Maria Goretti tinha 12 anos quando Alessandro Serenelli, de 20, a tentou seduzir. Como se recusasse, dizendo que era pecado, a jovem foi apunhalada 14 vezes por Alessandro, ficando às portas da morte. Antes de morrer disse que perdoava ao seu assassino e que ia interceder por ele no Céu. Esta carta de Alessandro, escrita 60 anos depois, prova isso mesmo:
Tenho agora quase 80 anos. Estou perto do fim dos meus dias. Olhando para o meu passado, reconheço que na minha juventude eu segui um mau caminho, um caminho que levou à minha ruína. Através das revistas, dos espectáculos imorais e dos maus exemplos na imprensa, eu vi a maioria dos jovens da minha idade seguir o caminho do mal sem pensar duas vezes. Despreocupado, eu fiz a mesma coisa.
Havia fiéis e cristãos verdadeiramente praticantes à minha volta, mas eu não lhes dava importância. Eu estava cego por um impulso bruto que me empurrava para uma forma errada de vida.
Com a idade de 20 anos, eu cometi um crime passional, cuja memória ainda hoje me horroriza. Maria Goretti, hoje uma santa, foi o bom anjo que Deus colocou no meu caminho para me salvar. As palavras dela, tanto de repreensão como de perdão, ainda hoje estão impressas no meu coração. Ela rezou por mim, intercedeu pelo seu assassino. Quase 30 anos de prisão se seguiram.
Se eu não fosse menor de idade (tinha menos de 21 anos), pela lei italiana, eu teria sido condenado a prisão perpétua. No entanto, eu aceitei a pena como algo que eu merecia.
Resignado, eu expiei pelo meu pecado. A pequena Maria foi verdadeiramente a minha luz, a minha protecção. Com a ajuda dela, eu cumpri bem esses 27 anos na prisão. Quando a sociedade me aceitou de volta entre os seus membros, eu procurei viver de forma honesta. Com caridade angélica, os filhos de São Francisco, os frades capuchinhos menores, receberam-me entre eles, não como servo, mas como irmão. Tenho vivido com eles há 24 anos.
Agora olho serenamente para o dia em que serei admitido à visão de Deus, para abraçar os meus entes queridos mais uma vez, e para ficar próximo do meu anjo da guarda, Maria Goretti, e a sua querida mãe, Assunta.
Que todos os que vierem a ler esta carta desejem seguir o santo ensinamento de fazer o bem e evitar o mal. Que todos possam acreditar, com a fé dos pequeninos, que a religião e os seus preceitos, não são algo que se possa prescindir. Pelo contrário, é o verdadeiro conforto e a única via segura em todas as circunstâncias da vida, mesmo nas mais dolorosas.
Paz e bem.
Alessandro Serenelli - Macerata, Itália, 5 de Maio de 1961
ResponderEliminarQue me perdoem os menos crentes na Obra: "O Evangelho como me foi revelado", de Maria Valtorta, mas como acredito nos desabafos de enorme desilusão do próprio Jesus, por ela não ser devidamente divulgada...sempre que vem a propósito, não me canso de a referir, pois segundo ELE mesmo, foi mandada escrever, precisamente "para ajudar aqueles que estão doentes pela ignorância, tibieza ou dúvidas de Fé, relembrando-lhes o que está dito pela SABEDORIA. Prometendo a todos os que se afadigam para que DEUS seja conhecido, que RESPLANDECERÃO como estrelas na Eternidade, dando Glória ao Seu Amor, por fazerem com que Ele seja conhecido e Amado por muitos."
Assim, e porque Jesus no final da sua escrita, Se refere a Santa Maria Teresa Goretti, visto ser o dia da sua canonização, vou transcrever as Suas palavras:"(...) Hoje, o dia em que a Igreja eleva aos altares o puro lírio dos campos, Maria Teresa Goretti, pedúnculo cortado por Satanás, invejoso daquele candor, talvez por ser mais resplandecente do que ele como anjo...
Maria Goretti, Consagrada ao Amante Divino, foi Virgem e Mártir deste Século de infâmias, NO QUAL SE VILIPENDIA ATÉ, A HONRA DA MULHER, cuspindo-lhe a baba dos répteis, para NEGAR O PODER DE DEUS de dar uma morada inviolada ao Seu Verbo, encarnando-Se em "Uma Mulher",
por Obra do Espírito Santo, de maneira a Salvar aqueles que crêem Nele(...)"
Jesus despede-Se da Obra, lamentando-Se por ver desprezado o Seu Dom, desabafando:" Não tereis outra coisa, porque não soubestes receber o Bem o que Eu vos ofereci. E digo-vos também isto: "Não Me vereis mais, enquanto não chegar o dia, no qual, digais: "Bendito O que vem em Nome do Senhor!"