Os primeiros séculos do cristianismo foram caracterizados
por fortes perseguições, especialmente por parte do Império Romano. Decorria
uma sessão do Senado Romano, na presença do Imperador Diocleciano, cujo
propósito era encontrar a maneira mais eficaz de perseguir os Cristãos. São
Jorge, cavaleiro ilustre e cristão desde criança, levantou-se e proferiu uma
intervenção que espantou todo o Senado. O texto encontra-se nas actas
martiriais do Santo.
São Jorge: “Por que
razão, invencibilíssimo Imperador, Ilustre Senado, Generosos e Nobres
Cavaleiros, mudando o vosso costume de obedecer e manter as Leis, agora
ordenais uma Lei tão injusta e perniciosa contra os Cristãos, que são gente
virtuosa, santa, justa e digna de toda veneração e respeito. Quereis, vós, talvez,
que eles adorem os vossos ídolos. E se estes não são deuses, por que quereis
que eles os adorem? Aqueles que os adoram são cegos; não sabem que apenas Jesus
Cristo, com o Seu Eterno Pai e com o Espírito Santo, é o verdadeiro Deus que se
deve adorar, pelo qual todas as coisas são feitas e governadas. Muito melhor
faríeis se, deixando a vossa cegueira, abrísseis os vossos olhos e adorásseis
Jesus Cristo do que perseguir os Cristãos e querer fazê-los adorar à força os
vossos falsos deuses”.
Magnezio (Cônsul): “Quem és
tu? E qual é o teu nome?”
São Jorge: "O
meu principal Nome é Cristão, e aqueles que me conhecem me chamam Jorge. Nasci
na Capadócia e sou Nobre e tenho por ofício ser Tribuno dos cavalos do Exército
do Imperador."
Magnezio: “Quem te
autorizou a falar assim livremente e com tanta audácia?”
São Jorge: “A
Verdade.”
Magnezio: “O que é
a Verdade?”, perguntou o Cônsul.
São Jorge: “A
Verdade é Cristo, que vós, idólatras, perseguis.”
Magnezio: “Então, és Cristão”, disse Magnezio.
São Jorge: “Eu sou
Servo de Jesus Cristo, e, confiando n’Ele, quis dar testemunho da Verdade, no
meio deste famoso Colégio.”
Imperador
Diocleciano: “Eu não sei, ó Jorge, que loucura é esta tua de me
contradizer, sabendo aquilo que fiz por ti, porque, conhecendo eu a Nobreza do
teu sangue, e vendo a tua graça e destreza, te honrei fazendo-te Tribuno, e
pensava de te dar ofícios maiores, coisas que tu alteraste todas presentemente.
Eu te aconselho, como pai, e te advirto, como senhor, que deixes a tua má
opinião e adores a nossos deuses, se não quiseres perder tudo aquilo que
ganhaste até agora, e, junto, a vida.”
São Jorge: “Quisera
Deus que tu, Imperador, tomasses conselho que para teu bem te dá o teu fiel
servo, o qual é este: que, deixando de adorares aos falsos deuses, adorasses
Jesus Cristo, verdadeiro Deus, o que seria salutar para o Império e para as
almas também”.
Depois de
várias torturas e maus-tratos, São Jorge acabou por ser martirizado enquanto o
Santo pedia a Deus que perdoasse os que lhe viriam a cortar a cabeça.
Por ser o
Santo onomástico do Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio), hoje é feriado no
Vaticano.
São Jorge,
rogai por nós.
Interessante texto. Alguém sabe qual a relação entre S. Jorge e S. Miguel?
ResponderEliminarAinda no outro dia esbarrei num texto, em jeito de prece, em que vinham citados os dois juntos, conjuntamente com a Virgem do manto azul (creio ser uma tradição francesa mas talvez esteja errado).
Que Deus me perdoe, mas o Papa Francisco deveria ter a destreza e a coragem de S. JORGE, pelos vistos seu padroeiro, e defender Jesus Cristo e a Sua Igreja, com a mesma tenacidade e sem subterfúgios...enfrentando todos aqueles que tudo fazem para nos baralhar. A.Verdade é Jesus Cristo !
ResponderEliminar