Parte do clero de uma diocese dos Camarões foi acusada publicamente de planear o assassinato do seu Bispo. O actual administrador da diocese disse, durante a homilia da Missa de exéquias, que o Bispo não se suicidou mas foi morto porque se levantou contra a homossexualidade na Igreja e no sacerdócio.
"É uma vergonha para todas aquelas pessoas em trajes pretos e óculos escuros sentados nas primeiras filas da Igreja", disse Mons. Joseph Akonga Essomba durante a Missa para o falecido Bispo Jean Marie Benoit Bala da diocese de Bafia, Camarões.
"É uma vergonha para todos os sacerdotes que vieram aqui fingindo simpatizar. Estas são as pessoas que mataram o nosso Bispo, porque ele disse "não" à homossexualidade perpetrada por esses sacerdotes ", disse Akonga, conforme relatado pelo site 'Crux Now'.
Mons. Essomba disse que, enquanto aqueles que realmente executaram o Bispo eram pessoas em posições de poder, apontou o dedo para sacerdotes 'homossexuais' ali presentes, que disse terem traído o seu líder espiritual.
O Bispo Bala, de 58 anos, desapareceu da sua residência na noite de 31 de Maio. O seu carro foi encontrado estacionado numa ponte que atravessa o rio Sanaga. Uma nota manuscrita foi encontrada no seu carro, dizendo: "Estou na água". O corpo do Bispo foi encontrado dois dias depois por pescadores, a cerca de 15 quilómetros da ponte.
Enquanto o governo dos Camarões sustenta que "o afogamento é a causa mais provável da morte do Bispo", os bispos do país dizem que Bala "não cometeu suicídio; ele foi brutalmente assassinado ".
Mons. Essomba disse ainda que o Bispo Bala não poderia ter-se afogado porque era um nadador muito bom. Os Bispos do país disseram num comunicado que têm a "certeza moral" de que o seu irmão Bispo foi assassinado.
"A certeza moral dos Bispos baseia-se, entre outras coisas, em que o corpo que viram, e reconhecido como os restos do Bispo Jean Marie Beniot Bala, nas margens do rio Sanaga e no armazém do hospital geral de Yaoundé, trazia marcas de violência física", declararam num comunicado de imprensa.
Mons. Essomba afirmou que a Igreja Católica nos Camarões "foi atacada". Ele observou que, entre as dezenas de casos de assassinatos envolvendo prelados dos Camarões nos últimos anos, pelo menos 14 deles nunca foram resolvidos. Os bispos exigem que o governo encontre e processe os assassinos do Bispo Bala.
in 'Life Site News'
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