quarta-feira, 28 de julho de 2021

A importância e obrigatoriedade do hábito religioso - Irmã Lúcia

Comentário da Irmã Lúcia à aparição de Nossa Senhora do Carmo no dia 13 de Outubro de 1917, no momento do milagre do Sol:

A aparição de Nossa Senhora do Carmo tem, a meu ver, o significado de uma plena consagração a Deus. Mostrando-Se revestida de um hábito religioso, Ela quis representar todos os outros hábitos pelos quais se distinguem as pessoas inteiramente consagradas a Deus, dos simples cristãos seculares.

Os hábitos são o distintivo de uma consagração, um resguardo do decoro e da modéstia cristã, uma defesa da pessoa consagrada. São para as pessoas consagradas o mesmo que a farda é para os soldados, e os galões para um graduado: distingue-os e mostra o que são e o lugar que ocupam, obrigando-os também a um comportamento digno da respectiva condição. 

Por isso, deixar o hábito religioso é retroceder; é confundir-se com aqueles que não foram chamados nem escolhidos para mais; é despojar-se de uma insígnia que os distingue e eleva; é descer a um nível inferior, para poder viver como aqueles que não são tanto. 

in Irmã Lúcia, Apelos da Mensagem de Fátima

7 comentários:

  1. Há algun dias atrás, conversando com um jovem, dizia-me ele: Passou perto do meu trabalho, 8 em Lisboa) umas ( duas ) religiosas de hábito até aos pés! gostei tanto de ver! até vim à porta para olhar para elas! Nem precisam falar, porque o hábito já diz tudo! Elas evangelizam só com a sua passagem, porque logo se reconhece que são de Deus. Eu respondi, que também gosto muito. Dizem que foi o Concílio, mas o Concílio deixou essa liberdade a quem quizesse. Lembro-me que após o 25 de Abril em Portugal, o cardeal D.António Ribeiro, foi à televisão totalmente vestido à civil, o que suscitou nos católicos uma grande crítica, que o levou de imdiato a voltar aos seus trajes religiosos.

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  2. (A Nossa senhora do Carmo está enquadrada numa mensagem específica do Escapulário…)
    Embora o hábito distinga pessoas consagradas, as pessoas consagradas não se distinguem pelo hábito! De salientar ainda que há muitos consagrados que não usam hábito, e não é este que os distingue dos leigos. O termo simples cristãos seculares, não é bonito, porque no contexto da frase, simples cristãos seculares, parece que os coloca num grau de inferioridade, mas os outros NÃO têm nada de superior, isso NÃO é verdade, uma vez que Deus chama a cada um a viver a santidade no seu caminho, e não há esta gradação de importância para Deus. Não é isto que nos distingue, mas o amor. O caminho do sacerdote não é superior ao do leigo, é APENAS diferente. Segundo porque é desadequado no sentido em que há cristãos seculares consagrados sem hábito e por isso eles são seriam simples cristão seculares mediante a teoria da irmã Lúcia.
    Embora o habito seja um distintivo, defesa(ou não) etc… NÃO SE PODE DIZER QUE DEIXAR O HÁBITO É RETROCEDER! (isto é o que aproveitam os conservadores sem leque de visão) É sinal de grande ignorância ir buscar as palavras da Ir Lúcia a um procurando generalizar o que NÃO é generalizável. Muitos religiosos abandonaram o véu em público porque era desadequado e desfavorável usá-lo na missão que viviam (exp em adolescentes de risco estas sentiam vergonha de estar ao pé de freiras com véu e não criavam empatia etc). Não só falo no véu, mas também religiosos despiram o hábito para facilitar a obra de Deus…. É sumamente horrível esta frase: “é confundir-se com aqueles que não foram chamados nem escolhidos para mais”; (…) é descer a um nível inferior, para poder viver como aqueles que não são tanto. Eu acho estas frases perturbadoras. Não só pelo juízo que implicam, como pela mentalidade redutora, tanto mais sedo de uma santa, ou em vias de… Ora há muitos religiosos que deliberadamente pretendem estar o mais próximo possível do povo, mesmo a nível de forma de vesti. Eles não se confundem, “estar com” não é “confundir-se com”… porque a confundibilidade NÃO está no hábito, mas nas ações, mas já conheci religiosos que com hábito cometeram faltas graves. “não foram chamados nem escolhidos para mais” ms quem é a ir Lucia para colocar num prato da balança o mais ou o menos que Deus determina para cada um? Não há mais de um lado e menos de outro. Não! O mais e o menos tem a ver com a pessoa e a relação com Deus e não com hábitos. Ou então diria tantos destinados a “mais” que acabaram em “menos”... Pior é por fim esta frase a respeito de não usar o hábito: “é descer a um nível inferior, para poder viver como aqueles que não são tanto”, desde quando não ter hábito, sendo religioso ou não o sedo é “não ser tanto”? Por exp ser sacerdote é ser mais? É ser superior? Como se enganam… é até ser é inferior, porque Deus lhe pede para diminuir e não para aumentar… e ser religioso não é estar num patamar acima, é estar baixo, é preciso que ele desça todos os degraus, e só com Deus os pode subir. Mas Deus tanto sobe ao colo com um leigo como com um religioso ou não? Nem sei porque perco tempo a comentar neste blogue francamente…. Não sei MESMO!

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  3. É uma pena não vermos mais vezes hábitos no meio de nós e também padres de batina, são luzes que se encontram escondidas. O Senhor disse "vós sois a luz do mundo", pena a luz estar escondida debaixo do alqueire. Por vezes uma simples luz faria imenso bem ao nosso dia.

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  4. Estes dias vi um frade atravessar a rua,(pela veste) fiquei olhando, admirando a coragem de ainda se identificar como alguem que escolheu seguir: Cristo! Que belo ver um outro Jesus nos caminhos da nossa vida! Que pena a grande maioria dos sacerdotes acharem que sem hábito se integram melhor, quando o Ceu os orienta (atraves dos santos) e mesmo assim orgulhosamente não se deixam moldar.

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  5. Os religiosos usam por norma uma cruz, não precisam de hábitos para ser identificados na rua. Os padres basta-lhes o cabeção, também não precisam de andar com batinas até aos pés para ser vistos… se querem ver padres com hábitos são vê-los no altar, que é onde os que gostam muito de ver hábitos não vão, nem põem os pés nas igrejas, por isso lhes chama a atenção quando vêm um hábito. Se frequentassem conventos e igrejas já não se espantavam tanto. A luz que brilha é a de vida… engraçado, usam hábito mas depois julgam as pessoas, afastam as pessoas, não pedem desculpa às pessoas, não cumprem horários, não respeitam as pessoas…. Então o hábito passa a ser sinónimo não de Cristo, mas de hipocrisia.

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  6. Assunto muito controverso, a avaliar pelos comentários apresentados.
    Realmente, há prós e contras nas duas posições. Contudo, se Deus me tivesse escolhido para voos mais altos, gostaria de usar HÁBITO! E sem divagações, porque usá-lo com dignidade ou não, depende da pessoa que o veste e não dele e, muito menos, do significado com que foi concebido. Assim, foquemo-nos no principal motivo para o uso do Hábito: como me ensinaram, ele representa o CORTE TOTAL com o mundo e suas vaidades, ao mesmo tempo que liberta quem o usa, de precisar estar atento à moda que vai sempre mudando...à parte tornar-se o tal SINAL de Deus, no meio das adversidades deste mundo, pois já ouvi Histórias em que a simples identificação dum Sacerdote foi o suficiente para que alguém fosse Salvo!
    E digo, uma Religiosa vestida com o Hábito fica muito mais elegante, porque, partindo-se do Princípio que não deve seguir o MUNDO, corre o risco de usar roupas muito mais desajustadas da moda, o que acaba por não a favorecer...Mas, esta é a minha opinião.
    E se, com todas essas mudanças a Igreja quis abrir-se mais ao mundo para o SALVAR, os resultados estão à vista! E como já aqui disse um dia: "Abriu-se tanto, que ao escancarar as portas deixou fugir O que de melhor possuía!

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