quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
A primeira fotografia de D. Bosco
Hoje é dia de S. João Bosco. Todos os que andaram nas escolas dos Salesianos quase que sabem de cor este dia. É dia de festa: há uma Missa e depois festa - não há aulas!
Quem estudou nos Salesianos também conhece os pontos principais da vida de São João Bosco: era um menino que vivia com a mãe, Jesus apareceu-lhe num sonho, foi para o seminário, já padre quis juntar os jovens que andavam por Turim perdidos e fundou os Salesianos.
Mas a vida de D. Bosco, como a de todos os Santos, está cheia de pormenores impressionantes. Por exemplo, S. João Bosco foi dos primeiros Santos do mundo a serem fotografados.
Quando São João Bosco já tinha um grupo de rapazes reunidos no seu Oratório, que vieram a dar origem aos Salesianos, sugeriram-lhe tirar uma fotografia para divulgar mais o trabalho do Oratório.
D. Bosco concordou, mas tinha que ser uma fotografia como ele quisesse. Ele queria que fosse a fotografia que melhor exprimisse o seu apostolado. E que melhor fotografia que um menino a confessar-se e muitos outros na fila?
O rapaz que ele escolheu para fazer de penitente foi Paolo Albera, seu futuro sucessor. Como naqueles tempos era importante manter a pose durante algum tempo, para se obter uma fotografia de qualidade, São João Bosco disse-lhe: "Vem aqui, põe-te de joelhos e apoia a tua fronte na minha: assim conseguiremos estar mais tempo sem nos mexermos."
D. Bosco gostou tanto desta fotografia que a colocou no corredor do Oratório, como forma de mostrar a sua missão.
Muitas vezes, a seu pedido, foi publicada no Boletim Salesiano.
in Boletim Salesiano Jan/Fev2014
quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
Hóstia encontrada no chão depois da Missa de encerramento da JMJ
Um peregrino das Filipinas encontrou uma Hóstia, muito provavelmente consagrada, no chão, depois da última Missa da Jornada Mundial da Juventude no Panamá. É lamentável, e é muito grave, a falta de cuidado com que se trata o Santíssimo Sacramento hoje em dia, especialmente nestas celebrações. Este é o testemunho de Marvin Sy:
"Encontrei uma partícula inteira do Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor Jesus Cristo, no chão enquanto caminhava no campo, após a Missa de encerramento da JMJ 2019. Por reverência, e para evitar mais profanação, consumi-a no local. Espero que os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão para a próxima JMJ verificassem o chão ao seu redor, porque se trata da Presença Real de Cristo, e não deve ser levada de ânimo leve."
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
JMJ 2022 será em Lisboa
O Cardeal Kevin J. Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, anunciou na Cidade do Panamá que a próxima Jornada Mundial da Juventude será em Portugal, na cidade de Lisboa. Certamente Fátima será também um importante local nesse grande evento que acontecerá em 2022.
Uma fuga de informação fez com que esta notícia já tivesse sido divulgada há cerca de 2 meses. Agora o anúncio é oficial.
É uma excelente notícia e uma grande responsabilidade para a Igreja portuguesa. Que Nossa Senhora de Fátima proteja este acontecimento.
sábado, 26 de janeiro de 2019
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
Missa Tradicional no Panamá
Apesar de não fazer parte da programação oficial das JMJ, a igreja de Nuestra Señora del Carmen encheu-se com centenas de jovens para uma Missa Solene, que não se via no Panamá há muitas décadas. A divulgação da Missa foi apenas por passa-palavra. O Arcebispo de Portland, Alexander Sample, pregou sobre as razões que levam tantos jovens a procurar a Missa Tradicional e a sua extrema necessidade na Igreja de hoje.
Organização e fotografias: Juventutem
quinta-feira, 24 de janeiro de 2019
Estado de Nova Iorque legaliza aborto até aos 9 meses
O Estado de Nova Iorque retirou qualquer tipo de protecção aos bebés até aos 9 meses de gravidez, e passou a permitir que pessoas que não são médicas possam também executar práticas abortivas.
Estas medidas foram assinadas pelo Governador de Nova Iorque, Andrew Cumo. Este político, que se diz católico, ordenou depois que, para comemorar esta "vitória" dos direitos das mulheres, o World Trade Center (na imagem) e várias pontes e edifícios fossem iluminados de cor-de-rosa.
Esta medida é uma verdadeira catástrofe humanitária. Rezemos por todas as vítimas deste holocausto, e para que esta lei injusta seja revertida o mais depressa possível.
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Senza Pagare nas JMJ Panamá
Caríssimos Leitores, o nosso blog estará presente na Cidade do Panamá durante esta semana das Jornadas Mundiais da Juventude. Anunciamos desde já que haverá uma Missa Solene no dia 24, Quinta-Feira, às 13h. A Missa será na Paróquia Nuestra Señora del Carmen (Frailes Carmelitas Descalzos), e contará com uma pregação do Arcebispo Alexander Sample, Arcebispo de Portland.
Existirão outras Missas Tradicionais que contamos publicitar aqui assim que o horário e o local estiver definido.
Alguma pergunta basta escrever para: senzapagareblog@gmail ou enviar uma mensagem na página do facebook.
domingo, 20 de janeiro de 2019
Donald Trump promete vetar qualquer lei a favor do aborto
O ex-Presidente norte-americano, Barack Obama, sempre desprezou a Manifestação March for Life, que junta centenas de milhares de pessoas em Washington, e nunca lhe dirigiu sequer uma palavra. O actual Presidente, Donald Trump, envia todos os anos uma mensagem para a March for Life. Publicamos aqui uma parte do texto deste ano:
Este é um movimento fundado no amor e fundado na nobreza e dignidade de cada vida humana.
Quando olhamos nos olhos de um recém-nascido vemos a beleza da alma humana e a majestade da criação de Deus. Sabemos que cada vida tem sentido e que cada vida vale a pena ser protegida. Como Presidente, defenderei sempre o primeiro direito da nossa Declaração de Independência, o direito à vida.
(...)
Hoje, assinei uma carta ao Congresso para deixar claro que se me enviarem alguma legislação que enfraqueça a protecção da vida humana vou vetar. E nós temos o apoio para defender esses vetos. Cada criança é um dom sagrado de Deus.
"Apenas alguns milhares de pessoas na marcha contra o aborto", disseram os 'media'
Na March for Life, em Washington, manifestantes contra o aborto aguentaram temperaturas negativas e defenderam publicamente o direito à vida, sempre com boa disposição. Os meios de comunicação social disseram que a manifestação contou apenas com alguns milhares de pessoas. Esta fotografia mostra que os 'media' se enganaram ou nos queriam enganar. Já é costume.
terça-feira, 15 de janeiro de 2019
Lista de livros para aprender doutrina católica e melhorar a vida espiritual
Para se obter uma visão ampla dos diversos ramos do Catolicismo o caminho mais simples é a leitura dos manuais. Para citar os mais facilmente encontráveis: Dogmática, Ludwig Ott; Moral, Del Greco, Royo Marín; Mística, Tanquerey. Também o Boulenger (Instrução Religiosa; Apologética) me foi muito útil nos proémios do Catolicismo. Alguns sites que possuem obras valiosas disponíveis na íntegra são o Mercabá, o Alexandria Católica e o Obras Raras do Catolicismo: não deixem nunca de visitar, divulgar e colaborar com eles.
Livros clássicos há-os muitos e é até difícil sistematizá-los aqui. Mais uma vez, com base unicamente na minha experiência particular, sem nenhuma sistematização mais rigorosa, sem pensar muito no assunto, os livros que tiveram maior relevância na minha formação foram: o Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem (São Luís de Montfort), A prática do amor a Jesus Cristo (Santo Afonso de Ligório), Filoteia (São Francisco de Sales), Ortodoxia (Chesterton), A Fé em Crise? (Vittorio Messori / Card. Ratzinger), A Imitação de Cristo (Tomás de Kempis), Confissões (Santo Agostinho), O Diálogo (Santa Catarina de Sena).
Ao lado destes há um sem-número de outros cuja não-leitura até hoje perfaz talvez o aspecto mais embaraçoso da minha parca erudição, como a História de uma Alma (Santa Teresinha), o Castelo Interior (Santa Teresa), A alma de todo apostolado (Dom Chautard), As Grandes Heresias (Billoc), a Apologia Pro Vita Sua (Cardeal Newman), As três idades da vida interior (Garrigou-Lagrange) e tantos, tantos outros. Trata-se de lista que eu não tenho envergadura para elaborar.
Jorge Ferraz in Deus lo vult
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
domingo, 13 de janeiro de 2019
O fundo da caverna
Eu resistia a acreditar: fui mesmo ver a gravação da reportagem que passou na quinta-feira (10 de Janeiro) na TVI, depois do telejornal das 20h00, seguida de debate na TVI24.
A reportagem consistia fundamentalmente numas imagens de má qualidade, com uma cor distorcida, captadas com uma câmara instável e um som fraco, da conversa de um homossexual com uma psicóloga, com um padre (no confessionário) e ainda trechos de reuniões de entre-ajuda de homossexuais, numa paróquia de Lisboa. Nunca se via o protagonista homossexual, apenas a psicóloga e o padre. Aliás, a imagem era tão má que, muitas vezes, só se via a testa da psicóloga e o tecto da sala.
No rodapé, lia-se: «Grupo secreto quer “curar” homossexuais». Periodicamente, uma voz-«off» explicava que as sessões eram pseudo-psicológicas e falsas. Nos intervalos das conversas, enquanto víamos uma pessoa de costas, em contra-luz, o interlocutor homossexual fazia a síntese, sempre em voz-«off»: lavagem cerebral, tratam-nos como almas perdidas, manipulam, é mutilante, «saí de lá a sentir-me um pecador desgraçado», foi violento... imaginem que me disseram que «só uma amizade casta seria correcta», desvalorizam o amor entre duas pessoas «só porque não têm filhos».
No programa que se seguiu, no canal TVI24, ficámos a saber que as conversas tinham sido gravadas às escondidas, sem autorização da psicóloga ou do padre. Provavelmente, usaram um telemóvel, o que explica a dificuldade de estabilizar a câmara e a péssima qualidade da imagem e do som. Compreende-se também que, para a psicóloga não reparar no telemóvel, só a podiam apanhar de esguelha e, às vezes, só se lhe via a testa. Também ficámos a saber que as gravações tinham sido montadas – o que era evidente, mas se podia atribuir a deficiência técnica – para transmitir uma versão manipulada das posições da psicóloga e do padre. O pior eram os relatos do homossexual, intercalados em voz-«off», que davam a impressão de descrever outras partes da conversa, totalmente inventadas.
Quando a psicóloga informou que não tinha sido consultada acerca das gravações e denunciou a montagem tendenciosa e os relatos falsos que o homossexual tinha acrescentado em voz-«off», a jornalista Ana Leal interrompeu e fez barulho, para evitar que os espectadores ouvissem. Em face disto, a psicóloga visada na reportagem e um seu colega psicólogo abandonaram o debate. O que sobrou fez pena. A jornalista repetiu as suas convicções: «sessões violentas, nefastas», «sociedade secreta», «falsas curas», «aquilo é um crime», «noutros países é proibido, até na China!», «põe em causa o código deontológico dos psicólogos». O homossexual exibiu, em voz-«off», uma aversão fria contra aqueles que não apoiavam a sua orientação e lhe tinham «roubado o amor da sua vida», um rapaz que desistiu dos comportamentos homossexuais. Enfim, o que é preciso é aceitar, repetiam os sobreviventes do painel.
Não é só em Portugal que a aceitação levanta problemas. Em França, em 2011, um homem casado, com dois filhos, decidiu que era mulher. Em 2104, o casal decidiu conceber naturalmente o terceiro filho, mas o notário recusou-se a registá-lo como filho de duas mães. O tribunal de primeira instância de Montpellier concordou com o notário e o procurador (2016) e o caso subiu ao tribunal de apelo de Montpellier que acaba de propor uma solução diplomática: que se inscreva a criança como filha da sua mãe e de uma «parente biológica», sem especificar o sexo da progenitora. O assunto deve agora subir para o Supremo.
O Brasil também se depara com problemas de aceitação. Damares Alves, nova Ministra brasileira da Mulher, Família e Direitos Humanos, confirmou que defende a vida: «esta pasta não vai lidar com o tema aborto, vai lidar com protecção de vida e não com morte». Uma dessas medidas é apoiar as índias da Amazónia para acabar com alguns costumes. Por exemplo, quando nascem gémeos, a tradição impõe que a mãe escave uma cova e enterre os bebés vivos. Um inconveniente é que o choro dos bebés costuma durar 1 hora e nalgum caso chega a durar 7 horas, conforme a quantidade de terra que lhes põem por cima e a compactação. Como Damares não aceita esta orientação, as forças culturais habituais prometeram violência. As ameaças foram tão concretas que a filha da Ministra não pôde assistir à tomada de posse da mãe, porque teve de ser escondida pela polícia numa cidade distante.
José Maria C.S. André in Correio dos Açores, 13-I-2019
sábado, 12 de janeiro de 2019
Para Neil Armstrong foi mais importante ir à Terra Santa do que à Lua
Neil Armstrong visitou Jerusalém em 1988, e pediu a Thomas Friedman que lhe mostrasse um lugar por onde tivesse caminhado Jesus. Quando o professor de arqueologia bíblica o levou aos restos das escadas do templo de Herodes, o astronauta disse: “Significa mais para mim ter pisado estas escadas do que ter pisado a lua.”
sexta-feira, 11 de janeiro de 2019
É possível deixar de sentir atracção por pessoas do mesmo sexo?
Richard Cohen, psicoterapeuta americano, apresentou em Espanha o seu trabalho: 'Comprender y sanar la homosexualidad' (compreender e curar a
homossexualidade), no qual deixa aos homossexuais, que querem deixar de sê-lo,
uma mensagem de esperança: “Nunca desista, a mudança é possível”. Baseia-se
também na sua própria experiência, já que ele mesmo sentiu atracção por pessoas do mesmo sexo.
É verdade que a pessoa nasce homossexual?
- Richard Cohen: De acordo com a Associação Americana de Psicologia (APA),
não se nasce necessariamente com a atracção pelo mesmo sexo: "Apesar de terem sido bastante investigadas as possíveis influências genéticas, hormonais, do
crescimento, sociais e culturais sobre a orientação sexual, não há evidências
que permitam os cientistas concluir que a orientação sexual esteja determinada
por um ou por mais factores concretos. Muitos acreditam que tanto a natureza
quanto a educação desempenham um papel complexo. A maioria das pessoas sentem
que tiveram pouca capacidade de escolha na sua orientação sexual ", diz a
Associação Americana de Psicologia.
Por que existem pessoas com atracção pelo mesmo sexo?
- Richard Cohen: Mais de oitenta anos de literatura científica têm
encontrado muitas razões pelas quais as pessoas experimentam sentimentos
homossexuais. Sei isso pela minha própria vida, pela vida de centenas de
pessoas com as quais trabalhei como terapeuta, e de outras milhares através dos
nossos workshops de cura e aulas através de videoconferência. Muitas pessoas não acham o modo de vida "gay" engraçado e
gostariam de outro estilo de vida. Querem mudar os seus sentimentos
homossexuais, ter família e filhos.
É possível a transição da homossexualidade para a
heterossexualidade?
- Richard Cohen: Durante os últimos vinte e dois anos, como psicoterapeuta
na International Healing Foundation, tive um sucesso notável ajudando homens e
mulheres a resolverem sua atracção indesejada por pessoas do mesmo sexo e realizar os seus sonhos de heterossexualidade.
Como?
- Richard Cohen: Nosso plano consiste de quatro etapas para passar de gay para não
gay, e funciona se alguém estiver realmente interessado na mudança. Através do
nosso programa, explicado no meu livro, as pessoas mudam de dentro para fora.
Não é apenas a mudança de comportamento. Quando alguém identifica e corrige as
feridas do seu passado, e experimenta o amor numa relação saudável e não sexual
com pessoas do mesmo sexo, surge naturalmente o desejo heterossexual.
Tem visto isso no seu consultório...
- Richard Cohen: Eu experimentei isso pessoalmente e tenho observado a mesma
transformação na vida de milhares de homens e mulheres com quem trabalhei como
conselheiro, em seminários de cura ou aulas por videoconferência. Os quatro
ingredientes da mudança são: 1) motivação pessoal, 2) um tratamento eficaz, 3)
o apoio dos demais, 4) o amor de Deus.
Por que é que o lobby gay não quer assumir que muitas pessoas com atracção por pessoas do mesmo sexo sofrem por causa dos seus sentimentos e querem ser livres para fazer a transição?
- Richard Cohen: Os activistas homossexuais trabalharam muito para evitar que
os profissionais da saúde médica e psicológica oferecessem a sua ajuda
àqueles que experimentam atracção indesejada pelo mesmo sexo. A razão é que os
homossexuais sofrem muitos preconceitos. Tudo o que eles querem é ser amados e
aceites. Portanto, desenvolvem a teoria de que ser gay é algo inato e imutável
e não pode ser alterado. Mas isso não é cientificamente correcto.
Richard Cohen in Zenit
No seu livro diz que, para essa transição, é preciso curar as feridas emocionais. Que feridas são essas?
- Richard Cohen: Se estudar a literatura científica, vai encontrar os diversos factores que levam alguém a sentir-se atraído por pessoas do seu próprio sexo. Se conversar e escutar os gays e as lésbicas, vai encontrar as similitudes nas suas origens. Eu explico no meu livro dez causas potenciais que levam homens e mulheres a ter sentimentos homossexuais.
Quais são?
- Richard Cohen: Ninguém nasce, essencialmente, com sentimentos homossexuais. Ninguém escolhe simplesmente ter atracção pelo mesmo sexo. Existem muitas razões para isso acontecer. Algumas causas potenciais dos sentimentos homossexuais são: 1) a carência de vínculos entre o filho e o pai, ou entre a filha e a mãe; 2) o temperamento hiper-sensível; 3) a identificação exagerada entre o filho e a mãe, ou entre a filha e o pai; 4) a falta de conexão com os companheiros do mesmo sexo, rapazes que não se sentem à vontade com outros rapazes, e meninas que não se sentem à vontade com outras meninas; 5) o abuso sexual. Estas são só algumas experiências que podem levar alguém a desenvolver a atracção pelo mesmo sexo. Nunca é apenas um factor que origina os sentimentos homossexuais.
Então existe uma causa nos pais?
- Richard Cohen: Não é a educação dos pais em si mesma que gera sentimentos homossexuais, mas a percepção que a criança tem dessa educação. Por detrás da atracção pelo mesmo sexo, encontramos dois pontos principais: 1) traumas que não foram resolvidos no passado; 2) necessidades legítimas de amor por pessoas do mesmo sexo. Esses dois pontos conduzem à atracção pelo mesmo sexo.
É possível prevenir a orientação homossexual?
- Richard Cohen: Sim. No meu livro Gay Children, Straight Parents, eu explico como a família e os amigos podem ajudar as pessoas atraídas pelo mesmo sexo a mudarem e realizarem o seu destino heterossexual. Como nós conhecemos o que produz os sentimentos homossexuais, é fácil entender a forma de ajudar os homens e as mulheres homossexuais. Por outras palavras: um menino recebe o seu senso da masculinidade em primeiro lugar do seu pai, e depois dos parentes e companheiros homens; e uma menina recebe o senso da feminilidade primeiramente da sua mãe, e depois das parentes e das companheiras mulheres. Depois, quando o rapaz atravessa a adolescência, surgem naturalmente os desejos heterossexuais. Neste último livro, eu descrevo doze princípios que a família e os amigos podem aplicar para ajudar os seus entes queridos homossexuais a conseguirem atingir a sua verdadeira identidade de género. Funciona se a pessoa seguir o programa. Nós conseguimos um grande sucesso ao longo dos anos.
Por que é que a sua fé em Deus foi tão importante e decisiva para sua transição da homossexualidade para a heterossexualidade?
- Richard Cohen: Realmente não foi a minha fé em Deus que me ajudou a curar e sair da homossexualidade. Foi a confiança de Deus em mim que me ajudou a mudar! Durante muitos anos, eu achava que era a pior pessoa do mundo porque tinha sentimentos homossexuais. Ouvi dizer que a homossexualidade era o pior "pecado". Mas finalmente percebi que Deus me amava incondicionalmente. Quando senti o seu amor, tocou-me no mais profundo da alma e comecei a ficar curado.
Passamos do ridicularizar e silenciar os homossexuais a aceitar quase todas as ideias do lobby gay. Acha que muitas organizações médicas e religiosas deveriam pedir desculpas aos homossexuais por não ajudá-los no passado, e nem fazê-lo agora por medo de serem criticados por serem politicamente incorrectos?
- Richard Cohen: Muitas organizações religiosas, médicas e psicológicas deixam que a criança escorregue pelo ralo da banheira. Abdicam das suas crenças fundamentais em nome da tolerância. Ao invés de pedir desculpas aos homossexuais por seus erros passados, mudam as suas crenças. Isso não é útil e nem agradável para a comunidade homossexual.
Então?
- Richard Cohen: Temos que pedir desculpas pelas nossas palavras e comportamentos ofensivos do passado, e oferecer-lhes o presente do nosso amor e compreensão, que ajudará verdadeiramente a que todos os homossexuais se descubram a si mesmos em toda a sua verdade e autenticidade. Quando o fizermos, surgirá em todos nós uma mudança real e duradoura.
O que diria a uma pessoa com sentimentos homossexuais que sofre e quer mudar sua orientação?
- Richard Cohen: Entendo o que sente. Passei por isso. Tenha esperança de que todos os seus sonhos serão realidade. Mudar é possível! Vivi uma vida gay e agora estou casado há trinta anos. Não desista. Se seguir as quatro etapas da cura de 'Compreender y Sanar la homosexualidad', encontrará a liberdade que tanto deseja. Nunca desista.
Richard Cohen in Zenit
Queixa contra a TVI por causa da reportagem sobre o "grupo secreto que quer curar homossexuais"
A TVI publicou ontem uma reportagem vergonhosa na qual quebrou o sigilo entre médico/paciente, infiltrou microfones em confessionários, violou o direito à privacidade de várias pessoas e fez um ataque vil à Igreja Católica. Quem quiser fazer queixa envie um email para:
carteira.press@ccpj.pt e info@erc.pt
Segue um modelo de email que pode ser usado:
Exmº Sr. Presidente do Conselho Regulador
da Entidade Reguladora para a Comunicação Social
Dr. Sebastião José Coutinho Póvoas
No dia 10 de Janeiro a TVI, no Jornal das 8, transmitiu uma reportagem da autoria da jornalista Ana Leal com o título "A homossexualidade como uma doença".
A reportagem merece vários reparos, por exemplo, insiste na referência a terapias conversivas ou de reconversão, termo que nunca é referido por nenhum dos intervenientes, ou na afirmação que há um "grupo secreto" que acredita que os homossexuais podem ser curados, mais uma afirmação que nunca é referida nas imagens gravadas no suposto "grupo secreto".
Mas o que realmente é grave é que na reportagem foram captadas várias imagens e áudios, recolhidos por dispositivos ocultos e sem autorização das pessoas que nela participam.
A reportagem mostra variadas gravações de imagem e som de consultas da psicóloga Maria José Vilaça com um paciente (que terá feito a gravação de maneira dissimulada e que nunca é identificado) onde esta é claramente identificada. Estas gravações foram realizadas sem autorização da dita psicóloga, o que viola claramente o seu direito à privacidade, o seu direito à imagem e o seu direito ao livre exercício da sua profissão. Todos estes direitos estão protegidos pela Constituição da República Portuguesa.
Mais grave ainda são as gravações, feitas pelas mesma pessoa, de um grupo de acompanhamento pastoral ligado à Igreja Católica, o qual é acompanhado por Maria José Vilaça, não enquanto psicóloga, mas enquanto católica. Nessas imagens, embora não apareça o rosto de mais ninguém a não ser o de Maria José Vilaça, é claramente audível as vozes de outros participantes, assim como é identificado o local da reunião. Como é evidente estas gravações expõem os restantes participantes destes encontros, que vêm assim o anonimato que esperam no grupo em perigo.
Também na reportagem aparecem gravações da mesma pessoa a conversar com um sacerdote católico. O sacerdote aparece com o rosto distorcido, mas sem qualquer distorção da voz, o que torna possível a sua identificação.
Por considerar que este programa, ao difundir gravações de imagem e som de pessoas sem a sua autorização, assim como a difusão de imagens de locais de culto sem autorização das respectivas autoridades, violou os direitos à privacidade, à imagem, ao livre exercício da profissão e à liberdade de religião, tendo assim violado o disposto nos número 1 e 2 do artigo 27 da lei nº 27/2007 venho pedir a Vossa Excelência a intervenção da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Com respeitosos cumprimentos,
da Entidade Reguladora para a Comunicação Social
Dr. Sebastião José Coutinho Póvoas
No dia 10 de Janeiro a TVI, no Jornal das 8, transmitiu uma reportagem da autoria da jornalista Ana Leal com o título "A homossexualidade como uma doença".
A reportagem merece vários reparos, por exemplo, insiste na referência a terapias conversivas ou de reconversão, termo que nunca é referido por nenhum dos intervenientes, ou na afirmação que há um "grupo secreto" que acredita que os homossexuais podem ser curados, mais uma afirmação que nunca é referida nas imagens gravadas no suposto "grupo secreto".
Mas o que realmente é grave é que na reportagem foram captadas várias imagens e áudios, recolhidos por dispositivos ocultos e sem autorização das pessoas que nela participam.
A reportagem mostra variadas gravações de imagem e som de consultas da psicóloga Maria José Vilaça com um paciente (que terá feito a gravação de maneira dissimulada e que nunca é identificado) onde esta é claramente identificada. Estas gravações foram realizadas sem autorização da dita psicóloga, o que viola claramente o seu direito à privacidade, o seu direito à imagem e o seu direito ao livre exercício da sua profissão. Todos estes direitos estão protegidos pela Constituição da República Portuguesa.
Mais grave ainda são as gravações, feitas pelas mesma pessoa, de um grupo de acompanhamento pastoral ligado à Igreja Católica, o qual é acompanhado por Maria José Vilaça, não enquanto psicóloga, mas enquanto católica. Nessas imagens, embora não apareça o rosto de mais ninguém a não ser o de Maria José Vilaça, é claramente audível as vozes de outros participantes, assim como é identificado o local da reunião. Como é evidente estas gravações expõem os restantes participantes destes encontros, que vêm assim o anonimato que esperam no grupo em perigo.
Também na reportagem aparecem gravações da mesma pessoa a conversar com um sacerdote católico. O sacerdote aparece com o rosto distorcido, mas sem qualquer distorção da voz, o que torna possível a sua identificação.
Por considerar que este programa, ao difundir gravações de imagem e som de pessoas sem a sua autorização, assim como a difusão de imagens de locais de culto sem autorização das respectivas autoridades, violou os direitos à privacidade, à imagem, ao livre exercício da profissão e à liberdade de religião, tendo assim violado o disposto nos número 1 e 2 do artigo 27 da lei nº 27/2007 venho pedir a Vossa Excelência a intervenção da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Com respeitosos cumprimentos,
quinta-feira, 10 de janeiro de 2019
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
Senza Pagare em Luanda
Caríssimos leitores do Senza, é com grande alegria que anunciamos a nossa visita a Angola. Estaremos em Luanda na próxima semana, de 14 a 18 de Janeiro.
Quem tiver interesse em falar sobre História da Liturgia, Missa Tradicional e doutrina da Igreja entre em contacto connosco. Basta enviar um email para: senzapagareblog@gmail.com ou uma mensagem para a nossa página de facebook: https://www.facebook.com/senzapagare
Obrigado e até breve!
Paz e bem
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
Os perigos da semente de mau espírito
A pior consequência disso a que chamamos 'semente de mau espírito' é que esta semente corrompe facilmente as almas, e até as almas boas. Quando se semeia de uma maneira clara uma doutrina herética, uma doutrina ímpia, uma doutrina imoral, todas as almas boas a recusam; recusam-na facilmente e com força (energicamente).
Mas quando a doutrina que se semeia não é claramente herética, ímpia, imoral, mas que é de outro tipo a quem chamamos mau espírito, algo menos definido, menos concreto, mais dissimulado, mais subtil, então facilmente se enganam as almas e recebem no coração essas sementes, que mais tarde darão os seus amargos frutos.
Padre Alfonso Torres, SJ in 'Los Caminos de Dios'
Missa Solene em Dornes
O Santuário de Nossa Senhora do Pranto, em Dornes, é uma igreja cuja construção remonta ao século XIII, e foi mandado edificar pela Rainha Santa Isabel. Há poucos dias, um numeroso grupo de fiéis fez uma peregrinação até esse Santuário. Aí foi celebrada uma Missa Solene. O sacerdote, diácono e sub-diácono eram portugueses, assim como todos os que ajudaram a que esta bela liturgia pudesse ser celebrada. Obrigado a todos!
domingo, 6 de janeiro de 2019
Adoração dos Reis Magos por Domingos Sequeira
A adoração dos Magos foi pintado em Roma em 1828, e concebido num momento particular da vida do autor. Domingos Sequeira esteve exilado desde fins de 1823 e impedido de regressar a Portugal após o fim do movimento vintista (no qual se empenhara) e tinha recentemente regressado a Itália, depois de lá ter estudado e trabalhado até 1795.
É um dos quatro realizados em Roma e que compõem o seu testamento artístico. Foi adquirido em 1845 pelo duque de Palmela à filha do artista. A obra é uma tela panorâmica gigante que integra a série Palmela, com quatro pinturas religiosas, e retrata a chegada do cortejo dos Reis Magos a Belém.
A “luz” conseguida pelo pintor consegue dar à tela uma ideia de “transcendência” em perfeita sintonia com o tema descrito. O quadro tem feito um sucesso imenso ao longo dos tempos.
in tezturas.pt
sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
Aborto foi a principal causa de morte no mundo inteiro em 2018
O aborto foi a causa número um de mortes no mundo em 2018, com 41,9 milhões de crianças mortas antes do nascimento - com base nas últimas estatísticas sobre abortos publicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em 2018, por cada 33 nascidos vivos, 10 bebés foram abortados. Houve mais mortes por aborto do que todas as mortes por cancro, malária, SIDA, tabagismo, álcool e acidentes de trânsito somadas.
Em 2018, a Irlanda reverteu a sua Oitava Emenda, que protegia o direito à vida de crianças por nascer. No Reino Unido, o numero de abortos atingiu o máximo de 10 anos.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
Papa não disse que um ateu é melhor do que um católico que critica os outros
Em mais um episódio da exegese dos discursos do Papa Francisco, a imprensa veio proclamar em grandes títulos que o Papa disse - hoje na Audiência Geral - que é melhor ser ateu do que ser católico e odiar os outros.
As palavras do Papa que levantaram essa polémica foram estas (tradução nossa a partir do original em italiano):
«Quantas vezes vemos o escândalo criado por aquelas pessoas que vão à igreja e passam lá o dia, ou vão lá todos os dias, e depois vivem com ódio dos outros ou dizendo mal das pessoas. Isto é um escândalo! É melhor não ir à igreja: vive assim, como ateu. Mas se vais à igreja vive como filho, como irmão e dá um verdadeiro testemunho, não um contra-testemunho.»
Os meios de comunicação social interpretaram estas palavras à sua maneira, e tentaram passar a mensagem, tão comum hoje em dia, que um ateu é melhor do que um católico que peca. Mas isto não é verdade, porque também nenhum ateu é impecável. Na História da Humanidade existiram apenas duas pessoas impecáveis: Nosso Senhor Jesus Cristo e a Sua Mãe Maria Santíssima.
O Papa não fez qualquer comparação entre ateus ou católicos. Limitou-se a dizer que se algum católico vive diariamente na murmuração e na má língua cria escândalo. O escândalo é o que se diz, faz ou se deixa de fazer que causa nos outros uma ocasião de pecado ou alguma ruína espiritual. Ver alguém que é assíduo na igreja ser também assíduo na murmuração faz com que as outras pessoas pequem, e pode até fazer com que tenham dúvidas de fé (se forem mais frágeis). Essa pessoa está a dar um mau testemunho enquanto católica. O melhor seria que deixasse de murmurar. Caso não queira, o Papa diz que o melhor é deixar de fingir que é católica, indo à igreja, e viva como ateia.
Isto não é um elogio aos ateus e uma crítica aos católicos, ao contrário do que quiseram fazer passar os media. Isto é uma crítica aos ateus porque o Papa diz que um católico não pode ser coerente se vive a dizer mal dos outros, mas um ateu pode. A "solução" imediata dada para Papa ao mau católico que não quer corrigir o seu comportamento público, que causa escândalo aos outros, é viver tranquilamente como ateu. Se alguém se deveria sentir indignado com estas palavras são os ateus, não os católicos. Os meios de comunicação social não atingiram isso.
Claro que nós sabemos que os católicos vão à igreja porque são pecadores, não porque são perfeitos. É exactamente por serem pecadores que precisam da oração para terem uma relação pessoal com Deus; que precisam da confissão para demonstrarem arrependimento e serem perdoados pelos seus pecados; e que precisam da Santa Missa, e dos restantes sacramentos, para receberem a graça de Deus que os vai ajudar nesta luta contra o pecado e o mal.
O mau católico do exemplo do Papa não deveria deixar de ir à igreja, deveria continuar na igreja e deixar de murmurar. Mas o Papa fala de alguém irredutível no seu pecado público e que, com isso, faz com que outros pequem também. Esse católico não vive como católico mas como ateu, ou seja sem qualquer Superior moral. E foi isso que a imprensa não entendeu ou não quis entender.
João Silveira