segunda-feira, 31 de maio de 2010
Cuidar das pequenas coisas - S. Josemaria Escrivá
Cuidar das pequenas coisas constitui uma mortificação constante, caminho para tornar a vida mais agradável aos outros. (Sulco, 991)
Pensando naqueles que, à medida que o tempo passa, ainda se dedicam a sonhar –em sonhos vãos e pueris, como Tartarin de Tarascon – com caçar leões nos corredores de casa, onde se calhar só há ratos e pouco mais, pensando neles, insisto, lembro a grandeza de actuar com espírito divino no cumprimento fiel das obrigações habituais de cada dia, com essas lutas que enchem Nosso Senhor de alegria e que só Ele e cada um de nós conhece.
Convençam-se de que normalmente não vão encontrar ocasiões para grandes façanhas, entre outros motivos porque não é habitual que surjam essas oportunidades. Pelo contrário, não faltam ocasiões de demonstrar o amor a Jesus Cristo, através do que é pequeno, do normal.
Portanto, tu e eu vamos aproveitar até as oportunidades mais banais que se apresentarem à nossa volta, para santificá-las, para nos santificarmos e para santificar os que compartilham connosco os mesmos afãs quotidianos, sentindo nas nossas vidas o peso doce e sugestivo da co-redenção. (Amigos de Deus, nn. 8–9)
domingo, 30 de maio de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
Grande Padre Vasco Pinto Magalhães
O título mais exacto do comentário que se segue seria “A pirueta da triste figura”. Senti um arrepio, quase vómito, quando acabei de ouvir o Prof. Cavaco Silva. Que vergonha, senti. Por ele, claro. E pelo país. Assim ficou para a história como o padrinho (the best man) dos homossexuais, por incoerência da sua decisão, quando poderia ter passado à História como alguém que sem disfarce piedoso e paternalista segue as suas convicções, independente de votos e oportunismos. Seria bem preferível que, sem mais, tivesse promulgado o tal “casamento”, porque sim, porque assim o achava.
Mas vir dizer a todo um país que ele pensou bem e não está de acordo e deu provas disso, que há outros modos e figuras jurídicas para o caso que são seguidas nos países que ninguém se atreve a chamar de atrasados; mais, que só uma minoria na Europa assumiu esta forma e, depois, num salto mortal, conclui ao contrário e promulga! O dito por não dito. Claro, arranjou duas “razões”. Falsas. E uma delas é ofensiva da dignidade e inteligência de um povo: estamos tão em crise e tão miseráveis que não nos podemos distrair com este tipo de debates!
Mas vir dizer a todo um país que ele pensou bem e não está de acordo e deu provas disso, que há outros modos e figuras jurídicas para o caso que são seguidas nos países que ninguém se atreve a chamar de atrasados; mais, que só uma minoria na Europa assumiu esta forma e, depois, num salto mortal, conclui ao contrário e promulga! O dito por não dito. Claro, arranjou duas “razões”. Falsas. E uma delas é ofensiva da dignidade e inteligência de um povo: estamos tão em crise e tão miseráveis que não nos podemos distrair com este tipo de debates!
Ora, estes temas humanos é que são sérios, até porque a verdadeira crise é de valores. O Senhor Presidente pode ter a certeza de que o povo, “na sua menoridade” o que vai discutir é sobre futebol em África e o campeonato do Mundo. A outra razão também é “enorme”! A Assembleia vai aprovar outra vez e já não será possível vetá-lo. Pois não seria, se não houvesse outras coisas a fazer. Até dissolver a Assembleia seria possível. Aliás ninguém pode garantir em absoluto que uma lei passe (ou não) e que não haja mudanças de opinião, sobretudo quando a maioria não está assim tão garantida! De facto, usar tal argumento e agir assim com tal pirueta é como se alguém dissesse “vou-me suicidar porque é certo que dentro de algum tempo morrerei”.
Eis aqui um exemplo de um mau discernimento, do que é deixar-se levar pelas aparências de bem, do que é não clarificar nem assumir as verdadeiras motivações e arranjar “boas” razões, saídas airosas para proteger as próprias conveniências. Enfim, não se podem julgar as pessoas, mas as piruetas, sim.
Saibamos merecer - Aura Miguel
Pela quarta vez desde que deixou o nosso país, Bento XVI voltou a falar publicamente de Fátima.
Depois de regressar a Roma, o Papa referiu-se a Fátima no domingo, dia 16; na quarta-feira, dia 19, durante a Audiência Geral, onde fez um grande balanço da visita; de novo no passado domingo, dia 23, referindo-se à multidão reunida em Fátima como um renovado Pentecostes da Igreja, e ontem mesmo, no final do discurso aos bispos italianos, o Papa revelou que, enquanto pastor da Igreja Universal e Bispo de Roma, carrega consigo as preocupações e esperanças da Igreja e de toda a humanidade e que, há poucos dias, as confiou a Nossa Senhora de Fátima.
Será que nos damos conta do tesouro que Fátima representa? E da esperança que dali continua a brotar?
Foi o quem nos Papa nos disse, logo à chegada, no aeroporto: “O céu abriu-se sobre Portugal como uma janela de esperança – uma janela que Deus abre quando o homem lhe fecha a porta”.
Sejamos merecedores desta preferência do céu – e do Papa - sobre Portugal.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Velada pela vida
Todos os dias 25 às 21.30 acontece uma Velada pela Vida em frente à Clínica dos Arcos, reza-se o terço pelo fim do aborto, em Portugal e no mundo.
Em 2009, segundo a Direcção Geral de Saúde, foram feitos 19 mil abortos legais em Portugal, 70% em hospitais públicos. Uma em cada 15 mulheres abortaram pela segunda vez, desde que a lei imoral foi promulgada pelo senhor presidente da república. Quem decide abortar está isento do pagamento de taxa moderadora, além de todo um sem número de benesses que tem ao seu dispor.
A Velada de ontem foi bastante comovente, com pessoas pouco novas ajoelhadas a rezar, outras de pé. Para se perceber a média de idades basta dizer que eu era de longe o mais novo (sem qualquer desprimor para a mãe de um senza que também lá estava). De todas as pessoas que são contra o aborto, éramos 18...
Em 2009, segundo a Direcção Geral de Saúde, foram feitos 19 mil abortos legais em Portugal, 70% em hospitais públicos. Uma em cada 15 mulheres abortaram pela segunda vez, desde que a lei imoral foi promulgada pelo senhor presidente da república. Quem decide abortar está isento do pagamento de taxa moderadora, além de todo um sem número de benesses que tem ao seu dispor.
A Velada de ontem foi bastante comovente, com pessoas pouco novas ajoelhadas a rezar, outras de pé. Para se perceber a média de idades basta dizer que eu era de longe o mais novo (sem qualquer desprimor para a mãe de um senza que também lá estava). De todas as pessoas que são contra o aborto, éramos 18...
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Highlights da audiência papal sobre visita a Portugal
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Dou graças a Deus que me concedeu a possibilidade de prestar homenagem àquele Povo, à sua longa e gloriosa história de fé e de testemunho cristão.
Na tarde da minha chegada celebrei a Santa Missa em Lisboa no cenário encantador do Terreiro do Paço, à margem do rio Tejo. Foi uma assembleia litúrgica de festa e de esperança, animada pela participação jubilosa de numerosíssimos fiéis. Na Capital, de onde partiram no decorrer dos séculos tantos missionários para levar o Evangelho a muitos Continentes, encorajei os vários componentes da Igreja local a uma vigorosa acção evangelizadora nos diversos âmbitos da sociedade, para ser semeadores de esperança num mundo com frequência marcado pelo desencorajamento. Em particular, exortei os crentes a tornarem-se anunciadores da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé e motivo da nossa alegria.
Depois de me ter detido em orante e comovedor recolhimento na Capelinha das Aparições na Cova da Iria, apresentando ao Coração da Virgem Santa as alegrias e as expectativas, assim como os problemas e os sofrimentos do mundo inteiro, na igreja da Santíssima Trindade tive a alegria de presidir à celebração das Vésperas da Bem-Aventurada Virgem Maria. No interior deste templo grande e moderno, manifestei o meu profundo apreço aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos diáconos e aos seminaristas que vieram de todas as partes de Portugal, agradecendo-lhes o seu testemunho muitas vezes silencioso e nem sempre fácil e a sua fidelidade ao Evangelho e à Igreja.
À noite, com milhares de pessoas que se reuniram na grande esplanada diante do Santuário, participei na sugestiva procissão das velas. Foi uma maravilhosa manifestação de fé em Deus e de devoção à sua e à nossa Mãe, expressas com a recitação do Santo Rosário.
A minha visita àquele lugar tão especial teve o seu ápice na Celebração eucarística de 13 de Maio, aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora a Francisco, Jacinta e Lúcia. Fazendo eco às palavras do profetas Isaías, convidei aquela imensa assembleia reunida aos pés da Virgem, com grande amor e devoção, a rejubilar plenamente no Senhor (cf. Is 61, 10), porque o seu amor misericordioso, que acompanha a nossa peregrinação nesta terra, é a fonte da nossa grande esperança.
Muitos jovens aprendem a importância da gratuidade precisamente de Fátima, que é uma escola de fé e de esperança, porque é também escola de caridade e de serviço aos irmãos.
À grande multidão de fiéis reunida na Avenida dos Aliados recordei o compromisso de testemunhar o Evangelho em todos os ambientes, oferecendo Cristo ressuscitado ao mundo para que qualquer situação de dificuldade, de sofrimento e de receio seja transformada, mediante o Espírito Santo, em ocasião de crescimento e de vida.
Queridos irmãos e irmãs, a peregrinação a Portugal foi para mim uma experiência comovedora e rica de tantos dons espirituais. Enquanto permanecem gravadas na minha mente e no meu coração as imagens desta viagem inesquecível, o acolhimento caloroso e espontâneo, o entusiasmo do povo, dou graças ao Senhor porque Maria, aparecendo aos três Pastorinhos, abriu ao mundo um espaço privilegiado para encontrar a misericórdia divina que cura e salva.
Por conseguinte, convido-vos a unir-vos à minha oração, pedindo ao Senhor que abençoe os esforços de quantos, naquela amada Nação, se dedicam ao serviço do Evangelho e à busca do verdadeiro bem do homem, de cada homem.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Que a tua vida não seja uma vida estéril - S. Josemaria Escrivá
Que a tua vida não seja uma vida estéril. – Sê útil. – Deixa rasto. – Ilumina, com o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. – E incendeia todos os caminhos da Terra com o fogo de Cristo que levas no coração. (Caminho, 1)
Se cedesses à tentação de perguntar a ti mesmo: quem me manda a mim meter-me nisto?, teria de responder-te: manda-to, pede-to o próprio Cristo. A messe é grande e os operários são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe. Não digas, comodamente: eu para isto não sirvo; para isto já há outros; não estou feito para isto... Não. Para isto não há outros. Se tu pudesses falar assim, todos podiam dizer a mesma coisa. O pedido de Cristo dirige-se a todos e cada um dos cristãos. Ninguém está dispensado: nem por razões de idade, nem de saúde, nem de ocupação. Não há desculpas de nenhum género. Ou produzimos frutos de apostolado ou a nossa fé será estéril.
Além disso, quem disse que para falar de Cristo, para difundir a sua doutrina, era preciso fazer coisas especiais, fora do comum? Faz a tua vida normal; trabalha onde estás a trabalhar, procurando cumprir os deveres do teu estado, acabar bem o que é próprio da tua profissão ou do teu ofício, superando-te, melhorando-te dia-a-dia. Sê leal, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo. Sê mortificado e alegre. Será esse o teu apostolado. E, sem saberes porquê, tendo perfeita consciência das tuas misérias, os que te rodeiam virão ter contigo e, numa conversa natural, simples – à saída do trabalho, numa reunião familiar, no autocarro, ao dar um passeio, em qualquer parte – falareis de inquietações que em todas as almas existem, embora às vezes alguns não queiram dar por isso. Mas cada vez as perceberão melhor, desde que comecem a procurar Deus a sério. (Amigos de Deus, 272–273)
Se cedesses à tentação de perguntar a ti mesmo: quem me manda a mim meter-me nisto?, teria de responder-te: manda-to, pede-to o próprio Cristo. A messe é grande e os operários são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe. Não digas, comodamente: eu para isto não sirvo; para isto já há outros; não estou feito para isto... Não. Para isto não há outros. Se tu pudesses falar assim, todos podiam dizer a mesma coisa. O pedido de Cristo dirige-se a todos e cada um dos cristãos. Ninguém está dispensado: nem por razões de idade, nem de saúde, nem de ocupação. Não há desculpas de nenhum género. Ou produzimos frutos de apostolado ou a nossa fé será estéril.
Além disso, quem disse que para falar de Cristo, para difundir a sua doutrina, era preciso fazer coisas especiais, fora do comum? Faz a tua vida normal; trabalha onde estás a trabalhar, procurando cumprir os deveres do teu estado, acabar bem o que é próprio da tua profissão ou do teu ofício, superando-te, melhorando-te dia-a-dia. Sê leal, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo. Sê mortificado e alegre. Será esse o teu apostolado. E, sem saberes porquê, tendo perfeita consciência das tuas misérias, os que te rodeiam virão ter contigo e, numa conversa natural, simples – à saída do trabalho, numa reunião familiar, no autocarro, ao dar um passeio, em qualquer parte – falareis de inquietações que em todas as almas existem, embora às vezes alguns não queiram dar por isso. Mas cada vez as perceberão melhor, desde que comecem a procurar Deus a sério. (Amigos de Deus, 272–273)
Pentecostes
Veni Sancte Spiritus, Veni per Mariam
Vinde ó Santo Espírito, / Vinde amor ardente, / Acendei na terra / Vossa luz fulgente.
Vinde ó Santo Espírito, / Vinde amor ardente, / Acendei na terra / Vossa luz fulgente.
Vinde, Pai dos pobres: Na dor e aflições, / Vinde encher de gozo / Nossos corações.
Benfeitor supremo, / Em todo o momento, / Habitando em nós / Sois o nosso alento.
Descanso na luta / E na paz encanto, / No calor sois brisa, / Conforto no pranto.
Luz de santidade, / Que no céu ardeis, / Abrasai as almas / Dos vossos fiéis.
Sem a vossa força / E favor clemente / Nada há no homem / Que seja inocente.
Lavai nossas manchas / A aridez regai, / Sarai os enfermos / E a todos salvai.
Abrandai durezas / Para os caminhantes, /Animai os tristes, / Guiai os errantes.
Vossos sete dons / Concedei à alma / Do que em Vós confia:Virtude na vida, / Amparo na morte, / No Céu alegria.
Benfeitor supremo, / Em todo o momento, / Habitando em nós / Sois o nosso alento.
Descanso na luta / E na paz encanto, / No calor sois brisa, / Conforto no pranto.
Luz de santidade, / Que no céu ardeis, / Abrasai as almas / Dos vossos fiéis.
Sem a vossa força / E favor clemente / Nada há no homem / Que seja inocente.
Lavai nossas manchas / A aridez regai, / Sarai os enfermos / E a todos salvai.
Abrandai durezas / Para os caminhantes, /Animai os tristes, / Guiai os errantes.
Vossos sete dons / Concedei à alma / Do que em Vós confia:Virtude na vida, / Amparo na morte, / No Céu alegria.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Aura Miguel arrasa Cavaco Silva
O Papa bem nos avisou: “Precisamos de verdadeiras testemunhas de Cristo e não de pessoas falsas; sobretudo onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo, como por exemplo na política.
Porque em tais âmbitos - disse o Papa em Portugal - não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo e constroem barreiras à inspiração cristã.” Pois, aqui está uma boa definição de Cavaco Silva.
Que pena, Sr. Presidente. Se o Sr. tivesse assumido a sua posição antes de Bento XVI vir ao nosso país, teria sido mais honesto para com o Papa e para com os portugueses...
Mas não. O Sr. tomou a típica opção que desprestigia a política: encheu-nos de palavreado e lindos discursos de sabor cristão, para afinal fazer o contrário do que insinuou durante os quatro dias que andou com o Papa. Para quê Sr. Presidente? Para ganhar mais votos?
O Sr. sentou-se lá à frente na missa e ouviu certamente o que o Papa disse: ”o acontecimento de Cristo é a força da nossa fé e varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano (...) mas é preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós".
O Presidente da República fez exactamente o contrário disto, dois dias depois de se despedir do Papa.
Porque em tais âmbitos - disse o Papa em Portugal - não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo e constroem barreiras à inspiração cristã.” Pois, aqui está uma boa definição de Cavaco Silva.
Que pena, Sr. Presidente. Se o Sr. tivesse assumido a sua posição antes de Bento XVI vir ao nosso país, teria sido mais honesto para com o Papa e para com os portugueses...
Mas não. O Sr. tomou a típica opção que desprestigia a política: encheu-nos de palavreado e lindos discursos de sabor cristão, para afinal fazer o contrário do que insinuou durante os quatro dias que andou com o Papa. Para quê Sr. Presidente? Para ganhar mais votos?
O Sr. sentou-se lá à frente na missa e ouviu certamente o que o Papa disse: ”o acontecimento de Cristo é a força da nossa fé e varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano (...) mas é preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós".
O Presidente da República fez exactamente o contrário disto, dois dias depois de se despedir do Papa.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
O Segredo de Fátima
À medida que o tempo passa, acredito mais no Segredo de Fátima. Nesse
Segredo que desassossega, que nos arranca de casa, dos livros, da
cidade e nos lança, anualmente, para a imensidão das estradas. Eu
acredito num «não sei quê» que esse Segredo derrama em nós: uma porção
de confiança, de abandono e de aventura. Uma vontade de tornar a vida
mais que tudo verdadeira. De tornar generosos os projetos e fecundos
os laços que nos ligam aos outros. De tornar absoluta a nossa sempre
frágil Esperança.
cidade e nos lança, anualmente, para a imensidão das estradas. Eu
acredito num «não sei quê» que esse Segredo derrama em nós: uma porção
de confiança, de abandono e de aventura. Uma vontade de tornar a vida
mais que tudo verdadeira. De tornar generosos os projetos e fecundos
os laços que nos ligam aos outros. De tornar absoluta a nossa sempre
frágil Esperança.
À medida que o tempo passa, vou conhecendo pessoas cujo tesouro
interior foi descoberto, ampliado nos caminhos de Fátima. Pessoas que
contam histórias simples, misturadas com sorrisos e lágrimas.
Histórias de um Encontro tão parecido ao que teve uma rapariga da
Judeia, de nome Maria.
interior foi descoberto, ampliado nos caminhos de Fátima. Pessoas que
contam histórias simples, misturadas com sorrisos e lágrimas.
Histórias de um Encontro tão parecido ao que teve uma rapariga da
Judeia, de nome Maria.
Que têm os peregrinos de Fátima? Têm o vento por asas e a lonjura por
canto. Têm a conversão por caminho e a prece ardente por mapa. São
filhos de uma promessa que se cumpre dentro da vida.
canto. Têm a conversão por caminho e a prece ardente por mapa. São
filhos de uma promessa que se cumpre dentro da vida.
Gosto dessa frase de Vitorino Nemésio que diz: “em Fátima, a
Humanidade inteira passou a valer mais”. Gosto, porque nos
caminhos longos, imprevistos e profundos de uma peregrinação isso
nos é ensinado como uma evidência humilde e apaixonante.
José Tolentino Mendonça
13.05.2009
Humanidade inteira passou a valer mais”. Gosto, porque nos
caminhos longos, imprevistos e profundos de uma peregrinação isso
nos é ensinado como uma evidência humilde e apaixonante.
José Tolentino Mendonça
13.05.2009
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Primeiro Senzinha de sangue puro
Aqui está ele!! O primeiro Senzinha de sangue puro!!
Viu a luz do dia (ou devo dizer da noite?) no dia 14 de Maio de 2010, com esperança de ainda ver o Papa em Portugal.
Parabéns à mãe, ao pai e a todos os que se alegram com esta boa notícia!! Viva o meu sobrinho!!!!
(E vejam o ar trocista dele nesta foto... Vê-se que o rapaz tem sentido de humor!!)
sábado, 15 de maio de 2010
Momento de publicidade grátis
Saíram no início deste mês dois pequenos contos para crianças da minha autoria. A colecção chama-se "Contos do Rei Ludovico" e para já saíram as duas primeiras histórias. São histórias de um rei e dos seus amigos, sendo que no fim apresentam pistas para reflexão individual ou em grupo, bem como uma parte para estimular a criatividade das crianças.
Estão à vontade para fazerem publicidade deles junto de quem entenderem!
Estão à vontade para fazerem publicidade deles junto de quem entenderem!
Mais informações aqui.
PS - Não fui eu que fiz os desenhos, não tenho nada a ver com o facto do rei ser careca... ;)
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Faz o que deves e está no que fazes - S. Josemaria Escrivá
Fazei tudo por Amor. – Assim não há coisas pequenas: tudo é grande. – A perseverança nas pequenas coisas, por Amor, é heroísmo. (Caminho, 815)
Queres deveras ser santo? – Cumpre o pequeno dever de cada momento faz o que deves e está no que fazes. (Caminho, 813)
A santidade "grande" consiste em cumprir os "pequenos deveres" de cada instante. (Caminho, 817)
Dizes-me: quando se apresentar a ocasião de fazer algo de grande... então sim! – Então! Pretendes fazer-me crer, e crer tu seriamente, que poderás vencer na Olimpíada sobrenatural, sem a preparação diária, sem treino? (Caminho, 822)
Viste como ergueram aquele edifício de grandeza imponente? – Um tijolo, e outro. Milhares. Mas um a um. – E sacos de cimento, um a um. E blocos de pedra, que pouco representam na mole do conjunto. – E pedaços de ferro. – E operários que trabalham, dia a dia, as mesmas horas... Viste como levantaram aquele edifício de grandeza imponente?... À força de pequenas coisas! (Caminho, 823)
Não tens reparado em que "ninharias" está o amor humano? – Pois também em "ninharias" está o Amor divino. (Caminho, 824)
Queres deveras ser santo? – Cumpre o pequeno dever de cada momento faz o que deves e está no que fazes. (Caminho, 813)
A santidade "grande" consiste em cumprir os "pequenos deveres" de cada instante. (Caminho, 817)
Dizes-me: quando se apresentar a ocasião de fazer algo de grande... então sim! – Então! Pretendes fazer-me crer, e crer tu seriamente, que poderás vencer na Olimpíada sobrenatural, sem a preparação diária, sem treino? (Caminho, 822)
Viste como ergueram aquele edifício de grandeza imponente? – Um tijolo, e outro. Milhares. Mas um a um. – E sacos de cimento, um a um. E blocos de pedra, que pouco representam na mole do conjunto. – E pedaços de ferro. – E operários que trabalham, dia a dia, as mesmas horas... Viste como levantaram aquele edifício de grandeza imponente?... À força de pequenas coisas! (Caminho, 823)
Não tens reparado em que "ninharias" está o amor humano? – Pois também em "ninharias" está o Amor divino. (Caminho, 824)
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Notas Protocolares sobre Viagens Apostólicas
a) O Papa viaja na dupla condição de Chefe de Estado e de Chefe da Igreja Católica;
b) Por regra, integram a comitiva do Vaticano diversos colaboradores: Secretário Pessoal, Cardeal Secretário de Estado, Secretário para as Relações com os Estados, Médico pessoal e o Chefe de Segurança. É usual serem convidados a acompanhar a deslocação os Cardeais da Cúria do Estado em questão;
c) A Guarda Suíça acompanha toda a viagem mas usa um traje diferente;
d) À saída do Aeroporto (Itália), o Papa viaja num avião da Companhia Aérea Alitalia; regressa ao Estado do Vaticano num avião da companhia aérea do país que visitou;
e) Aquando da chegada ao Aeroporto é colocada, na frente do Avião, a presidir a Bandeira do Estado do Vaticano e à direita a bandeira do país a visitar;
f) À chegada sobem ao avião: o Núncio Apostólico, o Chefe de Protocolo e o Presidente da Conferência Episcopal;
g) Finda a sessão de cumprimentos inicial, Sua Santidade sai do avião. Tem início a recepção oficial a cargo do Estado anfitrião;
h) O solo do país é beijado na primeira visita que o Santo Padre efectua a esse Estado;
i) O Papa apenas se aloja em casas eclesiásticas.
A visita está sob um grande dispositivo de segurança o que, naturalmente, congestionará a normal circulação do trânsito. Um dos locais que terá circulação restrita será perto da Nunciatura Apostólica - Av. Luís Bívar, onde Sua Santidade passará a primeira noite de estada em Portugal.
Conforme tem sido notícia na imprensa a segurança desta viagem tem um risco bastante grande, obrigando a uma complexa operação de segurança, nomeadamente em Fátima, onde se espera a presença de meio milhão de peregrinos.
Igualmente se espera que esta viagem tenha uma mega cobertura mediática. Estão acreditados cerca de dois mil e duzentos profissionais de comunicação de aproximadamente duzentos e cinquenta órgãos.
O INEM irá ter acompanhar toda a deslocação do Papa, em Portugal.
Susana de Salazar Casanova
Despertar do comodismo - Aura Miguel
Não é sempre que o Papa Bento XVI dedica quatro dias a um só país da Europa. Portugal é, por isso, privilegiado.
Mais: o programa destes quatro dias é bastante variado, porque pretende ir ao encontro das realidades da Igreja portuguesa.
Isto é, Bento XVI é como um pai, que vem ao nosso encontro.
E nós ? Vamos ao encontro dele?
Por que é que eu estou a falar nisto?
É que noutros contextos – como, por exemplo, aconteceu em Angola
– só o facto do Papa sair de sua casa em Roma, para ir ao encontro dos fiéis africanos, só isso, foi motivo de festa, com toda a gente na rua para acolher o Sucessor de Pedro.
Será que temos esta consciência em Portugal?
Já ouvi bons católicos dizer que preferem seguir tudo pela televisão. E até mesmo religiosas, que não vão pôr os pés em Fátima nesses dias (apesar do Papa ter agendado um encontro específico com os consagrados). Não gostam de confusão – dizem, como desculpa.
Este é o típico retrato da velha Europa: acomodada, rotineira e cansada da fé.
Espero que os portugueses despertem deste comodismo e permitam que Bento XVI se sinta aqui como em sua casa, sob pena da nossa herança secular de amor e fidelidade ao Papa ficar definitivamente arrumada no passado, apenas reduzida aos livros de história.
Ninguém dá o que não tem - S. Josemaria Escrivá
Convence-te: o teu apostolado consiste em difundir bondade, luz, entusiasmo, generosidade, espírito de sacrifício, constância no trabalho, profundidade no estudo, amplitude na entrega, actualização, obediência absoluta e alegre à Igreja, caridade perfeita... Mas ninguém dá o que não tem. (Sulco, 927)
Não o esqueças: convencemos tanto melhor quanto mais convencidos estivermos. (Sulco, 929)
"Não se acende a luz para a pormos debaixo de um alqueire, mas sobre um candeeiro, a fim de que ilumine todos os da casa; assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de maneira que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus".
E, no final da sua passagem pela Terra, ordena: "euntes docete", ide e ensinai. Quer que a sua luz brilhe na conduta e nas palavras dos seus discípulos. Nas tuas também. (Sulco, 930)
Que essa ideia do catolicismo é velha e, portanto, inaceitável?... Mais antigo é o Sol, e não perdeu a sua luz; mais arcaica é a água, e ainda tira a sede e refresca! (Sulco, 937)
Alguns não sabem nada de Deus..., porque não lhes falaram d'Ele em termos compreensíveis. (Sulco, 941)
Acredita em mim: normalmente, o apostolado, a catequese, tem de ser capilar: um a um. Cada crente com o seu companheiro mais próximo.
A nós, filhos de Deus, interessam-nos todas as almas, porque nos interessa cada uma delas. (Sulco, 943)
De mota chegou mais rápido
O gangster David Morales morreu num tiroteio em San Juan, e deixou instruções muito específicas: queria ir para a última morada como se estivesse a fazer mais uma viagem por uma qualquer auto-estrada.
O seu tio, Jose Torres declarou: "Foi enterrado como ele desejou. Este foi o último presente que lhe poderíamos dar para honrar os seus desejos."
Já o porta-voz da funerária admitiu que a cerimónia fúnebre foi "fora do normal", mas declarou também que a empresa "gosta de agradar aos seus clientes". Ler o resto da notícia.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Papa venerou o Santo Sudário
“Como fala o Sudário?” perguntou o Papa.
“Fala com o sangue, e o sangue é a vida! O Sudário é um ícone escrito com sangue; o sangue de um homem açoitado, coroado de espinhos, crucificado e ferido do lado direito. A imagem impressa no Sudário é a de um morto, mas o sangue fala de sua vida”.
“Cada traço de sangue fala de amor e de vida” – acrescentou. “Especialmente aquela mancha abundante próxima às costelas, feita de sangue a água vertidos copiosamente de uma profunda ferida feita por uma lança romana, aquele sangue e aquela água plenos de vida. É como uma fonte que murmura em meio ao silêncio, e nós podemos senti-la, podemos ouvi-la, no silêncio do Sábado Santo”.
“Fala com o sangue, e o sangue é a vida! O Sudário é um ícone escrito com sangue; o sangue de um homem açoitado, coroado de espinhos, crucificado e ferido do lado direito. A imagem impressa no Sudário é a de um morto, mas o sangue fala de sua vida”.
“Cada traço de sangue fala de amor e de vida” – acrescentou. “Especialmente aquela mancha abundante próxima às costelas, feita de sangue a água vertidos copiosamente de uma profunda ferida feita por uma lança romana, aquele sangue e aquela água plenos de vida. É como uma fonte que murmura em meio ao silêncio, e nós podemos senti-la, podemos ouvi-la, no silêncio do Sábado Santo”.
Frase do dia
Todas as notícias sobre a vinda do Papa
Podem encontrá-las aqui: http://bentoxviportugal.pt.vu/
O gestor do blog é de total confiança, isso posso garantir.
Viva o Papa!!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Onde estão os Direitos Humanos?
Os médicos de um hospital de Rossano Calabro, uma cidade no sul de Itália, foram acusados de não prestar socorro a um feto que sobreviveu por mais de 24 horas depois de ter sido abortado por uma paciente. Ler o resto do artigo.
Quem luta contra o aborto em Portugal
Grupo junta-se desde 2008 à porta da Clínica dos Arcos, em Lisboa, para rezar o terço e tentar demover as mulheres de abortar.
"Esta semana já salvámos mais dois bebés." Antes da oração do terço foi esta a boa notícia que fez sorrir os voluntários do grupo Mãos Erguidas. Desde 2008 que estes missionários se juntam à porta da Clínica dos Arcos, em Lisboa, para rezar e demover as mulheres de abortarem. Durante este tempo dizem já ter convencido 14 mulheres a desistir. "Pelo menos que a gente saiba, mas podem ser mais", adianta Manuela Gonçalves, uma das oradoras. Ler o resto do artigo.
domingo, 2 de maio de 2010
Frase do dia
sábado, 1 de maio de 2010
Bom Pastor - Papa Bento XVI
O Deus vivo fez-se ele mesmo cordeiro. Pôs-se do lado dos cordeiros, dos que são pisados e sacrificados. É precisamente assim que Ele se revela como o verdadeiro pastor: «Eu sou o bom pastor. Eu dou a minha vida pelas ovelhas», diz Jesus de si mesmo.
Não é o poder o que redime, mas o amor! Este é o distintivo de Deus: Ele mesmo é amor.
Quantas vezes desejaríamos que Deus se mostrasse mais forte! Que actuasse duramente, derrotasse o mal e criasse um mundo melhor. Todas as ideologias do poder se justificam assim, justificam a destruição de tudo o que se oponha ao progresso e à libertação da humanidade.
Nós sofremos pela paciência de Deus. E, não obstante, todos necessitamos da sua paciência. O Deus, que se fez cordeiro, diz-nos que o mundo se salva pelo Crucificado e não pelos crucificadores.
O mundo é redimido pela paciência de Deus e destruído pela impaciência dos homens.
24/04/2005
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