A recente encíclica “Louvado sejas”, do Santo Padre Francisco, foi acolhida com aplausos generalizados. As notícias da sua publicação sublinhavam essencialmente o respeito por toda a realidade criada a que o Papa a todos convida.
Em particular, deu-se relevo ao primeiro capítulo, onde o Santo Padre se refere ao que “está a acontecer à nossa casa”, realçando dois tipos de problemas: “Embora a mudança faça parte da dinâmica dos sistemas complexos, a velocidade que hoje lhe impõem as ações humanas contrasta com a lentidão natural da evolução biológica. A isto vem juntar-se o problema de que os objectivos desta mudança rápida e constante não estão necessariamente orientados para o bem comum e para um desenvolvimento humano sustentável e integral” (LS 18).
Já ao contrário, por exemplo, se silenciou completamente o n.º 120 da encíclica: “Uma vez que tudo está relacionado, também não é compatível a defesa da natureza com a justificação do aborto. Não parece viável um percurso educativo para acolher os seres frágeis que nos rodeiam (…) quando não se dá proteção a um embrião humano ainda que a sua chegada seja causa de incómodos e dificuldade”. Ou, mais à frente, aquilo que diz o Papa Francisco: “épreocupante constatar que alguns movimentos ecologistas defendem a integridade do ambiente (…) mas não aplicam estes mesmos princípios à vida humana. Muitas vezes, justifica-se que se ultrapassem todos os limites quando se fazem experiências com embriões humanos vivos. Esquece-se o valor inalienável do ser humano” (n.º 136). Ou, ainda, quando o Santo Padre sublinha, contra a “ideologia de género”, que “é necessário ter apreço pelo próprio corpo na sua feminilidade ou masculinidade” (n.º 155).
Com efeito, “Não se trata apenas de plantar árvores”, como defendeu há dias o Cardeal Antonio Cañizares. Aliás, o Arcebispo de Valência foi mesmo mais longe e afirmou claramente: “Se os partidos defendessem a ecologia, não estariam a favor do aborto”.
D. Nuno Brás in Voz da Verdade
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