sábado, 15 de fevereiro de 2025

Hoje é Sábado de Enterro do Aleluia

Aleluia (do hebr. = Louvai a Deus) é uma aclamação de júbilo, frequentemente usada nos salmos, e adoptada, desde os tempos primitivos do cristianismo, na Liturgia. No Rito romano é suprimido o Aleluia nos Ofícios pelos defuntos e desde a Septuagésima até ao Sábado Santo, o "Sábado de Aleluia".

Existem vários costumes relacionados com a supressão do Aleluia da Liturgia no Domingo da Septuagésima. Nos livros litúrgicos romanos, isso é feito da maneira mais simples possível: no final do Ofício das Vésperas do sábado anterior ao Domingo da Septuagésima, o “Alleluia” é acrescentado duas vezes ao final do “Benedicamus Domino” e “Deo gratias”, que são cantados em tom pascal, sendo substituído pelo Laus tibi Domine, rex aeternae gloriae, no início das horas canónicas. A palavra é então abandonada completamente na Liturgia até a Vigília Pascal.

Em alguns usos medievais, entretanto, o Aleluia foi acrescentado ao fim de cada antífona destas Vésperas. E nos tempos em que a participação do povo na Liturgia era mais intensa, fazia-se, em alguns países, o “enterro” do Aleluia com certa solenidade (antífona e oração próprias) ou até com cerimónias especiais, por exemplo, imitando um enterro cristão. Assim vários costumes, alguns formalmente incluídos na liturgia e outros não, cresceram em torno dessa despedida do Aleluia.

Um dos costumes mais populares é o enterro do Aleluia. Para isso, costuma-se proceder do seguinte modo:

1. Escreve-se a palavra “Alleluia” num grande pedaço de pergaminho e depois das Vésperas enterravam-no no adro da igreja, para que possa ser desenterrado novamente no Domingo de Páscoa.

2. Coloca-se o pergaminho “Alleluia” numa caixa (caixão). Caso contrário, nalgum plástico para garantir que não se estrague.

3. Enterra-se o caixão do Alleluia no chão.

E pode ainda acrescentar-se uma cruz de madeira sobre o túmulo de Aleluia e escreve-se: “Aqui jaz o Alleluia”. Desenterra-se o Aleluia no Domingo de Páscoa!

O enterro é feito com uma procissão da igreja até ao seu adro, onde é feito o enterro. O espírito de tal cerimónia é realmente o de despedida. Quem reza o Breviário vai à Missa Tradicional percebe e sente a falta dessa manifestação de alegria e júbilo na Liturgia, pois a supressão do Aleluia marca o início de várias outras supressões e mudanças na Liturgia até o Tríduo Pascal.







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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

A Irmã Lúcia e o Cônsul português em Espanha

20 anos da morte da Irmã Lúcia, a mais velha dos pastorinhos. Vale a pena conhecer este episódio da sua vida - A Irmã Lúcia e o Cônsul português em Espanha

O contexto é: 1945, a Irmã Lúcia ainda era irmã doroteia em Tuy. É sobre um cônsul português em Espanha que, contrariado, acompanha a Embaixatriz Brasileira, numa visita ao convento. Durante esta visita foi mudando de opinião e passado alguns dias volta com a mulher.

Passaram toda a tarde sentados, à sombra, no jardim. O Senhor Cônsul contou à Irmã Lúcia, em síntese, o percurso da sua vida. De ideias comunistas e depois de ter exercido a diplomacia por vários países, onde essas ideias se tinham tornado mais arraigadas, tinha sido enviado para a Espanha, onde não se encontrava muito a seu gosto. Lúcia descreve-nos o tema da conversa:

- Exercendo a sua carreira, percorreu várias Nações; para esclarecer as suas ideias comunistas, fez algumas viagens à Rússia, e agora, dizia lamentando-se: «tive a infelicidade de ser enviado para uma nação onde o comunismo não é compreendido», e continuava lamentando a situação dos pobres, sujeitos a ser criados dos ricos, sem possibilidades para se elevar na sociedade igualando-se, etc. Depois de ter ouvido, interrompi e perguntei:

- Está o Sr. Cônsul disposto a distribuir todos os seus bens pelos pobres para que se elevem e se lhe igualem?

Depois de um momento de silêncio respondeu:

- Irmã, não é bem isso.

- Não é bem isso? Porque então acabámos nós de assistir em Espanha à morte violenta de tantos capitalistas, dizendo que era para distribuírem esses bens pelos pobres e nunca em Espanha se viu tanta miséria! Onde estão esses capitais?

- Vejo que a Irmã é uma adversária!

- Sim , Sr. Cônsul e não vale a pena discutir.

Aproveitando o momento, sem perder tempo, sempre com os olhos fitos no bem de quem dela se aproximava, perguntou ao Sr. Cônsul se tinha fé. Ele confessou não a ter perdido de todo, mas que já tinha esquecido tudo o que aprendera para a Primeira Comunhão. Por ser de Braga tinha muito devoção a Nossa Senhora do Sameiro – era a sua Madrinha.

Com a permissão da Superiora, a Irmã Dores foi buscar um catecismo que ofereceu ao seu ilustre visitante, pedindo que recordasse o Pai Nosso e a Avé Maria, enquanto ela faria dois terços, para ele e a esposa poderem rezar, e pediu a promessa de o fazerem. Então ouviu com surpresa que, às vezes, escutavam a transmissão das cerimónias de Fátima, e ele confessou que se comovia, ao ouvir aquela multidão a rezar.

Passados uns cinco meses do primeiro encontro, tiveram uma grande surpresa. Deixemos que a Pastorinha nos diga essa grande alegria. Foi no dia 8 de Abril de 1946.

Indo neste dia ao Consulado, por motivo de certa documentação, como de costume o Sr. Cônsul recebe-nos com singular satisfação e conduz-nos à sala de trabalho, aí disse:

- Sabe Irmã, estamos resolvidos a confessar-nos e a comungar, mas com a condição que a Irmã nos arranje um confessor português.

- Isso não é nada difícil. Aqui mesmo em Carvalhinho está um sacerdote português que costuma vir a Tuy com certa frequência. É franciscano, Fr. Luís, vou ver se ele poderá para o próximo dia 13, aniversário do seu casamento, não acha que seria uma linda maneira de festejar esse dia?

- Ó! E como foi a Irmã lembrar-se dessa data?

E notei que se comovia.

De volta a casa, contactou o Sacerdote que se disponibilizou não só a confessar o casal, mas a fazer-lhes uma boa preparação, durante três dias para recomeçarem a sua vida cristã. E no dia 13 de manhã, a Irmã Dores teve a consolação de os ver à Mesa da Comunhão, depois de se terem confessado na capela da casa de Tuy. Que alegria para o seu coração poder ajudar a reencaminhar estas almas a Deus!

in 'Um caminho sob o olhar de Maria', cap. 14, p.288


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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Há 12 anos estas palavras chocaram o mundo: A renúncia do Papa Bento XVI

Caríssimos Irmãos,

convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. 

Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. 

Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.


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sábado, 8 de fevereiro de 2025

Breves tópicos sobre Direcção Espiritual

Será necessária a Direcção Espiritual para alcançar a Santidade?

1. É verdade que muitos Santos tiraram dela grande proveito, mas também é verdade que houve muitos outros Santos que dela prescindiram ou não a conheceram. Pelo que este tipo de assistência apesar de poder ser altamente recomendável para muitos, para outros poderá não sê-lo. Nos dias de hoje, é, isso sim, imprescindível, exceptuando casos excepcionais, a Confissão Sacramental periódica, tanto quanto possível recorrendo a um confessor habitual.
 
2. O Director Espiritual, mesmo quando não é confessor, uma vez que trata do foro interno, não pode fazer qualquer uso, directo ou indirecto, do conhecimento que adquiriu sobre a pessoa. Por exemplo não poderá pronunciar-se sobre aqueles que atende, seja nos Seminários seja na vida Religiosa seja mesmo na vida laical. É certo que não está sujeito à pena de excomunhão caso infrinja essa obrigação, mas está sujeito à culpa do pecado. Tanto o confessor como o director espiritual têem o dever de não se pronunciar sobre os seus ‘dirigidos’.
 
3. O ‘dirigido’ não está sujeito a qualquer tipo de obediência ao seu director. Por outras palavras, o director pode aconselhar, dar orientações, sugestões, mas não pode exigir obediência. Nem pode, muito menos, tomar decisões substituindo-se ao ‘dirigido’, abusando assim do seu papel.
 
4. A direcção Espiritual existe para acompanhar o que o Espírito Santo está operando no ‘dirigido’ ajudando-o a discernir o melhor caminho para se unir cada vez mais ao Amor de Deus - O Tratado do Amor de Deus de S. Francisco de Sales deveria ser de leitura obrigatória para todos os Sacerdotes que atendem as almas (e já agora, também a sua Introdução à Vida Devota).
 
Como coadjuvante, uma obra de grande Caridade que consiste em ajudar o ‘dirigido’ a descobrir os pecados de que o próprio não tem consciência, e discernir as raízes desses e de outros para poder superá-los. É verdade que, pelo menos em parte, amigos, familiares ou outras pessoas com quem se vive poderão, e muitas vezes o fazem, auxiliá-lo, por pura caridade, ao mesmo. Mas habitualmente isso é mal recebido porque é interpretado como uma agressão, uma depreciação ou mesmo um aviltamento...
 
5. Muito mais haveria a dizer, mas como estou tratando somente de alguns aspectos e em tópicos, fico por aqui.

Padre Nuno Serras Pereira


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São João da Mata, libertador dos cristãos prisioneiros dos Mouros

São João da Mata nasceu na Provence (França), a 23 de Junho de 1160, de nobre família. As armas da casa de Mata, representavam um cativo carregado de correntes com estas palavras como divisa: ‘Senhor, livrai-me destas correntes’.

Enquanto a sua mãe aguardava o seu nascimento, um dia em que se recomendava particularmente à Santíssima Virgem, Nossa Senhora apareceu-lhe dizendo: ‘Não temas, tu darás ao mundo um filho que será santo e o redentor dos escravos cristãos. Será pai de um grande número de filhos que cumprirão o mesmo ministério para a salvação das almas’.

Os seus pais educaram-no no amor de Deus e da Virgem, e desde cedo o menino correspondeu aos seus cuidados. Fez os estudos na Universidade de Aix e ao voltar para casa decidiu retirar-se para o deserto, escolhendo a região de Beaune, onde Santa Madalena vivera em penitência. O demónio assaltou-o rudemente, mas foi vencido por uma coragem semelhante a de Santo Antão e de outros solitários.

Após um ano de solidão, Nosso Senhor recomendou-lhe que fosse acabar os seus estudos porque queria servir-Se dele. João foi para a Universidade de Paris cursar teologia. Um dia em que rezava ante um crucifixo no convento de São Vítor, ouviu uma voz que lhe disse por três vezes: ‘Procura a sabedoria, ó Meu filho, e alegra o Meu coração’. Ele voltou aos estudos com novo vigor e tornou-se tão versado, que os mestres da universidade lhe ofereceram o chapéu de doutor. Ele ao princípio recusou. Mas São Pedro apareceu ordenando-lhe que o aceitasse em nome do Senhor. Enquanto lecionava teologia, S. João da Mata foi ordenado sacerdote.

Quando o Bispo lhe impôs as mãos dizendo: ‘Aceita o Espírito Santo’, uma bola de fogo apareceu sobre a sua cabeça. No dia da sua primeira Missa, no momento da Elevação, a assistência admirada viu surgir sobre o altar um Anjo vestido de branco, trazendo no peito uma cruz vermelha. Ele estendia as suas mãos cruzadas sobre dois cativos dos quais um era cristão e o outro mouro. São João explicou então que Deus o chamara a fundar uma Ordem para a redenção dos cativos. Para isto, então, dirigiu-se ao Papa Celestino III.

Nesse tempo, São Domingos de Gusmão estudava em Palência. Um dia, uma pobre mulher veio pedir-lhe uma esmola para ajudá-la a resgatar um dos seus irmãos que era escravo dos mouros. O santo, que nada tinha para dar, ofereceu-se ele mesmo. E como a mulher não quisesse vendê-lo, São Domingos lançou-se aos pés de um crucifixo implorando a Deus que viesse em socorro do cativo e dos outros escravos cristãos. Então, o Crucifixo respondeu-lhe em alta voz: ‘Meu filho, não é a ti que quero encarregar desta obra, mas a João, doutor em Paris. Eu reservo-te outro ministério, que exercerás entre os cristãos’.

Mais tarde São João e São Domingos encontraram-se em França, quando aí estabeleceram as suas ordens. São João partira de Roma. Em Focon, encontrou São Felix de Valois, que a ele se associou para a consagração dos seus desígnios.

No dia da Purificação da Virgem, 2 de Fevereiro de 1198, Inocêncio III em pessoa deu-lhes o hábito da nova ordem. Ao vesti-los, disse-lhes que as três cores que o compunham eram o símbolo da Santíssima Trindade. O branco representando o Pai; o azul, o Filho; e o vermelho, o Espírito Santo. E acrescentou as palavras: ‘Haec est ordo aprobata, non a sanctis fabricata, sed a Deus solo - Esta é uma Ordem aprovada, feita não por santos, mas exclusivamente por Deus’.

Os dois santos retiraram-se para França onde fundaram o mosteiro de Cerfroid e entregaram-se ao seu trabalho. As suas lutas foram inenarráveis, sendo acompanhadas de numerosos milagres. É conhecido aquele em que os mouros de Túnis retiraram as velas do navio que levaria São João a Roma. Este fez do seu manto uma vela; o barco foi conduzido em seis horas às costas da Itália.

Fundou ainda este santo numerosos conventos e pregou a Cruzada contra os albigenses.

Tendo Inocêncio III convocado um concílio em Latrão, o rei Filipe Augusto escolheu São João da Mata para seu teólogo. Mas Deus já o queria no Céu, pois o santo caiu doente, vindo a falecer a 17 de dezembro de 1213. Foi canonizado por Urbano IV em 1262.

Texto extraído de uma biografia de Darras, da 'Vida dos Santos'


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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Oração de abandono a Jesus

Dulcíssimo Jesus, eu queria amar-Vos de todo o coração. 
Tenho muita pena de Vos ter ofendido.

Para suprir as minhas faltas de amor, eu Vos ofereço o amor de S. Pedro, S. Paulo, S. João, Maria Madalena e de todos os Vossos Apóstolos e Santos.
Sobretudo, ofereço-Vos o amor de Maria Santíssima e de S. José.
Em nome de todos estes Santos peço-Vos, oh meu Jesus, o Vosso Divino Amor e a Vossa Poderosa Protecção em tudo.

Quereis entrar em todas as casas, pois querei entrar nesta minha pobre casa também e ficar comigo para sempre.
Recebo-Vos com aquele amor com que Vos recebeu Zaqueu, com a mesma alegria de Marta e Maria Madalena, com a mesma imensa ternura com que Vossa Mãe Maria Santíssima Vos recebia ao entrardes na casa de Nazaré.
Dai-me as mesmas graças que lhes destes a eles.

Concedei-me acima de tudo a graça duma feliz e santa morte.
Vinde pois, Amabilíssimo Jesus, ficai comigo, abençoai-me e protegei-me contra todos os males, perigos e tentações.

Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiança em Vós, confiança para tudo, confiança para sempre.



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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Bispo Strickland publicou uma carta em defesa do Rito Tradicional

A Missa Tradicional há muito tempo que é considerada o pináculo da reverência e uma expressão profunda da tradição sagrada da Igreja. Ao publicar a 'Traditionis Custodes', que limitou o acesso à Missa Tradicional, o Papa Francisco afastou aqueles fiéis que encontram um alimento espiritual mais profundo nesta forma de culto. 

E procurou diminuir o rico património litúrgico da Igreja que promove a reverência e a continuidade com as gerações passadas. 



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Os Evangelhos são os textos mais fiáveis da Antiguidade

Entre as obras antigas, por ex. a Eneida de Virgílio, escrita pelo poeta Virgílio no séc. I antes de Cristo, a cópia mais antiga que possuímos é do séc. IX, depois de Cristo, ou seja 900 anos depois de ter sido escrito o texto original. 

Dos textos de Platão, filósofo grego que viveu entre os séculos V e IV, antes de Cristo, possuímos apenas cópias medievais, dos séculos X e XI, depois de Cristo. Portanto, cerca de 1400 anos depois de ter sido escrito o texto original.

Dos Evangelhos existem mais de 50 códices dos séculos III, IV e V, leccionários do séc.VIII e uma grande colecção de códices medievais. No total são cerca de 5000 cópias.

Podemos concluir que as cópias que possuímos dos Evangelhos se encontram bastante perto dos textos originais. Isto tanto pela proximidade cronológica como pela quantidade de cópias que existem.



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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Cortesia e humildade

A cortesia não se destaca das outras virtudes; antes pelo contrário, é uma qualidade que se encontra em todas elas. Tem algo que ver com reverência, humildade e castidade. 

É moldada pela caridade, o molde de todas as virtudes, para a qualidade da misericórdia. É a beleza de uma vida de valor e generosa.

A cortesia é, acima de tudo, reverência para com o seu semelhante.

Num cavalheiro cristão, é o hábito tornado possível pela fé e pela caridade, um olhar que vê em todo o homem, grande ou pequeno, a brilhante imagem da Trindade, um irmão pelo qual morreu Cristo.

O indivíduo cortês tem uma atitude de “adoração” para com o seu semelhante: por pequenas atitudes de gentileza, ele realça a sua importância, a sua dignidade, como pessoa humana.

No rito do casamento - “eu te amo com o meu corpo” - rende-se cortesia à esposa no próprio acto da consumação do amor pelo matrimónio. O cavalheirismo e o decorrente respeito são a própria essência do amor do noivo.

A cortesia está intimamente ligada à humildade.

G. K. Chesterton in 'Laughter and Humility'


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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Guerra Civil Espanhola: o que os Comunistas fizeram aos Católicos foi um Genocídio

Os massacres de sacerdotes católicos de 1936 a 1939 foram um plano estratégico para desmantelar a Igreja Católica, que eles viam como um inimigo a ser destruído, escreve o padre Jorge López Teulón (em Religion E Libertad). A decapitação da elite inimiga, por exemplo, foi uma das razões para o massacre de Katyn, perpetrado pelos Soviéticos em 1940.

A existência de uma estratégia para eliminar fisicamente um grupo social está em consonância com a definição do crime de genocídio no Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, cujo Artigo 6.º define como tal "os seguintes actos praticados com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal", citando em particular o assassinato de membros do grupo.

Dos 292 sacerdotes assassinados da Arquidiocese de Toledo (48% do total do clero diocesano), apenas cerca de 20 estavam envolvidos no campo social e político. A maioria dos sacerdotes assassinados eram párocos da população rural.

Outro exemplo é o dos 51 mártires Claretianos de Barbastro, beatificados em 1992. Eram membros de um seminário que, em 20 de Julho de 1936, era composto por 9 sacerdotes, 39 seminaristas e 12 irmãos missionários. Um total de 60 membros. Cinquenta e um deles foram assassinados: os 9 formadores sacerdotais, 37 estudantes de teologia e 5 irmãos.

7 dos frades sobreviveram porque estavam fora de casa, e dois estudantes foram libertados por serem argentinos. A grande maioria eram jovens entre os 21 e os 25 anos.

Estes são os seus nomes e idades (no dia em que foram assassinados):

2 de Agosto de 1936

Padre Felipe de Jesus Munárriz Azcona (61 anos)
Padre Juan Díaz Nosti (56 anos)
Padre Leoncio Pérez Ramos (60 anos)

12 de Agosto de 1936

Padre Sebastián Calvo Martínez (33 anos)
Padre Pedro Cunill Padrós (33 anos)
Padre José Pavón Bueno (35 anos)
Padre Nicasio Sierra Ucar (45 anos)
Seminarista Wenceslao Claris Vilaregut (29 anos)
Irmão Gregorio Chirivás Lacambra (56 anos)

13 de Agosto de 1936

Padre Secundino Ortega García (24 anos)
Seminarista Javier L. Bandrés Jiménez (23 anos)
Seminarista José Brengaret Pujol (23 anos)
Seminarista Antolín Calvo y Calvo (23 anos)
Seminarista Tomás Capdevila Miró (22 anos)
Seminarista Esteban Casadevall Puig (23 anos)
Seminarista Eusebio Codina Millas (21 anos)
Seminarista Juan Codinachs Tuneu (23 anos)
Seminarista Antonio Dalmau Rosich (23 anos)
Seminarista Juan Echarri Vique (23 anos)
Seminarista Pedro García Bernal (25 anos)
Seminarista Hilario Llorente Martín (25 anos)
Seminarista Ramón Novich Rabionet (23 anos)
Seminarista José Mª Ormo Seró (22 anos)
Seminarista Salvador Pigem Serra (23 anos)
Seminarista Teodoro Ruiz de Larrinaga García (23 anos)
Seminarista Juan Sánchez Munárriz (23 anos)
Seminarista Manuel Torras Sais (21 anos)
Irmão Manuel Buil Lalueza (21 anos)
Irmão Alfonso Miquel Garriga (22 anos)

15 de Agosto de 1936

Seminarista José Amorós Hernández (23 anos)
Seminarista José Mª Badía Mateu (23 anos)
Seminarista Juan Baixeras Berenguer (22 anos)
Seminarista José Blasco Juan (24 anos)
Seminarista Rafael Briega Morales (23 anos)
Irmão Francisco Castán Meseguer (25 anos)
Seminarista Luis Escalé Binefa (23 anos)
Seminarista José Figuero Beltrán (25 anos)
Seminarista Ramón Illa Salvía (22 anos)
Seminarista Luis Lladó Teixidor (24 anos)
Irmão Flaviano Manuel Martínez Jarauta (23 anos)
Seminarista Luis Masferrer Vila (24 anos)
Seminarista Miguel Masip González (23 anos)
Seminarista Faustino Pérez García (25 anos)
Seminarista Sebastián Riera Coromina (22 anos)
Seminarista Eduardo Ripoll Diego (24 anos)
Seminarista José Ros Florensa (21 anos)
Seminarista Francisco Roura Farró (23 anos)
Seminarista Alfonso Sorribes Teixidor (23 anos)
Seminarista Agustín Viela Ezcurdia (22 anos)

18 de Agosto de 1936

Seminarista José Falgarona Vilanova (24 anos)
Seminarista Atanasio Viadaurreta Labra (25 anos)

Desde 1931, os sacerdotes e religiosos na "Segunda República Espanhola" estavam incertos quanto ao seu futuro. A hostilidade e o assédio eram constantes. Os Claretianos de Barbastro estavam muito conscientes de que poderiam tornar-se mártires, e prepararam-se para o martírio.

in gloria.tv


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Santo André Corsini, Bispo e Confessor

Santo André nasceu no século XIV, no seio de uma família muito conhecida em Florença: a família Corsini. Nasceu no ano de 1302. Os seus pais, Nicolau e Peregrina, não podiam ter filhos, mas não desistiam, rezavam constantemente por essa intenção, até que receberam essa graça e tiveram um filho, a quem chamaram André.

Os pais fizeram de tudo para o formar bem. Com apenas 15 anos dava tanto trabalho e decepções aos seus pais que a sua mãe chegou a desabafar: “Filho, és de facto aquele lobo que apareceu no meu sonho”. André ficou assustado, não imaginava o quanto os caminhos errados e a vida de pecado que levava, ainda tão novo, decepcionava e feria a sua mãe. Mas a mãe contou-lhe o resto do sonho: “Este lobo entrava numa igreja e transformou-se em cordeiro”.  

André guardou aquilo no coração e, sem a mãe saber, no dia seguinte, entrou numa igreja. Aos pés de uma imagem de Nossa Senhora rezou, rezou, e a graça aconteceu. Ele voltou aos seus valores, começou um caminho de conversão e comunicou ao provincial carmelita que queria entrar para a vida religiosa. Não se sabe, ao certo, se foi imediatamente ou se fez um caminho vocacional, mas entrou para a vida religiosa na obediência às regras, na vida de oração e penitência. Ele foi crescendo nessa liberdade, que é dom de Deus para o ser humano.

Santo André pôs-se ao serviço dos doentes, dos pobres, nos trabalhos tão simples como os da cozinha. Também saía a mendigar para as necessidades da sua comunidade. Passou por muitas humilhações, mas sempre por amor a Cristo.

Foi ordenando sacerdote padre e continuou dando testemunho de Cristo até que foi escolhido para Bispo de Fiesole (cerca de Florença). De início não aceitou e fugiu para a Cartuxa de Florença, ficando lá escondido; ao ponto de as pessoas não saberem onde ele estava e ter sido escolhido um outro para Bispo, por necessidade. 

Mas um Anjo, com feições de criança, apareceu no meio do povo indicando onde estava o santo escondido. Apareceu também uma criança a André que lhe disse que não devia temer, porque Deus estava com ele, e a Virgem Maria estaria presente em todos os momentos.  

Foi com essa confiança no amor de Deus que ele assumiu o episcopado, e foi um santo Bispo. Até que, no dia de Natal em 1373, Nossa Senhora lhe apareceu avisando-o que o seu falecimento estava próximo. No dia da Epifania do Senhor chegou para ao Céu.

Santo André Corsini, rogai por nós!

in Pale Ideas


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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Faça chuva ou faça sol: confissão!





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São Brás: Hoje é dia da Bênção da Garganta

São Brás nasceu em Sebaste, cidade da Arménia, no fim do século III. Era médico, mas abandonou tudo para se dedicar inteiramente ao serviço de Deus, numa vida solitária e penitente.

Segundo a tradição, vivia na gruta do Monte Argeu, rodeado de animais selvagens, mas obedientes às suas ordens. E a ele recorriam numerosas pessoas, buscando alento para as suas aflições. Foi aclamado pelo povo como bispo de Sebaste e sofreu o martírio durante a perseguição de Licínio, em 323, pelas mãos de Agrícola, governador da Capadócia.

Um dia recorreu a ele uma mãe pedindo-lhe que auxiliasse o seu filho que estava a morrer sufocado por causa de uma espinha de peixe que se havia atravessado na sua garganta. O santo curou-o fazendo o sinal da cruz. Estando São Brás mais tarde preso, a mesma mulher trouxe-lhe alimentos e velas. Daí vem à tradição de se aplicar duas velas, enquanto se invoca o santo, aos que sofrem da garganta.

Oração a São Brás

Ó glorioso São Brás, que restituístes com uma breve oração a perfeita saúde a um menino que, por uma espinha de peixe atravessada na garganta, estava prestes a expirar, obtende para nós todos a graça de experimentarmos a eficácia do vosso patrocínio em todos os males da garganta. Conservai a nossa garganta sã e perfeita para que possamos falar correctamente e assim proclamar e cantar os louvores de Deus. Ámen

Bênção de São Brás

Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livre-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen.


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domingo, 2 de fevereiro de 2025

Família de D. Athanasius ficou chocada ao ouvir falar de comunhão na mão

Quando, em 1973, a minha família deixou a União Soviética e nós dissemos adeus ao Pe. Janis Pawlowski, ele deu-nos esta advertência: "Quando forem para a Alemanha, por favor não vão às igrejas onde a Sagrada Comunhão é dada na mão." Quando ouvimos estas palavras, todos nós tivemos um choque profundo. Não poderiamos imaginar que este Sacramento Divino e Santíssimo poderia ser recebido de uma forma tão banal. 

Hoje em dia, uma parte considerável dos que recebem a Santa Comunhão habitualmente na mão, especialmente a geração mais jovem que não conheceu a maneira de receber a Comunhão ajoelhado e na língua, já não tem a fé católica plena na real Presença, porque tratam a Hóstia consagrada quase da mesma forma exterior como tomam alimentação normal. O gesto exterior minimalista tem uma ligação causal com o enfraquecimento, ou mesmo a perda, da fé na Presença Real de Jesus Cristo na Hóstia consagrada.

D. Athanasius Schneider em entrevista a 'Adelante la Fe'


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sábado, 1 de fevereiro de 2025

Um Santo muito ignorado, mesmo desdenhado por Católicos

S. Junípero, um dos primeiros companheiros de S. Francisco de Assis, cuja liturgia é (ou devia ser) celebrada a 29 de Janeiro, é um Santo, na prática, ignorado nas pregações, nas homilias, nas meditações, nos textos franciscanos inclusive. Parece que todos se envergonham dele, tendo-o por um pateta alegre, que melhor estaria internado numa casa de saúde mental.

Infelizmente, assim se perdem motivos de muita alegria e ensinamentos, que bem e correctamente meditados, muito enriqueceriam não só os Cristãos mas a todas as pessoas de Boa-vontade.

Naquele tempo, um Senhor feudal teve notícia de um assassino, que não só queria matá-lo, mas também incendiar o seu castelo. Ora sucedeu que andando Frei Junípero coberto de farrapos, com uma sovela, pelos campos pertencentes ao dito Senhor foi interpelado por um grupo de soldados que lhe perguntaram quem era, ao que vinha - se era traidor, se queria matar o Castelão. Frei Junípero retorquiu que era um grande pecador, um traidor e que se Deus permitisse era capaz de fazer todas essas e muito piores. Concluindo que era culpado lançaram-no ao calabouço, condenaram-no, torturaram-no e condenaram-no à forca. 

Felizmente, alguém preocupado com a salvação da alma daquele condenado à morte dirigiu-se ao convento franciscano daquelas partes pedindo ao Guardião que fosse confessar aquela alma. Quando este deparou com o condenado verificou imediatamente que era S. Frei Junípero, pelo que o deu a conhecer imediatamente aos guardas e em seguida ao tirano. Conhecendo todos a fama de Santidade de Frei Junípero, logo se arrependeram e o libertaram.

Creio que é indiscutível reconhecer que S. Junípero é protótipo do anti-fariseu, daquele que se gabava diante de Deus desprezando o publicano.

Há muitos anos - não obstante as críticas severas e implacáveis que faço às ideologias da morte, de género e de mais outras coisas abomináveis -, que tenho a consciência perfeita de que se não fosse a Graça de Deus era capaz de alinhar em todas essas coisas execrandas e em outras muito piores. Muitos daqueles com quem tenho combatido ao longo destes anos poderão testemunhar isso mesmo.

S. Junípero, rogai por nós.

Padre Nuno Serras Pereira


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Os 7 Domingos em honra de São José

Os 7 Domingos em honra de São José são uma tradição do séc. XVI que consiste numa especial devoção ao Patrono da Igreja, nos 7 Domingos que antecedem a sua Festa (dia 19 de Março). O primeiro desses Domingos é amanhã, dia 2 de Fevereiro. O último será no Domingo dia 16 de Março.

Oração:

Pois sois santo sem igual e de Deus o mais honrado:

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.
Antes que tivésseis nascido, já fostes santificado, e ao eterno destinado para ser favorecido: nascestes de linhagem e sangue real.

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.
Vossa vida foi tão pura que, depois de Maria, o mundo não viu mais santa criatura; e assim foi a vossa ventura entre todos sem igual.

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.
Vossa santidade declara aquele caso soberano, quando em vossa santa mão floresceu a seca vara; e para que ninguém duvidasse, fez o Céu esse sinal.

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.
À vista desse milagre, todos vos respeitavam e felicitavam com alegria e contentamento pelo casamento com a Rainha Celestial.

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.
Com júbilo recebestes a Maria por esposa, Virgem pura, santa, com a qual feliz vivestes, e por Ela conseguistes dons e luz celestial.

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.
Ofício de carpinteiro exercitastes em vida, para ganhar a comida a Jesus, Deus verdadeiro, e para a vossa Esposa, luzeiro, companheira virginal.

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.
A vós e Deus deram-se mutuamente com terno amor: Vós lhe destes o suor, e Ele vos deu a vida imortal.

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.
Vós fostes a concha fina onde se conservou inteira a pureza daquela Pérola Divina, vossa Esposa e Mãe digna, a qual nos tirou do mal.

Sede, José, nosso advogado nesta vida mortal.

Primeiro Domingo

A dor: Quando estava disposto a repudiar a sua Imaculada esposa.
A alegria: Quando o Arcanjo lhe revelou o sublime mistério da encarnação.

Oh! castíssimo esposo de Maria, glorioso São José, que aflição e angustia a do vosso Coração na perplexidade em que estáveis sem saber se devíeis abandonar ou não a vossa esposa sem mancha! mas qual não foi também a vossa alegria quando o Anjo vos revelou o grande mistério da Encarnação!

Por essa dor e esta alegria vos pedimos consoleis o nosso Coração agora e nas nossas últimas dores, com a alegria de uma vida justa e de uma santa morte semelhante à vossa, assistidos por Jesus e de Maria.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória

Segundo Domingo

A dor: Ao ver nascer o menino Jesus na pobreza.
A alegria: Ao escutar a harmonia do coro dos Anjos e observar a glória dessa noite.

Oh! Bem-aventurado patriarca, glorioso São José, escolhido para ser pai adoptivo do Filho de Deus feito homem: a dor que sentistes vendo nascer o menino Jesus em tão grande pobreza transformou-se, por certo, em alegria celestial ao ouvir o harmonioso concerto dos Anjos e ao contemplar as maravilhas daquela noite tão resplandecente.

Por essa dor e esta alegria alcançai-nos que depois do caminho desta vida possamos ir escutar as adorações dos Anjos e a gozar dos resplandores da glória celestial.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória

Terceiro Domingo

A dor: Quando o sangue do menino Salvador foi derramado na sua circuncisão.
A alegria: Ao ouvir o nome de Jesus.

Oh! executor obedientíssimo das leis divinas, glorioso São José: o sangue preciosíssimo que o Redentor menino derramou na sua circuncisão trespassou-vos o coração; mas o nome de Jesus que então lhe deram, confortou-vos e encheu-vos de alegria.

Por essa dor e esta alegria alcançai-nos viver separados de todo pecado, a fim de expirar alegres, com o santíssimo nome de Jesus no Coração e nos lábios.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória

Quarto Domingo

A dor: A profecia de Simão, ao predizer os sofrimentos de Jesus e Maria.
A alegria: A profecia da salvação e gloriosa ressurreição de inumeráveis almas.

Oh! Santo fidelíssimo, que tivestes parte nos mistérios de nossa redenção, glorioso São José; ainda que a profecia de Simão acerca dos sofrimentos que deveriam passar Jesus e Maria vos tenha causado dor mortal; sem dúvida encheu-vos também de alegria, anunciando, ao mesmo tempo, a salvação e ressurreição gloriosa que dali se seguiria para um grande número de almas.

Por essa dor e por esta alegria consegui-nos de sermos do número dos que, pelos méritos de Jesus e a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, haverão de ressuscitar gloriosamente.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória

Quinto Domingo

A dor: No seu trabalho de educar e servir ao Filho do Altíssimo, especialmente na viagem para o Egipto.
A alegria: Ao ter sempre com ele a Deus verdadeiro, e vendo a queda dos ídolos do Egipto.

Oh! custódio vigilante, familiar íntimo do Filho de Deus feito homem, glorioso São José, quanto sofrestes tendo que alimentar e servir o Filho do Altíssimo, particularmente na vossa fuga ao Egipto, mas quão grande foi também a vossa alegria tendo sempre convosco o mesmo Deus e vendo derrubados os ídolos do Egipto.

Por essa dor e esta alegria, alcançai-nos afastar para sempre de nós o tirano infernal, sobretudo fugindo das ocasiões perigosas, e derrubar do nosso coração todos os ídolos de afecto terreno, para que, ocupados em servir a Jesus e Maria, vivamos tão somente para eles e morramos alegres no seu amor.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória

Sexto Domingo

A dor: Ao regressar a sua Nazaré por medo a Arquelau.
A alegria: Ao regressar com Jesus do Egipto a Nazaré e a confiança estabelecida pelo Anjo.

Oh! anjo da terra, glorioso São José, que pudestes admirar ao Rei dos céus, submetido aos vossos mais mínimos mandatos; ainda que a alegria ao trazer-lhe do Egipto se mudou por temor a Arquelau, sem dúvida, tranquilizado logo pelo Anjo, vivestes feliz em Nazaré com Jesus e Maria.

Por essa dor e esta alegria, alcançai-nos a graça de desterrar de nosso Coração todo o temor nocivo, possuir a paz de consciência, viver seguros com Jesus e Maria e morrer também assistidos por Eles.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória

Sétimo Domingo

A dor: Quando sem culpa perde Jesus e o procura com angustia durante três dias.
A alegria: Ao encontra-lo em meio aos doutores no Templo.

Oh! modelo de toda santidade, glorioso São José, que havendo perdido sem culpa vossa o menino Jesus, o buscastes durante três dias com profunda dor, até que, cheio de alegria, o achastes no templo, em meio dos doutores.

Por essa dor e esta alegria, vos suplicamos com palavras saídas do coração, intercedais em nosso favor para que jamais nos suceda perder a Jesus por algum pecado grave.

Mas, se, por desgraça, O perdermos, fazei com que O procuremos com tal dor que não achemos sossego até encontrá-l'O benigno, sobretudo na nossa morte, a fim de irmos para o Céu cantar eternamente convosco as Suas divinas misericórdias.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória


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