Mons. Marian Eleganti, OSB, antigo bispo auxiliar de Chur, na Suíça, distingue o Concílio Vaticano II, que se autodenominava uma assembleia pastoral, dos anteriores concílios dogmáticos (Marian-Eleganti.ch). Já como noviço Beneditino de 20 anos, ele notou que muitas passagens do Concílio Pastoral estavam abertas à interpretação, tinham um forte carácter de compromisso e ambiguidade.
"Como acólito, experimentei a brutalidade e a excessiva imposição de uma reforma litúrgica que não era pretendida pelos Padres Conciliares nem podia ser deduzida dos textos", escreve: "Eram as comissões (o Arcebispo Bugnini) que estavam a trabalhar, não os Padres Conciliares".
Alguns padres conciliares voltaram às suas dioceses casa e interpretaram o mais amplamente possível a margem de manobra oferecida pelos textos conciliares.
O Bispo conclui que "não podemos continuar" com a geração daquele tempo, incluindo João Paulo II e Bento XVI, porque "os jovens fiéis de hoje, como pude constatar como Bispo jovem, não conhecem o Concílio e não se interessam por ele. Quase não leram os textos, mas são atraídos pela liturgia antiga sem serem ideológicos".
Segundo Mons. Eleganti, há uma clara viragem "conservadora" no clero jovem, como reação aos últimos 50 anos de "reforma da Igreja".
in gloria.tv
" A reforma da liturgia católica é o efeito mais óbvio, visível, universal e prático do Concílio Vaticano II. É uma reforma que contradisse aquilo que o próprio concílio estabeleceu nos seus decretos, e que foi profundamente afectada pelo carácter ambíguo, cuidadosamente instilado naqueles decretos pelos homens que os elaboraram, e explorados por aqueles que os implementaram apelando para o "espírito do concílio"" (in "Iota Unum"- Romano Amerio)
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