Nasceu em Domremy, Champagen (França) em 1412. Morreu em Rouen a 31 de Maio de 1431. O pai de Joana, Jaques D’Arc era um fazendeiro e Joana nunca aprendeu a ler ou a escrever.
Quando tinha ela 13 ou 14 anos teve a sua primeira experiência mística. Ouviu uma voz chamando-a, acompanhada de uma luz. Ela teve as visões quando cuidava das ovelhas do seu pai. Visões posteriores eram compostas de mais vozes e ela foi capaz de identificar as vozes como sendo de São Miguel Arcanjo, Santa Catarina de Siena e Santa Margarida, entre outras. As suas mensagens tinham um fim especifico: apresentar-se a Robert Bauricourt, que comandava o exército do Rei. Joana convenceu um tio a levá-la, mas Bauricourt riu-se dela e recomendou que o seu pai a disciplinasse.
Mas as visões continuaram e Joana, secretamente, deixou a sua casa e retornou a Vancoulers. Baudricourt duvidou dela, mas modificou a sua posição quando chegaram as noticias de sérias derrotas nas batalhas de Herrings do lado de fora de Orleães, em Fevereiro de 1429, exactamente conforme Joana havia predito. Ele enviou Joana com uma escolta para o falar com o Rei e ela escolheu viajar disfarçada com roupas de homem para a sua própria protecção. Em Chinon, o Rei Carlos estava disfarçado, mas ela identificou-o e por sinais secretos comunicaram e ela convenceu-o a acreditar na origem divina das sua visões e da sua missão.
Santa Joana pediu uma tropa de soldados para ir a Orleães. O seu pedido foi muito polémico na corte e ela foi enviada para ser examinada por um painel de teólogos em Poitiers. Após um exame de três semanas, o painel aconselhou que o Rei fizesse uso dos seus serviços. Diz a tradição que um dos membros do painel era um cardeal que conhecia a verdadeira aparência de São Miguel Arcanjo, secretamente guardado nos arquivos de Roma, e quando perguntou a Joana como era São Miguel, a santa descreveu-o exactamente como estava descrito no arquivo secreto em Roma.
Foi-lhe dada a tropa e um estandarte especial feito para ela com a inscrição "Jesus:Maria" e o símbolo da Santíssima Trindade na qual dois anjos lhe presenteavam uma flor-de-lis e Joana vestia um armadura branca. A sua tropa entrou em Orleães no dia 29 de Abril e a Sua presença revigorou a cidade. No dia 8 de maio as forças inglesas que cercavam a cidade foram capturadas. Ela foi ferida no peito por uma flecha, o que reforçou a sua reputação de guerreira.
Começou uma campanha em Loire com o Duque d’ Alençon, e tornaram-se grandes amigos. A campanha teve grande sucesso em parte graças ao elevado moral das tropas, com a presença de Joana e as tropas britânicas retiraram para Paty e de lá para Troyes. Joana tentava agora fazer com que o Rei aceitasse a sua própria responsabilidade e lutou pela sua coroação em 17 de Julho de 1429. E a missão de Joana, conforme as suas visões, estava completa.
Daí em diante, como o Rei Carlos não forneceu suporte nem a sua presença, conforme prometido, Joana sofreu varias derrotas. O ataque a Paris falhou e ela foi ferida na coxa. Durante a trégua de Inverno, Joana ficou na corte onde continuava sendo vista com cepticismo. Quando as hostilidades recomeçaram ela foi para Compiegne onde os franceses resistiam ao cerco dos Burbundians. A ponte movediças foi fechada demasiado cedo e Joana e suas tropas ficaram do lado de fora. Foi capturada e levada ao Duque de Burgundy a 24 de Maio. Ficou prisioneira até o fim do Outono.
O Rei não fez nenhum esforço em libertá-la. Ela havia previsto que o castelo seria entregue ao ingleses e assim aconteceu. Foi vendida aos lideres ingleses na negociação. Os ingleses estavam determinados a ficarem livres do poder de Joana sobre os soldados franceses. Como os ingleses não podiam executá-la encontraram uma maneira de julgá-la como herege.
No dia 21 de Fevereiro de 1431 ela apareceu a um tribunal liderado por Peter Cauchon, bispo de Beauvais, que esperava que os ingleses o fizessem Arcebispo de Rouen. Ela foi interrogada sobre as vozes, a sua fé e a sua vestimenta masculina. Um sumário falso e injusto foi feito e as suas visões foram consideradas impuras na sua natureza, uma opinião suportada pela Universidade de Paris. O tribunal declarou que, se ela se recusasse a retratar, entregue aos seculares como herege .
Teve a coragem de declarar que tudo que havia dito antes era verdade, que havia recuperado a sua força e que Deus a havia enviado para salvar a França dos ingleses.
Assim, no dia 30 de Março de 1431, ela foi levada a praça pública do mercado em Rouen e queimada viva. Joana não tinha ainda 20 anos. As suas cinzas foram atiradas ao rio Sena. Em 1456 a sua mãe e dois irmãos apelaram para a reabertura do caso, e o Papa Calisto III assim fez. O julgamento e o veredicto foram anulados e ela considerada como uma santa virgem e mártir. Foi chamada La Pucelle, "a Virgem de Orleães".
Na arte litúrgica da Igreja, Santa Joana é aparece como uma jovem numa armadura, com uma espada, ou uma lança e às vezes com uma bandeira, com as palavras "Jesus:Maria", e por vezes com um capacete. Nas pinturas mais antigas, ela tem longos cabelos que caem nas suas costas, para mostrar que era virgem. Certas vezes aparece incentivando o Rei, ou seguida de uma tropa, ou em roupas femininas com um espada.
Santa Joana d'Arc venerada durante séculos, e foi finalmente beatificada em 1909 e canonizada em 1920. Foi declarada oficialmente padroeira da França em 1922.
adaptado de catolicismoromano.com.br
Boa tarde, Sr. João. Na indicação que vem no texto sobre os Santos ou Santas que aparecem ou se manifestam a Joana d'Arc, por certo que ao referir(em)-se a Santa Margarida, a Santa em questão não poderá ser por certo: SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE. (Falando muito, muito a sério, isso a ser verdade seria um duplo milagre: Margarida Maria Alacoque ainda não existiria no tempo pois não fora ainda concebida e já estaria a aparecer a uma futura Santa.). Convém, se possível ainda for, corrigir e indicar simplesmente: SANTA MARGARIDA.
ResponderEliminarPe. António Estêvão