«Castificantes animas nostras in obedientia veritatis» (1Pe 1, 22). A obediência à verdade deveria "castificar" a nossa alma, e desta forma guiar à recta palavra e à recta acção. Por outras palavras, falar para encontrar aplausos, falar orientando-se segundo o que os homens querem ouvir, falar em obediência à ditadura das opiniões comuns, é considerado como uma espécie de prostituição da palavra e da alma.
A "castidade" à qual o apóstolo Pedro faz alusão não é submeter-se a estes protótipos, não procurar os aplausos, mas procurar a obediência à verdade. E penso que esta seja a virtude fundamental do teólogo, esta disciplina até severa da obediência à verdade que nos torna colaboradores da verdade, boca da verdade, porque não falemos neste rio de palavras de hoje, mas realmente purificados e tornados castos pela obediência à verdade, a verdade fale em nós. E desta forma podemos ser verdadeiramente portadores da verdade.
Papa Bento XVI na homilia da Missa com os Membros da Comissão Teológica internacional (06.X.2006)
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