CORREÇÃO FRATERNA é a admoestação feita ao próximo, privadamente e procedendo da caridade fraterna, para emenda de delito. Pode ser coativa, e pertence ao Superior e ostensiva, e pertence a todos. Ambas são de preceito, mas a segunda só quando o delinquente pode ser corrigido sem incômodo, com
esperança de emenda, e não havendo Superior.
O Superior deve ser corrigido pelos súditos, mas secretamente, com mansidão e reverência, a não ser que, por causa do perigo da fé, deva ser feita em público. A correção deve ser feita:
1) em segredo, ao delinquente;
2) particularmente ao Superior, em segredo;
3) perante testemunhas;
4) publicamente.
Mas esta ordem deve ser guardada somente quanto aos pecados ocultos. O que deixa de fazer a correção fraterna, por não esperar emenda ou por pensar que resulta pior, não peca. O Apóstolo São Paulo ensina como deve ser feita o correção: «Não repreendas com aspereza ao velho, mas admoesta-o como a pai; aos jovens como a irmãos; às velhas como a mães; às jovens como a irmãs, com toda a pureza. Aos pecadores repreende-os diante de todos, para que também os outros tenham medo» (Ep. I Timót. V, 1, 2, 20).
Quem corrige ou castiga deve fazê-lo com caridade, embora algumas vezes com severidade, e não para satisfazer a um movimento de ira, ou de vingança, ou de simples mau humor. Devemos aceitar a correção assim como o castigo com humildade, esperando que de algum proveito nos servirá.
Padre José Lourenço in 'Dicionário da Doutrina Católica'
Isto é que são boas catequeses, que nos ensinam o respeito pelo outro, até ao mais ínfimo pormenor.
ResponderEliminarNuma Época, onde a privacidade e a intimidade das pessoas estão constantemente a ser violadas--e por aqueles que nos deveriam educar-- é bom existir quem nos recorde até onde vai a DIGNIDADE da pessoa humana, mesmo quando é culpada e merece ser corrigida. Corrigir, para defender a VERDADE, não é sinónimo de "lavagem de roupa suja, na praça pública, mas também não é sinónimo de "tortura!"...
E, para quem quiser ficar mais bem elucidado, aconselho, mais uma vez, a leitura da Obra: "O Evangelho como me foi revelado", de Maria Valtorta. Nela, podemos ver como Jesus atuava, SEMPRE, até com Judas! Mesmo, sabendo das suas traições e mentiras, Ele, em público, limitava-se a calar--sofrendo terrivelmente, ao ponto de passar noites em oração--e, somente, em privado, o admoestava: ora com FIRMEZA, ora com tolerância e compreensão, conforme o que perscrutava no seu coração.
O Amor por Judas era tão grande, que escondendo dos outros Apóstolos a sua falsidade, mesmo quando esses o apanhavam em falta, Jesus levou-os a duvidar de que fosse ele o TRAIDOR!