Continuemos agora essas considerações sobre a liberdade de exprimir pela palavra ou na imprensa tudo o que se quer. Sem dúvida, se esta liberdade não é temperada pela boa medida, se ela ultrapassa os limites e a medida, uma tal liberdade, evidentemente, não é um direito, pois o direito é uma faculdade moral. E como nós já dissemos e devemos sempre repetir, seria absurdo pensar que essa faculdade pertence naturalmente e sem distinção nem discernimento à verdade e à mentira, ao bem e ao mal.
A verdade, o bem, pode-se propagá-lo no Estado com uma liberdade prudente para que um maior número seja beneficiado; mas as doutrinas falsas, peste mortal para as inteligências, os vícios que corrompem os corações e os costumes, é justo que a autoridade pública os reprima com diligência, para impedir que o mal se estenda e corrompa a sociedade.
E as maldades das mentes licenciosas que redundam em opressão da multidão ignorante não devem ser menos punidas pela autoridade das leis que qualquer atentado da violência cometido contra os fracos. E essa repressão é tanto mais necessária quanto mais indefesa é a grande maioria da população, impossibilitada de se defender contra esses artifícios do estilo ou as subtilezas da dialéctica, principalmente quando tudo isso excita as paixões.
Dêem a todos a licença ilimitada de falar e escrever e nada mais será sagrado e inviolável, nada será poupado, nem mesmo estas verdades primeiras, estes princípios naturais que devemos considerar como um nobre património comum a toda a humanidade. A verdade é assim invadida pelas trevas e nós assistimos, como tantas vezes, ao fácil estabelecimento e à plena dominação dos erros os mais perniciosos e os mais diversos.
Papa Leão XIII in Encíclica 'Libertas Praestantissimum' (20.VI.1888)
Um Estado somente pode "REPRIMIR com diligência os vícios que corrompem os corações e os
ResponderEliminarCostumes" se esse Estado, AINDA, estiver, LIGADO à ÁRVORE, que produz o CONTRÁRIO DESSES FRUTOS, que é O NOSSO DEUS CRIADOR, que TUDO CRIOU sob uma ORDEM PERFEITA E UNIVERSAL, de maneira a que TODOS sejamos FELIZES.
Mas, infelizmente, não é isso que acontece nos dias de hoje. Com o LAICISMO, TUDO se relativiza, dando lugar a um sem número de Leis, cada vez mais perniciosas que, não só NÂO CONDENAM, mas APROVAM TAIS MEDIDAS, OBRIGANDO-NOS a aceitá-las como certas, em nome da liberdade humanista: TUDO é feito à medida do Homem e dos seus INTERESSES circunstâncias, e de momento!
Assim, "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" e TUDO, o que ontem era VERDADE, hoje, é MENTIRA, construindo-se uma SOCIEDADE CONFUSA e SEM RUMO, sem Referências, onde NINGUÉM sabe aonde vai PARAR!!