Fifty Shades of Grey (As Cinquenta Sombras de Grey) é uma trilogia que já vendeu mais de 100 milhões de livros no mundo inteiro e que agora foi adaptada para o cinema. Mas essa história de “amor” mal escrita é mais do que apenas uma inofensiva novela para donas de casa aborrecidas. Ela está repleta de mentiras mais ou menos subtis.
Mentira #1: A violência é sexy
Resumidamente, esta é a história de um homem e uma mulher que vêm de mundos opostos, do ponto de vista sexual, e que se apaixonam um pelo outro. A personagem principal, Ana, que tem a personalidade de um pano húmido, é muito inocente e inexperiente quando se trata de sexo. Christian, por outro lado, é um psicopata sexual, profundamente envolvido no mundo do sado-masoquismo.
Quem começa a ler pensa: “A Ana finalmente "domestica" o Christian e afasta-o do seu mundo de dominação sexual, desprovido de emoção. Tenho que ler o resto!” Isso pode ser verdade, mas foi o erotismo dos livros que fez deles best-sellers. Sela qual for a mudança sofrida por Christian nos livros, não podemos negligenciar o modo como as suas fantasias violentas assustam Ana.
É exactamente assim que o primeiro livro termina: com Ana sozinha, a chorar na sua cama por se ter apaixonado por um homem que ela sabe agora ser profundamente perturbado.
Essa é, infelizmente, a tendência de todo o tipo de pornografia (textos, imagens ou vídeos). Uma pesquisa descobriu que nos filmes pornográficos de maior sucesso, quase 90% das cenas contêm actos de agressão física e, na maioria dessas cenas, as mulheres fingem que estão a gostar de ser dominadas ou punidas.
Ora, algumas pessoas respondem: “Sim, mas ser dominada e ameaçada é muito mais excitante do que 'apenas' uma relação sexual com o marido fiel.” Para mim, essa opinião é análoga à de um viciado em drogas alucinogénicas que julga que a vida normal e sóbria é aborrecida. Em ambos os casos, quer-se apenas procurar a aprovação do outro.
Mentira #2: A desordem sexual é sexy
Para muitas pessoas, Christian Grey parece o ideal da fantasia feminina. Ele idolatra o chão sobre o qual Ana caminha. Ele é incrivelmente rico.
Mas Christian também é um indivíduo terrivelmente confuso que foi abusado sexualmente por uma amiga de família quando tinha 15 anos. Foi naquele momento que ele entrou num relacionamento de dominação e submissão com a amiga da sua mãe, um relacionamento que o traumatizou, mas mesmo assim foram as obsessões pervertidas resultantes disso que fizeram o livro vender milhões de cópias.
Alguém consegue imaginar um cenário contrário? Imagine uma rapariga de 15 anos que é coagida por um homem com idade do seu pai a entrar num relacionamento em que ela é dominada sexualmente durante anos. Então, imaginemos essa rapariga a entrar em consequentes relacionamentos centrados em sexo violento e desprovido de emoção. A situação mental dessa mulher é algo a ser celebrado, algo com que os homens deveriam sonhar?
A pergunta responde-se a si mesma.
Mentira #3: As mulheres deveriam tolerar homens que as perseguem
Muitos dos defensores destes livros dirão: “Vejam o quanto Christian quer ter certeza de que tem o consentimento de Ana. Este livro não é misógino porque a Ana dá-lhe o seu pleno consentimento.”
Em primeiro lugar, consentir em ser degradado não faz com que a degradação seja algo de bom.
Em segundo lugar, o livro obscurece a linha entre o consentimento e o controlo, da pior maneira. Na verdade, um artigo publicado no Journal of Women’s Health mostrou que a personagem Ana é na realidade uma vítima de Violência por Parceiro Íntimo. O estudo diz que o livro mostra que o abuso emocional está presente em quase todos os momentos de interacção do casal, incluindo elementos de perseguição e dominação.
Em determinado trecho do livro, Ana diz: “É claro que ele sabe onde eu moro. Que perseguidor hábil, capaz de rastrear telefones e dono de um helicóptero não saberia?”
Não nos deixemos enganar. 50 Sombras de Grey não é nada mais do que pornografia violenta mal escrita.
Matt Fradd in lifesitenews
2 comentários:
O sexo hoje está completamente desordenado e fora de controlo.
A loucura impera.
Os grupos feministas contra isto não lutam. O impedimento ao aborto é que é injustificável.
Isto fez-me lembrar de uma confissão que me foi feita.
Uma vez numa saída à noite com os meus amigos do tempo do secundário, uma amiga depois de estar bem "regada" de álcool confessou-me que tinha relações sexuais todos os dias com o namorado, mesmo quando não lhe apetecia (que era a maioria das vezes), mas que ela resolvia isso colocando um lubrificante estimulante e que lá acabava por até ser bom.
Nunca a Igreja com os seus ensinamentos de sempre foi tão necessária.
PS: Lubrificante esse que é anunciado em horário nobre nos canais de sinal aberto.
Estou farta de ouvir falar deste filme. Que nojo! Constatar o interesse em vê-lo por parte de tanta gente e de todas as idades é, verdadeiramente, preocupante e triste. Parece que somos cada vez menos os que percebe que afectividade e a sexualidade não são para ser vividos de forma "animalesca". São João Paulo II, rogai por nós!
Marta
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