terça-feira, 11 de junho de 2024

Quem é São Barnabé?

Embora não eleito por Nosso Senhor, Barnabé faz parte do Colégio apostólico e, como São Paulo, é enumerado entre os primeiros propagadores da religião de Jesus Cristo. 

Descendente da tribo de Levi, Barnabé era natural da ilha de Chipre, onde a família possuía uma vivenda. Tinha então nome de José. Discípulo de Gamaliel em Jerusalém, fez belos progressos na estudo das ciências e, sendo homem de carácter puro e espírito generoso, associou-se aos discípulos de Nosso Senhor. Depois da Ascensão de Jesus Cristo, foi Barnabé um dos primeiros que venderam os bens e entregaram aos Apóstolos o troco da venda. Ao que parece, gozava  José de grande estima entre os Apóstolos, que lhe mudaram o nome para Barnabé, isto é, filha da consolação. 

Se dermos crédito a São Crisóstomo, o nome Barnabé foi-lhe dado por causa da grande habilidade de consolar os aflitos. O novo Apóstolo tomou logo parte activa na administração da Igreja, e foi ele quem apresentou São Paulo aos fiéis de Jerusalém, a São Pedro e São Tiago. A presença de Paulo em Jerusalém, do perseguidor que fora da Igreja, causava certo temor entre os cristãos; por isso tornava-se necessária uma recomendação especial; e, aliás, esta foi tão bem feita, que São Pedro não pôs dúvida em hospedar o antigo perseguidor em sua própria casa, pelo espaço de quinze dias.

Quatro ou cinco anos depois, vêmo-lo em Antioquia, para onde os Apóstolos o tinham mandado; pois a Igreja de Antioquia tinha feito grandes progressos.

As conversões tornaram-se tão numerosas, que Barnabé pediu o auxílio de São Paulo. Ambos trabalharam, com resultados esplêndidos na nova comunidade, e foram os fiéis de Antioquia os primeiros que receberam o nome de cristãos. Barnabé apresenta-se como Apóstolo zelosíssimo, cheio de fé e do Espírito Santo, sempre disposto para a luta contra as dificuldades, que se lhe opunham. A vida foi-lhe um continuado martírio, razão por que os Apóstolos, reunidos em Jerusalém, afirmaram em referência a ele e São Paulo, que esses dois Apóstolos sacrificaram a vida por amor do nome de Jesus Cristo. Foram eles os portadores das esmolas arrecadadas em Antioquia para os cristãos famintos em Jerusalém.

Aos Apóstolos, reunidos em oração, veio do Espírito Santo a inspiração de separar Paulo e Barnabé, para a pregação do Evangelho entre os pagãos. Para esse fim lhes impuseram as mãos, invocando sobre eles o Espírito Santo.

Sendo assim formalmente recebidos no Colégio dos Apóstolos, iniciaram os trabalhos apostólicos em Selêucia, na Síria. Associou-se-lhes João Marco, sobrinho de Barnabé, e os Apóstolos estenderam a missão a Salamina e Pafos no Chipre, e a Perge na Panfília. Foi lá que João Marco, com bastante pesar de Barnabé, se separou dos companheiros.

Paulo e Barnabé continuaram as viagens apostólicas e pregaram o Evangelho em Pisídia, na Icônia, licaônia e Listris. Os pagãos, estupefatos pelos milagres de que foram testemunhas oculares, julgaram ver em Paulo o deus Mercúrio; na figura impotente de Barnabé, porém, quiseram reconhecer o Deus Júpiter. Tão grande foi o entusiasmo pelos Apóstolos de Cristo, que quiseram construir um altar em sua honra e oferecer-lhes oblações, como a divindades, intento a que Barnabé e Paulo energicamente se opuseram.

Após longas viagens, voltaram a Antioquia, onde então se pronunciou o desacordo entre os cristãos por causa da observação da lei Mosaica. Barnabé e Paulo discordaram da opinião dos cristãos de origem judaica, que julgavam obrigatória a observação daquelas leis para todos os cristãos, mesmo para aqueles que tinham vindo ou viessem do paganismo.

Um Concílio apostólico, celebrado no ano de 51, em Jerusalém, decidiu essa questão no sentido favorável a Barnabé e Paulo.

Barnabé aliou-se outra vez a João Marco e com ele trabalhou ainda muitos anos na vinha do Senhor. É opinião de muitos que haja chegado até Milão. São Carlos Borromeu, fazendo referência a São Barnabé, chama-o Apóstolo de Milão. Barnabé morreu na ilha de Chipre, vítima do fanatismo religioso dos judeus, que o lapidaram. O corpo foi descoberto em 485. Sobre o peito se lhe achava uma cópia do Evangelho de São Mateus, feita por ele mesmo. 

in filhosdapaixao.com.br

2 comentários:

  1. Prestai atenção, filhos, sobre o que significa: " terminou no sétimo dia". Isso significa que o Senhor consumará o universo em seis mil anos, pois um dia para ele significa mil anos. Ele próprio o atesta dizendo: "Eis que um dia do Senhor será como mil anos". Portanto, filhos, em "seis dias", que são seis mil anos, o universo será consumado. "E ele descansou no sétimo dia." Isso quer dizer que seu Filho, quando vier para por fim ao tempo do Iníquo, para julgar os ímpios e mudar o sol, a lua e as estrelas, então ele, de facto, repousará no sétimo dia.
    Bem interessante este pequeno trecho da Epístola de Barnabé! Claro está que a mitologia evolucionista que também abunda em grande parte dos ambientes cristãos lhe chamará uma mera simbologia ou uma opinião sem sentido face às "descobertas" da ciência que suportam a referida mitologia e o modernismo. Antes daquelas famosas "descobertas" que ocorreram muito recentemente poderia dizer-se que estaríamos hoje a viver, com uma margem de erro de 150 a 200 anos, o ano 6026 e esta era uma opinião comumente aceite nos ambientes científicos e religiosos do sec.xix e princípios do sec.xx. Isto é, estamos muito próximos da data da consumação. Bons sonhos e bons pensamentos para esta véspera da Festa da SSa.Trindade.

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  2. " Tinha o famoso rabbi (Gamaliel) muitos discípulos. O principal era Saulo (Paulo), natural da Cilícia, o qual se destacava pelo seu zelo, ciência e pureza de vida. Todos os dias ia ao templo em companhia de Estêvão, que depois foi diácono e foi o primeiro que derramou o sangue por Jesus Cristo. José (Barnabé) tinha mais ou menos a idade do outros dois. Os três eram bons amigos. Naquele tempo veio Cristo nosso Redentor a Jerusalém, e causou grande admiração na cidade e na Judeia pelos milagres que operava. Diz a tradição oriental que o jovem levita teve ocasião de o ouvir falar no templo tendo ficado seduzido pela doutrina do novo Mestre, de quem se dizia :" Ninguém falou como aquele homem". Esteve presente no milagre da piscina e aí desapareceram as suas dúvidas: acreditou na missão divina de Jesus e daí em diante foi admirador ardentíssimo do Divino Mestre. Correu a contar a sua tia Maria, mãe de João Marcos, tudo o que visto e ouvido. Pelas suas palavras toda aquela família acreditou em Jesus, e a sua casa serviu de albergue ao Salvador em Jerusalém. Depois de Pentecostes foi José (Barnabé) dos primeiros a dar o exemplo daquele desprendimento admirável que fez a S. João Crisóstomo exclamar:" A Igreja de Jerusalém, no seu berço, parecia uma república de anjos" ( "O santo diário"- Edelvives)

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