O milagre consiste na liquefação do sangue de São Januário, que se encontra durante o resto do ano em estado sólido. Este milagre, que ocorre na igreja dedicado ao santo em Nápoles, acontece 3 vezes por ano:
- 19 de Setembro, dia de S. Januário;
- 16 de Dezembro, porque nesse dia, em 1631, foi feita uma procissão com as relíquias de S. Januário que impediu a iminente erupção do vulcão Vesúvio;
- no Sábado que antecede o primeiro Domingo de Maio, dia da primeira trasladação do corpo do santo.
As datas da liquefação do sangue de São Januário são celebradas com grande pompa e esplendor.
As relíquias são expostas ao público, e se a liquefação não se verifica imediatamente. iniciam-se preces colectivas. Se o milagre tarda, os fiéis convencem-se de que a demora se deve aos seus pecados. Rezam então orações penitenciais, como o salmo “Miserere".
Quando o milagre ocorre, o Clero entoa um solene Te Deum, a multidão irrompe em vivas. os sinos repicam e toda a cidade rejubila.
Entretanto, sempre que nas datas costumeiras o sangue não se liquefaz, isso significa o aviso de tristes acontecimentos vindouros, segundo uma antiga tradição nunca desmentida.
O sangue de São Januário está recolhido em duas ampolas de vidro, hermeticamente fechadas, protegido por duas lâminas de cristal transparente. A ampola maior possui 60 cm cúbicos de volume; a menor tem capacidade de 25 cm cúbicos. Em geral, o sangue endurecido ocupa até a metade da ampola maior; na menor, encontra-se disperso em fragmentos.
A liquefação do sangue produz-se espontaneamente, sob as mais variadas circunstâncias, independentemente da temperatura ou do movimento, o sangue passa do estado pastoso ao fluido e, até, fluidíssimo. A liquefação ocorre da periferia para o centro e vice-versa. Algumas vezes, o sangue liquefaz-se instantânea e inteiramente, ou, por vezes, permanece um denso coágulo em meio ao resto liquefeito. Varia o colorido: desde o vermelho mais escuro até o rubro mais vivo. Não poucas vezes surgem bolhas e sangue fresco e espumante sobe rapidamente até o topo da ampola maior.
Trata-se verdadeiramente de sangue humano, comprovado por análises espectroscópicas.
Há algumas peculiaridades, que constituem outros milagres dentro do milagre liquefação, há uma variação do volume: algumas vezes diminui e outras vezes aumenta até o dobro. Varia também quanto à massa e quanto ao peso. Em Janeiro de 1991, o Professor G. Sperindeo fazendo uso, com o máximo cuidado, de aparelhos de alta precisão, encontrou uma variação de cerca de 25 gramas. O peso aumentava enquanto o volume diminuía. Esse acréscimo de peso contraria frontalmente o princípio da conservação da massa e é absolutamente inexplicável, pois as ampolas encontram-se hermeticamente fechadas, sem possibilidade de receber acréscimo de substâncias do exterior.
A notícia escrita mais antiga e segura do milagre consta de uma crónica do século XIV. Desde 1659, estão rigorosamente anotadas todas as liquefações, que já perfazem mais de dez mil!
São Januário, rogai por nós.
adaptado de sangennaro.org.br
E qual terá sido o resultado deste ano?
ResponderEliminarPelo que acabámos de ler, se não houve liquificação, o que nos esperará?
E segundo as notícias, em Itália, não se augura boa coisa.
Que São Januário interceda por nós