1. É verdade que muitos Santos tiraram dela grande proveito, mas também é verdade que houve muitos outros Santos que dela prescindiram ou não a conheceram. Pelo que este tipo de assistência apesar de poder ser altamente recomendável para muitos, para outros poderá não sê-lo. Nos dias de hoje, é, isso sim, imprescindível, exceptuando casos excepcionais, a Confissão Sacramental periódica, tanto quanto possível recorrendo a um confessor habitual.
2. O Director Espiritual, mesmo quando não é confessor, uma vez que trata do foro interno, não pode fazer qualquer uso, directo ou indirecto, do conhecimento que adquiriu sobre a pessoa. Por exemplo não poderá pronunciar-se sobre aqueles que atende, seja nos Seminários seja na vida Religiosa seja mesmo na vida laical. É certo que não está sujeito à pena de excomunhão caso infrinja essa obrigação, mas está sujeito à culpa do pecado. Tanto o confessor como o director espiritual têem o dever de não se pronunciar sobre os seus ‘dirigidos’.
3. O ‘dirigido’ não está sujeito a qualquer tipo de obediência ao seu director. Por outras palavras, o director pode aconselhar, dar orientações, sugestões, mas não pode exigir obediência. Nem pode, muito menos, tomar decisões substituindo-se ao ‘dirigido’, abusando assim do seu papel.
4. A direcção Espiritual existe para acompanhar o que o Espírito Santo está operando no ‘dirigido’ ajudando-o a discernir o melhor caminho para se unir cada vez mais ao Amor de Deus - O Tratado do Amor de Deus de S. Francisco de Sales deveria ser de leitura obrigatória para todos os Sacerdotes que atendem as almas (e já agora, também a sua Introdução à Vida Devota).
Como coadjuvante, uma obra de grande Caridade que consiste em ajudar o ‘dirigido’ a descobrir os pecados de que o próprio não tem consciência, e discernir as raízes desses e de outros para poder superá-los. É verdade que, pelo menos em parte, amigos, familiares ou outras pessoas com quem se vive poderão, e muitas vezes o fazem, auxiliá-lo, por pura caridade, ao mesmo. Mas habitualmente isso é mal recebido porque é interpretado como uma agressão, uma depreciação ou mesmo um aviltamento...
5. Muito mais haveria a dizer, mas como estou tratando somente de alguns aspectos e em tópicos, fico por aqui.
Padre Nuno Serras Pereira
Segundo o que eu penso, se a Igreja estivesse VIVA, como Deus pretende, muitos dos problemas mentais, psicológicos e até materiais, simplesmente, não existiam, ou seriam minimizados.
ResponderEliminarOs Sacramentos, segundo Jesus, são o remédio que Ele nos oferece para que, através Deles, Deus aja DIRETAMENTE na nossa vida. Contudo, hoje, as "coisas" estão como estão...principalmente, o Sacramento da Confissão ou Penitência! Quase ninguém O valoriza ou até O combate. E isso, penso eu, por falta de esclarecimento, porque, se as pessoas procuram ajuda nos Psicólogos e Psiquiatras a quem relatam, pormenorizadamente, os seus problemas--e tudo é feito, somente, com base no material-- porquê tanta relutância em procurar a CURA, num Sacerdote, que, para além de estar OBRIGADO, sob pena de Excomunhão, a guardar segredo, é gratuito, representa JESUS CRISTO, com o Seu PODER, e que tantas vezes, se houver realmente mudança e Fé, até consegue verdadeiros milagres? E tudo isto podemos constatar na vida de muitos Santos! O Sacramento vale por Si, independentemente, do Sacerdote, mas se ele for Santo...tudo pode acontecer! Aliás, nas Direções Espirituais de alguns Místicos, é o Próprio Jesus que diz, que USA o Confessor, para orientar a alma em questão, nunca Se sobrepondo ao seu Diretor Espiritual, mas falando através dele.
Por isso, Santa Faustina pede que se REZE muito por eles, porque a sua responsabilidade é muito grande! E, mais uma vez, na Obra, "O Evangelho como me foi revelado", ao instruir os Apóstolos, Jesus Super valoriza o Poder da Confissão, na regeneração duma alma. Ele insiste no "tal ACOMPANHAMENTO e AJUDA" constantes, para que a Conversão possa ser eficaz e, consequentemente, A MUDANÇA DA SOCIEDADE! Até afirma, que quanto mais SANTOS forem os Confessores, mais se parecerão com ELE, ao ponto de poderem ler e perscrutar os corações dos penitentes, conduzindo-os com AMOR, PACIÊNCIA e EFICÁCIA à Santidade e, pela plena Consciência dos seus atos, NÃO VOLTEM MAIS A PECAR! E, no nosso tempo, pelo menos, temos dois: padre Pio e padre Cruz...
Ora, por tudo isto, somente devemos "a nossa desgraça" a nós mesmos .