Morreu
hoje, aos 91 anos, Ennio Morricone, um famoso compositor italiano. Morricone
compôs centenas de músicas usadas em filmes, por exemplo n'A Missão,
que trata das missões jesuítas na América do Sul, no séc. XVIII. Em 2009, o
compositor católico deu uma entrevista a Edward Pentin,
na qual defendeu com unhas e dentes o canto Gregoriano:
«Eu tenho uma opinião bastante boa do Papa Bento XVI. Parece ser
um Papa de espírito muito elevado, com uma grande cultura e também uma grande
força. Ele quer muito corrigir os erros [litúrgicos] que existiram e continuam
a existir, e tentou corrigi-los logo uns dias após ser eleito.
Hoje, a Igreja cometeu um grande erro, atrasando o relógio 500
anos com guitarras e músicas populares. Eu não gosto nada disso. O canto Gregoriano é uma tradição vital e importante da Igreja, e desperdiçá-lo para
ter gente que mistura palavras religiosas com músicas profanas Ocidentais é
muito grave, muito grave. O mesmo aconteceu antes do Concílio de Trento, quando
os cantores cantavam cânticos profanos com melodias e palavras sagradas. (...)
Apoio tanto a Missa em latim como na língua nacional de um país.
Mas sou frontalmente contra e não concordo com misturar música profana e
secular com palavras religiosas na Igreja ou misturar música religiosa com um
texto profano e secular.
Depois do Concílio Vaticano II, fui convidado para ser consultor
do Vicariato de Roma, para produzir duas peças de música cantada de Igreja, e recusei. A Igreja e
os Cristãos têm o canto Gregoriano mas disseram-me que agora tínhamos que ter outra
música, e então recusei. Todos os músicos em Roma também se recusaram a
trabalhar nisso.»
Também acho. Os neopentecostais é que ficavam tramados.
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