Tudo começa com um monge beneditino, que viveu no Séc. XI (995-1050), de seu nome Guido d'Arezzo, que denotou uma particularidade num hino a São João Baptista, uma música bastante popular na época. Este hino era composto por 7 versos com notas diferentes; e o primeiro verso começava com uma nota a que chamaria posteriormente Ut, o segundo começava com outra a que chamaria posteriormente Ré, e aí por diante até ao último verso...
Ele teve a ideia de nomear as notas conforme o início de cada verso. Este é o hino:
Ut queant laxis | Para que possam, de libertas |
Resonare fibris | vozes, ressoar |
Mira gestorum | as maravilhas das tuas acções |
Famuli tuorum, | dos teus servos, |
Solve polluti | apaga dos impuros |
Labii reatum, | lábios a culpa, |
Sancte Ioannes. | ó São João. |
Como a sílaba Ut não era fácil de ser cantada foi substituída, por Giovanni Baptista Doni, em Dó, por volta de 1640.
Não deixa de ser irónico que, não sendo o mundo musical em geral muito católico, seja usado um hino a São João Baptista - precursor de Jesus Cristo para compor todas as músicas. Deus é realmente Omnipresente!
É realmente impressionante. Eu também nunca sabia disso até fazer algumas aulas de canto coral na Universidade Católica de Petrópolis (Rio de Janeiro/Brasil). Em 2017 tive a oportunidade de conhecer a cidade italiana de Arezzo e recordar-me dessa história.
ResponderEliminarNa publicação do link abaixo, além da história já exposta aqui no Senza Pagare, há a execução do Hino a São João Baptista, que inspirou Guido d'Arezzo: http://www.simsoucatolico.com.br/2018/06/voce-sabia-que-foi-um-monge-catolico-quem-nomeou-as-notas-musicais.html
ResponderEliminarE nem de propósito, aqui vemos a beleza e a delicadeza da Arte na sua Essência, enquanto no Vaticano o Papa Francisco elogia e recebe "com toda a pompa e circunstância", entre outros, pseudoartistas, que a usam somente para abandalhar.
Entre vários, recebeu Andrés Serrano, que usou a Arte para profanar um crucifixo--e nem digo como, porque me repugna-- e Joana Vasconcelos que construiu um lustre, há anos, usando preservativos, com o título: "A noiva", tendo sido PROIBIDA de o expor no Palácio de Versalhes, em Paris, FRANÇA! Um País LAICO e...não digo mais nada, porque para "bom entendedor meia palavra basta!"
Que, pelo menos, a Bênção Papal os CONVERTA!