Muitos dos textos que são hoje "descobertos" pelos meios de comunicação social sensacionalistas, como se fossem pôr em causa a credibilidade dos quatro evangelhos canónicos, tinham sido já anunciados como falsos nos primeiros séculos do Cristianismo.
Antigamente, entre os judeus, um grande número de pessoas presumia ter o dom da profecia, mas alguns eram falsos profetas. O mesmo se passou no tempo no Novo Testamento, em que muitos «empreenderam» escrever evangelhos, mas nem todos foram aceites. A palavra «empreenderam» contém uma acusação velada contra aqueles que, sem terem a graça do Espírito Santo, se lançaram na redacção de evangelhos. Mateus, Marcos, João e Lucas não «empreenderam» escrever mas, cheios do Espírito Santo, escreveram efectivamente os verdadeiros Evangelhos.
Antigamente, entre os judeus, um grande número de pessoas presumia ter o dom da profecia, mas alguns eram falsos profetas. O mesmo se passou no tempo no Novo Testamento, em que muitos «empreenderam» escrever evangelhos, mas nem todos foram aceites. A palavra «empreenderam» contém uma acusação velada contra aqueles que, sem terem a graça do Espírito Santo, se lançaram na redacção de evangelhos. Mateus, Marcos, João e Lucas não «empreenderam» escrever mas, cheios do Espírito Santo, escreveram efectivamente os verdadeiros Evangelhos.
A Igreja tem, pois, quatro evangelhos; os hereges têm-nos em grande número. «Muitos empreenderam compor uma narração», mas apenas quatro evangelhos foram aprovados; e é desses que devemos retirar, para trazer à luz, aquilo em que é necessário crer sobre a pessoa do Nosso Senhor e Salvador.
Sei que existe um evangelho a que chamam «segundo São Tomé», um outro «segundo Matias» e lemos ainda outros tantos para não fazermos figura de ignorantes diante daqueles que imaginam saber alguma coisa quando já conhecem esses textos. Mas, em tudo isso, não aprovamos nada senão aquilo que a Igreja aprova: admitir apenas quatro evangelhos. Eis o que podemos dizer sobre o texto do prólogo de São Lucas: «Muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram».
in Homilias sobre São Lucas, nº 1,1-2
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