A encíclica Humanæ Vitæ do Papa Paulo VI ficou famosa por explicar que o uso de contraceptivos no acto conjugal não é bom para o Homem nem agrada a Deus. O que muitas pessoas não sabem, é que o Papa, agora Beato Paulo VI, no final da encíclica escreveu algumas indicações muito importantes sobre como devem os sacerdotes falar da Fé e Doutrina Católicas.
28. Dilectos filhos sacerdotes, que por vocação sois os conselheiros e guias espirituais dos homens, das mulheres e das famílias, dirigimo-nos agora a vós, com confiança. A vossa primeira tarefa - especialmente para os que ensinam a teologia moral - é expor, sem ambiguidades, os ensinamentos da Igreja acerca do matrimónio. Sede, pois, os primeiros a dar exemplo, no exercício do vosso ministério, da leal obediência, interna e externa, que é devida ao Magistério da Igreja. Porque, como sabeis, os pastores da Igreja gozam de uma luz especial do Espírito Santo para ensinar a verdade [1]. Sabeis também que é da máxima importância, para a paz das consciências e para a unidade do povo cristão, que, tanto no campo da moral como no da teologia dogmática, todos obedeçam ao Magistério da Igreja e falem a mesma linguagem. Por isso, com toda a nossa alma, vos repetimos o apelo do grande Apóstolo São Paulo: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos o mesmo e que entre vós não haja divisões, mas que estejais todos unidos, no mesmo espírito e no mesmo parecer".[2]
29. Não minimizar em nada a doutrina salvífica de Cristo é forma de caridade eminente para com as almas. Mas isso deve andar sempre acompanhado também de paciência e de bondade, de que o mesmo Senhor deu exemplo, ao tratar com os homens. Tendo vindo para salvar e não para julgar [3], Ele foi intransigente com o mal, mas misericordioso para com os homens.
No meio das suas dificuldades, que os cônjuges encontrem sempre na palavra e no coração do sacerdote o eco fiel da voz e do amor do Redentor.
Falai, pois, com confiança, dilectos Filhos, bem convencidos de que o Espírito de Deus, ao mesmo tempo que assiste o Magistério ao propor a doutrina, ilumina também internamente os corações dos fiéis, convidando-os a prestar-lhe o seu assentimento. Ensinai aos esposos o necessário caminho da oração, preparai-os para recorrerem com frequência e com fé aos sacramentos da Eucaristia e da Penitência, sem se deixarem jamais desencorajar pela sua fraqueza
[1] Lumen Gentium, 25
[2] 1 Cor 1, 10
[3] Jo 3, 17
Efectivamente um dos grandes problemas no presente é que cada um ensina aquilo em que crê... e embora creia em Cristo, é verdade, ensina-o com ambiguidades próprias da sua visão pessoal e da sua personalidade no que diz respeito a contracepção, castidade, homossexualidade, exéquias de não crentes etc... do povo, os que reflectem pouco ficam baralhados, os que reflectem mais ficam decepcionados
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