terça-feira, 25 de junho de 2024

As orações dos santos sobem como o fumo do incenso até Deus





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O importante papel do portador de lanterna durante o canto das Matinas

Ficar acordado durante as longas leituras dos Nocturnos (NT: as Matinas estão divididas em vários Nocturnos) era, evidentemente, um problema nos Mosteiros. O costume de Cluny prevê que um portador de lanterna perambule pelo coro para se certificar de que todos estão acordados. Se ele se depara com um monge que adormeceu durante as orações, não fala, apenas move suavemente a lanterna para frente e para trás perto do seu rosto até que acorde.

C.H. Lawrence in 'Medieval Monasticism'


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segunda-feira, 24 de junho de 2024

Natividade de São João Baptista

São João Baptista era filho de Zacarias e de Santa Isabel. Chamava-se "Baptista" pelo facto de pregar um baptismo de penitência (cf. Lucas 3,3). João, cujo nome significa "Deus é propício", veio à luz em idade avançada de seus pais (cf. Lucas 1,36). 

Primo de Jesus, foi o precursor do Messias. É João Baptista que aponta Jesus, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim, vem um homem que passou adiante de mim, porque existia antes de mim" (João 1,29ss.). De si mesmo deu este testemunho: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai os caminhos do Senhor ..." (João 1,22ss.).

São Lucas, no primeiro capítulo do seu Evangelho, narra a concepção, o nascimento e a pregação de João Baptista, marcando assim o advento do Reino de Deus no meio dos homens. A Igreja celebra-o desde os primeiros séculos do cristianismo. É o único santo cujo nascimento (24 de Junho) e martírio são evocados em duas solenidades pelo povo cristão. 

O seu nascimento é celebrado pelo povo com grande júbilo: cantos e danças folclóricas, fogueiras e quermesses fazem da sua festa uma das mais populares e queridas da nossa gente.

São João, rogai por nós.


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domingo, 23 de junho de 2024

Cardeal Ratzinger criticou duramente a Reforma Litúrgica

Mons. Klaus Gamber foi um liturgista bastante considerado na Igreja. Há 5 anos, o Vatican News publicou um texto a elogiar a obra desse autor, que tinha morrido 20 anos antes. 

Em 1983 escreveu um livro intitulado 'A Reforma da Liturgia Romana'. Nessa obra, Mons. Gamber examina a História do Rito Romano e o Reforma Litúrgica de 1970. Segundo o autor, o novo Missal não corresponde ao Rito Romano mas a um rito diferente, promulgado pelo Papa Paulo VI. O prefácio desse livro foi escrito pelo Cardeal Ratzinger, que nele disse:

«O que aconteceu depois do Concílio foi algo totalmente diferente: em vez da liturgia, como fruto do desenvolvimento, veio a liturgia fabricada. Abandonámos o processo orgânico e vivo de crescimento e desenvolvimento ao longo dos séculos e substituímo-lo - como acontece num processo de produção - por uma fabricação, um produto banal. 

Gamber, com a vigilância de um verdadeiro profeta e a coragem de uma verdadeira testemunha, opôs-se a esta falsificação e, infatigavelmente, ensinou-nos sobre a plenitude viva de uma verdadeira liturgia. 

O que é que este verdadeiro profeta tem a dizer sobre uma reforma que é, na realidade, uma revolução contínua? 

Os benefícios pastorais que tantos idealistas esperavam que a nova liturgia trouxesse não se materializaram. As nossas igrejas esvaziaram-se apesar da nova liturgia (ou por causa dela?), e os fiéis continuaram a afastar-se da Igreja em massa. 

No final, todos teremos que reconhecer que as novas formas litúrgicas, bem intencionadas que tenham sido no início no início, não forneceram ao povo pão, mas pedras.»

O livro pode ser lido em português aqui: A Reforma da Liturgia Romana



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Oração para afastar o maligno

Visitai, Senhor, esta morada
Afastai dela as emboscadas do inimigo
Habitem nela os vossos santos Anjos e nos guardem em paz
E a Vossa bênção esteja sempre connosco.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
Que vive e reina conVosco na unidade do Espírito Santo, Deus,
Pelos séculos dos séculos. 
Ámen



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sábado, 22 de junho de 2024

O futuro do Cardeal Parolin significa a morte da Liturgia Tradicional?

Um rumor pode esconder outro, mais preocupante. O Rorate Cæli faz eco de um que diz respeito a um novo documento que o Dicastério do Culto Divino estaria a preparar para banir definitivamente a missa tradicional (uma "solução final", nas palavras do blogue americano: RORATE CÆLI: URGENT - More and more rumours of a "final solution" for the traditional Latin Mass - TLM (rorate-caeli.blogspot.com). Tal desejo não deve faltar no círculo do Cardeal Roche. Mesmo assim, seria extremamente difícil de concretizar.

De qualquer modo, do ponto de vista francês, podemos confirmar que um alto funcionário tão representativo como o Núncio Apostólico em França está a fazer tudo o que está ao seu alcance para que a Traditionis custodes seja aplicada na íntegra. Mons. Celestino Migliore está a atiçar as chamas da liturgia anti-tradicional dos bispos franceses, insistindo em particular que a Missa tradicional deve ser tolerada o menos possível, e que os outros sacramentos, em particular baptismos, casamentos e confirmações, nunca devem ser dados na forma tradicional.

Um núncio apostólico é, por missão, um braço da Secretaria de Estado. Isto confirmaria, se fosse necessária uma confirmação, que o Cardeal Pietro Parolin, filho espiritual do Cardeal Silvestrini, que durante décadas foi o líder da Roma liberal, é um puro "progressista", um admirador da Ostpolitik do Cardeal Casaroli, que ele imitou e até ultrapassou nos seus acordos com a China. Progressista, mas com a aparência de um homem sensato (teve o cuidado de falar apenas da boca para fora com os suplicantes da Fiducia, permitindo a bênção de casais homossexuais). O seu nome continua a surgir entre os candidatos ao papado, como um homem da linha de Bergoglio, mas sério, ponderado e conhecedor.

Sem ter um gabinete sombra, o candidato a Secretário de Estado tem homens com quem pode contar quando chegar a altura. Se chegar a altura. O núncio Migliore, que vem do estábulo do cardeal Becciu, uma das figuras mais importantes do corpo diplomático da Santa Sé (foi observador permanente da Santa Sé junto do Conselho da Europa, secretário da Secção para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado, observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas, núncio na Polónia e, finalmente, na Rússia), é um desses homens. 

Depois de uma longa série de núncios ratzinguerianos, Felici, Antonetti, Tagliaferri, Baldelli e Ventura, que não deram em nada, Migliore foi enviado para França em 2020 para bergoglionizar o episcopado francês. A este respeito, a demissão de Michel Aupetit, seguida da nomeação de Laurent Ulrich para a sede de Paris, é um dos seus êxitos mais brilhantes.

Corre o boato de que o eficiente Celestino Migliore recebeu a promessa tácita de assumir o papel de Secretário de Estado de um Papa Parolin. Se for preciso... e na condição de conseguir erradicar o tradicionalismo em França, daí os seus esforços desmedidos junto da CEF e dos bispos, o que pouparia a um Parolin que viesse a ser papa de ter de lidar com esta espinhosa questão.

 É este zelo carreirista que está a provocar uma grande desordem entre os bispos de França, mesmo entre aqueles que estão convencidos dos méritos da Traditionis Custodes, mas que se apercebem de que tal empreendimento é impossível em França, a não ser que se lancem numa cruzada muito estranha ao zeitgeist e cujo sucesso seria muito incerto nestes tempos de diálogo e de igreja sinodal.

Mas, entretanto, o Núncio Migliore insiste, mesmo à porta fechada, que os fiéis tradicionais não são para levar a sério.

Vamos a isso!


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Martírio de S. Tomás Moro

S. Tomás era o chanceler do Reino, um dos homens mais poderosos de Inglaterra, quando o Rei Henrique VIII declara a sua desobediência ao Papa, depois deste ter negado o pedido de anulação do seu casamento legítimo para casar com Ana Bolena. Henrique VIII decide então criar a Igreja de Inglaterra (Anglicana), da qual era o chefe supremo, um acto cismático em relação à Igreja Católica. 

S. Tomás decidiu ser fiel a Deus e à verdade, opondo-se à decisão do Rei, sendo por isso preso e decapitado. Esta é a dramatização desse momento em que morreu mártir. 

Que S. Tomás, patrono dos governantes, interceda pelos nossos políticos, para que sejam fiéis a Deus e à verdade, sem medo de assumir as consequências dessa luta heróica.

Tradução e legendas: Raimundo Santos


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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Viena: Campanha de cartazes para o mês do Sagrado Coração de Jesus






A Sociedade Austríaca para a Protecção da Tradição, da Família e da Propriedade Privada (TFP) lançou uma campanha de cartazes para destacar Junho como o mês do Sagrado Coração de Jesus.

A ideia partiu de Ruby Galatolo, que ficou chocada com a propaganda homossexual num supermercado da Florida em junho de 2023. Ela iniciou uma campanha de cartazes que rapidamente se espalhou pelos EUA.

A TFP austríaca adoptou esta campanha, mostrando imagens do Sagrado Coração de Jesus nas três cidades de Viena, St Pölten e Linz. A frase do cartaz diz o seguinte: "O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus!

O Território Federal Austríaco do Tirol é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.

in gloria.tv


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São Luís Gonzaga, o santo da santa pureza

Luís Gonzaga foi um santo jesuíta que morreu aos 23 anos, com a mesma doença dos que ele caridosamente ajudava. Provinha duma das famílias mais nobres do Sacro Império Romano, mas deixou tudo para se entregar totalmente a Deus e ao serviço dos mais necessitados.

O seu confessor, Padre Fernando Paterno, testemunhou que nunca lhe encontrou um único pecado mortal. O segredo da sua pureza era a sua intensa vida de oração e as penitências que fazia por amor a Deus.

Vale a pena rezar esta oração a S. Luís para pedir a santa pureza:

Ó Luiz Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo.

Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e à sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado.

Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afectos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na Terra, mereça gozar a Deus convosco lá no Céu. Ámen.



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quinta-feira, 20 de junho de 2024

O problema da "bênção" de "casais" do mesmo sexo e as suas consequências para a doutrina e a vida da Igreja Católica

O documento Fiducia Supplicans, emitido pelo Dicastério para a Doutrina da Fé em 18 de Dezembro de 2023 e aprovado pelo Papa Francisco, relativo à possibilidade de conceder bênçãos "simples", "espontâneas", "breves" e "não litúrgicas" a casais que coabitam em adultério ou em relações do mesmo sexo, afecta profunda e negativamente a Igreja Católica no seu conjunto, bem como as comunidades católicas locais.  

1. O verdadeiro significado da bênção.

A autorização para "abençoar" uniões do mesmo sexo ou adúlteras não exprime um cuidado autenticamente "pastoral", porque tal "bênção" não é de facto uma "bênção" no verdadeiro sentido bíblico. A verdadeira bênção só pode ocorrer quando aqueles que a procuram estão dispostos a aceitar o ensinamento da Igreja relativamente àquilo para que procuram a bênção e estão dispostos a arrepender-se e a viver de acordo com o ensinamento da Igreja, se tal não for o caso. Aqueles que voluntariamente se afastaram dos mandamentos de Deus e levam uma vida que Lhe é desagradável, ofendem-No, estão conscientemente a rejeitar a Sua graça e não podem efetivamente receber a bênção de Deus sem primeiro se arrependerem do seu estilo de vida pecaminoso. 

A ordenação sacerdotal concede ao sacerdote poder espiritual e autoridade para dar bênçãos para fins moralmente lícitos que estão dentro do verdadeiro significado de "bênção" de acordo com o ensinamento perene da Igreja. Um padre não está autorizado a conceder bênçãos para além desse âmbito, pois isso seria uma ofensa a Deus, uma transgressão dos seus poderes, um abuso da sua autoridade e um mau uso da bênção, porque está a ser dada para outros fins que não aqueles para os quais a bênção se destina. Por exemplo, um padre não pode abençoar um professor de filosofia que declara que vai dar uma palestra aprovando o ateísmo, pois isso seria o mesmo que endossar as convicções ateístas desse filósofo. Se o fizesse, o padre seria cúmplice na defesa do ateísmo, que é um pecado grave, e a sua bênção seria ilícita, pois contradiria a lei natural e as verdades Divinamente reveladas. 

A bênção do sacerdote tem como efeitos a bênção dos objectos, a santificação dos fiéis e a invocação das graças de Deus sobre eles, e nestes contextos o termo "abençoado" é equivalente ao termo "santificado". Por esta razão, aqueles que recebem a bênção são chamados a viver em retidão. Portanto, fechar os olhos ao pecado da homossexualidade, ou seja, praticar actos homossexuais, e chegar ao ponto de abençoar uma pessoa que se identifica com o estilo de vida homossexual, equivale a abençoar a abominação. Nunca na história da Igreja foi dada aos padres a autoridade e o poder de abençoar estilos de vida pecaminosos, pois isso equivale a tolerá-los e encorajá-los! 

De um modo geral, a Igreja abençoa indivíduos e grupos (como a bênção dada pelo sacerdote no final de uma celebração litúrgica), mesmo que alguns dos presentes estejam em estado de pecado. No entanto, o dilema reside na "possibilidade de abençoar parceiros do mesmo sexo", designando especificamente como destinatários de uma bênção os casais cuja relação contínua contradiz diretamente as verdades divinamente reveladas. O documento Fiducia Supplicans diz que, neste caso, o padre deve omitir "investigar a sua situação", o que significa que não deve inquirir sobre a sua situação nem discuti-la com eles. Isto significa fechar os olhos a qualquer situação ou estado errado em que possam estar a viver. Ao mesmo tempo, esta injunção impede efetivamente o sacerdote de os chamar ao arrependimento. De facto, tal "bênção" não só é inútil, pois não produzirá nenhum bem para esses "casais", como, pelo contrário, produzirá o mal, levando-os a acreditar que não só a sua união e as suas expressões de "amor" homo-erótico não são pecaminosas, como são desejadas como boas por Deus.

2. A "bênção" de casais do mesmo sexo acarreta danos espirituais para os indivíduos.

Se as pessoas não tencionam levar uma vida moral de acordo com a Palavra de Deus, muito provavelmente não pedirão uma bênção. Tragicamente, no entanto, a Fiducia Supplicans levou "casais em situação irregular e casais do mesmo sexo" a pedir uma bênção, apesar da sua intenção de continuar com um estilo de vida objetivamente pecaminoso. Deste modo, este documento permite escandalosamente que os clérigos abençoem aqueles que levam abertamente uma vida de pecado e que podem cometer habitualmente pecados graves sem intenção de se arrependerem. Diz-se que os casais heterossexuais que vivem juntos sem contrair "matrimónio" têm o direito de receber uma bênção "simples", "espontânea" e "não litúrgica". Mais grave ainda é a bênção dada aos casais homossexuais, uma vez que o pecado da sodomia é mais grave do que o da fornicação. "Abençoar" um casal do mesmo sexo significa, lógica e implicitamente, abençoar o seu estilo de vida pecaminoso e, acima de tudo, a sua convicção de que é inerentemente bom e, portanto, moral e socialmente aceitável. E se tais uniões são lícitas, porque é que as relações "poliamorosas" não podem receber uma bênção "simples" e "espontânea"? De acordo com a lógica da Fiducia Supplicans, um padre também poderia abençoar licitamente um homem casado e a sua amante, um padre que vive em concubinato aberto, um membro de um gang assassino e impenitente, ou um ditador que mata à fome milhões de pessoas inocentes.

Invocar a graça de Deus para aqueles que vivem em estilos de vida flagrantemente pecaminosos, sem os chamar ao arrependimento, dessensibiliza tanto o clero como os leigos para a pecaminosidade dos actos homossexuais e para as relações pecaminosas em geral. Eventualmente, o pecado sexual deixará de ser visto como uma violação do mandamento de Deus "Não cometerás adultério", mas como uma realidade aceitável que deve ser abençoada em vez de condenada. 

Aqueles que defendem a licitude da Fiducia Supplicans têm afirmado que abençoar um casal do mesmo sexo significa abençoar os dois indivíduos separadamente e não a relação, mas como é que abençoar um casal do mesmo sexo não envolve abençoar a relação que une o casal? De facto, abençoar um homem e uma mulher que receberam o sacramento do matrimónio não significa apenas abençoar cada um dos cônjuges separadamente, mas também o seu vínculo sagrado. A Carta aos Hebreus diz: "O matrimónio seja honrado" (Heb 13,4). Isto confirma o que Deus estabeleceu e o que é reafirmado por Nosso Senhor Jesus. O sacramento do matrimónio une exclusivamente um homem e uma mulher para toda a vida e é a única instituição para um exercício moralmente lícito da sexualidade aceitável por Deus. 

3. A "bênção" de casais do mesmo sexo contradiz a missão da Igreja de chamar ao arrependimento.

Uma das principais missões da Igreja consiste em chamar os pecadores ao arrependimento: "Em Seu nome será proclamado o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações" (Lucas 24,46). E a primeira proclamação que Nosso Senhor Jesus faz é: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 4,17). A Igreja foi fundada e continua a existir, a crescer e a prosperar graças ao arrependimento dos pecadores, que os abre à graça santificante de Deus. É inútil que uma pessoa se converta ao catolicismo sem se arrepender e levar uma vida nova, virtuosa e casta em Cristo. A Igreja também chama constantemente ao arrependimento aqueles que são católicos praticantes, para que mantenham uma vida virtuosa. Negligenciar o apelo ao arrependimento causa grandes danos à Igreja e aos fiéis. 

Ao abençoar um casal homossexual, um clérigo negligencia o seu dever de chamar os homossexuais ao arrependimento, e mina o seu dever de chamar ao arrependimento, com o devido amor pastoral, não só os casais do mesmo sexo, mas todos aqueles que cometem pecados sexuais, e aqueles que vivem num estado de pecado sexual.  "Abençoar" o estado de pecado reforça as convicções morais erróneas dos pecadores, e deixa-os à vontade com o seu pecado, fazendo com que tenham menos probabilidades de se arrependerem. Por conseguinte, aqueles que apoiam tais bênçãos encorajam de facto os casais do mesmo sexo a prosseguir o seu estilo de vida pecaminoso, pelo qual Deus os condenará. Aqueles que autorizam a "bênção" de casais do mesmo sexo carregam o fardo e a responsabilidade pelo grave dano espiritual causado a essas pessoas. Por conseguinte, tais "bênçãos" enquadram-se na definição tradicional de escândalo, pois conduzem outros ao pecado.

A Declaração Fiducia Supplicans não é evidentemente um acto de autêntico cuidado pastoral, nem uma iniciativa de verdadeira caridade para com indivíduos que vivem em situações que contradizem as verdades Divinamente reveladas. O objectivo da pastoral é beneficiar as pessoas, ajudando os pecadores a arrependerem-se, consolando os aflitos, ajudando os doentes, etc. Mas nenhum benefício pode ser obtido com a "bênção" de casais do mesmo sexo; pelo contrário, há danos a vários níveis. As pessoas atraídas pelo mesmo sexo que recebem essa "bênção", bem como o padre que a confere, declaram tacitamente que a sua atividade homossexual é aceitável. Isto põe seriamente em perigo a sua salvação eterna.  Uma tal "bênção" seria como um selo que lhes seria dado pela Igreja - permitindo-lhes gabarem-se de terem recebido a "bênção da Igreja" - e constituiria um marco nas suas vidas! E não há nenhuma razão para que não possam ir a um padre mais do que uma vez para receber essa "bênção". Além disso, as pessoas atraídas pelo mesmo sexo que participam em "paradas gay", vestidas com trajes maricas e brandindo cartazes e slogans pró-gay, podem até entrar numa igreja católica, provavelmente com o acordo prévio do padre, colocar-se numa fila e pedir uma bênção "simples" e "espontânea".

Tudo isto serve de apoio significativo aos grupos e lobbies "LGBTQ" e ao seu "orgulho gay", e eleva os homossexuais praticantes ao nível de uma "comunidade" aceitável dentro da Igreja. Esta "bênção" também reforça as "comunidades LGBTQ" na falsa convicção de que o seu estilo de vida pecaminoso é bom, desencorajando-as assim de se arrependerem. Acima de tudo, ajuda-as a justificar os seus esforços militantes para obterem o "direito" de casar, adoptar crianças e normalizar a atividade homossexual. Desta forma, sociedades inteiras, e mesmo algumas comunidades da Igreja, tornar-se-ão promotoras de facto da ideologia "LGBTQ".

4. A "bênção" de "casais" do mesmo sexo é uma contradição entre a fé e a prática da Igreja.  

Quando os bispos declaram que a Igreja agora "abençoa" os "casais" do mesmo sexo, afirmam essencialmente que ela "abençoa" o pecado pelo qual Deus castigou Sodoma e Gomorra (cf. Gn 19, 1-29). Quando um clérigo "abençoa" pessoas como um casal do mesmo sexo, isso significa que ele não se opõe a que elas se comprometam com uma relação homossexual de longo prazo. Também declara de facto o seu consentimento à relação pecaminosa de quaisquer dois ou mais indivíduos, independentemente do tipo de desvio sexual que pratiquem.

O maior perigo potencial da decisão de "abençoar" casais do mesmo sexo é a possibilidade de outras repercussões. É inútil esclarecer que essa "bênção" é apenas "simples" e "espontânea" e que não afirma o vínculo entre as duas partes, assim como é inútil afirmar que ela não tem um significado litúrgico. Os não crentes e as pessoas de outras religiões não compreendem o significado de uma bênção católica e, por isso, presumem naturalmente que receber tal "bênção" significa contrair uma espécie de vínculo conjugal. Por isso, é inútil afirmar que a decisão de abençoar casais do mesmo sexo "não equivale ao sacramento do matrimónio". Tanto as consequências imediatas como as implicações ocultas de grande alcance desta decisão, que podem não ser claras à primeira vista, são significativas a nível religioso, moral, eclesiástico e social. Estes efeitos serão difíceis de remediar, e os danos causados por eles, que têm grandes probabilidades de se agravarem, serão igualmente muito difíceis de corrigir. 

Se dois leigos numa relação entre pessoas do mesmo sexo podem receber uma "bênção", então não há razão para que um padre homossexual com o seu parceiro sexual não a possa receber. Haveria assim indivíduos na Igreja Católica, tanto clérigos como leigos, que parecem ter o "direito" de viver permanentemente em pecado, enquanto a autoridade eclesiástica não só ignora como encoraja diretamente o seu estilo de vida pecaminoso. Estas "bênçãos" tornar-se-ão assim um meio de corrupção moral na comunidade dos fiéis, especialmente dos menores e dos jovens. Porque é que alguém se tornaria membro de uma Igreja que de facto promove e abençoa o pecado e a homossexualidade? 

5. A "bênção" dos casais do mesmo sexo e o abuso da palavra "discriminação".

A Fiducia Supplicans está a ser usada como uma arma contra os católicos fiéis - tanto o clero como os leigos - ao afirmar que estas "bênçãos" são uma iniciativa pastoral de amor e cuidado para com as pessoas atraídas pelo mesmo sexo, que sofrem de discriminação dentro da Igreja. Mas aqueles que fazem esta afirmação estão a confundir a linguagem. "Discriminação" é actualmente utilizada para significar um comportamento injusto ou pouco caridoso para com os outros e, neste sentido, todos os católicos concordam que a caridade, no sentido próprio da palavra, deve ser demonstrada a todos. Mas é preciso também distinguir e diferenciar entre o bem e o mal. Isto é certamente algo que não só as criaturas racionais fazem, mas que o próprio Deus certamente faz, pois Ele distingue ou discrimina entre as acções más e boas, condenando as primeiras e abençoando as segundas. Aqueles que acusam a Igreja de "discriminar" os homossexuais também condenam assim qualquer distinção entre a boa e a má conduta.

6. A "bênção" dos casais do mesmo sexo e a propaganda da ideologia de género.

A Fiducia Supplicans é também uma arma que os inimigos da Igreja e os grupos "LGBTQ" podem facilmente usar para corromper as sociedades e torná-las indulgentes em relação a estilos de vida pecaminosos. Podem facilmente usar este documento do Vaticano como um meio poderoso para exigir um estatuto legal para as uniões de pessoas do mesmo sexo na esfera civil e a aceitação deste estatuto no seio da Igreja Católica - apenas exacerbando a profunda divisão já existente no seio da Igreja. 

A Fiducia Supplicans cria uma situação em que os bispos e padres fiéis que servem em países onde a sodomia é agora legalmente permitida podem ser potencialmente proibidos de falar contra ela, e proibidos de convidar os homossexuais ao arrependimento, e em que os terapeutas podem ser proibidos de tratar aqueles que procuram a cura. Como é que os bispos e os padres poderão dizer que a doutrina da sua Igreja não lhes permite "abençoar" casais do mesmo sexo? De facto, ser-lhes-á dito que a sua Igreja autorizou tais "bênçãos" e que a sua recusa em concedê-las constitui um "comportamento hostil" contra os homossexuais, expondo-os assim a serem processados, expulsos e impedidos de servir como padres. 

7. A "bênção" de casais do mesmo sexo numa cerimónia semelhante a um casamento.

A Fiducia Supplicans afirma que a bênção deve ser "simples", "espontânea" e "não litúrgica". No entanto, os parceiros do mesmo sexo irão provavelmente marcar uma reunião com o padre para receber esta bênção "espontânea" e "não litúrgica" e poderão mesmo contrair um "casamento" entre pessoas do mesmo sexo num tribunal civil ou numa "igreja" não católica, imediatamente antes de a receber. Pode até acontecer que esta "bênção" seja acompanhada de um sermão. O que é que pode impedir isso, desde que a "bênção seja simples e espontânea"? O padre pode compor uma oração "não litúrgica" para "a bênção", que pode ser relativamente longa e incluir uma linguagem comovente e emocional que se assemelha à linguagem do "compromisso" usada no sacramento do matrimónio. Os termos "simples", "espontâneo" e "curto" estão abertos a uma grande variedade de interpretações. 

8. A "bênção" de casais do mesmo sexo e a aceitação de outras situações de pecado.

As autoridades civis, sobretudo nos países que legalizaram o "casamento entre pessoas do mesmo sexo", acolherão com naturalidade a decisão de certos clérigos da Igreja Católica de "abençoar" casais do mesmo sexo. E se esta prática se tornar comum na Igreja, será difícil pôr-lhe termo. Será a Fiducia Supplicans um prelúdio para o pedido de uma espécie de cerimónia de casamento para casais do mesmo sexo na Igreja Católica? A facilidade com que esta "bênção" se desenvolveu leva-nos a crer que há objectivos latentes de longo prazo e de grande alcance por detrás da sua emissão. 

Dada a reação positiva de muitos grupos eclesiásticos e seculares em relação à Fiducia Supplicans, o significado desta "simples" ou "curta" bênção pode facilmente ser expandido muito para além da sua intenção explícita inicial. De facto, como foi referido acima (n. 2), a Fiducia Supplicans abre a porta a uma infinidade de situações pecaminosas. Se um casal do mesmo sexo pode ser "abençoado", porque não dois menores atraídos pelo mesmo sexo que se aproximam de um padre para uma "bênção"? O que é que impede de "abençoar" um homem adulto homossexual que se apresenta a um padre com um menor? De acordo com a lógica da Fiducia Supplicans, o padre não pode recusar-se a "abençoá-los", uma vez que o documento não diz nada sobre a idade daqueles que procuram essa "bênção". Um inquérito do padre sobre a idade das partes poderia muito bem levar ao tipo de "análise moral exaustiva" que a Declaração proíbe. 

9. A "bênção" de casais do mesmo sexo e o abuso da obediência eclesiástica.

Outro efeito gravemente prejudicial da Fiducia Supplicans é que aqueles que não aprovam os casais do mesmo sexo no seio da Igreja Católica serão agora rotulados como desobedientes à autoridade da Igreja. No entanto, a verdade é que recusar "abençoar" casais do mesmo sexo não é um ato de desobediência à Igreja, mas apenas às autoridades da Igreja que abusam do poder que lhes foi dado por Deus. Recusar-se a dar tais "bênçãos" é, de facto, uma verdadeira obediência a Deus - que é mais digno de ser obedecido.

Os poderes seculares, os lobbies "LGBTQ" e as agendas anti-Igreja são, em última análise, a força motriz por detrás da emissão desta Declaração, cujo objetivo é lançar a semente da dúvida profunda no coração da Igreja. E irão certamente exercer uma pressão significativa para obrigar os católicos a aceitá-la e a promovê-la. Invocarão falsamente a obrigação de obedecer ao ensinamento da Igreja, e os sacerdotes e fiéis que criticarem a Fiducia Supplicans, e se recusarem a implementá-la, serão acusados de serem infiéis ao Papa. 

10. A "bênção" dos casais do mesmo sexo e a sua influência nas crianças e nos jovens.

Hoje em dia, os pais e educadores católicos são confrontados com dificuldades consideráveis para ensinar a sã moral católica, especialmente a moral sexual, uma vez que as crianças e os adolescentes são constantemente bombardeados por ideias "LGBTQ" através dos meios de comunicação social e, pior ainda, por muitas escolas católicas e mesmo pelo clero católico. Para além disso, Fiducia Supplicans transmite aos menores e aos adolescentes a mensagem de que a Igreja aceita e aprova os casais do mesmo sexo e as suas relações. Os educadores católicos e os professores de catecismo, enganados pela prática de "abençoar" casais do mesmo sexo, podem muito bem alterar o seu ensino sobre a verdadeira moral católica, ao ponto de justificar e propagar, direta ou indiretamente, o estilo de vida homossexual e os desvios sexuais em geral. 

Conclusão

A Fiducia Supplicans mina seriamente a fé e a moral católicas, transformando a Igreja Católica, pelo menos na prática, num ambiente acolhedor e nutritivo para homossexuais impenitentes e adúlteros que levam estilos de vida pecaminosos, em vez de chamar esses pecadores ao arrependimento. O profeta Isaías declara: "Ai de vós, que ao mal chamais bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas... porque rejeitaram a lei do Senhor dos Exércitos" (Is 5,20.24). Esta condenação refere-se especialmente aos pastores da Igreja que desencaminham o povo.

A Fiducia Supplicans não é nem autenticamente pastoral nem autenticamente magisterial, uma vez que mina a imutável verdade divina e o constante ensinamento do Magistério da Igreja relativamente à maldade intrínseca dos actos sexuais fora de um casamento válido, especificamente os actos homossexuais. Isto impede a capacidade da Igreja de refletir de forma convincente o verdadeiro rosto de Cristo ressuscitado e de irradiar a beleza da Sua verdade perante o mundo inteiro.

D. Athanasius Schneider in Crisis Magazine



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10 sugestões de Santo António para fazer penitência pelos pecados

O pecado é sempre uma recusa do Amor, é virar as costas a Deus porque se considera que uma criatura ou uma coisa material pode substituir o Seu lugar no nosso coração. Para compensar essas falta de amor, e fortalecer a vontade para amar mais, Santo António dá algumas ideias:

1. Renúncia da própria vontade;

2. Abstinência de comida e bebida;

3. Rigor do silêncio;

4. Vigílias de oração durante a noite;

5. Derramamento de lágrimas;

6. Dedicação de tempo à leitura;

7. Trabalho físico exigente;

8. Ajudar generosamente os outros;

9. Vestir-se com modéstia;

10. Desprezar a própria vaidade.

Santo António de Lisboa in Sermão do Domingo de Pentecostes, 1§7


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quarta-feira, 19 de junho de 2024

O Diabo só nos trata bem no início



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A última Missa Tradicional na Catedral de Melbourne...até ver





Foi hoje celebrada a última Missa Tradicional na Catedral de Melbourne (Austrália). O Bispo local, Mons. Peter Andrew Comensoli, foi obrigado a acabar com a Missa que tanta gente (nova) trazia à sua Catedral. Estavam 850 pessoas, sendo que foi uma Missa de semana.

A ordem para terminar com a celebração diária veio do Secretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Mons. Vittorio Viola, em nome do Prefeito, Cardeal Arthur Roche. Os Bispos têm cada vez menos poder nas próprias dioceses.


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terça-feira, 18 de junho de 2024

Padres jovens rejeitam o Sínodo Alemão

Os bispos alemães publicaram um documento de 308 páginas sobre os jovens padres. O estudo inquiriu 847 clérigos que foram ordenados entre 2010 e 2021 e 1668 homens que deixaram o seminário. Responderam 153 padres e 18 antigos candidatos. A idade média dos padres era de 37 anos. Mais de 97% nasceram e cresceram na Alemanha. Um pouco mais de metade tem dois ou mais irmãos.

Os resultados revelam que 75,7% dos padres consideram que uma reforma [real] seria conseguida através de uma maior atenção à liturgia e ao conteúdo da Fé Católica. Uma pequena minoria de padres (4,6%) afirma que "não é necessária qualquer reforma".

Apenas 25,7% dos padres continuam a acreditar que as mulheres devem ser ordenadas ao sacerdócio de forma inválida, e apenas 29,6% apoiam a traição à exigência de Cristo do celibato.

Numa conferência de imprensa, Matthias Sellmann, que realizou o inquérito, afirmou ser evidente que os jovens padres não apoiam as prioridades do Sínodo alemão. Descreveu a maioria dos jovens padres como "alienados das atitudes e dos valores [em falta] da sociedade moderna [= decadente]".

Um estudo semelhante realizado há seis meses nos Estados Unidos concluiu que a proporção de jovens sacerdotes norte-americanos que admitem seguir a ideologia dos oligarcas ("progressismo") diminuiu tanto que o fenómeno "praticamente desapareceu".

in gloria.tv



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Uma belíssima oração vinda do Oriente

Senhor e Mestre da minha vida, não me abandones ao espírito de preguiça, de desencorajamento de dominação e de vã tagarelice. (Prostramo-nos)

Concede-me a graça de um espírito de castidade, de humildade, de paciência e de caridade, a mim, Teu servo. (Prostramo-nos)

Sim, meu Senhor e meu Rei, que eu veja as minhas faltas e não condene o meu irmão. Tu, que és bendito pelos séculos dos séculos. Amen. 
(Prostramo-nos e, seguidamente, inclinamo-nos até ao chão e dizemos três vezes):

Ó Deus, tem piedade de mim, pecador.
Ó Deus, purifica-me que sou pecador.
Ó Deus, meu Criador, salva-me.
Perdoa-me os meus numerosos pecados!

Oração de Santo Efrém, o Sírio (+373)


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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Beata Teresa de Portugal

Foi Princesa de Portugal, Rainha de Leão e monja cisterciense. Foi um exemplo de docilidade, humildade, oração e serviço aos outros.

Nasceu em Coimbra (Portugal) a 4 de Outubro de 1176. Era a filha primogénita do rei D. Sancho I de Portugal e da sua mulher Dulce de Aragão. As suas duas irmãs chamavam-se Sancha e Mafalda. Foi educada na corte do pai, tanto nas disciplinas cortesãs como nos valores cristãos, por uma preceptora que era freira terciária, cujos ensinamentos a marcaram profundamente.

Aos 15 anos, casa-se com o seu primo Afonso IX, rei de Leão, onde passa a residir. Com apenas 5 anos de casados já tinha 3 filhos: Sancha, Fernando e Dulce. No entanto, o Papa Celestino III, em 1196, declarou nulo o seu casamento, pois ambos eram netos dos reis de Portugal, Afonso e Mafalda, e, por isso, existia entre eles um grau de consanguinidade e o casamento não tinha validade canónica. Mas foi reconhecida a legitimidade dos 3 filhos e a de Fernando como herdeiro da coroa de Leão, o que foi interrompido com a sua morte prematura em 1214, aos 22 anos.

Teresa aceita submissa e obedientemente a decisão papal e regressa a Portugal, mas continua a possuir alguns territórios no Reino de Leão, entre os quais um palácio em El Bierzo e uma renda atribuída por Afonso IX. Leva consigo a pequena Dulce nos braços, enquanto os dois filhos mais velhos ficam com o pai em Leão.

Ao chegar a Portugal, descobre que em Lorvão, perto de Coimbra, onde possuía propriedades, havia um mosteiro beneditino em risco de ruína, com poucos monges que levavam uma vida muito relaxada. Teresa despediu então os monges, restaurou e ampliou o mosteiro e trouxe freiras da Ordem de Cister para ocuparem o lugar dos monges. Participa activamente em muitas das actividades do mosteiro e, embora as pressões do seu pai está decidida a não casar. No entanto, ainda não se quer comprometer com os votos religiosos para poder sair e gerir livremente os seus bens.

Quando morre a sua irmã Sancha, fundadora do mosteiro de Celas, vai de noite, em segredo, buscar o corpo da irmã, que estava exposto no coro da igreja, para o enterrar no Lorvão. A última das suas aparições públicas foi dois ou três anos mais tarde, quando a viúva do recém-falecido Afonso IX lhe pediu que a ajudasse a pacificar as disputas entre os seus respectivos filhos sobre a sucessão ao trono de Leão. Graças a Teresa, chegaram a um acordo e a paz foi restabelecida na família.

De regresso a Portugal, decide professar como freira cisterciense no mosteiro de Lorvão. Aí morre a 18 de Junho de 1250, com 74 anos. Foi sepultada junto ao túmulo onde estava sepultada a sua irmã Sancha. Ambas foram beatificadas por Clemente XI a 20 de maio de 1705. Antes da reforma do martirológio, a festa das duas irmãs era celebrada em conjunto.

É muito venerada tanto em Portugal como em Leão, onde se tornou muito amada pelos leoneses, pois tinha fama de prudência e inteligência política, apesar do pouco tempo de reinado.

Francisca Abad Martín in 'Religíon Digital'


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Sete novos Sacerdotes para a FSSP na Europa













Mons. Wolfgang Haas, arcebispo emérito de Vaduz, ordenou sete sacerdotes para a Fraternidade Sacerdotal de São Pedro. A cerimónia teve lugar no Sábado, 15 de Junho, em Lindenberg, perto de Wigratzbad (Alemanha). Um dos novos sacerdotes é português. Três são alemães, um francês e um húngaro. Rezemos por eles.


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