Ontem no Sínodo, num discurso inesperado, o Papa Francisco disse que este encontro está em continuidade com o sínodo de 2014, que ele disse que nunca pôs em questão o ensinamento da Igreja sobre o matrimónio.
Ele também enfatizou que os documentos oficiais do sínodo de 2014 são os seus dois discursos e o relatório final.
O texto completo da interenção do Santo Padre não é público, mas o Pe. Federico Lombardi, director da sala de imprensa da Santa Sé, falou sobre ele na conferência de imprensa do dia 6 de Outubro.
O discurso do Papa Francisco surgiu depois do Cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário geral do Sínodo dos Bispos, ter tomado a palavrar para dar uma longa explicação sobre a nova metodologia do sínodo, porque vários padres sinodais lhe tinham pedido na Segunda-feira explicações sobre o novo processo, que tinha assustado muitos deles.
De acordo com o Pe. Lombardi, o Cardeal Baldisseri explicou o novo método do sínodo, apresentou a comissão de 10 membros nomeada pelo Papa para ajudar a escrever o rascunho do relatório final do sínodo e sublinhou que os procedimentos foram aprovados pelo Papa no dia 7 de Setembro, durante uma das sessões do Conselho do Sínodo.
Depois da intervenção do Cardeal Baldisseri, o Papa quis falar, contou o Pe. Lombardi.
De acordo com o Pe. Lombardi, o Papa quis "essencialmente clarificar dois assuntos."
O primeiro é que "este sínodo tem que ser vivido em continuidade com o sínodo extraordinário do ano passado." E depois o Papa reforçou - 'com estas mesmas palavras', disse o Pe. Lombardi - que "há três documentos oficiais da sessão extraordinária do sínodo: o discurso inicial do Papa, o discurso final do Papa e o relatório final."
O relatório final foi controverso porque também incluia parágrafos do relatório que saiu a meio do sínodo que não tinham ganho a maioria de dois terços - isto é, não tinha atingido um consenso. Normalmente, as proposições que não atingem um consenso têm sido retiradas dos documentos finais dos sínodos.
No entanto, o Papa sublinho - disse o Pe. Lombardi - que "o Conselho do Sínodo olhou para o relatório final do sínodo de 2014 no período entre o sínodo extraordinário e o ordinário, e que o relatório tinha sido completado com outras contribuições" e que o documento final do Sínodo é resultado deste esforço feito entre os sínodos de 2014 e 2015.
"O Papa disse que o documento de trabalho foi aprovado pelo Conselho do Sínodo em encontros nos quais o próprio Papa esteve," explicou o Pe. Lombardi.
Depois o Papa Francisco quis clarificar um segundo ponto: que "os ensinamentos Católicos sobre o matrimónio não se puseram em questão no sínodo anterior e que os padres sinodais não se deviam condicionar a reduzir o Sínodo a apenas o assunto do acesso à Comunhão dos divorciados-recasados," disse o Pe. Lombardi.
Apesar de não ser raro o Papa falar durante um sínodo - Bento XVI fê-lo nos sínodos desde 2008 a 2012 - é no entanto a primeira vez que os discursos do Papa no sínodo são considerados documentos oficiais do próprio sínodo.
Estes conteúdos serão então linhas de orientação para as discussões no sínodo deste ano. Os padres sinodais estão agora divididos em grupos pequenos por línguas, para discutir assuntos particulares, estiveram assim na tarde de 6 de Outubro.
Nestes primeiros dois dias, 72 padres sinodais já falaram. O Pe. Lombardi disse que foram 10 intervenções da América Latina, 7 da América do Norte, 26 da Europa, 12 de África, 8 da Ásia e Oceânia e 6 do Médio Oriente. O inglês e o italiano foram as línguas mais utilizadas.
in Catholic News Agency
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