quarta-feira, 15 de julho de 2015

As obras de Cristo não retrocedem, não são enfraquecidas

Hoje existem visões segundo as quais toda a história da Igreja no segundo milénio teria sido um declínio permanente; alguns vêem o declínio subitamente após o Novo Testamento. Na verdade, “Opera Christi non deficiunt, sed proficiunt” (As obras de Cristo não retrocedem, não são enfraquecidas, mas progridem). O que seria a Igreja sem a nova espiritualidade dos Cistercienses, dos Franciscanos e Dominicanos, da espiritualidade de Santa Teresa de Ávila e de São João da Cruz, e assim por diante? Também hoje vale afirmar: Opera Christi non deficiunt, sed proficiunt, ide avante. 

São Boaventura ensina-nos, pelo exemplo, o discernimento necessário, por vezes severo, do realismo sóbrio e da abertura a novos carismas doados por Cristo, no Espírito Santo, à sua Igreja. E, enquanto se repete essa ideia de declínio, há também uma outra, o utopismo espiritualístico que se repete. 

Nós sabemos como, depois do Concílio Vaticano II, alguns estavam convencidos de que tudo era novo, que havia uma outra Igreja, que a Igreja pré-conciliar é finita e teríamos outra, totalmente diferente. Um utopismo anárquico e, graças a Deus, os sábios timoneiros da barca de Pedro – Papa Paulo VI, Papa João Paulo II – defenderam, por um lado, a novidade do Concílio e, ao mesmo tempo, a unicidade e continuidade da Igreja, que é sempre Igreja de pecadores e sempre um lugar de graça.

Papa Bento XVI in Audiência Geral, 10 de Março de 2010

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