Depois eu subo e ofereço e comungo. Saio fora de mim e concentro-me. Cheira a cenáculo. Ouço o Mestre em oração. Sinto a agonia do Horto. Bebo o cálice. Ouço o abrir das covas. Sinto o martelo a ferir os cravos e estes a dilacerar a pele, desconjuntando nervos e ossos.
Ouço soluços sufocados. Vejo a Mãe desolada. O Salvador a arder em sêde. Ouço e vejo tudo. Sexta-Feira Santa em Jerusalém! Tudo ali no nosso altar de pedra que foi cortada nas nossas pedreiras.
in "O pai Américo era assim", Padre Elias, Coimbra, 1958
Excelente sacerdote!
ResponderEliminarFundador da Casa do Gaiato (Obra da Rua).
Andem para a frente com o processo de beatificação dele!