No meio da pandemia de Coronavírus, a vida dos monges em Núrcia (todos
saudáveis até agora) continua quase
normal, com algumas excepções. Todas as manhãs, durante a Missa Solene conventual, acrescentamos algumas orações contra a pestilência. À tarde, fazemos uma procissão
através da propriedade com relíquias da Verdadeira Cruz, orando pela libertação
de 'pragas, fomes e guerras', como fizeram os antigos, que sabiam que essas
tribulações frequentemente acontecem em conjunto.
As medidas adoptadas pelo governo italiano fizeram com que a maioria dos
italianos agora viva num claustro imposto nas suas casas e que os nossos amigos
nos outros países não possam viajar (para nos visitar). A ocultação do mundo
assume um simbolismo quase sacramental durante esta crise extraordinária.
Durante séculos, não foi possível ver de perto os mistérios do altar. Em
certos períodos, as cortinas eram fechadas nos momentos mais importantes da
Missa. Ainda hoje, as orações solenes de consagração são ditas em vez baixa -
com um sussurro - à medida que o drama da liturgia se desenrola.
A ocultação intrínseca na Missa (como uma iconostase no rito bizantino) foi
comum a todos, de alguma forma, durante muitas centenas de anos; proporcionava
uma atmosfera de mistério. No mundo de hoje, que exige ver para crer, Deus
oferece-nos esta oportunidade de redescobrir o mistério - o mistério da
eficácia invisível da Missa (2Cor 4, 18). Temos de confiar num remédio
invisível para a nossa salvação diante desta ameaça invisível.
Bom dia muito obrigado pelo vosso blogue. Onde fica este Mosteiro?
ResponderEliminarEstá en la ciudad de Nursia, en Italia, allí hubo una basílica de San Benito que tristemente ya no existe, se derrumbó tras unos terremotos
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