Este Santo
italiano tinha o dom de ler nas consciências, descobrindo aos penitentes os
próprios pecados. Um desses casos passou-se com o Sr. Frederico Abresch:
«Quando, em
Novembro de 1928, fui procurar pela primeira vez o Padre Pio, não tinha Fé.
Descendente de uma família protestante, violentamente anti-católica, fiz-me
católico por razões de conveniência. As verdades da Fé deixavam-me indiferente;
mas apaixonava-me pelas ciências ocultas. Iniciei-me no espiritismo, mas
pareceram-me pouco concludentes as mensagens do além. Lancei-me então na magia,
depois na teosofia e passei o meu tempo lendo livros sobre este assuntos. Para
agradar à minha mulher, de tempos a tempos, aproximava-me dos sacramentos, mas
sem convicção.
Um belo dia, ouvi
falar do Padre Pio, um frade capuchinho, estigmatizado, que, segundo me
contaram, realizava milagres. Movido pela curiosidade, pensando também na minha
mulher, gravemente doente, em vésperas de fazer uma operação que a privaria
para sempre da felicidade de poder ser mãe, decidi tentar a sorte. Dirigi-me a
San Giovanni Rotondo. Nem vale a pena revelar a minha desconfiança, tratando-se
de factos acontecidos na Igreja Católica, que, segundo a minha opinião, era um
amontoado de superstições.
Deixou-me frio o
primeiro contacto com o Padre Pio. Dirigiu-me algumas palavras, que me
pareceram muito secas! Esperava um acolhimento mais afectuoso, depois de tão
longa viagem. No entanto, decidi confessar-me. Mal me ajoelhei, o Padre
disse-me imediatamente que nas minhas confissões precedentes eu tinha ocultado
pecados graves. Perguntou-me se eu ali estava de boa fé. Respondi considerar a
confissão uma boa instituição social, mas não acreditar no carácter
sobrenatural do sacramento. Contudo, alguma coisa me levou a acrescentar: - Agora,
Padre, acredito.
O Padre Pio
calou-se um instante, depois, com uma expressão de dor indizível, exclamou:
"Isso é heresia. Todas as suas confissões têm sido sacrílegas. É
necessário fazer uma confissão geral. Faça um bom exame de consciência,
lembrando-se de quando se confessou bem pela última vez. Jesus tem sido mais
misericordioso consigo do que com Judas." Olhou-me com ar sereno e
disse-me em voz alta: "Sejam louvados Jesus e Maria!" E foi para a
igreja confessar as mulheres.
Fiquei sozinho na
sacristia, profundamente impressionado. Não me saíam dos ouvidos as palavras do
Padre: “Lembre-se de quando se confessou bem pela última vez...” É certo que,
ao fazer-me católico fui baptizado “sob condição” e o baptismo tinha apagado
todos os pecados da minha vida passada. Por ocasião do casamento fiz uma boa
confissão. Mas, agora, para minha tranquilidade, decidi dizer todos os pecados,
desde a minha infância. Tinha a cabeça em água, quando o Padre Pio reentrou na
sacristia. Disse-me logo: "Vamos lá. Quando é que se confessou bem pela
última vez?"
Comecei a
balbuciar algumas palavras, mas ele interrompeu-me: "Confessou-se bem no
regresso da sua viagem de lua-de-mel. Deixemos o resto e comecemos a partir
desse momento." Eu estava pasmado. Mas o Padre Pio não me deixou tempo
para eu reflectir. Em voz alta, sob a forma de perguntas precisas, começou a
enumerar todos os meus pecados acumulados há tantos anos. Chegou a dizer-me o
número exacto das Missas a que tinha faltado.
Depois de me
recordar todos os pecados mortais, fez-me ver a gravidade dessas faltas e disse
com um tom inesquecível: "Você cantava louvores a satanás, enquanto Jesus,
no seu amor infinitamente carinhoso, se esforçava por salvá-lo." Depois de
ter recebido a absolvição, senti-me tão feliz e tão leve que até parecia ter
asas. Ao voltar à povoação, com os outros peregrinos, comportei-me como uma
criança doida de alegria.
Humanamente
falando, não há explicação para o que me aconteceu. O Padre Pio via-me pela
primeira vez. Durante a confissão lembrou-me certos factos por mim totalmente
esquecidos. Estava ao corrente dos mais pequenos pormenores e punha-os em
relevo.»
A esposa
doente do Sr. Frederico Abresch pediu a oração do Padre Pio e não precisou de
fazer a operação urgente: foi curada! E tiveram o tão desejado filho que viria
mais tarde a tornar-se Sacerdote. Nesta fotografia podemos ver o filho a dar a
Sagrada Comunhão ao seu Pai.
Profundamente impressionante esse relato!
ResponderEliminarCaro João Silveira, o senhor conhece o caso de exorcismo de São João Maria Vianney em que ele exorciza uma senhora doente? Depois do exorcismo, ela recobrou a saúde e voltou a dar aulas, pois era professora.
ResponderEliminarEu estou procurando esse relato na internet, mas não consigo achá-lo.
Que belíssimo! Tudo para a maior Glória d'O SENHOR JESUS CRISTO!
ResponderEliminarSalve, Maria Imaculada!
Quanto mais santos forem os confessores, segundo palavras de Jesus, mais podem receber o mesmo dom do Pe. Pio.
ResponderEliminarPessoalmente, gostaria que fosse para todos, pois seria muito bom para os mais esquecidos, os levianos e, também, para os envergonhados.
Quando leio estes testemunhos, fico com medo, porque hoje em dia até certos Sacerdotes desvalorizam o pecado...e acredito que não seja por mal, mas, pelos vistos, não é nada bom.
Ainda bem que nos ajudam a refletir!