O Relativismo moral é um tipo de subjectivismo que sustenta que as verdades
morais são preferências muito parecidas com os nossos gostos em relação aos
sabores de gelado, por exemplo. O relativismo moral ensina que quando se trata
de moral, do que é eticamente certo ou errado, as pessoas podem e devem fazer o
que quer que sintam ser o certo para elas.
Defendem que as verdades éticas dependem de
indivíduos, grupos e culturas que as sustentam. Porque acreditam que a verdade
ética é subjectiva, as palavras como devem ou deveriam não
fazem sentido porque a moral de todos é igual; ninguém tem a pretensão de ter uma moral objectiva que seja pertinente aos outros.
O relativismo não exige um determinado padrão de comportamento para todas
as pessoas em situações morais semelhantes. Quando confrontadas com
exactamente a mesma situação ética, uma pessoa pode escolher uma resposta,
enquanto outra pode escolher o oposto. Não há regras universais de conduta que
se apliquem a todos.
O relativismo moral, num sentido prático, é completamente inviável.
Que tipo de mundo seria o nosso se o relativismo fosse verdade? Seria um mundo
em que nada estaria errado – nada seria considerado mau ou bom, nada
digno de louvor ou de acusação. A justiça e a equidade seriam conceitos
sem sentido, não haveria responsabilização, não haveria possibilidade de
melhoria moral, nem discurso moral. Um mundo em que não haveria tolerância.
Este é o tipo de mundo que o relativismo moral produz. Vejamos os sete erros
fatais do Relativismo:
1. Os relativistas morais não podem acusar outras pessoas de
má conduta. O relativismo
torna impossível criticar o comportamento dos outros, porque, em última
análise, nega a existência de algo como ”má conduta”. Se alguém acredita
que a moralidade é uma questão de definição pessoal, então abre mão da
possibilidade de fazer juízos morais objectivos sobre as acções dos
outros, não importa quão ofensivas elas sejam para o seu senso intuitivo
de certo ou errado.
Isto significa que um relativista não pode racionalmente opor-se ao homicídio, ao estupro, ao abuso sexual de crianças, ao racismo, ao sexismo ou à destruição ambiental, se essas acções forem consistentes com o entendimento pessoal sobre o que é certo e bom por parte de quem as pratica. Quando o certo e o errado são uma questão de escolha pessoal, nós abdicamos do privilégio de fazer julgamentos morais sobre as acções dos outros. No entanto, se estamos certos de que algumas coisas devem ser erradas e que alguns julgamentos contra a conduta de outros são justificados – então o relativismo é falso.
Isto significa que um relativista não pode racionalmente opor-se ao homicídio, ao estupro, ao abuso sexual de crianças, ao racismo, ao sexismo ou à destruição ambiental, se essas acções forem consistentes com o entendimento pessoal sobre o que é certo e bom por parte de quem as pratica. Quando o certo e o errado são uma questão de escolha pessoal, nós abdicamos do privilégio de fazer julgamentos morais sobre as acções dos outros. No entanto, se estamos certos de que algumas coisas devem ser erradas e que alguns julgamentos contra a conduta de outros são justificados – então o relativismo é falso.
2. Os relativistas não podem reclamar do
problema do mal. A realidade do mal no
mundo é uma das primeiras objecções levantadas contra a existência de Deus.
Esta objecção está fundamentada na observação de que existe mal
verdadeiro. Mas o mal objectivo não pode existir se os valores morais são
relativos ao observador. O relativismo é inconsistente com o conceito de que o
mal moral verdadeiro existe, porque nega que qualquer coisa possa ser
objectivamente errada. Se não existe um padrão moral, então não pode haver
desvio do padrão. Assim, os relativistas devem abandonar o conceito de
verdadeiro mal e, ironicamente, também abandonar o problema do mal como um
argumento contra a existência de Deus.
3. Os relativistas não podem condenar alguém ou aceitar
elogios. O relativismo torna os conceitos de louvor e condenação sem
sentido, porque nenhum padrão externo de medição define o que deve ser
aplaudido ou condenado. Sem absolutos, nada é, em última análise, mau,
deplorável, trágico ou digno de condenação. Nem uma coisa pode ser boa, honrada, nobre ou digna de louvor. Os relativistas são quase sempre
inconsistentes nesse ponto, porque eles procuram evitar a condenação, mas
prontamente aceitam elogios. Se a moralidade é uma ficção, então
os relativistas também devem remover as palavras aprovação e condenação dos seus vocabulários. Mas, se as noções de elogio e crítica são válidas, então o
relativismo é falso.
4. Os relativistas não podem fazer acusações de
parcialidade ou injustiça. De acordo
com o relativismo, as noções de equidade e justiça são incoerentes, já que
ambos os conceitos ditam que as pessoas devem receber igualdade de tratamento
com base em alguma norma externa acordada. No entanto, o relativismo acaba com
qualquer noção de normas vinculativas externas. Justiça implica punir aqueles
que são culpados de um delito. Mas, sob o relativismo, a culpa e a condenação
não existem – se nada for finalmente imoral, não há acusação e, portanto,
nenhuma culpa digna de punição. Se o relativismo é verdadeiro, então não há tal
coisa como justiça ou equidade, porque ambos os conceitos dependem de
um padrão objectivo do que é certo. Se, porém, as noções de justiça e
equidade fazem sentido, então o relativismo é refutado.
5. Os relativistas não podem melhorar a
sua moralidade. Os relativistas podem
mudar a sua ética pessoal, mas nunca se podem tornar pessoas melhores. De
acordo com o relativismo, a ética de uma pessoa nunca se pode tornar mais
‘moral’. A ética e a moral podem mudar, mas nunca podem melhorar, já
que não existe um padrão objectivo pelo qual medir essa melhoria.
Se, no entanto, o avanço moral parece ser um conceito que faz sentido,
então o relativismo é falso.
6. Os relativistas não conseguem manter discussões morais
significativas. O que há para falar? Se a
moral é totalmente relativa e todas as opiniões são iguais, então não há uma
maneira de pensar melhor do que outra. Não há uma posição moral que
possa ser considerada como adequada ou deficiente, razoável, aceitável, ou
até mesmo bárbara. Se as disputas éticas só fazem sentido quando a moral é
objectiva, então o relativismo só pode ser vivido de forma consistente se os seus
defensores ficarem em silêncio.
Por esta razão, é raro encontrar um relativista racional e consistente, já que a maioria deles são rápidos para impor suas próprias regras morais, como, por exemplo, ”é errado forçar sua própria moralidade nos outros”. Isso coloca os relativistas em uma posição insustentável: se falam sobre questões morais, abandonam o relativismo; se não falam, abrem mão da sua humanidade. Se a noção de discurso moral faz sentido intuitivamente, então o relativismo moral é falso.
Por esta razão, é raro encontrar um relativista racional e consistente, já que a maioria deles são rápidos para impor suas próprias regras morais, como, por exemplo, ”é errado forçar sua própria moralidade nos outros”. Isso coloca os relativistas em uma posição insustentável: se falam sobre questões morais, abandonam o relativismo; se não falam, abrem mão da sua humanidade. Se a noção de discurso moral faz sentido intuitivamente, então o relativismo moral é falso.
7. Os relativistas não podem promover a
obrigação de tolerância. A obrigação
moral relativista de ser tolerante é auto-refutante. Ironicamente, o princípio
da tolerância é considerado uma das virtudes principais do relativismo. A moral
é individual, assim o dizem, e, portanto, devemos tolerar os pontos de vista
dos outros e não julgar o seu comportamento e atitudes. No entanto, se não
existem regras morais objectivas, não pode haver nenhuma regra que exija a
tolerância como um princípio moral que se aplica igualmente a todos.
De facto, se não há absolutos morais, por quê ser tolerante? Os relativistas violam o seu próprio princípio de tolerância quando não conseguem tolerar as opiniões daqueles que acreditam em padrões objectivos morais. Eles são, portanto, tão intolerantes quanto frequentemente acusam os que defendem a moral objectiva de ser. O princípio de tolerância é estranho ao relativismo.
De facto, se não há absolutos morais, por quê ser tolerante? Os relativistas violam o seu próprio princípio de tolerância quando não conseguem tolerar as opiniões daqueles que acreditam em padrões objectivos morais. Eles são, portanto, tão intolerantes quanto frequentemente acusam os que defendem a moral objectiva de ser. O princípio de tolerância é estranho ao relativismo.
O relativismo moral está falido. Não é um verdadeiro sistema moral. É
auto-refutante. E hipócrita. É logicamente inconsistente e irracional. É
seriamente abalado com simples exemplos práticos. Torna ininteligível a
moralidade.
Roger Morris
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