Após o Concílio Vaticano II, surgiu a ideia de que o Papa poderia fazer o que quisesse em matéria litúrgica, especialmente se agisse com base no mandato de um concílio ecuménico. Eventualmente, a ideia do carácter dado da liturgia, o facto de não se poder fazer com ela o que se quer, desvaneceu-se da consciência pública no Ocidente.
De facto, o Concílio Vaticano I não tinha de modo algum definido o Papa como um monarca absoluto. Pelo contrário, apresentou-o como o garante da obediência à Palavra revelada. A autoridade do Papa está ligada à Tradição da fé, e isso também se aplica à liturgia. Não é "fabricado" pelas autoridades. Mesmo o Papa apenas pode ser um humilde servo do seu desenvolvimento lícito e da sua integridade e identidade.... A autoridade do Papa não é ilimitada; está ao serviço da Sagrada Tradição.
Cardeal Joseph Ratzinger in 'Introdução ao Espírito da Liturgia'
E, perante tantos e tantos factos, ainda há quem nos queira convencer de que o afastamento de Bento XVI foi circunstancial e não propositado!
ResponderEliminarMais uma NUANCE da atual Igreja, que, mesmo com a verdade mais do que explícita, continua a negar óbvio.
Infelizmente, há coisas que nunca mudam, o que é pena, porque, assim, em vez de se corrigir os erros, e avançar pela Verdade, tenta-se camuflá-los ao ponto de dar trunfos aos infratores, que continuam, dissimuladamente, a destruí-La!