“Vinte anos de escândalos e o Vaticano — mais concretamente, a Secretaria de Estado do Vaticano — não aprendeu nada”, escreve Phil Lawler no CatholicCulture.org.
Lawler comenta o caso do Padre Carlo Capella. Este sacerdote foi preso na Cidade do Vaticano por posse e distribuição de pornografia infantil, mas regressou ao serviço diplomático da Santa Sé — primeiro sem um título oficial e, agora, com uma designação formal de alto nível. Um responsável classificou o escândalo como “um acto de misericórdia”.
Lawler questiona: “Misericórdia? Não é um acto de misericórdia para com os adolescentes que foram explorados por pervertidos para fornecer as imagens que faziam parte da vasta coleção do Pe. Capella. Não é um acto de misericórdia para com os católicos fiéis que, fazendo o possível para defender a honra da Igreja contra críticos cada vez mais cáusticos, se veem, mais uma vez, a defender o indefensável.”
Lawler recorda que o Pe. Capella não foi entregue às autoridades civis e que “o Vaticano” resistiu a um pedido americano de extradição. Capella foi autorizado a fugir, regressando a Roma, onde manifestamente esperava um tratamento mais favorável.
No julgamento canónico, foi-lhe retirado o estatuto de “Monsenhor” para regressar a “Rev. Padre”, mas continuou a exercer funções como sacerdote.
Lawler explica o motivo do tratamento leniente: “Pelo mesmo motivo que Marcial Maciel escapou ao escrutínio durante anos, pelo mesmo motivo que o Cardeal Law foi nomeado arcipreste de uma basílica romana, pelo mesmo motivo que Theodore McCarrick foi enviado ao estrangeiro como enviado do Vaticano, pelo mesmo motivo que o Rev. Capella está agora de volta ao trabalho: porque a Secretaria de Estado toma conta dos seus amigos.”
Ele avança ainda com uma explicação mais sombria: “Talvez aconteça que tantos funcionários do Vaticano estão moralmente comprometidos, há tantos anos, que ninguém está preparado para enfrentar o problema; todos se sentem vulneráveis e, por isso, determinados a abafar o escândalo. Talvez a má conduta sexual seja tão generalizada que — apesar das declarações públicas — os funcionários do Vaticano continuam a não levar o assunto a sério.”
Para Lawler, é absolutamente claro — e não apenas em casos de abuso clerical — que a Secretaria de Estado dita as suas próprias regras.
in gloria.tv
Gostava de saber, se existe censura no blog, pois já tentei enviar dois comentários, que ficaram simplesmente bloqueados.
ResponderEliminarObrigada
Claro que sim! Onde é que não existe censura???
Eliminar"ROMA PERDERÁ A FÉ E TORNAR-SE- À, NA SEDE DO ANTICRISTO "...
ResponderEliminarSE os lobos lá continuam, armados em " anjos de luz", conseguem distorcer, mais uma vez, a verdadeira Misericórdia e, em vez de corrigir os que erram, promovem- nos, acabando, pelo CRIME compensar!
Já BENTO XVI afirmava, no Vatileaks: "daquela porta para fora, o Pspa não manda nada!"