A Venerável Catarina Vannini via, em êxtase, os Anjos que, durante a Missa, circundavam as mãos do sacerdote e sustentavam-nas no momento da elevação da Hóstia e do Cálice. Poderemos imaginar com que respeito e afecto a Venerável beijava aquelas mãos?
A Rainha Santa Edwiges, todas as manhãs assistia a todas as Santas Missas que eram celebradas na capela da corte, mostrando-se muito agradecida e reverente com os sacerdotes que tinham celebrado: convidava-os a entrar, beijava as suas mãos com suma devoção, fazia que se alimentassem, tratando-os com as mais distintas honras. Ouvia-se como a Rainha exclamava comovida: "Bendito seja quem fez Jesus descer do céu e O deu a mim".
São Pascoal Bailão era o porteiro do convento. Todas as vezes que chegava um sacerdote, o Santo Fradinho ajoelhava-se e beijava-lhe respeitosamente as duas mãos. Dele foi dito, como de São Francisco, que "era devoto das mãos consagradas dos sacerdotes". Ele julgava-as capazes de deter longe os males e cumular de bens quem nelas tocasse com veneração, porque são as mãos das quais Jesus se serve.
E como era edificante ver São Pio de Pietrelcina procurando beijar com amor as mãos de qualquer sacerdote, às vezes até agarrando-as de surpresa! E que dizer de outro Servo de Deus, Dom Dolindo Ruotolo, que não admitia que um sacerdote pudesse negar-lhe "a caridade" de deixá-lo beijar-lhe as mãos. Enfim, sabemos que este acto de veneração muitas vezes foi premiado por Deus com verdadeiros milagres.
Na vida de Santo Ambrósio lê-se que um dia, logo após a celebração da Santa Missa, o Santo viu aproximar-se dele uma mulher paralítica, que queria beijar suas mãos. A pobre mulher tinha grande fé naquelas mãos que tinham acabado de consagrar a Eucaristia: e ficou curada no mesmo instante.
A mesma coisa aconteceu em Benevento: uma mulher paralítica, há quinze anos, pediu ao Papa Leão lX licença para beber a água por ele usada durante a Santa Missa, quando lavou os dedos. O Santo Papa atendeu aos desejos da enferma no seu pedido humilde, como o pedido da Cananéia, rogando a Jesus que lhe desse "as migalhas que caem da mesa do dono da casa" (Mt 15,27), e ficou imediatamente curada.
Pe. Stefano M. Manelli, FI in 'Jesus, Nosso Amor Eucarístico' (p. 135-138)
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