A Declaração Comum assinada entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill foi bastante explícita na defesa da Vida e da Família. O documento denuncia que os vários tipos de uniões que hoje em dia são postas ao mesmo nível do matrimónio, numa clara condenação às uniões de facto e uniões entre pessoas do mesmo sexo. O documento lamenta os milhões de crianças abortadas todos os anos e diz que a voz do seu sangue clama a Deus. Condena também a eutanásia e as técnicas reprodutivas que não respeitam a dignidade da vida humana.
Eis os pontos menos conhecidos da Declaração Comum:
19. A família é o centro natural
da vida humana e da sociedade. Estamos preocupados com a crise da família em
muitos países. Ortodoxos e católicos partilham a mesma concepção da família e
são chamados a testemunhar que ela é um caminho de santidade, que testemunha a
fidelidade dos esposos nas suas relações mútuas, a sua abertura à procriação e
à educação dos filhos, a solidariedade entre as gerações e o respeito pelos
mais vulneráveis.
20. A família funda-se no
matrimónio, acto de amor livre e fiel entre um homem e uma mulher. É o amor que
sela a sua união e os ensina a acolher-se reciprocamente como um dom. O
matrimónio é uma escola de amor e fidelidade. Lamentamos que outras formas de
convivência já estejam postas ao mesmo nível desta união, ao passo que o
conceito, santificado pela tradição bíblica, de paternidade e de maternidade
como vocação particular do homem e da mulher no matrimónio, seja banido da
consciência pública.
21. Pedimos a todos que
respeitem o direito inalienável à vida. Milhões de crianças são privadas da
própria possibilidade de nascer no mundo. A
voz do sangue das crianças
não nascidas clama a Deus (cf. Gn 4, 10).
O desenvolvimento da chamada
eutanásia faz com que as pessoas idosas e os doentes comecem a sentir-se um
peso excessivo para as suas famílias e a sociedade em geral.
Estamos preocupados também com o
desenvolvimento das tecnologias reprodutivas biomédicas, porque a manipulação
da vida humana é um ataque aos fundamentos da existência do homem, criado à
imagem de Deus. Consideramos nosso dever lembrar a imutabilidade dos princípios
morais cristãos, baseados no respeito pela dignidade do homem chamado à vida, segundo
o desígnio do Criador.
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