O documento "Construir a Casa sobre a Rocha", da Arquidiocese de Braga, vai directamente contra os ensinamentos de Cristo e da Igreja. O Arcebispo Jorge Ortiga apresenta com todo o orgulho a "solução" para os 'recasados': É possível viver em adultério e aceder aos sacramentos. Realmente tudo é possível quando se põe de lado a Fé e a Razão.
Os Bracarenses têm muito com que se orgulhar nas longas páginas da sua história, mas infelizmente as recentes décadas têm manchado a Arquidiocese, culminando na recente tragédia: o lançamento de um texto que arrisca ser considerado um dos piores documentos jamais visto no universo católico. O documento ataca directamente o primeiro e o sexto mandamento da lei de Deus, colocando explosivos em toda a doutrina católica, porque indirectamente mina toda a lei de Deus.
Os Bracarenses têm muito com que se orgulhar nas longas páginas da sua história, mas infelizmente as recentes décadas têm manchado a Arquidiocese, culminando na recente tragédia: o lançamento de um texto que arrisca ser considerado um dos piores documentos jamais visto no universo católico. O documento ataca directamente o primeiro e o sexto mandamento da lei de Deus, colocando explosivos em toda a doutrina católica, porque indirectamente mina toda a lei de Deus.
O documento da Arquidiocese de Braga que tenta conciliar a doutrina da Igreja com o enorme número de divórcios que as últimas décadas produziu, falha em todas as frentes. É teologicamente medíocre, não tem bases que suportem a nova doutrina e é pastoralmente injusto. Braga afirma contra tudo e contra todos que quem se encontra em adultério pode comungar, sim: o pecado deixou de ser um obstáculo para o comungante. Para além de ir contra tudo o que a Igreja sempre ensinou, contra o magistério recente e também vai contra tudo o que Nosso Senhor Jesus Cristo disse em relação ao casamento. E as injustiças não são menos graves.
Imaginemos um casal que se separou: O Sr. António apaixona-se pela menina Madalena e larga a Sra. Joana que é sua esposa. O Sr. António casa pelo civil com a Sra. Madalena pouco querendo saber se está em adultério ou não, mas a Sra. Joana, sabendo que arranjar outro homem vai contra a lei de Deus, segue uma vida de castidade, rezando pelo marido e vendo com tristeza que ele arranjou outra mulher. Segundo o Arcebispo de Braga o Sr. António passados 5 anos de adultério pode passar a comungar se assim o seu discernimento pessoal o permitir. Esta situação é altamente injusta para a Sra. Joana e coloca em causa a própria credibilidade da Igreja. Ou imaginemos o caso do devoto Sr. Joaquim que vive em abstinência há quarenta anos, depois da sua esposa o ter trocado por um guitarrista de cabelo comprido. Que tipo de nova justiça é esta que deixa mal o abandonado e premeia o autor do mal sem que este mude de vida.
Tudo isto acerta bem no centro de três sacramentos da Igreja: o Matrimónio fica a parecer dissolúvel e perde a qualidade sagrada, relativizando-se as promessas e abolindo-se as obrigações; a Confissão não é mais necessária para a absolvição de um pecado, neste caso o de adultério; com a Eucaristia comete-se sacrilégio e a banalização, torna-se em mercadoria para quem se sentir apto a comprar.
Viver com alguém fora do casamento viola o sexto mandamento da lei de Deus, é mais grave que roubar e encontra-se entre o mandamento de não matar e do mandamento de não roubar, exactamente porque provoca os dois crimes: mata e rouba. Comungar tendo cometido este grave pecado, sem contrição e sem vontade de mudança vai contra o primeiro mandamento da lei de Deus.
E quais são as bases para tal revolução? Como pode um adúltero sair do seu estado de adultério sem arrependimento e conversão? O Matrimónio na Igreja é indissolúvel, sempre o foi e quem disser o contrário corre o risco de excomunhão definida pelo Concílio de Trento. A absolvição dos pecados só existe se o pecador estiver arrependido do seu pecado, tiver intenção de não o voltar a repetir, e se o confessar a um Padre. Comungar em pecado é um sacrilégio e quem trocar esposa(o) por outra(o) comete adultério, definido pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo: "quem repudia a sua mulher e casa com outra comete adultério em relação à primeira; e se uma mulher repudia o seu marido e casa com outro, comete adultério": Mc 10, 11-12.
Para não nos alongarmos aqui em citações bastará citar o Catecismo número 1650: “A Igreja mantém, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro Matrimónio foi válido. Se os divorciados se casam civilmente, ficam numa situação objectivamente contrária à lei de Deus. Por isso, não podem aproximar-se da comunhão eucarística, enquanto persistir tal situação.”
O Arcebispo de Braga Jorge Ortiga atira às urtigas a doutrina da Igreja e tem de ser corrigido por isso. O ofício de Bispo não lhe dá o direito de criar ou alterar a doutrina. O ofício de Bispo é para preservar o Depósito de Fé que lhe foi entregue. A Revelação acabou com a morte dos Apóstolos e a Igreja tem o dever de a preservar.
Para além do Arcebispo estar a fazer mal aos seus fiéis, também está a minar aquilo que é a rocha onde a Igreja tem os seus apoios: a continuidade e a fidelidade à perene doutrina. Qual é o impedimento que um fiel bracarense tem para não acatar as ordens do seu Bispo, se este mesmo Bispo não acata as ordens dos anteriores Bispos? Pode um Bispo entrar em contradição com outro Bispo sem lapidar parte do Corpo de Cristo, Aquele que é a Verdade? A Arquidiocese perdeu o norte, parecendo um catavento em vez de um barco.
Talvez seja apropriado dizer que, no contexto da imagem usada pelo Papa Bento XVI o ano passado sobre o barco em que entra água por todos os lados: Braga está já submersa. O modernismo tem destas coisas e o homem moderno padece de várias patologias. Uma delas é a de ter uma mente aberta, tão aberta que a mioleira sai para fora da cabeça. A razão e a simples lógica são colocadas de lado devido a uma suposta misericórdia que em vez de salvar condena e que tenta esconder a verdade debaixo do tapete.
Fazem parte das obras de misericórdia entre outros: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes e corrigir os que erram. Nos tempos que correm a Igreja está muito necessitada de almas que corrijam os erros, porque eles são muitos e levam à perdição de muitas boas almas. Infelizmente cabe ao fieis corrigir os seus superiores naquilo que parecem ser erros doutrinais crassos. Fico feliz se estiver errado e agradecia que me corrigissem.
Miguel Pereira da Silva
Obrigado João Silveira e Miguel Pereira da Silva pelo vosso testemunho.
ResponderEliminarEsta semana enviei ao sr.Arcebispo D.Jorge Ortiga a minha resposta à carta pastoral, indicando o que está mal neste processo. Perante esta situação não podemos deixar de dar testemunho da Verdade.
É pena mas parece que outras dioceses vão para o mesmo caminho.