O Cardeal Raymond Burke diz que está ao serviço do Papa Francisco, não tem nenhuma animosidade pessoal contra o Papa, e aqueles que afirmam que o cardeal norte-americano é um adversário do Sumo Pontífice querem desacreditá-lo.
O chefe do mais importante tribunal do Vaticano também disse à Breitbart na terça-feira que a Igreja Católica corre o risco de dissidência se os bispos forem vistos a “contrariar” os dogmas estabelecidos e imutáveis da Igreja, nos próximos meses.
O prelado do Vaticano falou em Viena, durante o lançamento da tradução alemã de “Permanecer na Verdade de Cristo”, livro para o qual contribuiu. A obra é uma resposta à proposta do Cardeal Walter Kasper, querendo permitir que alguns divorciados recasados tenham acesso à Comunhão. A Igreja Católica sempre excluiu tal possibilidade, com base no ensinamento de Cristo que "recasar" após um divórcio constitui adultério.
“Certos meios de comunicação social querem simplesmente retratar-me a viver uma vida de oposição ao Papa Francisco”, disse o Cardeal Burke. “Não é de todo o caso. Tenho servido o Santo Padre na Assinatura Apostólica e continuo a servi-lo de outras formas.”
O prelado, nascido em Wisconsin, respondeu a comentários feitos por si durante uma entrevista dada à revista seminal Vida Nueva, a semana passada. O artigo deu a entendê-lo como crítico do Papa, apesar de ter salientado na entrevista que não estava em desacordo com Francisco.
O Cardeal contou à publicação espanhola que há um “forte sentimento” de que a Igreja é como um “barco sem leme, seja a razão qual for.” Contudo, deixou claro que a entrevista não servia para “falar contra” o Pontífice. Disse que o Papa tem razão em chamar os Católicos “para as periferias”, mas acrescentou que “não podemos sair para as periferias de mãos vazias”.
“Eu não disse que essa era a ideia do Santo Padre,” explicou, “mas tenho visto outros a usar as suas palavras para justificar um certo tipo de ‘comodismo’ da fé à cultura, algo que nunca poderá acontecer.”
O Cardeal Burke disse que a sua intenção é “apresentar o ensinamento da Igreja, em relação ao qual tem havido uma grande confusão.” Apontou para o Sínodo da Família, no mês passado, como parcialmente responsável, e afirmou que aqueles que se identificam com a chamada "agenda reformista do Papa Francisco" estão agora a tentar “desacreditar o que eu disse ao atribuí-lo a uma animosidade pessoal contra o Santo Padre, o que não está correcto.”
Questionado em relação aos recentes elogios do cantor Elton John, enaltecendo o Papa Francisco como herói dos direitos homossexuais, Burke disse que a Igreja tem de ser “diligente” ao explicar “com muito cuidado” os seus ensinamentos, distinguindo bem entre o pecador e o pecado. Também reafirmou a preocupação do Papa pelas pessoas com atracção pelo mesmo sexo, “entendendo que apesar de terem esta atracção, é uma atracção a actos desordenados,” e que têm de procurar a “cura e graça” de Deus para lidar com o seu “muito profundo sofrimento.”
Burke tem sido um dos oponentes mais declarados contra a proposta de Kasper, apontando que não é católica, ameaça a indissolubilidade do casamento, e que é por isso inaceitável. “A Igreja deve fazer tudo o que pode quando, mais uma vez, a integridade do matrimónio está sob ataque” disse ao público vienense.
Disse que “ouviu frequentemente” prelados durante o Sínodo da Família em Roma, no mês passado, dizer que como a cultura mudou “tão radicalmente”, a Igreja “já não pode ensinar o mesmo que ensinava no passado.” Burke respondeu dizendo que tal visão revela uma “perda de esperança em Jesus Cristo, que é a única salvação do mundo.” Reconhece que a cultura está “muito corrupta” mas acrescentou que isso não significa que “tenhamos de a seguir, mas trazer para a cultura aquilo que a vai salvar e encher de esperança.”
Os rumores sobre um possível cisma têm aumentado na Igreja Católica depois do recente Sínodo parecer levar a Igreja numa direcção mais “progressiva” no que toca a questões morais. O controverso documento emitido a meio do encontro (ao qual Burke chamou de “desastre total”) apontava mudanças radicais na área da homossexualidade, divórcio, e segundos casamentos, entre outras coisas, mas as propostas foram amplamente atenuadas, e não alcançaram um consenso no relatório final.
Questionado em relação à existência de um risco genuíno na divisão da Igreja, Burke disse que se na fase precedente ao segundo Sínodo da Família, em Outubro do próximo ano, os bispos forem vistos a “contrariar os ensinamentos e práticas constantes da Igreja, há um risco, pois estas são verdades imutáveis.” Também realçou que o chefe do Sínodo dos Bispos, o Cardeal Lorenzo Baldisseri, “se identificou fortemente” com a tese de Kasper e que “se subscreve a essa escola”.
Avisando que esta batalha vai continuar, pediu aos Católicos que “se façam ouvir”.
in Breitbart
Mi affido a Cristo ... in comunione con Papa Francisco.
ResponderEliminarPeccato, il tono minaccioso di Burke.
Basta fazer uma pesquisa rápida no google sobre este cardeal e, sem muito esforço, reparamos que ele é mais umas das lagrimas de Cristo!
ResponderEliminarSó as fotos dele chocam qualquer ser humano.
A nossa sorte é que Jesus nunca desiste da humanidade!
Uma Igreja pobre para os pobres!
Não vamos julgar o livro pela capa. Só porque o cardeal Burke usa roupas tradicionalistas isto não quer dizer que o conteúdo do que diz é errado. Existe muita verdade naquilo que o cardeal está a dizer. Concordo plenamente com ele, acomodar-se à cultura é negar aquilo pelo qual tantas e tantas pessoas se sacrificaram, que o sacrifício delas não seja em vão. Negar o modo de vida cristão como foi vivido até hoje é não ter esperança em Cristo, esta é a verdade.
ResponderEliminarE mais, um frasco de ouro ponde conter qualquer coisa, desde o próprio ouro, do ar, até água, assim também um frasco de barro pode conter seja ouro que lixo. Igreja pobre sim, mas a pobreza da simplicidade do modo de ser não necessariamente da aparência de pobre.