As
"rogações", do latim, rogatio (pedido, petição), são
as orações de petição que uma comunidade faz em determinados tempos ou por
algumas intenções especiais, muitas vezes em forma de procissão e com o canto
das Ladainhas dos Santos. As rogações – dando graças a Deus, pedindo a chuva, uma
boa colheita, o fim de uma epidemia ou a libertação de algum outro mal que
ameaça toda a comunidade – relacionam-se sobretudo com as Quatro
Têmporas do ano.
HISTÓRIA
Em consequência das calamidades naturais e um terramoto que, no século V, destruiu casas e colheitas, na Diocese de Vienne (ou Viena), no Delfinado - actual Isère (França) - o Santo Bispo Marmeto, um dos Santos de Gelo, organizou, em 474, três dias antes da Ascensão, uma procissão solene de penitência nos três dias que precedem imediatamente a Ascensão. Mais tarde, em 511, o Primeiro Concílio de Orleans (combate ao arianismo; regulamentação das relações entre o poder real e a Igreja; estabelecido o direito de asilo) estendeu este costume a toda França; e o Papa Leão III, em 816, adoptou-o em Roma, donde passou a toda Igreja.
A Ladainha de todos os Santos, os salmos e as orações são uma oração de súplica, recebendo por este motivo o nome de “rogações”. Têm por fim afastar os flagelos da Justiça Divina e atrair as bênçãos e a misericórdia de Deus. As ladainhas são um modelo admirável de oração; pequenas jaculatórias dialogadas, brevíssimas, e a ressumar sentido e piedade.
Essas são as Rogações Menores. As Rogações Maiores, ao invés disso, não são obras de São Mamerto, e, ainda que tenham tido a bênção de diversos Papas, têm origens pré-cristãs. São celebradas no dia 25 de abril, data em que antigamente se praticavam os ritos de Ambarvalia (eram ritos de fertilidade agrícola romanos em honra de Ceres): procissões propiciatórias para obter boas colheitas.
HISTÓRIA
Em consequência das calamidades naturais e um terramoto que, no século V, destruiu casas e colheitas, na Diocese de Vienne (ou Viena), no Delfinado - actual Isère (França) - o Santo Bispo Marmeto, um dos Santos de Gelo, organizou, em 474, três dias antes da Ascensão, uma procissão solene de penitência nos três dias que precedem imediatamente a Ascensão. Mais tarde, em 511, o Primeiro Concílio de Orleans (combate ao arianismo; regulamentação das relações entre o poder real e a Igreja; estabelecido o direito de asilo) estendeu este costume a toda França; e o Papa Leão III, em 816, adoptou-o em Roma, donde passou a toda Igreja.
A Ladainha de todos os Santos, os salmos e as orações são uma oração de súplica, recebendo por este motivo o nome de “rogações”. Têm por fim afastar os flagelos da Justiça Divina e atrair as bênçãos e a misericórdia de Deus. As ladainhas são um modelo admirável de oração; pequenas jaculatórias dialogadas, brevíssimas, e a ressumar sentido e piedade.
Essas são as Rogações Menores. As Rogações Maiores, ao invés disso, não são obras de São Mamerto, e, ainda que tenham tido a bênção de diversos Papas, têm origens pré-cristãs. São celebradas no dia 25 de abril, data em que antigamente se praticavam os ritos de Ambarvalia (eram ritos de fertilidade agrícola romanos em honra de Ceres): procissões propiciatórias para obter boas colheitas.
O Papa Libério (no século IV) cristianizou-as; e, sucessivamente,
o Papa Bento XIV (século XVIII), estabeleceu que fossem "orações próprias
para defender a vida dos homens da ira de Deus que nos amedronta em todo
lugar", com o objetivo de "afastar os flagelos da justiça de Deus e
de atrair as bênçãos da sua misericórdia sobre os frutos da
Terra". Ambarvalia vem do latim "ambire arva" significando
"volta ao redor do campo".
Seja
como for, por ocasião das Rogações Menores repetiam-se essas
procissões nos campos, com itinerários diferentes, durante os três dias. Desde a manhã
até a noite, campo por campo, o Sacerdote repetia, dirigindo-se aos quatro
pontos cardeais, as frases do rito: "A fulgore et tempestate, A
flagello terremotus, A peste fame et bello". Frases às quais os fiéis
respondiam: "Libera nos Domine".
Nos dias das Rogações Menores faziam-se também previsões para as futuras colheitas: na segunda-feira, fazia-se o prognóstico para a colheita dos hortifruti e da uva; na terça, para o trigo, e na quarta para o feno. Se naqueles dias o tempo fosse inclemente, assim seria a colheita, ao contrário: com o tempo ensolarado, as colheitas abundantes.
Nos dias das Rogações Menores faziam-se também previsões para as futuras colheitas: na segunda-feira, fazia-se o prognóstico para a colheita dos hortifruti e da uva; na terça, para o trigo, e na quarta para o feno. Se naqueles dias o tempo fosse inclemente, assim seria a colheita, ao contrário: com o tempo ensolarado, as colheitas abundantes.
in Pale Ideas
ResponderEliminarEstamos sempre a aprender e, ainda bem!
Nunca tinha ouvido falar em tal, exceto nos "clamores" para pedir chuva, e isso quando era ainda muito pequena.
Em tempos como os de hoje, nada melhor do que "regressar ao passado"...e voltarmo-nos para O Deus Criador e Senhor de todas as coisas, assumindo, DE VEZ, que a maior parte da culpa, por todos os desequilibrios, está em nós, na nossa desobediência à Sua Vontade e na falta de Oração que, como diz Nossa Senhora, nos levaria à Conversão e, consequentemente, à Perfeição, sem esquecer o quanto isso tocaria o coração de Deus que, acima de TUDO, é Pai!