideias de abertura, mas poucas pessoas sabem isso.
Fala-se só da necessidade se abrir às exigências do mundo, na linha do que disse em fevereiro o cardeal Kasper.
Na verdade, a tese do cardeal Kasper não é nova, já foi discutida há 30 anos. Desde fevereiro passado reconquistou força e voluntariamente deixou-se que crescesse.
Muitos defenderam perigosas aberturas sobre a questão da comunhão concedida aos divorciados que voltam a casar.
Não vejo como conciliar o conceito inaterável da indissolubilidade do matrimónio com a possibilidade de admitir à comunhão quem vive
numa situação irregular.
Por esta via está a pôr-se directamente em causa o que disse o Senhor quando ensinou que quem se divorcia da sua mulher e se casa com outra comete adultério.
Para alguns, esse ensinamento tornou-se demasiado duro.
Esquecem que o Senhor garante a ajuda da graça aos que são chamados a viver o matrimónio.
Isto não significa que não haja dificuldades e sofrimentos, mas que acabará sempre por haver uma ajuda divina
para os enfrentar e ser fiéis até ao fim.
(…)
Parece-me que alguma coisa não funciona bem quando a informação dá realce apenas a uma tese, em vez de referir fielmente as diversas posições expostas.
Isto preocupa-me porque um número consistente de bispos não aceita as ideias de abertura, mas poucas pessoas sabem isso.
Fala-se só da necessidade se abrir às exigências do mundo, na linha do que disse em fevereiro o cardeal Kasper.
Na verdade, a tese do cardeal Kasper não é nova, já foi discutida há 30 anos. Desde fevereiro passado reconquistou força e voluntariamente deixou-se que crescesse.
Mas tudo isto causa graves danos à fé.
Bispos e sacerdotes dizem-me que agora muitos divorciados que voltaram a casar pedem para receber a comunhão alegando que é assim que o Papa Francisco quer.
Na realidade, verifico que, no entanto, até agora o Papa não se manifestou sobre a questão.
Mas parece evidente que o cardeal Kasper e os que estão alinhados com ele falam com o apoio do Papa.
Na realidade, verifico que, no entanto, até agora o Papa não se manifestou sobre a questão.
Mas parece evidente que o cardeal Kasper e os que estão alinhados com ele falam com o apoio do Papa.
Isso sim. O Papa nomeou o cardeal Kasper para o Sínodo e deixou que o debate continuasse sobre esse caminho.
Mas o Papa ainda não se manifestou.
Eu espero um pronunciamento da sua parte, que só poderá estar em continuidade com o ensinamento que a Igreja deu durante toda a sua história.
Um ensinamento que nunca mudou porque não pode mudar.
Um ensinamento que nunca mudou porque não pode mudar.
in infocatolica.org via É o Carteiro!
É lamentável que - pelo menos segundo a comunicação social - haja bispos e até cardeais a assumirem a existência de correntes e facções dentro da Igreja e, mais grave ainda, a quererem alinhar o Santo Padre com umas ou com outras. Que exemplo estão a dar ao povo de Deus? E quererão prescrever uma conduta ao Papa?
ResponderEliminarJá agora: que pavor vem a ser esse das "perigosas aberturas" nas matérias sinodais?... Meditemos nas leituras da liturgia destes dias sobre a denúncia, por São Paulo e pelo próprio Jesus, da hipócrita obsessão com as leis: "Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis..."
JG
Muito bem dito JG, que pudor e medo vem a ser este nas matéria sinodais? Um certo povo de Deus é mais papista que o Papa. Porque gostam tanto alguns de se apropriar da palavra de Deus e fazer desta palavra a sua? A abertura da Igreja é uma realidade inevitável, e irá acontecer. Pode ser agora, daqui a 20 anos, ou 50. Mas irá acontecer, e ainda bem que assim o é! A palavra de Deus foi transmitida ao longo dos séculos, e interpretada pelos seus transmissores conforme as épocas. Se alguém acha humano classificar de adúltero alguém que se divorcia e se volta a casar, que lance a primeira pedra.
ResponderEliminarÉ impressionante como já nem as palavras direta de Jesus valem. Deus está ser ignorado quando são sugeridas esse tipo doutrinas novas. Poderia-se até dizer que é uma atitude diabólica. Isto é o homem tentar colocar-se acima de Deus.
ResponderEliminarAnónimo das 10:49, acha diabólico alguém ter o direito de se divorciar e iniciar uma nova etapa na sua vida? Repare, defender a "reabilitação" dos divorciados não é sinónimo de incentivo ao divórcio. É, sim, um acto de inclusão, de acolhimento e apoio a quem pretende reiniciar um percurso no caminho de Deus, que nem sempre é fácil. Poderia dar-lhe exemplos de diversos casamentos que não poderiam continuar, pelas mais diversas (e graves) razões. Muitas vezes está fora do nosso alcance a decisão de continuar no matrimónio. A Igreja deve procurar evitar o divórcio das suas ovelhas, mas não excluir quem o faz. A mensagem de Cristo nunca foi de exclusão, mas sim de inclusão. É isso que sinto quando leio a Bíblia.
ResponderEliminarNão é esse o problema. A Igreja acolhe todos, sempre o fez e sempre o fará. O problema é a comunhão em estado de pecado mortal.
EliminarTristão da Cunha.
ResponderEliminarDecerto que há-de compreender que "direitos de divórcio" fazem parte de um tribunal e não de um Concílio. Até porque "o que Deus uniu o Homem não separe".
Permita que lhe faça uma sugestão: ler Teologia do Corpo. São catequeses proferidas pelo Santo Papa João Paulo II nos anos 80. Irá ajudá-lo a compreender um pouco o que é o amor
Ana